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Low saddness...
The cast did a great job but the story was handicapped from the very beginning. No amount of effort in the writing department would save it if the basis were this fragile. The most crucial part was to show how deep their love was but they failed to establish that, not even remotely close. This led to make all the subsequent events lukewarm and impractical. They didn't even dare to show a single kiss. The drama is padded with sad scenes to make us forget that fact and be drenched in the sadness instead.I hated the ending. There was only one possible, reasonable and appropriate ending that is for both of them to die but the writer didn't allow that.
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"Quando as pessoas encontram certos fatos, usam a parte esquerda do cérebro, mas quando o impacto do fato é grande demais ou inesquecível, essa informação se transfere para a parte direita, que se encarrega da percepção sensorial. Se não há um jeito de esquecer, essa informação é passada para nossos genes. O passado vive no nosso subconsciente. Talvez sejam memórias deixadas em nós por nossos antepassados. Sua avó e meu avô se apaixonaram profundamente... então, talvez essa memória tenha ficado em nossos genes. Por isso nos apaixonamos à primeira vista."90 Days of Love é um drama que não se preocupa em mascarar sua essência trágica. Desde o início, a história se apresenta nua e crua, carregada de sofrimento, dilemas morais e escolhas impossíveis. É um drama que pesa no coração, explorando temas como o destino, o amor proibido e como condenação e a inevitabilidade da morte.
"O amor pode nos tocar uma vez e durar por toda a vida."
Essa frase encapsula a essência do drama. 90 Days of Love não fala de um romance idealizado, mas de um amor que transcende o tempo, que resiste apesar das adversidades, mas que, ao mesmo tempo, se torna uma maldição para aqueles que o vivem. Ji Seok e Mi Yeon são almas gêmeas separadas pelo destino e pelas circunstâncias. Eles se amam profundamente, mas o mundo não lhes permite viver esse amor.
Se o destino já havia sido cruel o suficiente ao separá-los, ele se torna ainda mais implacável quando Ji Seok recebe um diagnóstico terminal. O câncer que o condena à morte também lhe dá um tipo de liberdade que nunca teve: a possibilidade de, por pelo menos 90 dias, viver de acordo com o que seu coração deseja. Ele decide então reencontrar Mi Yeon, a mulher que nunca conseguiu esquecer. Mas essa decisão não vem sem consequências – cada momento que passam juntos é carregado de culpa, de sofrimento e da consciência de que o tempo está acabando.
Os protagonistas são o coração da série. Ji Seok é um homem que passou a vida sendo controlado pelo pai e nunca pôde tomar suas próprias decisões. Sua doença, paradoxalmente, lhe dá a única escolha que realmente importa: passar seus últimos dias ao lado da mulher que ama. Mi Yeon, por sua vez, também não teve controle sobre seu próprio destino. O amor entre eles nunca foi permitido, e mesmo quando se reencontram, ele continua sendo uma fonte de dor e conflito.
Kim Tae Hun, marido de Mi Yeon, talvez seja o personagem com a maior transformação ao longo do drama. Inicialmente um homem amoroso e dedicado, ele se vê consumido pelo desespero ao perceber que está perdendo sua esposa para um homem condenado à morte. Seu declínio emocional - marcado pelo alcoolismo e pelo descontrole - é um dos aspectos mais realistas e dolorosos da trama, mostrando como o sofrimento pode corromper até mesmo aqueles que começaram como bons.
A trilha sonora, apesar de ser repetitiva, é extremamente impactante. As músicas - tanto coreanas quanto ocidentais – são cuidadosamente escolhidas para amplificar a melancolia do drama, tornando cada cena ainda mais intensa.
A cinematografia também merece elogios. As transições de cena são muito bem trabalhadas, e a direção sabe equilibrar luz e sombra para reforçar a dualidade do enredo - entre a felicidade efêmera e a dor inevitável. Um exemplo marcante é a alternância entre Ji Seok, encontrando alegria mesmo em meio à morte, e Kim Tae Hun, afundando cada vez mais no sofrimento. Esse jogo de contrastes é uma das grandes forças visuais do drama.
Embora seja uma obra impactante, 90 Days of Love tem algumas falhas como o uso excessivo do melodrama - Em certos momentos, o drama se entrega demais ao sofrimento dos personagens, tornando a experiência emocionalmente exaustiva. Falta de desenvolvimento em alguns personagens secundários - Algumas figuras coadjuvantes poderiam ter sido melhor exploradas, principalmente para dar mais profundidade às relações familiares e sociais dos protagonistas. A moralidade da trama pode ser controversa - O drama lida com um romance que desafia tabus e normas sociais, o que pode gerar desconforto em alguns espectadores. No entanto, essa ousadia também é um dos seus maiores méritos.
No geral, 90 Days of Love não é um drama fácil de assistir. Ele não oferece finais felizes nem soluções simples. É uma obra sobre o peso das escolhas, sobre como o destino pode ser cruel e sobre o que significa realmente viver e amar. Ele nos faz refletir: se soubéssemos que temos apenas 90 dias de vida, o que faríamos? Quem buscaríamos? O que realmente importa?
Com ótimas atuações, uma trilha sonora inesquecível e uma história que toca profundamente, 90 Days of Love é um drama que não apenas emociona, mas também nos força a encarar os aspectos mais dolorosos do amor e da vida. Ele nos lembra que, às vezes, amar é tão doloroso quanto perder, e que algumas histórias de amor são belas justamente por serem impossíveis.
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