
Seria errado se apaixonar por uma fantasma?
Uma produção da Genie TV. Onde um taxista trabalha com uma alma que tem amnésia, tendo que lidar não só com a ausência de memória da fantasma mas também com casos misteriosos não solucionados.Um dorama sobre justiça, traumas e arrependimentos com uma pitada de romance e terror sobrenatural, porém abordados de forma leve e com vários alívios cômicos, aliás, não espere nada muito fervente. A proposta é mostrar os conflitos do protagonista e como ele amadurece a cada evento novo junto com a solução dos mistérios que o rodeiam. Num ritmo rápido e dinâmico.
O enredo da história é feito com pequenos contos de fantasmas e uma trama principal que ocorrem simultaneamente, com o desenvolvimento entre os personagens principais e secundários.
O protagonista imaturo, por sua vivência familiar, agora se encontra com uma responsabilidade muito maior, após um acontecimento na série. A partir disso a trama envolve o espectador em uma viagem por vários contos curtos, de almas que ainda vagam pelo mundo, tendo como propósito fazer com que o taxista realize os últimos desejos desses fantasmas, também fazendo com que ele mude a sua perspectiva de vida.
Pra quem gosta de uma atuação genuína, muito por conta da protagonista (Bang Min Ah) que fez um trabalho excelente, é uma boa recomendação.
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A esperança contra a opressão e a vingança de uma criatura ressentida
A sensação que eu tive era de que poderia ser uma série bem mais interessante, porque o visual é bonito, o elenco é muito bom, os temas abordados são fortes, mas, a narrativa do protagonista masculino é muito limitada e a narrativa do romance contribuiu pra que a história ficasse desconexa.O romance foi tão acanhado que eu comecei a rir no episódio que a Chae-ok (FL) segurou o braço do Tae-sang (ML). Parecia que tinham contratado dois desconhecidos e colocaram eles pra encenar aquela cena. Não vá esperando muita química desse casal, porque não tem quase nenhuma.
Vi críticas sobre o Park Seo-joon atuando como Jang Tae-sang mas pra mim ele se esforçou e fez o máximo com o que ele tinha. Nós vemos um cara que só olha para o próprio o umbigo desde o primeiro episódio e a história (de forma sutil) tenta acrescentar qualidades nele, como a compaixão, a liderança, a benevolência em ajudar o próximo, mas a ideia da escritora com esse personagem é de que ele fosse como uma pessoa dos dias atuais, inserido naquela época e tentando sobreviver naquele contexto e naquelas situações. E é isso que ele é, um homem que toma decisões questionáveis assim como nós, tentando sobreviver, o que limita e fecha portas pra um desenvolvimento mais complexo dele.
Ah Chae-ok… aqui temos um assunto mais problemático, o diretor ou quiçá a própria escritora queria deixar implícito o quanto a protagonista feminina era forte e durona, tanto que há uma desconstrução da imagem de força na interação dela com os personagens de suporte e até mesmo com o Tae-sang. Quando você pensa em um guarda, um pai, ou um magnata, você imagina que eles tem algum senso de proteger, de tomar ação e tudo bem caso não tenham até porque eles estão dentro de uma narrativa mas esses pontos sempre eram mostrados de forma inferior ao lado dela e deixaram a protagonista incoerente com o restante dos personagens. E assumindo que foi proposital, é contraditório eles terem abandonado todo o desenvolvimento nos últimos episódios pra mostrar uma Chae-ok mais frágil, mais sentimental e até mais afetiva.
Agora um dos detalhes que eu curti bastante foi a representação da esperança na cor azul. Temos não só a cena de abertura, que mostra a criatura usando uma roupa azul, como também uma cena em um dos episódios de uma criança inocente que estava no laboratório usando azul, e um dos líderes dos rebeldes usando uma gravata azul, o próprio protagonista joga seu lenço azul fora enquanto diz que não faria parte dos rebeldes (como se estivesse jogado fora sua esperança no passado) e até mesmo a Maeda sentada em uma almofada azul, que na minha visão simboliza que ela tinha esperança de conseguir fazer o Tae-sang ficar com ela. E no final, toda Gyeongseong fica azulada, como se não só a paz mas a esperança do povo tivesse reinado. O que nos revela que, não importa se é um oprimido, um inocente, um vilão ou uma criatura, sempre há espaço para a esperança… ou não.
Provavelmente não vou assistir a segunda temporada, pelos problemas que eu citei sobre os protagonistas mas dentre os altos e baixos, dá pra aproveitar, inclusive o CGI dessa série ficou bom. E a verdadeira criatura é a Maeda, que por causa da rejeição submeteu inocentes àquelas condições horríveis. Como se não bastasse a opressão do povo de Gyeongseong.
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