Quando Tudo Funciona, Mas Nada Encanta
Sabe aquele drama que é praticamente irretocável em termos técnicos, com elenco de peso, direção elegante, roteiro sem furos — e mesmo assim você assiste como quem cumpre uma obrigação? Esse é “Karma” para mim. Não tem erro gritante, não tem atuação duvidosa, não tem barriga narrativa. Mas também não tem alma, não tem urgência, não tem aquele magnetismo que faz você querer maratonar até de madrugada. É como apreciar uma escultura impecável, mas fria. Curiosamente, o desfecho foi poeticamente coerente com a proposta — uma verdadeira celebração do conceito de carma — e ainda trouxe a cereja simbólica no topo com a participação especial de Song Geon Hee, quase como um agrado tardio ao espectador paciente.
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