
Maiko nunca esteve em um relacionamento, mas aceita ir em um encontro às cegas indicado pelo pai, e lá conhece Harumi, um homem 20 anos mais velho que é divorciado. Ela se vê atraída pelo jeito encantador dele, ele no entanto, à primeira vista não queria levar o encontro à diante, mas percebe nela algo diferente.
Esse drama japonês é basicamente sobre como manter um relacionamento apesar das diferenças. É muito maduro e cativante. Maiko é uma jovem brilhante e cheia de vida; Harumi é um homem que não via a possibilidade de encontrar um novo interesse amoroso desde que seu casamento não deu certo. Mas os dois, com o dia a dia percebem que são mais compatíveis do que imaginavam.
Em seus 8 episódios, "My-December Marriage" mostra as dificuldades de se viver à dois, como também os prazeres de dividir a vida com alguém. Maiko precisa entender como deixar o marido fazer parte da vida dela, e Harumi não quer cometer os mesmos erros do passado.
Achei a atuação muito boa e foi um drama japonês que não tem tanto a parte cômica e caricata na protagonista feminina como é comum ver em mangás. Maiko tem um trabalho que quer ser excelente, tem domínio da própria vida e desejos; assim como Harumi, que tem seus desafios como homem mais velho.
Indico muito esse j-drama!
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Aprendi a gostar muito de dramas históricos – sageuks –, e esse não peca em nada; muito pelo contrário, acrescenta e me deu mais opiniões a respeito do gênero. Ele passeia pelas tretas palacianas bem comuns, mas sem deixar de ser divertido ou desviar do objetivo.
Nok Du é um garoto que vive numa pacata ilha com o pai e o irmão e não tem a mínima noção de que o pai esconde alguns segredos. Mas quando a família é atacada por assassinos sendo que nunca fizeram mal a ninguém, um instinto o move tomar uma atitude para descobrir o que está por detrás do acontecimento. E quando chega na cidade encontra Dong Jo, uma garota que tem a intenção de matar o rei com uma flechada.
O encontro característico do casal principal além de proposital, já deixa ás claras que ninguém na trama é privilegiado. Como uma ginsaeng em treinamento, Dong Jo está aprendendo a arte de agradar os homens, e vive num vilarejo para viúvas. E é assim que Nok Du tem a grandiosa ideia de se vestir de mulher, fazendo com que a trama vire um gender bender, que é quando um personagem veste roupas do sexo oposto.
Sou suspeita em falar desse gênero que é pouco utilizado e eu amo, mas que já teve seus momentos de glória no mundo asiático. Foi bom ver esse retorno e o vi com outros olhos. Meu primeiro drama da vida foi Coffee Prince, só que era uma menina sendo um garoto e a maioria dos gender bender são assim; então, ver a atuação excepcional do Dong Yoon foi uma lufada de ar fresco. Ele realmente entrou no personagem e era possível ver a modulação da voz, o treino físico para atuar como mulher dando vida a Lady Kim. Que talento!
Nosso protagonista entra em várias trapalhadas enquanto tenta manter o disfarce e ainda investigar o que tem de tão diferente na vila das viúvas, mas sem deixar que Dong Joo tenha um papel importante em muitas das cenas. Ela é uma personagem que não perde em nada, tem seu destaque na trama e um passado triste, por isso seus motivos em matar o rei.
Não posso esquecer de comentar que o poder feminino desse dorama é enorme. Ao criar uma vila de viúvas, a roteirista deu destaque a vida de mulheres que após a perda do marido são praticamente deixadas de lado pela família e precisam dar um jeito de ganhar o sustento. E mesmo não podendo me estender para não soltar nenhum spoiler, o que está por trás da vila também tem seu próprio empoderamento.
Quero também dar destaque ao Yool Mu por ter uma paixão pela Dong Joo e ser a outra ponto dentro do triângulo amoroso dessa história. Não gosto da temática, mas eu mudei de ideia, pois aqui ele é vital. Além dele se mostrar um personagem diferente. Kang Tae Oh protagonizou as duas temporadas de My First First Love na Netflix e gosto muito da atuação dele. E não só ele, tem muitos atores bons nesse dorama, é um dos pontos positivos de sageuk: conhecer vários atores. Outra fofura é a Aeng Do, uma menininha apaixonada pelo Nok Du, vocês vão concordar comigo se assistirem.
As tretas no palácio são excelente! Creio que The Tale of Nokdu tem um dos melhores plot twist em sageuk que já tive o prazer em assistir em um sageuk. Um bom modo de mostrar como a ambição tem seus meios equivocados.
Fico imensamente grata em dizer que o final desse dorama é maravilhoso. Um lindo felizes para sempre. E eu não pediria menos que isso, pois o romance do casal foi muito bem construído ao longo dos episódios e dá para sentir como eles se importam um com o outro. A química tava lá e veio recheada de demonstrações de afeto e beijinhos, para o alívio da nação dorameira.
Assistam!! Tenho certeza que quando começar você vai piscar e daqui a pouco acabar. É muito bom!
Até a próxima! ⤳
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O relacionamento não me pegou tanto, até que a família dele se mete e vira um relacionamento fake. A entrega do personagem masculino é melhor, mas algumas coisas não me agradaram como o primeiro beijo à força. Perdeu o encanto e até cheguei a pensar em abandonar. O romance não é tão bom.
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Yu Ri conhece o médico Jo Kang Hwa ainda na faculdade e se apaixonam à primeira vista, já entregando no primeiro episódio uma visão bem ampla sobre o casal, que logo se casam e descobrem que vão ser pais. Alguns meses depois, numa saída para o trabalho, a futura mãe é atropelada, socorrida, mas não sobrevive. No entanto, sua bebê é salva, deixando um pai solteiro como responsável por ela. Completamente desesperado, Jo Kang Hwa se vê como pai solteiro da bebê, porém, não consegue se perdoar pelo que não conseguiu realizar como médico no dia do acidente. Mas o que desconhece é que sua amada esposa está ao seu lado como fantasma, acompanhando tudo, visto que não conseguiu ir para o próximo plano.
