Vai muito além do bullying - não existe mocinho ou vilão
Weak Hero Class 1 é o tipo de drama que pega de surpresa. O enredo pode parecer familiar à primeira vista, mas sua abordagem é completamente diferente do que se espera de uma história sobre bullying escolar. Aqui, não existe um vilão óbvio nem um herói imaculado. O que há são personagens profundamente marcados pela violência, pela exclusão e por um sistema que constantemente os empurra para a beira do abismo.
Com apenas oito episódios e uma duração mais curta do que a média dos doramas, a série consegue desenvolver seus personagens de forma excepcional. Cada um deles tem motivações claras, evolui de maneira coerente e faz escolhas que, mesmo erradas, são compreensíveis dentro de suas circunstâncias.
O maior acerto do drama está na forma como ele constrói a dinâmica entre os três protagonistas: Yeon Si Eun, Oh Beom Seok e Ahn Suho. Essa não é uma história sobre amizade verdadeira e inabalável. Desde o início, a relação entre eles já traz rachaduras que vão se ampliando conforme os conflitos se intensificam.
Yeon Si Eun (Park Ji Hoon) é um personagem que foge do estereótipo de protagonista indefeso. Ele é frio, calculista e extremamente inteligente, mas, ao contrário do que muitos pensam, sente tudo com muita intensidade. Ele enxerga o que os outros ignoram e percebe, antes de qualquer um, que Beom Seok não é apenas um traidor, mas um garoto à beira do colapso. Seu arco de transformação é um dos mais impactantes, pois mostra como até mesmo alguém que tentou resistir à violência acaba sendo consumido por ela.
Oh Beom Seok (Hong Kyung) é um dos personagens mais bem escritos do drama. Não há justificativa para suas atitudes, mas há uma explicação clara para sua queda. Ele nunca teve força, nunca soube se impor e, por toda a vida, foi oprimido por seu pai e pelos colegas. Quando finalmente encontrou um espaço onde se sentia respeitado – ainda que de forma distorcida –, ele se agarrou a isso. Beom Seok não queria apenas ser amigo de Suho, ele queria ser como Suho. Quando percebeu que nunca seria e que Suho nunca o enxergou de verdade, isso o destruiu. Ele acabou descontando sua frustração e sua dor da pior maneira possível.
Ahn Suho (Choi Hyun Wook) é um dos personagens mais divisivos da série. Para muitos, ele é o típico “protetor” dos fracos, mas, na prática, ele impõe sua visão do mundo com agressividade. Sua resposta para qualquer conflito é a violência, e ele nunca viu Beom Seok como um verdadeiro amigo. Esse é um dos pontos mais interessantes da narrativa, pois desmistifica a ideia de que o forte sempre precisa ser visto como o herói. Suho tem sua importância na trama, mas sua forma de lidar com as situações também contribuiu para a escalada da tragédia.
Outro ponto de destaque na série é a forma como ela retrata a violência. Aqui, ela não é apenas física, mas também emocional. A grande questão que Weak Hero Class 1 levanta não é sobre quem venceu ou perdeu, mas sim sobre como a violência se perpetua e transforma as pessoas. Nenhum dos personagens termina a história da mesma forma que começou, e isso é o que torna o drama tão impactante.
O episódio final entrega um desfecho coerente e sem soluções fáceis. A explosão de fúria de Si Eun é um dos momentos mais marcantes da série, pois representa a quebra final de sua resistência. Ele foi o último a tentar se manter fora desse ciclo, mas, no fim, nem ele conseguiu escapar.
Pontos positivos:
• Desenvolvimento de personagens extremamente bem feito
• Ritmo ágil, sem enrolação, mas sem comprometer a profundidade da história
• Atuações IMPECÁVEIS, especialmente de Park Ji Hoon e Hong Kyung
• Retrato realista do impacto do bullying e da violência emocional
• Final coerente e sem exageros melodramáticos
Pontos negativos:
• As lutas são exageradas em termos de realismo. Em vários momentos, os personagens enfrentam múltiplos oponentes e saem praticamente ilesos, o que tira um pouco da imersão.
• A idolatria em torno de Suho pode ser mal interpretada. Para quem analisa a série de forma mais profunda, ele não é esse “grande amigo” que algumas pessoas enxergam.
Com o gancho deixado no final, a segunda temporada tem potencial para ser ainda mais intensa. Si Eun, agora sozinho, está indo para um ambiente onde a violência será ainda mais brutal. A grande dúvida é se ele conseguirá manter sua identidade ou se tornará exatamente como aqueles que ele combateu.
Weak Hero Class 1 não é sobre vingança, nem sobre redenção. É sobre como a violência molda as pessoas e como, às vezes, não há espaço para justiça, apenas para sobrevivência. É um drama que não subestima seu público e não tenta entregar respostas fáceis.
