MiltonGomesQueiroz

Nem sei se consigo escrever essa resenha direito, pq ainda tô muito emocionado com esse final e com essa série toda. Que experiência única e inesquecível foi acompanhar a história de Oh e Teh. Eu sorri, fiquei com raiva, meu coração apertou, me excitou, xinguei e chorei, mas chorei e chorei muito acompanhando eles até essa conclusão magnífica. O tempo sempre é necessário não é mesmo? Ele cura, nos faz crescer e põe cada um em seu devido lugar na hora certa, sem atrasos. E foi isso que acompanhamos de Teh e Oh, uma história de amor épica que encontrou a vida real, e nesse encontro o amor foi testado, as pessoas mudaram e os sentimentos amadureceram. Começamos com Oh, um garoto bem resolvido com sua sexualidade, mas sem amor próprio, sem identidade e que entendia que o amor era ser aquilo que outro queria e desejava, era concordar com tudo e se anular. E que jornada linda e desafiadora ele teve ao se deparar com a realidade. Ele se encontrou, descobriu seu papel no mundo, vestiu seu amor próprio e pela primeira vez se escolheu, se priorizou e com isso amadureceu plenamente. Compreendeu que sonhos e promessas não são pra sempre, eles mudam, se transformam e se adaptam às pessoas e aos sentimentos. E Teh, esse foi o mais resistente a mudança, um garoto que sempre contou com a certeza da vida, com o garantido e por isso sempre esteve confuso e perdido, pq a vida e principalmente os sentimentos são incertos. Era egoísta, hedonista, inconsequente, imaturo e imediatista e sempre acabava machucando alguém com tudo isso. E só conseguia entender as consequências de suas ações, depois que perdia, quebrava a cara, esse a vida teve trabalho pra moldar. E demorou ele sair desse círculo vicioso e entender o que realmente tinha valor, o que realmente era precioso. Foi necessário ele conseguir tudo que sempre sonhou, pra perceber que o mais importante ele perdeu por incompetência e imaturidade dele. Mas pelo menos ele também amadureceu e conseguiu compreender isso. E foi necessário tudo isso que aconteceu, pq se eles não passassem por isso, não seriam as pessoas que eles se tornaram, o sofrimento de cada um os moldou. Eles não entenderiam o real significado de amar alguém, de ter um relacionamento, até pq tem as partes cor de rosa sim, tem as fantasias sim, mas tb tem as partes difíceis, os problemas, os desafios e nisso que os sentimentos são testados. Foi um final que eu esperava assistir, mas não tão açucarado ou fantasioso, foi um final com os dois pés no chão, com a razão de mãos dadas com a emoção. Um final de pessoas reais com problemas e sentimentos reais apesar de ser uma ficção. Novamente digo e acho que isso deve ser a marca registrada desse diretor: como não se identificar com Teh e Oh? Como não se sentir parte dessa história? O sentimento que tenho nessa conclusão dessa saga é agridoce, mas que já estou com saudades. Obrigado Oh por me lembrar que apesar de amar muito alguém e essa pessoa ser a mais importante pra mim, eu devo sempre me amar e me priorizar antes de tudo. Obrigado Teh por me ensinar qua as omissões e dúvidas podem destruir algo precioso pra mim, por me mostrar que sempre há tempo de aprendermos se estivermos dispostos e que nem sempre realizar nossos sonhos é sinônimo de felicidade. Obrigado Teh e Oh, pela aula do que não devemos fazer em um relacionamento rsrsrs e por serem exemplos de resiliência, perseverança e amor. Finalizando, mais uma temporada excepcional e única, nota 20, pq 10 é pouco pra essa obra prima do gênero. Direção, roteiro, atuações, trilha sonora e fotografia impecáveis e sem defeito algum. Quero uma terceira temporada do casamento de Teh e Oh e o desenrolar desse novo recomeço. Se a primeira ele contou ao pôr do sol, a segunda ele prometeu a lua, a terceira poderia ser o eclipse entre nós dois (tô viajando demais, eu sei kkkkkkk). Amei rever Bas, continua lindo e fofo que dá vontade de pôr ele num potinho.