Após cinco anos, Cha Yu Ri ainda não entende porque perdeu a chance de viver feliz com a sua família, ser mãe da sua linda Seo Woo e ainda ver seu marido casando de novo. E é em um dia de revolta completa à Deus, que ela consegue ser vista pelos humanos e não entende porque recebeu essa nova chance, mas com a ajuda de uma xamã que tenta fazer os fantasmas da casa funerária voltarem para seu devido lugar, é que nossa protagonista vai ter 49 dias para retomar seu lugar.
O conceito de ter esse tempo determinado para conseguir algo em dramas de fantasia não é novo, aliás, é algo muito comum dentro da cultura budista, onde eles entendem que a pessoa plana entre a vida e a morte. Por isso, Yu Ri não é nem fantasma e nem humana. E o drama deixa isso muito leve quando outros fantasmas da trama mesmo sendo "humana" ainda conseguem vê-la e a perseguem loucamente, pois também precisam encontrar um sentido para conseguirem se despedir do que os mantêm preso à Terra. Cada história desses outros personagens é tão bonita como a da própria Yu Ri, deu um peso significativo trazendo à tona o arrependimento de não ter dado valor à vida e aqueles que amavam enquanto estavam vivos.
Citação: "Sua vida não é somente sua."
De forma alguma, Hi Bye, Mama é um drama sobre morte e fantasmas, mas sim sobre o amor de mãe. Não temos apenas a Yu Ri como mãe, mas também precisamos lembrar que a própria protagonista tem uma mãe que sofreu com a sua morte, e que agora a Seo Woo tem uma nova mãe. E preciso destacar que a rivalidade feminina nessa drama é inexistente. Min Jung é uma mãe tão boa para Seo Woo que desconstroí todo o conceito de madrasta, o que diversas vezes me levou às lágrimas, tamanho era o amor e cuidado dela não apenas com a filha, mas também com o marido.
Yu Ri, Hyun Jung e Min Jung formam um time maravilhoso. Por mais que as duas primeiras sejam amigas de longa data, é palpável a saudade que uma faz na vida da outra, e quando adicionam a Min Jung, por conta da sua personalidade quieta e do que está passando atualmente. É uma amizade que cresce gradativamente, mas que vai criando asas e juntas ficam imbatíveis.
Em contrapartida, temos Gang Hwa sendo um marido cheio de defeitos e em processo de luto. Um traço marcante no roteiro da Kwon Hye Joo, que fez algo parecido em Go Back Couple. Aparentemente, ela não gosta de homens perfeitos e egocêntricos, mas sim, mostrar o lado masculino mais vulnerável. Contudo, talvez esse traço irrite quem assista e não o torne um personagem admirável, mas é impossível não aplaudir o talento do ator Lee Kyu Hyung que mostrou cenas com emoções complexas e dolorosas muito bem interpretadas.
Por mais que o enredo tenha esse tópico fantástico e irrealista de vida após a morte, ele também é capaz de nos fazer refletir qual seria nossa reação estando no lugar de cada personagem da trama e também sobre nossas próprias ações enquanto vivos e o modo como lidamos com nossos familiares. E quando é possível entender o motivo da segunda chance da Yu Ri, tudo entra em outra perspectiva, mostrando a verdadeira beleza apesar do realismo mágico dentro da história.
É uma série que apesar das fortes emoções, também é cheio de alívio cômico. Então, podem ficar calmos, pois não é para chorar em todos os episódios. É para pessoas que amam um bom drama familiar, romance e aquele toque sobrenatural levinho.
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Quando criança, Kim Tae Pyung descobriu ter a habilidade de ver a morte de alguém quando olhava no fundo dos olhos de alguém. Após a morte dos pais é adotado por um homem cego que tinha a mesma habilidade que ele e se ajudam mutuamente. Já adulto, nada o impede de tirar vantagem dessa habilidade, passando assim, a ganhar dinheiro com os curiosos.
É assim que Tae Pyung conhece uma senhora que quer saber se o filho mafioso morrerá cedo ou não. E devido à essa premonição, a vida dele passa a estar em perigo causando sérias consequências, como a perseguição que o coloca no radar da detetive Joon Young, a única mulher que ele não consegue ver a hora da morte.
Um serial killer está á solta vitimando adolescentes do sexo feminino, as prendendo em um caixão ainda vivas e com um telefone desconhecido para que possam pedir socorro. Quase uma bomba-relógio até que fiquem sem ar e morra. Foi em casos fatais que Joon Young viu o pai trabalhar a maior parte da infância, um policial correto e justo que morre em serviço. O mesmo caso que matou o pai da jovem está retornando para abrir velhas feridas.
Quando Tae Pyung se interessa pelo motivo de não conseguir ver a morte da detetive Joon Young é o momento do telespectador ser atingido por outro plot tão bom quanto. Para alguns, talvez, a caracterização de "nos conhecemos na infância" esteja batida - eu não fiquei imune à esse pensamento. Porém, com uma narrativa que mescla presente e passado somos conduzidos por uma espiral de acontecimentos marcantes.
Uma morte terá o efeito dominó na vida de muitas pessoas, inclusive no motivo de Tae Pyung não conseguir ver a hora e nem o motivo da morte da Joon Young, que também está diretamente ligada a linha do tempo de Goo Do Kyung. Esse elenco principal até certo ponto não são personagens complexos, mas ao serem inseridos num contexto de tragédia, crime e investigação ganham uma nova ótica. Dolorosa e intensa.
