This review may contain spoilers
É interessante por retratar situações cotidianas do sistema educacional a partir de uma ótica bastante incomum: a dos cursinhos preparatórios, espaço marcado por competitividade extrema, hierarquias rígidas e uma lógica de desempenho que reflete, de forma condensada, a dureza do sistema asiático de ensino. Nunca precisei frequentar esse tipo de ambiente, portanto não tenho base para afirmar como ele funciona de fato e, principalmente, se seria possível compará-lo ao sistema asiático, que é notoriamente mais rígido e marcado por uma carga de pressão insana. Para complicar ainda mais, o foco da narrativa não está exatamente nos alunos ou nas aulas - esses elementos existem, aparecem com certa frequência, mas cumprem mais o papel de normalizar o retrato apresentado. O verdadeiro centro da obra é o jogo de poder e controle exercido pelo sistema, mediado pelos professores e administradores, isso fica mais evidente perto do meio do dorama. O romance está presente, mas funciona mais como um motor narrativo que desencadeia uma série de consequências, servindo para expor o pior e o melhor dos personagens dentro dessa guerra silenciosa de inveja, manipulação e ego. Por outro lado, assim como a força do dorama está no tema incomum que ele escolhe abordar, suas falhas também se originam daí. Situações que poderiam ser resolvidas com relativa facilidade acabam, por vezes, escalando para níveis desnecessários, e isso ocorre com certa frequência ao longo da narrativa. Além disso, A figura do professor Pyo Sang Seop, embora carregada de simbolismo e certa relevância narrativa pela figura que representa, sofre com uma execução excessivamente engessada, tornando suas aparições menos palatáveis do que poderiam ser.
Ainda assim, o dorama acerta ao construir relações humanas críveis. O casal principal funciona bem, assim como o casal secundário que se desenvolve ao longo da narrativa - pena que eles possuem poucos momentos -, além dos donos do bar, que cumprem um papel importante como espaço de respiro e convivência. A fotografia e os cenários noturnos da cidade acrescentam uma camada de elegância e maturidade à obra, reforçando seu tom mais contido, adulto e reflexivo. No conjunto, trata-se menos de uma história de amor e mais de um retrato das distorções humanas provocadas por um sistema competitivo e opressivo.
*Possivelmente o dorama com a maior quantidade de personagens femininas que eu gostei no final: Seo Hye Jin (gostei dela depois do discurso sobre não precisar de jóias e riqueza e sim de ser amada e alimentada, das iniciativas por parte dela. Essas colocações e ações mexem com um homem de forma que poucas mulheres imaginam), Nam Cheong (passei a gosta dela perto do final) e a assistente da Seo Hye Jin.
Ainda assim, o dorama acerta ao construir relações humanas críveis. O casal principal funciona bem, assim como o casal secundário que se desenvolve ao longo da narrativa - pena que eles possuem poucos momentos -, além dos donos do bar, que cumprem um papel importante como espaço de respiro e convivência. A fotografia e os cenários noturnos da cidade acrescentam uma camada de elegância e maturidade à obra, reforçando seu tom mais contido, adulto e reflexivo. No conjunto, trata-se menos de uma história de amor e mais de um retrato das distorções humanas provocadas por um sistema competitivo e opressivo.
*Possivelmente o dorama com a maior quantidade de personagens femininas que eu gostei no final: Seo Hye Jin (gostei dela depois do discurso sobre não precisar de jóias e riqueza e sim de ser amada e alimentada, das iniciativas por parte dela. Essas colocações e ações mexem com um homem de forma que poucas mulheres imaginam), Nam Cheong (passei a gosta dela perto do final) e a assistente da Seo Hye Jin.
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