This review may contain spoilers
Um Final que Testa os Limites da Boa Vontade
Olha, há momentos em que a gente precisa parar, respirar fundo e tentar entender que tipo de despropósito se passou na cabeça de um roteirista. É o caso do episódio final desse drama, que dedica mais da metade de seu tempo a uma das tramas mais anódinas e francamente ofensivas à inteligência do espectador. Temos uma cultivadora que, em tese, seria uma figura de poder e respeito, mas que na prática se revela uma caricatura de adolescente obcecada por um encontro fortuito que aconteceu há uma eternidade. E o pior nem é a fixação dela, mas o espetáculo de humilhação autoimposta: a criatura arrisca a própria vida e a sanidade por um vislumbre de um protagonista que, sejamos honestos, estava mais preocupado em encontrar a saída de emergência do que em corresponder a esse delírio. É um desfecho que não apenas subestima seu público, mas também joga no lixo qualquer construção de personagem que pudesse haver.
E se a narrativa tropeça em sua própria inépcia, a produção não fica muito atrás. Alardeia-se um investimento milionário em CGI que, na tela, se transforma em algo que cheira a naftalina. Enquanto as cenas de luta mantêm uma decência mínima, os monstros e as sequências de voo parecem saídos de um software de 1980, um descalabro visual que beira o cômico. A série até ensaia um bom começo, com capítulos iniciais que prometem uma jornada interessante, mas se afunda numa reta final modorrenta, com um herói que abdica de seu papel para virar espectador passivo da própria história. Ainda assim, a gente fica. A gente cogita uma segunda temporada, talvez por masoquismo, talvez pela esperança teimosa de que, com sorte, eles finalmente decidam fazer jus ao potencial que um dia insinuaram ter.
E se a narrativa tropeça em sua própria inépcia, a produção não fica muito atrás. Alardeia-se um investimento milionário em CGI que, na tela, se transforma em algo que cheira a naftalina. Enquanto as cenas de luta mantêm uma decência mínima, os monstros e as sequências de voo parecem saídos de um software de 1980, um descalabro visual que beira o cômico. A série até ensaia um bom começo, com capítulos iniciais que prometem uma jornada interessante, mas se afunda numa reta final modorrenta, com um herói que abdica de seu papel para virar espectador passivo da própria história. Ainda assim, a gente fica. A gente cogita uma segunda temporada, talvez por masoquismo, talvez pela esperança teimosa de que, com sorte, eles finalmente decidam fazer jus ao potencial que um dia insinuaram ter.
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