Se eu pudesse usar uma frase para definir a estrutura desse dorama seria: jogar a merda no ventilador e respingar em todo mundo. Ninguém saí imune ao que acontece. Nem a imprensa, que em momentos críticos na vida de um ser humano, independente do crime cometido, não tenha sensibilidade ao transmitir notícias, lidar com as famílias envolvidas ou curiosidade em buscar a verdade.
Citação: "Antes de sair em busca de vingança: cave duas covas" - Confúcio
A descaracterização do mistério em relação a quem é o assassino foi memorável, já que em poucos episódios já sabemos sua identidade. E em momento nenhum isso tirou meu interesse ou fez a trama ser menos intrigante; muito pelo contrário, tanto a identidade como saber os próximos passos tornou o mistério melhor. Goo Do Kyung é um personagem complexo e cheios de nuances para reflexão, além de incutir no telespectador atitudes como compaixão e empatia. Adoro ver o ator Im Joo Hwan como vilão!
Apesar do romance ser o que move Tae Pyung a querer proteger a protagonista, sempre acho a dosagem proporcional ao tema da trama. É muito raro ver o Taec Yeon aceitar um papel que não tenha romance. Ele está sempre envolto em mundo fantástico com alguma pitada de romance. E funciona muito bem com ele, como em Who Are You, Bright It On, Ghost e Save Me (os dois últimos disponíveis na Netflix).
Citação: "Ele nunca violou a lei antes. Mas ele está agora, ficando obcecado pela sua segurança e sendo superprotetor porque você morrerá por causa dele"
Sem um histórico de bons efeitos especiais, a emissora MBC ficou deixando a desejar em várias cenas o que faria esse dorama ter outro nível se tivesse tido um pouco mais de investimento. Mas como já disse, o plot vale a pena! Já a trilha sonora foi muito bem planejada e adicionada em momentos certeiros, deixando visual e tensão combinados.
Mesmo sendo facilmente comprada pelo gênero fantástico em dramas coreanos, em apenas dois episódios o plot de The Game: Towards Zero já tinha me convencido por causa do seu enredo bem construído e difícil de largar.
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Em Strong Woman, a atriz é Bong Soon, uma jovem que nasceu com super força, que odeia injustiça e que está á procura de um emprego mas parece que não se encaixa em lugar nenhum. Seu sonho é criar um vídeo game inspirado nela mesma.
Nem parece que ela tem 27 anos de tão fofinha que é, mas não se engane, pois a fofura para por aí, sua força é extraordinária. No entanto, precisa esconder isso o máximo que pode e passar despercebida. E é isso que torna o drama tão divertido: ver uma coisinha fofa como a Bong Soon, com seus 1,58 sair arrebentando alguns marmanjos e ainda se fazer de desentendida.
Até que um dia Bong Soon encontra o CEO de uma empresa de vídeo games e o disfarce dela é descoberto. Ahn Min Hyuk é um playboy que leva uma vida de privilégios e diversão, mas está sendo perseguido e encontra na jovem uma guarda-costas que passa despercebida por ser mulher e com "aparência frágil". Mas como Bong Soon não é boba e inclui como promessa na vaga de emprego que Min Yuk possa colocá-la como parte da equipe de desenvolvimento de jogos.
E como sub plot dentro da trama temos alguns momentos bem tensos, pois o bairro em que Bong Soon mora está passando por um série de assassinatos onde apenas mulheres são vítimas de um serial killer, tornando o dorama também com uma vibe de suspense e ás vezes um tanto assustadora. Do começo ao fim!
E é aí que entra o detetive Gook Doo, interpretado pelo MARAVILHOSO MELHOR OLHINHOS DA COREIA Park Hyung Sik, que também vive no mesmo bairro que a Bong Soon e fica encarregado do caso e ir atrás desse serial killer que está atormentando a todos. Além do papel importante como detetive na trama, Sik também é amigo de infância da jovem, mas desconhece seu poder, e novamente esse fator proporciona cenas divertidas em que a Bong Soon tem que ser protegida sendo totalmente desnecessário.
E o que dizer desse triângulo hein? Calma aí! Não é o que vocês estão pensando! Ou talvez seja hahaha Mas eles são tão bom de tantas formas que fica difícil explicar. Bong Soon gosta demais do Gook Do, que tem uma namorada, mas se acha protetor da Bong Soon, mas Min passa a gostar dela e também quer protegê-la do mundo, e esses dois fazem o melhor bromance (que é quando dois meninos brigam tanto que meio que vira um romance, por ser fofo ou engraçado) que já vi <3
E o que dizer desse romance hein? É um dos melhores que já vi. Ship eterno! A química do casal vai nas nuvens e não deixa a desejar. Min Min é um cara que não tem medo de demonstrar o que sente, colocando para baixo qualquer outro papel masculino que já tenha visto, e Bon Bon trás a força da mulher sem deixar de ser feminina.
Uma das coisas que mais achei interessante nesse dorama é o ator Kim Won Hae que interpreta dois papéis, e é algo de cair o queixo. Quando eu notei isso queria sair pela casa gritando porque é algo totalmente louco e hilário. Em um primeiro momento, ele é Kim Kwang Bok, membro da gangue da qual Bong Soon atormenta o dorama inteiro; e chega em certo episódio que o ator reaparece como um funcionário gay da empresa do Min Hyung. Imagina risadas. Muitas delas. Alguns atores coreanos são tão versáteis que sempre fico muito surpresa!
Eu queria muito ter algo desagradável ou algum ponto negativo para dizer sobre esse drama, mas realmente não há. NADA! E isso me deixa muito feliz pois é um dorama muito completo, que agrada muitos gêneros: vai de comédia á ação em vários momentos, e ainda tem o suspense que não deixa a desejar.
Mas meus parabéns vai para a Baek Mi Kyung que é uma roteirista INCRÍVEL que veio com esse enredo totalmente feminista e que saiu pisando na sociedade mostrando que as mulheres tem muito espaço, e tem história para contar. Strong Woman tem esse plot pois a árvore genealógica da Bong Soon é composta por mulheres que também tiveram o mesmo super poder e que se passa de mãe para filha, e somente para a filha, lembrando aqui que ela tem um irmão. Não é para qualquer um. Quero dar um super abraço na Baek Mi. E já estou de olho nessa roteirista!
