Papel de Rainha (2022)

Obra prima!

Não tem outra definição pra esse drama além de obra prima. Tudo é excelente: a direção, a trilha sonora, as atuações... enfim, tudo! Como só vi comentários em inglês, decidi escrever essa review em português pra todos os meus parceiros brasileiros que não sabem o que esperar desse drama.
Confesso que adiei assistir diversas vezes. Não tenho o costume de assistir doramas do período Joseon, por isso estava com medo de não gostar, mas nossa... Devia ter assistido antes! A história não deixa pontas soltas e nos apresenta uma protagonista forte, corajosa e extremamente digna, que faria o impossível pra proteger os filhos (que são os mais encrenqueiros da corte). Nesse dorama você encontrará de tudo: um drama político extenso que vai sempre te deixar curioso pra o que vai acontecer, um drama familiar muito bem construído e cativante (o que mais me prendeu pra assistir foi o relacionamento da rainha com os filhos), um pouco de romance (ainda que não seja o foco da história, o romance apresentado é MUITO fofo) e um pouco de comédia (que serve como um alívio cômico pra todas as intrigas).
A história é muito bem balanceada, com início, meio e fim, apesar de ter me deixado desejosa de uma segunda temporada.
Essa também foi a primeira vez que fui atrás da OST de um dorama, pois a trilha sonora complementa perfeitamente as cenas, sendo uma música mais linda com a outra (principalmente By Your Side e Child - meu Deus, essas músicas arrepiam dos pés à cabeça).
Enfim, se vocês assistirem com certeza não vão se arrepender. Entrou pro meu top 3 doramas preferidos da vida.

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Maternidade, política e sobrevivência no palácio sob um olhar astuto e sensível.

"Papel de Rainha" nos força a pensar: é possível proteger a inocência em meio ao poder? Onde termina o instinto materno e começa a estratégia política? A série costura com maestria a maternidade e a ética num cenário onde tudo é jogo, inclusive o amor.

A rainha Im Hwa Ryeong, antes submissa e contida, se vê obrigada a assumir o controle para proteger seus filhos do cruel mundo político de Joseon. Com inteligência emocional, firmeza e sacrifícios, ela transforma o papel ornamental da realeza em instrumento ativo de poder e resistência. O palácio é uma selva ... e ela vira leoa.

Rainha Im Hwa Ryeong (Kim Hye-soo): carrega o fardo da maternidade com realeza. Enfrenta o dilema entre ser mãe afetuosa e estrategista implacável.
Príncipe Seongnam: impulsivo, sincero, enfrenta as armadilhas de uma corte que exige dele mais do que ele compreende.
Príncipe Bogeom e Príncipe Uiseong: cada um com sua bússola moral, colocados em rota de colisão pelas expectativas da nobreza.
Corte Real: um tabuleiro vivo de interesses e traições, onde alianças mudam conforme o vento.

Carrega como dilemas centrais:
Ser mãe ou monarca?
Ética ou sobrevivência?
Amor ou utilidade?
A rainha é puxada por todas essas correntes e, ao final, entende que reinar é, acima de tudo, decidir por todos, mesmo quando dói.

Ser mãe é reinar no silêncio da luta; ser rainha é lutar no silêncio da dor.

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