This review may contain spoilers
A premissa do drama já não é algo genial, e como eu suspeitava, eles ainda conseguem errar fazendo o simples.
A história começa com o príncipe da corte do reino de Yuan emboscando a rainha do reino de "Goryeo", que é ferida fatalmente. Ninguém no reino tem a capacidade de salvá-la, então, sob ordens do Rei, o general é enviado até os "céus" para trazer uma médica, pois só as pessoas de lá têm a habilidade de cura necessária. A ideia central até parece interessante, com esse entrelaçamento entre o mundano e o sobrenatural, mas a execução falha em diversos aspectos.
Sinceramente, à primeira vista, poderia parecer algo espetacular e promissor, mas, na realidade, é uma grande bagunça. A trama se perde em seus próprios recursos e não consegue manter a coesão de uma narrativa envolvente.
Os personagens são um dos pontos mais fracos da obra. Com exceção do general, que é o único que possui um desenvolvimento mínimo (sabemos um pouco sobre suas frustrações, seu passado e o motivo de suas ações), os outros personagens não são bem explorados. O Rei, que apresenta uma pequena mudança ao passar a querer se libertar das garras do príncipe da corte de Yuan, e Ki Cheol, o príncipe, são pouco desenvolvidos. O que é mais frustrante é que os personagens secundários aparecem apenas como ferramentas do roteiro, sem qualquer profundidade, e são descartados à medida que a história avança. Não há interesse no que acontece com eles, pois não foi investido tempo em criar uma ligação mais forte com o espectador.
Em relação à trilha sonora, ela é mediana: não se destaca, mas também não compromete. Não é uma música que vai ficar na memória, mas também não é algo que prejudique a experiência do espectador. No entanto, o grande erro é que, mesmo sem grandes falhas musicais, ela não contribui efetivamente para a imersão no drama.
A ambientação é outro ponto que compromete a obra. Não sei se foi uma escolha intencional ou uma falha técnica, mas a ideia de "antigo" se perde em efeitos medíocres e cenários que são, no mínimo, decepcionantes. A transição entre as cenas também é um grande erro, especialmente quando se foca constantemente no mesmo ângulo para mostrar o castelo, o que transmite uma falta de criatividade no uso do cenário. O problema não é só a repetição, mas a falta de imaginação na hora de criar uma sensação de grandiosidade e misticismo.
Além disso, o maldito portal, que é um dos maiores elementos que move a trama, simplesmente aparece sem qualquer explicação. Ele é jogado na história como um artifício para avançar a narrativa, mas sem aprofundamento sobre sua origem ou seu propósito. Os personagens com poderes também são introduzidos sem qualquer contextualização ou justificativa plausível. A separação dos poderes e a forma como eles interagem entre si nunca é explicada, o que deixa o espectador com muitas perguntas e sem respostas.
Apesar de todos esses problemas, existem algumas poucas coisas que funcionam no drama. O personagem do general, por exemplo, é razoavelmente cativante, e a interação entre ele e a médica é um dos poucos aspectos que trazem algo mais genuíno à obra. O enredo tem potencial, mas não é bem aproveitado.
O final, apesar de ser feliz, não apaga os erros cometidos ao longo da trama. Ele oferece uma resolução, mas não é suficiente para corrigir todos os furos e a falta de desenvolvimento que permeiam toda a obra. O drama, no fim, acaba se mostrando uma grande oportunidade perdida, uma história com uma premissa interessante que se perde pela falta de coesão e profundidade.
Em resumo, "Faith" é um drama que poderia ter sido muito mais do que foi, mas falha em quase todos os aspectos essenciais para criar uma obra realmente envolvente. Não justifica seu tempo de exibição, especialmente com tantos elementos mal explorados e pontos que ficam soltos sem nenhuma explicação convincente.
A história começa com o príncipe da corte do reino de Yuan emboscando a rainha do reino de "Goryeo", que é ferida fatalmente. Ninguém no reino tem a capacidade de salvá-la, então, sob ordens do Rei, o general é enviado até os "céus" para trazer uma médica, pois só as pessoas de lá têm a habilidade de cura necessária. A ideia central até parece interessante, com esse entrelaçamento entre o mundano e o sobrenatural, mas a execução falha em diversos aspectos.
Sinceramente, à primeira vista, poderia parecer algo espetacular e promissor, mas, na realidade, é uma grande bagunça. A trama se perde em seus próprios recursos e não consegue manter a coesão de uma narrativa envolvente.
Os personagens são um dos pontos mais fracos da obra. Com exceção do general, que é o único que possui um desenvolvimento mínimo (sabemos um pouco sobre suas frustrações, seu passado e o motivo de suas ações), os outros personagens não são bem explorados. O Rei, que apresenta uma pequena mudança ao passar a querer se libertar das garras do príncipe da corte de Yuan, e Ki Cheol, o príncipe, são pouco desenvolvidos. O que é mais frustrante é que os personagens secundários aparecem apenas como ferramentas do roteiro, sem qualquer profundidade, e são descartados à medida que a história avança. Não há interesse no que acontece com eles, pois não foi investido tempo em criar uma ligação mais forte com o espectador.
Em relação à trilha sonora, ela é mediana: não se destaca, mas também não compromete. Não é uma música que vai ficar na memória, mas também não é algo que prejudique a experiência do espectador. No entanto, o grande erro é que, mesmo sem grandes falhas musicais, ela não contribui efetivamente para a imersão no drama.
A ambientação é outro ponto que compromete a obra. Não sei se foi uma escolha intencional ou uma falha técnica, mas a ideia de "antigo" se perde em efeitos medíocres e cenários que são, no mínimo, decepcionantes. A transição entre as cenas também é um grande erro, especialmente quando se foca constantemente no mesmo ângulo para mostrar o castelo, o que transmite uma falta de criatividade no uso do cenário. O problema não é só a repetição, mas a falta de imaginação na hora de criar uma sensação de grandiosidade e misticismo.
Além disso, o maldito portal, que é um dos maiores elementos que move a trama, simplesmente aparece sem qualquer explicação. Ele é jogado na história como um artifício para avançar a narrativa, mas sem aprofundamento sobre sua origem ou seu propósito. Os personagens com poderes também são introduzidos sem qualquer contextualização ou justificativa plausível. A separação dos poderes e a forma como eles interagem entre si nunca é explicada, o que deixa o espectador com muitas perguntas e sem respostas.
Apesar de todos esses problemas, existem algumas poucas coisas que funcionam no drama. O personagem do general, por exemplo, é razoavelmente cativante, e a interação entre ele e a médica é um dos poucos aspectos que trazem algo mais genuíno à obra. O enredo tem potencial, mas não é bem aproveitado.
O final, apesar de ser feliz, não apaga os erros cometidos ao longo da trama. Ele oferece uma resolução, mas não é suficiente para corrigir todos os furos e a falta de desenvolvimento que permeiam toda a obra. O drama, no fim, acaba se mostrando uma grande oportunidade perdida, uma história com uma premissa interessante que se perde pela falta de coesão e profundidade.
Em resumo, "Faith" é um drama que poderia ter sido muito mais do que foi, mas falha em quase todos os aspectos essenciais para criar uma obra realmente envolvente. Não justifica seu tempo de exibição, especialmente com tantos elementos mal explorados e pontos que ficam soltos sem nenhuma explicação convincente.
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