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A tentativa de algo

A única coisa que torna esse bl “suportável” por 16 episódios é apenas a premissa de ser o primeiro bl abo, fora isso, tudo nessa história é mal feito. o roteiro é uma bagunça, cheio de mini tramas que não agregam nada para história. o casal secundário é simplesmente ignorado o bl todo, e todas as chances de desenvolver algo decente são descartadas apenas pra reafirmar coisas óbvias sobre a relação deles, que já foram mostradas várias vezes durante a série. para uma história abo, desire não foge do normal, mas parece que a produção não se preocupou em adaptar a história original para a série de uma maneira que fosse interessante para o público, pois nem tudo que funciona em um livro, funciona na tv, e talvez seja por isso que abo desire falhe tanto em vários quesitos.

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Khemjira takes the “BL” genre to another level

Khemjira é uma das poucas adaptações que não só é bem executada, como consegue elevar o trabalho original para um outro nível. Em uma indústria que muitas vezes falha em aspectos diferentes enquanto produz um BL, Khemjira aparece como um exemplo de como esforço e confiança em um projeto podem construir uma série de alta qualidade. O roteiro de Khemjira é genuinamente impressionante; muitas vezes, BLs se prendem em desenvolver apenas os protagonistas, e mesmo quando existem subtramas, elas dificilmente conseguem ser bem desenvolvidas. Essa série, por outro lado, encontra o equilíbrio perfeito entre seus protagonistas e todas as tramas que os envolvem. Khemjira trabalha com várias histórias diferentes e consegue fazer isso sem negligenciar nenhuma delas, uma habilidade realmente louvável.

Com uma narrativa fluida e uma escrita competente, e mais importante, com o valor que Khemjira dá a seus personagens, é difícil não se sentir encantado por eles. Mas apenas um bom roteiro não se sustenta sem um bom elenco, o que é bom, porque o elenco de Khemjira é impecável em todos os momentos da série. Claro que pessoalmente ainda tenho algumas ressalvas quanto a algumas atuações, mas no plano geral, Khemjira entregou tantas performances marcantes que essas preocupações parecem pequenas. Desde a estreia do Pung até a volta do Keng às telas, é como se você estivesse constantemente descobrindo novos talentos. E não só isso, mas a escolha do elenco se eleva em vários níveis, sejam nas versões das vidas passadas ou na versão jovem dos personagens; de fato, um trabalho bem executado.

Por fim, não poderia deixar de mencionar como Khemjira se comprometeu em mostrar temas além do romance. Trazendo uma série para fora da cidade e indo ao interior da Tailândia para explorar a religião e costumes de um pequeno povoado é sair da curva da melhor forma possível. Uma escolha de ambientação como essa poderia ser perigosa, mas o comprometimento em mostrar com respeito outras partes de uma cultura entregou um trabalho sensível e com grande valor cultural.

De verdade, eu poderia falar horas sobre todos os aspectos de Khemjira que tornam esse BL tão rico, mas acho que a produção se explica sozinha e mostra que existe sim a possibilidade de fazer obras que se estendam além do rótulo "boys love", sem se escorar em narrativas pobres e uso excessivo da sexualização, além de mostrar que existe um público que anseia por obras de boa qualidade.

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