This review may contain spoilers
Diferente de algumas pessoas que iniciaram esperando um retrato histórico fidedigno - o que é um erro na esmagadora maioria das obras de ficção, que só usam o período histórico como pano de fundo -, eu coloquei esse dorama na minha lista unicamente pela capa, que achei sensacional, e criei todo um imaginário de um drama grandioso. Pois bem, realmente o dorama oferecia e tinha possibilidade de ser algo sensacional pela temática: a anexação da Coreia ao Japão, um protagonista moralmente ambíguo servindo ao império, tensões políticas, violência colonial, fortes vínculos do passado e presente, traições, um grupo fazendo a resistência coreana e, o mais importante, a figura mítica do “Gaksital”, um símbolo de resistência. O cenário é, em teoria, perfeito para um dorama inteligente, intenso, recheado dos conflitos e emocionante, caso fosse uma obra séria, o que definitivamente não é o caso.
Bridal Mask, infelizmente, pega todo o potencial narrativo e joga no lixo em prol de um melodrama barato e extremamente repetitivo, usando toda a ambientação histórica e política puramente como nada, essa história poderia se passar em qualquer outro lugar, só mudaria os países que não perderia absolutamente nada. A narrativa perde coerência, os personagens tornam-se peças inconsistentes movidas por conveniências do roteiro, os tiros nunca acertam ninguém, só quando é necessário, e o conflito se repete em ciclos exaustivos de capturas e resgates sem propósito. O trio principal sofre com arcos frágeis - Kang-to é o melhor personagem dos três com folga, por mais que antes da virada de chave ele seja insuportável pela cegueira em captura o símbolo da resistência; o problema dele é puramente a repetição e a inconsistência do roteiro, que acaba prejudicando o todo, mas puramente como personagem, ele é interessante. Shunji de certa forma se torna interessante com virada até certo ponto, o problema é que ele vai ficando cego e acaba virando nada mais que um psicopata que só enxerga o Mask, no caso, ele se torna o Kang inicial e, por fim, Mok Dan é reduzida a uma pobre donzela em perigo, que só é protegida na maioria das vezes e nada mais.
Os personagens secundários, muitos deles apresentados como se fossem parte de uma grande teia política e social, acabam servindo apenas como decorações dramáticos, figuras que entram e saem sem impacto, sendo abandonadas quando não são mais convenientes para o melodrama. Há uma falsa complexidade no excesso de rostos, mas pouquíssima substância. A trama política vira pano de fundo decorativo, o romance é artificial e construído sobre idealizações vazias, ninguém ama eles pelo presente, é sempre o passado ou a idealização de um símbolo, e o dorama, apesar de seu potencial, falha em entregar densidade dramática, coerência interna, profundidade dos elementos e desenvolvimento real. No fim, é só mais um dorama com ideias fortes, temas importantes, mas execução pífia e tratado com superficialidade, preferindo o impacto raso do momento a profundidade real e duradoura.
Bridal Mask, infelizmente, pega todo o potencial narrativo e joga no lixo em prol de um melodrama barato e extremamente repetitivo, usando toda a ambientação histórica e política puramente como nada, essa história poderia se passar em qualquer outro lugar, só mudaria os países que não perderia absolutamente nada. A narrativa perde coerência, os personagens tornam-se peças inconsistentes movidas por conveniências do roteiro, os tiros nunca acertam ninguém, só quando é necessário, e o conflito se repete em ciclos exaustivos de capturas e resgates sem propósito. O trio principal sofre com arcos frágeis - Kang-to é o melhor personagem dos três com folga, por mais que antes da virada de chave ele seja insuportável pela cegueira em captura o símbolo da resistência; o problema dele é puramente a repetição e a inconsistência do roteiro, que acaba prejudicando o todo, mas puramente como personagem, ele é interessante. Shunji de certa forma se torna interessante com virada até certo ponto, o problema é que ele vai ficando cego e acaba virando nada mais que um psicopata que só enxerga o Mask, no caso, ele se torna o Kang inicial e, por fim, Mok Dan é reduzida a uma pobre donzela em perigo, que só é protegida na maioria das vezes e nada mais.
Os personagens secundários, muitos deles apresentados como se fossem parte de uma grande teia política e social, acabam servindo apenas como decorações dramáticos, figuras que entram e saem sem impacto, sendo abandonadas quando não são mais convenientes para o melodrama. Há uma falsa complexidade no excesso de rostos, mas pouquíssima substância. A trama política vira pano de fundo decorativo, o romance é artificial e construído sobre idealizações vazias, ninguém ama eles pelo presente, é sempre o passado ou a idealização de um símbolo, e o dorama, apesar de seu potencial, falha em entregar densidade dramática, coerência interna, profundidade dos elementos e desenvolvimento real. No fim, é só mais um dorama com ideias fortes, temas importantes, mas execução pífia e tratado com superficialidade, preferindo o impacto raso do momento a profundidade real e duradoura.
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