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Black korean drama review
Completed
Black
2 people found this review helpful
by Jhonny_Santos
Jun 30, 2019
18 of 18 episodes seen
Completed
Overall 6.5
Story 6.5
Acting/Cast 7.0
Music 6.0
Rewatch Value 6.0
This review may contain spoilers
A premissa de Black inicialmente parece promissora e interessante, mas ao longo dos episódios, ela se revela aquém das expectativas. O drama se perde em alguns momentos, especialmente nos primeiros episódios, onde a história parece não se levar a sério. A presença dos ceifeiros, seres que observam os humanos por décadas, mas não sabem que as pessoas precisam usar calças, chega a ser ridícula. É como se a obra estivesse tratando o telespectador com desdém, o que, apesar de me fazer rir em certos momentos, não deixa de ser uma escolha narrativa sem noção.

A protagonista é, sem dúvida, um dos pontos mais irritantes do drama. Ao invés de agir de forma mais natural, ela força constantemente as situações, o que torna suas ações e as primeiras tramas menos envolventes. No entanto, a partir do episódio 9, a trama começa a ganhar um ritmo mais interessante. O protagonista masculino, que inicialmente é insuportável, especialmente no primeiro episódio com suas reações exageradas ao ver cadáveres, acaba se tornando mais tolerável após os eventos que seguem sua morte e a posse de seu corpo pelo ceifador.

O drama, para mim, deveria ter se mantido mais sombrio e sério, mas há momentos de comédia que, na minha opinião, tornam a obra cansativa em diversos pontos. Em alguns episódios, o tom não parece condizer com o tema central, o que prejudica a experiência, pois a obra parece perder foco entre os momentos de tensão e as tentativas de inserir humor.

Apesar de algumas falhas, como a trama rasa do romance e a falta de maior profundidade nos personagens, a obra tem qualidades. A principal delas é a conexão entre os eventos, algo que, no geral, foi bem estruturado, apesar de algumas soluções previsíveis. O fato de tudo ser orquestrado por uma única pessoa, com motivações aparentemente aleatórias, faz com que a história, no fundo, se torne um pouco forçada. A sugestão de que a protagonista é metade ceifadora e metade humana, explicando sua habilidade de ver a morte das pessoas, é uma teoria plausível, assim como a ideia do ceifador ser capaz de ver o futuro das mortes.

A fotografia do drama também é um ponto positivo, com cenas bem produzidas e que ajudam a criar uma atmosfera envolvente. Os últimos 30 minutos do drama, de fato, são de grande impacto e oferecem uma conclusão satisfatória, embora a resolução de alguns aspectos do enredo, como o destino do deus do mundo, permaneça em aberto, o que pode frustrar alguns espectadores.

Black é um bom drama, mas se você não for fã de enredos que misturam investigação, crimes e o sobrenatural, pode achar a trama arrastada e, em alguns momentos, monótona. O romance, por sua vez, é raso e carece de intensidade, o que prejudica o envolvimento emocional do telespectador. Para quem está mais acostumado com esse tipo de enredo, pode ser mais cativante, mas, para mim, foi uma experiência um pouco aquém do esperado.

Em conclusão, Black tem qualidades interessantes, como a conexão dos eventos e a fotografia, mas peca em momentos cruciais pela falta de profundidade e pela inconsistência tonal. A obra tem um bom potencial, mas se perde ao tentar equilibrar comédia e drama, e a falta de explicações mais claras para alguns aspectos do universo do drama acaba deixando questões em aberto. Para quem gosta do gênero, pode ser uma boa pedida.

No fim, nunca explicaram o deus desse mundo, mas enfim... é isto.
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