Simplesmente amo Strong Woman e é um daqueles dramas que tem que ficar no meu HD para eu rever sempre que quiser! <3
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A base da trama é a professora do ensino fundamental, Soo Jin, que mal espera por uma oportunidade de se mudar e recomeçar a vida em outro país como pesquisadora de pássaros, que é seu grande hobby que virou profissão. Mas que vê sua vida mudar drasticamente quando conhece Hye Na, uma garotinha que logo a conquista com seu jeito encantador. E é no dia-a-dia com as aulas que a professora nota que ela não está bem, há alguns sinais que a alertam, e é descoberto que a criança sofre maus tratos.
É em casa que Hye Na precisa lidar com o namorado da mãe, um homem sem escrúpulos e que muitas das vezes nem bate nele fisicamente, mas a parte psicológica é a mais afetada. E vemos uma menina de 8 anos muito inteligente e sensível lidando com mais do que seu emocional é capaz; mas que também é capaz de mostrar uma força que muitos adultos não tem. E ao conhecer a professora Soo Jin uma relação é logo criada devido á proteção e amizade que ambas criam, e é isso que motiva Soo Jin a sequestrar a criança.
E é nesse ponto que o drama faz a pergunta mais importante de todas: O que é ser mãe? Mãe é quem dá á luz? Mãe é quem cria? Os laços que vemos entre Soo Jin e Hye Na é muito forte. Totalmente inquebrável. E a cada episódio o vemos crescer e ficar mais sólido através da jornada difícil que passam a viver.
A criança deixa seu passado e adota um novo nome, tornando-se Yoon Book, filha da Soo Jin. Mas descobrimos que a nova mãe precisa de mais ajuda do que achou necessária, e é assim que vai reviver dores passadas e ir de encontro com pessoas que jamais imaginou.
E de muitas formas o drama aborda o tema "ser mãe", ainda mais com a interpretação perfeita da Lee Hye Young que faz a mãe adotiva da Soo Jin; é uma atriz que nunca precisou esconder que a filha foi adotada. Principalmente na Coreia o assunto adoção é um tema pouco falado devido ás famílias darem muita consideração a linhagem familiar e lá existe histórico familiar, até mesmo dizer que o filho vai ser deserdado ou não fazer mais parte da família. Então, ver um drama coreano levantando essa bandeira me deu muito orgulho de saber que um país desenvolvido está achando importante trazer certos assuntos á tona por meio da ficção, e quem saber levar tais assuntos para dentro de casa.
Algumas curiosidades: Além de filmes, aconteceu a primeira edição do CannesSeries e lá estava Mother indicado. O drama foi dirigido por Kim Chul Kyu e escrito por Jung Seo Kyung que recebeu muitos elogios por parte da imprensa internacional. E também, a jovem Heo Yool passou por uma audição com mais de 400 atrizes para poder interpretar o papel.
De muitas formas eu achei Mother uma obra espetacular, tanto em beleza como em profundidade, que até um ser sem sentimentos como eu chorou de soluçar. E espero - com todo meu coração - que mais pessoas amem esse drama tanto quanto eu.
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A protagonista não sustentou
Eu queria ter gostado bem mais, no entanto, "A herdeira" não foi nem de longe algo que eu esperava de um kdrama de suspense. São 6 episódios bem fracos que mesclam duas histórias com planos de fundo interessantes, mas que não entregou muito.A história gira em torno de Yoon Seo-ha, uma profissional da educação que herda um cemitério após a morte do tio. A trama se desenrola com a chegada de seu meio-irmão, Kim Yeong-ho, que também reivindica parte da herança. Então, a vida dessa mulher muda drasticamente ao ser ameaçada tanto por uma cidade que ela não conhece como por policias, pois assassinatos começam a acontecer.
A personagem é frágil em todos os aspectos da vida, e isso me incomodou demais. A resiliência beirava a idiotice, sendo que tudo o que tinha como "certo" desmoronava e ela lá, impassível.
O que me manteve no enredo foram os dois detetives, por já terem sido grandes amigos e hoje haver uma guerra fria entre ambos. O que motiva isso é muito interessante, além de causar um problema familiar gigante, que é bem desenvolvido.
Enquanto os episódios se arrastavam para uma trama que beirava a discriminação com assuntos religiosos bem comum em kdrama, ia crescendo com flashbacks uma narrativa familiar estranha, e foi o que salvou tudo no final. Ter um tema tabu, algo fora da curva e que rende uma boa reviravolta é o que às vezes salva pra mim.
Eu gostei muito do final. Os dois pontos da narrativa foram ótimos, só queria que a protagonista não fosse tão panguada porque rla ficou desaparecida na trama, sendo conduzida pra algo que ela não tinha forças pra sustentar.
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A Song & Kim conta com alguns sócios para uma empresa jurídica. Um deles é Hee Jae que está acostumado a vencer e leva a maior responsabilidade ao representar os casos mais importantes. Mas quando, acidentalmente conhece decidida advogada Geum Ja, seu dia a dia e até sua posição como sócio está em jogo.
Talvez o resumo acima tenha sido um pouco clichê, mas creio que se contar em poucas palavras o primeiro episódio desse dorama será um baita spoiler. Na dramaturgia coreana há uma baixa tolerância à iniciações ágeis, visto que o importante é construir a evolução dos personagens. Acredite, não estou reclamando, mas isso nem sempre entretém. No entanto, Hyena foi abençoado com o melhor episódio de estreia que já tive o prazer em assistir e também me tirou do jejum de bons dramas jurídicos.