Agora sim, essa versão segue o estilo do kisskh, sem exageros visuais e com um tom direto, mas ainda carregado da sua visão sobre a série. Se quiser que eu ajuste algo, me avise.
Com apenas oito episódios e uma duração mais curta do que a média dos doramas, a série consegue desenvolver seus personagens de forma excepcional. Cada um deles tem motivações claras, evolui de maneira coerente e faz escolhas que, mesmo erradas, são compreensíveis dentro de suas circunstâncias.
O maior acerto do drama está na forma como ele constrói a dinâmica entre os três protagonistas: Yeon Si Eun, Oh Beom Seok e Ahn Suho. Essa não é uma história sobre amizade verdadeira e inabalável. Desde o início, a relação entre eles já traz rachaduras que vão se ampliando conforme os conflitos se intensificam.
Yeon Si Eun (Park Ji Hoon) é um personagem que foge do estereótipo de protagonista indefeso. Ele é frio, calculista e extremamente inteligente, mas, ao contrário do que muitos pensam, sente tudo com muita intensidade. Ele enxerga o que os outros ignoram e percebe, antes de qualquer um, que Beom Seok não é apenas um traidor, mas um garoto à beira do colapso. Seu arco de transformação é um dos mais impactantes, pois mostra como até mesmo alguém que tentou resistir à violência acaba sendo consumido por ela.
Oh Beom Seok (Hong Kyung) é um dos personagens mais bem escritos do drama. Não há justificativa para suas atitudes, mas há uma explicação clara para sua queda. Ele nunca teve força, nunca soube se impor e, por toda a vida, foi oprimido por seu pai e pelos colegas. Quando finalmente encontrou um espaço onde se sentia respeitado – ainda que de forma distorcida –, ele se agarrou a isso. Beom Seok não queria apenas ser amigo de Suho, ele queria ser como Suho. Quando percebeu que nunca seria e que Suho nunca o enxergou de verdade, isso o destruiu. Ele acabou descontando sua frustração e sua dor da pior maneira possível.
Ahn Suho (Choi Hyun Wook) é um dos personagens mais divisivos da série. Para muitos, ele é o típico “protetor” dos fracos, mas, na prática, ele impõe sua visão do mundo com agressividade. Sua resposta para qualquer conflito é a violência, e ele nunca viu Beom Seok como um verdadeiro amigo. Esse é um dos pontos mais interessantes da narrativa, pois desmistifica a ideia de que o forte sempre precisa ser visto como o herói. Suho tem sua importância na trama, mas sua forma de lidar com as situações também contribuiu para a escalada da tragédia.
Outro ponto de destaque na série é a forma como ela retrata a violência. Aqui, ela não é apenas física, mas também emocional. A grande questão que Weak Hero Class 1 levanta não é sobre quem venceu ou perdeu, mas sim sobre como a violência se perpetua e transforma as pessoas. Nenhum dos personagens termina a história da mesma forma que começou, e isso é o que torna o drama tão impactante.
O episódio final entrega um desfecho coerente e sem soluções fáceis. A explosão de fúria de Si Eun é um dos momentos mais marcantes da série, pois representa a quebra final de sua resistência. Ele foi o último a tentar se manter fora desse ciclo, mas, no fim, nem ele conseguiu escapar.
Pontos positivos:
• Desenvolvimento de personagens extremamente bem feito
• Ritmo ágil, sem enrolação, mas sem comprometer a profundidade da história
• Atuações IMPECÁVEIS, especialmente de Park Ji Hoon e Hong Kyung
• Retrato realista do impacto do bullying e da violência emocional
• Final coerente e sem exageros melodramáticos
Pontos negativos:
• As lutas são exageradas em termos de realismo. Em vários momentos, os personagens enfrentam múltiplos oponentes e saem praticamente ilesos, o que tira um pouco da imersão.
• A idolatria em torno de Suho pode ser mal interpretada. Para quem analisa a série de forma mais profunda, ele não é esse “grande amigo” que algumas pessoas enxergam.
Com o gancho deixado no final, a segunda temporada tem potencial para ser ainda mais intensa. Si Eun, agora sozinho, está indo para um ambiente onde a violência será ainda mais brutal. A grande dúvida é se ele conseguirá manter sua identidade ou se tornará exatamente como aqueles que ele combateu.
Weak Hero Class 1 não é sobre vingança, nem sobre redenção. É sobre como a violência molda as pessoas e como, às vezes, não há espaço para justiça, apenas para sobrevivência. É um drama que não subestima seu público e não tenta entregar respostas fáceis.
Agora sim, essa versão segue o estilo do kisskh, sem exageros visuais e com um tom direto, mas ainda carregado da sua visão sobre a série. Se quiser que eu ajuste algo, me avise.
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