This review may contain spoilers
"Pela primeira e última vez na minha vida, eu quero viver do meu jeito. Mesmo que essa vida signifique a morte, assim você também poderá descansar em paz... ao meu lado."
The Hymn of Death se passa entre 1921 e 1926, um período em que Joseon estava sob domínio do Japão. Desde o início, a obra estabelece um clima pesado, com a juventude lutando pela liberdade, cenas de tirania e um sentimento de opressão constante. É nesse cenário que acompanhamos a história de Kim Woo-jin, um estudante de literatura cujo sonho de liberdade está fadado ao fracasso antes mesmo de começar. Após os estudos, ele será obrigado a trabalhar na empresa da família, seguindo um destino que nunca escolheu. Paralelamente, conhecemos Yun Sim-deok, uma talentosa cantora lírica cujo sonho de carreira é sufocado por sua realidade financeira e um escândalo que mancha sua reputação na Coreia.
Os dois se conhecem no Japão e se apaixonam enquanto estudam. No entanto, o relacionamento é impossível desde o início. Kim Woo-jin pertence a uma família rica e já está casado, em um matrimônio imposto por seu pai. O breve período em que pode estudar literatura no Japão representa um raro respiro para sua alma, ainda mais depois de encontrar Yun Sim-deok, que nunca havia experimentado o amor antes dele. Ela, por sua vez, se tornou a primeira soprano de Joseon e uma das pioneiras da música pop coreana, mas sua vida sempre esteve presa às imposições sociais e econômicas. Diante de uma sociedade que não lhes permite viver esse amor, os dois tomam a decisão trágica de se jogar juntos de um navio, encerrando suas vidas de forma definitiva.
O drama possui uma delicadeza e sutileza na construção de sua história e personagens principais. Ambos são profundos dentro do que a narrativa propõe, e a abordagem melancólica combina bem com o tom da obra. No entanto, por se tratar de um drama curto, ele deixa de explorar elementos que poderiam enriquecer a experiência, como as peças de teatro de Woo-jin, a carreira de Sim-deok e os demais personagens. Essa superficialidade é compreensível dentro da limitação de tempo, mas ainda assim, enfraquece a imersão na história.
A trilha sonora é muito boa, mas o grande destaque fica para a fotografia, que é espetacular e ajuda a criar a atmosfera melancólica necessária para a narrativa. Ainda assim, o que impede The Hymn of Death de receber uma nota maior é a falta de peso e carga dramática suficientes para dar impacto à história. Apesar das atuações serem competentes, não consegui sentir verdadeiramente o peso emocional que os protagonistas carregavam, o que enfraquece o impacto final.
No fim, The Hymn of Death tem qualidades técnicas notáveis e uma história com potencial, mas sua curta duração e falta de profundidade emocional fazem com que a experiência seja menos marcante do que poderia ser. É um drama que toca em temas fortes, como o amor impossível e a opressão social, mas sem explorá-los com toda a intensidade que mereciam.
The Hymn of Death se passa entre 1921 e 1926, um período em que Joseon estava sob domínio do Japão. Desde o início, a obra estabelece um clima pesado, com a juventude lutando pela liberdade, cenas de tirania e um sentimento de opressão constante. É nesse cenário que acompanhamos a história de Kim Woo-jin, um estudante de literatura cujo sonho de liberdade está fadado ao fracasso antes mesmo de começar. Após os estudos, ele será obrigado a trabalhar na empresa da família, seguindo um destino que nunca escolheu. Paralelamente, conhecemos Yun Sim-deok, uma talentosa cantora lírica cujo sonho de carreira é sufocado por sua realidade financeira e um escândalo que mancha sua reputação na Coreia.
Os dois se conhecem no Japão e se apaixonam enquanto estudam. No entanto, o relacionamento é impossível desde o início. Kim Woo-jin pertence a uma família rica e já está casado, em um matrimônio imposto por seu pai. O breve período em que pode estudar literatura no Japão representa um raro respiro para sua alma, ainda mais depois de encontrar Yun Sim-deok, que nunca havia experimentado o amor antes dele. Ela, por sua vez, se tornou a primeira soprano de Joseon e uma das pioneiras da música pop coreana, mas sua vida sempre esteve presa às imposições sociais e econômicas. Diante de uma sociedade que não lhes permite viver esse amor, os dois tomam a decisão trágica de se jogar juntos de um navio, encerrando suas vidas de forma definitiva.
O drama possui uma delicadeza e sutileza na construção de sua história e personagens principais. Ambos são profundos dentro do que a narrativa propõe, e a abordagem melancólica combina bem com o tom da obra. No entanto, por se tratar de um drama curto, ele deixa de explorar elementos que poderiam enriquecer a experiência, como as peças de teatro de Woo-jin, a carreira de Sim-deok e os demais personagens. Essa superficialidade é compreensível dentro da limitação de tempo, mas ainda assim, enfraquece a imersão na história.
A trilha sonora é muito boa, mas o grande destaque fica para a fotografia, que é espetacular e ajuda a criar a atmosfera melancólica necessária para a narrativa. Ainda assim, o que impede The Hymn of Death de receber uma nota maior é a falta de peso e carga dramática suficientes para dar impacto à história. Apesar das atuações serem competentes, não consegui sentir verdadeiramente o peso emocional que os protagonistas carregavam, o que enfraquece o impacto final.
No fim, The Hymn of Death tem qualidades técnicas notáveis e uma história com potencial, mas sua curta duração e falta de profundidade emocional fazem com que a experiência seja menos marcante do que poderia ser. É um drama que toca em temas fortes, como o amor impossível e a opressão social, mas sem explorá-los com toda a intensidade que mereciam.
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