Quem já viu o ator Ji Hoon em Kingdom, vai gostar em como o ator é versátil fazendo um papel cômico mostrando o progresso em diversos personagens. Hee Jae é um homem privilegiado que não sua seus recursos como truque para ter vantagem. Ele preza pela justiça e não aceita quando membros da sua família, que também possuem cargos parecidos, se intrometam.
Em contrapartida, Geum Ja não mede esforços para conseguir o que quer. Ela é ambiciosa até o último fio de cabelo, passando como um trator por cima de quem precisar para atingir seus objetivos, pois começou de modo muito humilde em um pequeno escritório e ambos vão medindo forças por vários episódios na Song & Kim.
Temos uma carga emocional gigante na linha temporal mostrando a vida da Geum Ja antes de chegar onde está, que por vezes faz o telespectador ter empatia da protagonista, usando isso como desculpa. Mas que logo em seguida, vemos como ela está longe da perfeição, sendo egoísta e prepotente. E esse é um fator que mais me manteve entretida ao longo da trama: a inversão de papéis.
Estamos muito acostumados a ver homens ambiciosos e mulheres muito românticas, só que em Hyena a troca é absurda. Hee Jae apesar de estar em um emprego que foca no poder é um homem que gosta de ganhar, mas com justiça e que recrimina as atitudes da Geum Ja e se vê apaixonado por ela. Sendo que a mesma não se preocupa nenhum pouco com romance e está mais preocupada em criar um nome poderoso para si mesma, por mais que isso custe ser reprovável ao tratar os clientes e usar de subterfúgios. Em vários momentos me vi muito dividida entre ficar irritada e ovacionar essa protagonista. Ela é tão diferente, ambígua e complexa.
Todo o elenco é muito rico e há a formação de um time maravilhoso. Cada um em diferentes fases da vida, mas com um potencial tremendo para nos chocar ou nos fazer sorrir - pois não dá para esquecer que tem comédia. Eu amei a assistente da Geum Ja, quase um braço direito e que se mete sempre onde não é chamada. E o Gi Hyuk, assistente do Hee Jae, que com a Yoo Mi acabam fazendo um casal secundário muito hilário e fora da casinha. Os episódios são muito bem amarrados com casos que vão além do escritório e tribunal. Vão á fundo em questões importantes e intensos, não dando para classificar bem quais personagens são bons e maus, deixando a linha bem tênue nesse sentido. Então, se há um drama coreano na Netflix que eu indico de olhos fechados é Hyena.
A fotografia é belíssima, adicionada a uma sucessão de cenas em slow motion para as cenas cômicas e uma trilha sonora que começa muito bem desde a abertura. Minha canção favorita foi On The Road interpretada pelo Beakyun, pois ela deu o toque especial e romântico que resumiu bem a intensidade do casal apesar do foco no drama não ser o romance. Fiquei muito apaixonada por eles, era uma química que saltava das telas.
Então, se você curte comédias românticas, uma boa dose de tema jurídico e com personagens complexos, você vai adorar Hyena.
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Deixe esse drama crescer em você enquanto assiste!
Falar de Light Shop é tão difícil. Terminei esse drama há 2 meses e ainda não sei bem o que dizer sobre um drama tão cheio de reflexões e intenso.O primeiro episódio tem uma vibe trevosa e tensa com um homem descendo do ônibus e encontrando uma mulher com uma mala aguardando por ele. Essa cena repete-se várias vezes, e em cada vez ele tendo uma percepção diferente do acontecido, enquanto ela aguarda que seja lembrada. Sendo bem sincera, achei esse 1° episódio bem lento, mas isso não é algo desconhecido, pois quem assiste drama já deve estar acostumado e dar seu tempo para que o roteirista cresça a história. É o caso de “Light Shop - Entre a vida e a morte“, dê tempo para o drama crescer em você e te emocionar.
Em apenas 8 episódios, o drama conseguiu apresentar histórias bem estruturadas e com um ritmo intenso. Foram 12 personagens únicos e relacionáveis. Uma boa parte do núcleo se fecha, mas também há perguntas que ficam, e nem acredito que fica aberto, mas sim reflexões do que o telespectador acredita que aconteceu com determinados personagens. Fica apenas a nossa reflexão sobre nossas vidas, experiências e ideiais. Uma amiga que viu de tanto que falei achou que merecia uma nova temporada. No entanto, eu não acho necessário.
A cultura de vida e morte dentro da cultura asiática é algo que não me canso de vê-los abordando, e diferente de outros dramas em que vemos algo superficial sobre isso, aqui há um cuidado em mostrar o culto de 3 dias do sepultamento. O cuidado após a morte com o corpo e com a alma. Afinal, é para isso que a Light Shop existe. Aquela loja super iluminada com lâmpadas em um longo beco escuro é a fronteira entre a vida e a morte, e o lojista é o guia para a alma.
O lojista, Won Yeong é um homem enigmático e misterioso. Ele cuida sozinho da loja e das pessoas que entram ali, mas não sabem bem o motivo. Cada pessoa ali revela um nova história, afinal, é sobre isso que a loja existe. Há vidas ali, há histórias de vida, morte e uma escolha.
As pessoas que precisam encontrar seu caminho para vida ou para a morte encontram a loja e assim entendem o que farão sua escolha. Elas são um fantasma na vida após a morte, sendo vistas apenas por pessoas que não estão dispostas a seguir em frente e aceitar a morte. Essa é a função do lojista: ajudar os mortos a seguir em frente para a morte, ou os vivos a acordar.
Aqueles que decidem não esquecer suas memórias de experiências de quase morte podem se tornar ajudantes no mundo dos vivos - lidando com fantasmas como Yang Sung Sik ou guiando as almas perdidas como Kwon Yeong Ji.
Citação: “Você tem que encontrar sua luz, não importa o que aconteça!”
