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When Life Gives You Tangerines korean drama review
Completed
When Life Gives You Tangerines
16 people found this review helpful
by gabs
Apr 2, 2025
16 of 16 episodes seen
Completed
Overall 10
Story 10.0
Acting/Cast 10.0
Music 10.0
Rewatch Value 10.0

Se a vida te der tangerinas

Eu não tenho palavras pra descrever todos os sentimentos que tive ao ver esse kdrama. Eu sabia desde o primeiro trailer que ele iria me conquistar profundamente. As produções asiáticas sobre a vida tendem a ser as mais marcantes.

O que me deixa mais feliz é saber que o alcance desse kdrama foi absurdo. Não acho que outra produção em 2025 consiga fazer o que fizeram em Se a Vida Te Der Tangerinas. Lembro que quando saiu o pôster, a sinopse e até o trailer, muitos disseram que não iam assistir porque achavam o casal sem graça ou a história muito simples.

Pensei que esse ia ser daqueles meus doramas confortos com mais 5 fãs, já que realmente as produções originais da netflix que mais estouram a bolha são comédias românticas bobinhas, com exceção de round 6. Mas aí tive uma linda surpresa ao ver o quanto o streaming acertou nos 4 atos e essa história cativou um público maior.

Primeiramente, que elenco incrível. Desde a escolha dos mais novos até os adultos. A essência da Aesun e do Gwansik não se perdeu em nenhuma estação do ano e muito menos nas diferentes épocas. É lindo e raro ver o crescimento de personagens diante dos seus olhos. Geralmente é estranho ver a troca de atores - senti isso, por exemplo, em reply 1988 com a versão adulta dos protagonistas sendo completamente nada a ver com eles mais jovens - mas no kdrama das tangerinas os atores principais apenas se tornaram mais maduros, mas o olhar, o jeito de falar, entre tantos outros detalhes permaneceram ali.

A escolha da IU para ser a Aesun e também a sua filha foi um dos tantos acertos nesse dorama. Mesmo sendo interpretada pela mesma pessoa e possuindo semelhanças hereditárias na genialidade, você conseguia sentir a diferença entre as duas. Principalmente pela questão geracional, pela criação e por se tratarem realmente de indivíduos diferentes.

Um dorama sobre a vida que mostrou a camada de como pais e filhos são parecidos e diferentes ao mesmo tempo. A realidade escancarada de uma família pobre que quer sempre o melhor pros seus filhos.

Vi na Aesun a minha mãe e a minha avó. Pensei nelas porque a Aesun é o retrato de todas as mães que um dia foram filhas, órfãs e mães. O detalhe mais lindo do processo de desenvolvimento do enredo foi mostrar que o tempo todo era sobre a Aesun. A história que estava sendo contada, as dificuldades, as perdas, os diálogos, às mudanças de estação, todas tinham uma protagonista em destaque: Aesun.

Foi emocionante acompanhar a jornada dessa mulher, mais lindo ainda ver a relação que ela tinha com a mãe e o papel que ela desempenhou pelo bem dos filhos e o fato de ter sido a frente do seu tempo, mas que, infelizmente pela realidade vivida não pôde alcançar vôos mais altos enquanto ainda era jovem e queria muito isso. Mas ainda com as limitações de ser pobre e de ser mulher, a Aesun nunca perdeu a sua essência, nunca parou de sorrir e também nunca ficou parada no mesmo lugar. Ela foi tudo o que podia ser.

E que marido é esse? O Gwansik não era apenas um green flag, ele era aquele campo de flores inteiro. Aquele campo bonito em Jeju onde dois jovens partilharam seus sentimentos de maneira tão apaixonada e emotiva. Eu amei demais o Gwansik e o ótimo marido que ele foi pra Aesun, e o pai batalhador pros seus filhos. Firme e forte, o coração de ferro. Mas que ainda assim, era gentil e sensível, mais derretido que uma manteiga e um doce de pessoa.

Se a Vida Te Der Tangerinas entrou para o meu top 3 de doramas favoritos da vida, foi lindo e emocionante acompanhar todas as estações.
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