Com uma exploração profunda e enriquecedora do significado da vida, vontade de sobreviver, profundidade das conexões e consequências das escolhas, “Light Shop” se tornou não só favorito, mas também um drama favorito que está disponível na Star+ dentro do catálogo da Disney+. Indico muito porque me fez chorar igual uma condenada com a história do lojista Won Yeong que pode parecer apenas um figurante, mas ganha um expoente em diversos momentos no enredo.
Para mim, esse drama é claramente dividido em duas partes: os 4 primeiros episódios com um ritmo bem vagaroso nos apresentando o vasto elenco e que por vezes não entendemos muito o que está acontecendo, mas os 4 episódios finais guiam o telespectador para uma revelação transbordante.
Não é à toa que ele está com um notão no MDL: 8.6
Merece muito o título de um dos melhores dramas de 2024, pois tem um elenco escolhido a dedo. Aliás, só fui ver por conta do Ji Hoon e encontrei atores maravilhosos que gosto muito, como o caso da Park Bo Young, Uhm Tae Goo e Shin Eun Soo.
Vale ressaltar que o roteirista Kang Full é o responsável por Moving, um drama badaladíssimo de 2023 e logo logo teremos uma segunda temporada. Ele é ótimo no que fez e vou ficar de olho em seus próximos trabalhos. Quem também fez um trabalho lindo foi o diretor Kim Hae Won, que nos presenteou com uma fotografia belíssima que dá vida a roteiro e atores maravilhosos.
Quero rever muito em breve porque Light Shop é um drama sul-coreano muito humano envelopado por um cenário de terror com mistério e tragédia.
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Nem sempre os amigos acertam nas indicações
Enquanto trabalhava no turismo no exterior, Su Mang passou por um divórcio difícil e acabou voltando para a China. No caminho, esbarra em Zheng Chu, um conhecedor de hotéis de sua empresa, e as faíscas começaram a voar à medida que os mal-entendidos se agravam.Após o retorno de Zheng Chu ao escritório, ele percebe que Su Mang é sua nova chefe, e a má impressão que ele deixou na praia só piora. Por sua vez, ela luta para se ajustar ao novo ambiente de trabalho.
Eles acabam se tornando vizinhos, e o que era para ser uma convivência boa, se torna muito esquisita. Pelo menos para mim, foi. Pq Su Mang não é uma mulher fácil de se lidar, é mandona e chata, fazendo de Zheng Chu seu capacho pessoal. Ele faz comida para ela, a ajuda no escritório e ainda passa a ter uma relação muito estranha de ser babá, afinal ela descobre que está grávida.
A verdade foi que achei todas as mulheres desse drama muito chatas:
- Guo Guo é uma celebridade mimada que só vive atrás do Zheng Chu sem largar o osso;
- Shan Shan é a ex dele e fica obcecada por Tang Min, um médico bem-sucedido;
- Su Mang que deveria ser uma mulher fodona, líder da equipe, e que se divorciou do marido embuste e deu a volta por cima, mas que na verdade só é uma grande controladora compulsiva;
- Mei Ling ou Melinda, a tia do Zheng Chu, dona de uma empresa de lingerie, mas que só quer controlar o sobrinho também para que trabalhe para ela.
Olha… coitado do Zheng Chu! Fiquei com muita dó dele o tempo todo enquanto assistia os 44 episódios. Foi um grande pau mandado, e olha que adoro boys cadelinhas nos dramas, mas esse aqui merecia uma grande medalha por ter suportado tanta mulher chata ao seu redor.
Sobre o relacionamento deles: achei bem ruim, não conseguir torcer por eles. Queria que o Chu Chu fugisse do meio dessa mulherada louca e que encontrasse um final feliz com outra pessoa hahaha Vale dizer que o final deles é bem novela mexicana, ou seja, brigam o tempo todo, se acertam em dado momento, toda a família é contra, se separam e reencontram no final com uma revelação bem brega.
A única pessoa que valia a pena era a Qiao Qiu, era a única mulher com um pingo de sensatez, capaz e que tinha uma irmã víbora. Outra que não merecia o final que teve, e que me causou muita revolta.
Estou desde de 2022 tentando terminar esse drama porque ele era o favorito de uma amiga muito querida, mas realmente não entendi o que ela curtiu tanto. Graças aos deuses dos doramas, terminei!
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Wang Peng salvando o drama!
O que me fez começar a assistir esse c-drama foi o fato do Nan Xi ser muito inteligente, mas ter passado por um trauma que o deixou com ansiedade social, e a luta para que encontre um lugar no mundo em que se encaixe parece ser bem difícil quando ele não consegue conviver bem com as outras pessoas. Mas quando muda de escola e precisa começar a sair da zona de conforto a pedido da mãe, ele reencontra Xia Rui, uma amiga de infância.A conexão deles é instantânea, fazendo com que Nan Xi comece a interagir mais com as pessoas, ainda mais que ambos são de mundos totalmente diferentes. Xia Rui é uma menina espontânea e travessa, que é chamada de irmão Rui por sempre se meter em encrencas com os meninos.
É bonito ver essa interação deles e perceber como Nan Xi vai melhorando aos poucos e saindo da própria concha, mas as coisas boas nesse drama param por aqui. São 28 episódios de muita superficialidade e cai demais no clichê "menino nerd e garota burra", que eu não gosto nem um pouquinho.
A protagonista é vivaz como sempre são os papéis interpretados pela Wang Peng, e fica por conta dela a maioria dos diálogos, já que o mocinho quase não se expressa. A ligação entre eles é muito bonita, mas o romance é fraco. Apenas quando eles vão para universidade, lá pelo episódio 20 é que algumas coisas parecem andar, mas mesmo assim não me conquistou muito. A interação romântica é vaga, o beijo demora a acontecer e quando acontece é sem graça. Os personagens secundários não tem muito carisma e nem um objetivo, além de tapas buracos no enredo.
Enfim, é nítido como esse drama tinha coisas que eu poderia amar por ser escolar, mas me deixou bem desanimada em terminá-lo. Indico para quem ama a atuação da Wang Peng, pois ela é incrível. E só!
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Yoo Sang tem a perspectiva de ficar com a empresa da avó após a morte dela. Porém, no testamento ele precisa ter uma filha, e com a esperteza da Dan Bi, ambos acabam fechando um acordo, o que faz os três morarem junto.
O romance entre Ah Young e o Yoo Sang acontece aos poucos e progride bem.
Amei muito esse minidrama, além de ser bem rapidinho e fluído. A atriz que interpreta a Dan Bi é uma querida que roubou a cena.
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A trama gira em torno da Moon Young, uma escritora de livros infantis que sofre de um transtorno de personalidade anti-social e não conhece o amor devido a forma que foi criada pela mãe, e Gang Tae, um assistente de saúde muito empático ao lidar com os pacientes na clínica psiquiátrica em que trabalha, que também ao cuidar de seu irmão mais velho autista, Sang Tae.
Esse drama foi a minha aposta para o segundo semestre e fiquei maravilhada por não estar errada, tanto que ele figurou no TOP10 da Netflix por várias semanas, tanto no Brasil como pelo mundo. Com um enredo que mescla muito bem o psicológico e comédia, além de uma boa dose de fantasia e romance. Foi fácil observar como a Coreia tem potencial ao abordar de forma verdadeira transtornos psicológicos e saúde mental.
Por causa do tema, já era de se esperar que os personagens não fossem os mais fáceis - nem de lidar ou entender. A começar pela escritora Moon Young, uma protagonista forte, quase como um trator passando por cima do que acha ser errado e também do que considerava ser o certo, tornando-se ambígua e impulsiva. Ela é capaz de nos levar do riso às lágrimas com sua mente ao criar histórias, inserindo nelas muito realismo e dor.
Moon Young conhece Gang Tae quando precisa visitar o pai que está internado na clínica psiquiátrica. É quase um amor à primeira vista ─ coisa do destino, como ela mesma diz ─, e para piorar, o irmão dele, Sang Tae, é apaixonado pelos livros dela, o que torna os encontros impossíveis de serem evitados.
E por falar nos livros, preparem-se para ser bombardeados por lindas historinhas animadas sendo desenvolvidas de acordo com o que os episódios querem revelar. São maravilhosas, ─ e se cabe uma referência literária aqui ─, eu senti muita vibe do Neil Gaiman ao longo da trama por conta do realismo mágico, dando muita vontade de adquirir todos os livros da Moon Young.
Claramente, eu não esperava que o retorno de Kim Soo Hyun às telas fosse com Gang Tae, um personagem de origem humilde com um peso gigante nas costas por criar o irmão mais velho após a morte da mãe, e muito menos que ele fosse se relacionar com uma mulher rica. Eu estava acostumada a vê-lo de terno e sendo soberbo, e não com camisas de uma única cor e calça jeans. Isso apenas mostrou como um ator com muitas facetas pode se tornar ainda melhor saindo da zona de conforto.
Gang Tae é cheio de qualidades, já que é isso que o torna tão atraente para Moon Young, mas também é uma pessoa que passou a vida toda se anulando e sendo o que achava que se esperava dele. Porém, ao longo da trama é nítido como ele e o irmão evoluem. E meu Deus, como falar do Sang Tae? Um personagem autista com uma inteligência e criatividade absurda, que apesar de viver em seu mundo particular, também é muito ciente do que acontece à sua volta. E com a chegada da Moon Young na vida deles, esse choque de realidade vai aumentar.
De forma alguma, o romance fica em segundo plano. Moon Young e Gang Tae tem uma química explosiva desde o primeiro episódio que se sustenta até o final. Com todos os problemas que existem entre eles, conseguem manter o interesse e até transpor alguns de maneira altruísta e saudável. Ninguém precisa se excluir para que caiba na vida do outro, se apoiam e a ajuda é mútua. Um casal que dá gosto de acompanhar.
Todos os personagens são maravilhosos e o crescimento deles é gigantesco; uma evolução bonita para todas as partes, mas principalmente para o Sang Tae que precisava se desenvolver e ter mais autonomia sobre a própria vida. Eu não conseguiria desenvolver pontos sem revelar em excesso, mas foi um drama coreano com o final mais redondo e emocionante.
O elenco secundário possui ótimos atores e algumas participações especiais. No hospital psiquiátrico é possível acompanhar diversas histórias de vida que apesar de não ganhar muito destaque aparecem quando necessário para condizer com o episódio. Um destaque especial para o diretor da clínica e o editor da Moon Young, que com um jeito debochado deram alívio cômico no momento certo.
O único ponto negativo são os furos no roteiro nas partes que envolviam a mãe da Moon Young. Fiquei aguardando um desenvolvimento maior dos motivos que a levaram a agir como agiu, se ela tinha de fato algum problema psicológico e como conseguiu despistar tantas pessoas por tanto tempo. Achei muito enrolado todo o mistério e quando apresentado foi insuficiente.
Citação: "Aquele que negligencia e faz vista grossa ao abuso é pior do que a pessoa que abusa."
A fotografia e cenografia são esplêndidas, algo que eu nem me admiro mais vindo da tvN. O adicional de ter uma animação inserida ali também deu um toque diferente, fazendo tanto a história do drama como a dos personagens se relacionarem. A trilha sonora sempre me fisga nas cenas mais emocionantes, o que tornou "In Silence" da Janet Suhh muito especial.
Eu senti a necessidade de recomeçar os episódios logo assim que terminavam, pois sempre ficava com a impressão de que não tinha absorvido tudo tamanha a intensidade de algumas cenas ou a mensagem que queriam passar. É uma dorama para assistir sem pressa, mas que também dá a necessidade de que é preciso ver os episódios de forma corrida, seja pelo gancho do final ou para saber como toda a trama vai se desenrolar.
Com certeza vou colocar It's Okay To Not Be Okay no meu TOP de 2020 pela forma como me emocionou e da importância do tema. Então se você está procurando um roteiro intenso com um toque de fantasia, personagens cativantes e que não deixam à desejar, acredito que esse drama coreano é para você.
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Yoon Se Ri construiu uma empresa de moda de muito sucesso, e uma das únicas preocupações dela é que a empresa continuem em ascensão sob o seu controle, já que infelizmente tem irmãos ambiciosos. Embora tenha se afastado da família, a ordem de Jeung Pyeong, seu pai que está em liberdade condicional após cumprir pena por fraudes, quer que ela volte para casa e assuma a presidência da empresa.
Sem nenhuma empolgação com o desejo do pai, segue a própria rotina e ao fazer um teste da sua marca esportiva num parapente é surpreendida por uma mudança climática repentina e vai parar desacordada presa em uma árvore. Sem se dar conta de onde está, Se Ri acaba sendo resgata pelo capitão Ri Jung Hyuk enquanto lidera sua unidade na DMZ, a área desmilitarizada da Coreia, que divide as duas Coreias.
Com um enredo instigante envolvendo a briga política entre Coreia do Sul e Coreia do Norte, Crash Landing on You também é uma comédia romântica sobre o amor impossível entre um capitão norte-coreano e uma herdeira sul-coreana. Ao ser resgata e ao perceber que está em perigo, Se Ri tem a marca registrada da personalidade que a roteirista gosta de criar: bem forte, porém mesclada com bom humor. E fica por conta dela a maioria das cenas cômicas recheadas de inteligência e dinamismo quando precisa ser escondida pelo capitão Ri. Ela praticamente entra na vida do homem chutando todas as portas e ocupando espaços que ele não achava que estavam disponíveis, precisando mentir e morar juntos.
Se Ri não tem apenas que lidar apenas com o capitão, mas também com os homens que fazem parte da unidade dele. Com suas personalidades marcantes Chi Su, Ju Muk, Kwang Bum e Jun Sang tornaram cada minuto do enredo mais divertido e cativante. Seja pela implicância, a paixão pelos dramas coreanos, o amor pela família ou por seu jeito calmo, cada um desses oficiais são um brilho á parte do início ao fim, formando uma tropa militar muito emocionante e leal.
Mas eu disse que tem muita comédia, não foi? Se Ri precisa se adaptar na Vila Militar onde residem as esposas de militares. São mulheres que contam sua própria história, seja apoiando o marido, ou sendo aquela que cuida dos filhos enquanto o chefe da família demora dias para voltar para casa. Elas também são vitais, um elenco de rostinhos muito conhecidos na dramalândia que compõe um time hilário que se unem à protagonista para criar laços e cenas de sororidade bem fortes. Fiquei emocionada várias vezes sem saber se ria ou se chorava com essas personagens carismáticas e cheias de vida.
Magistralmente, os k-dramas se especializam mais e mais em romances slow burn, que aos poucos ganham profundidade e tornam-se mais intensos. Jung Hyuk e Se Ri vão obtendo mais detalhes da vida familiar e profissional, se conhecendo e se importando um com o outro enquanto passam mais tempo juntos. A química é inegável enquanto trocam piadas afiadas e até mesmo a vida de ambos estão em perigo. A carga emocional também é de alto nível, tornando assim um daqueles dramas em que a torcida pelo casal é garantida, o que vai agradar a quem assistir.
Apesar do conceito de romance inter-coreano não seja novo, mas foi muito bem feito em Crash Landing on You e mostrado sob uma nova ótica. Bem diferente de The King 2 Hearts, transmitido pela emissora MBC em 2012, onde uma oficial norte-coreana se apaixonada pelo príncipe da Coreia do Sul, trazendo uma mudança para a monarquia. Todavia, creio que todo o roteiro e produção foram muito bem acertados, mostrando algumas verdades e usando de sensibilidade e respeito em outras. No entanto, infelizmente, enquanto o drama foi transmitido tiveram algumas denúncias e processos contra a emissora, acusando-os de supervalorizar e dar atenção ao estilo de vida norte-coreano.
Quem ganhou o meu coração mesmo foram o Seung Jun e a Dan. Já tenho um longo histórico com amar casal secundário e com eles não poderia ter sido diferente. Dan é a filha do comendante e amiga de longa data do Capitão Ri que torna à Coreia do Norte, mas acaba encontrando Seung Jun, um vigarista que buscou refúgio no Norte após fugir do Sul. Ambos são personagens com características fora do padrão de certo e errado, até mesmo odiáveis na própria individualidade. A cada novo episódio eu ia conhecendo as facetas de cada um, entendo suas diferenças e percebendo que juntos se ajudam e foram um casal improvável que dá muito certo.
Eu demorei a cair no hype - e foi pesadíssima! Maratonei os 10 primeiros episódios como se não houvesse amanhã, que por sinal, são grandes. Foram 16 episódios que oscilavam entre 1h20min e outros ganhando até mais alguns minutinhos. E passaram voando, bem daquele estilo que faz você dizer "Já acabou? Próximo!". É instigante e vale toda a hype!
Cantores bem famosos e conhecidos como Davichi, Crush, Seo Jeong e a IU foram convidados e aceitaram dar ainda mais vida a esse enredo lindo. Minha favorita, One Day na voz do talentoso Kim Jae Hwan, estraçalhou meu coração de muitas formas quando tocava em momentos cruciais e que exigiam muita emoção.
A ambientação também não fica atrás. Seja a fotografia de encher os olhos que dá vontade de ser transportada para aqueles lugares belíssimos, ou a chuva ou a neve caindo, não foram usados apenas como composição de cena. Era a parte essencial, usada para dar vida e passar emoção. Emoção e intensidade são sinônimos para Crash Landing On You.
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