Quando o Roteiro Pede Arrego
É curioso como certos dramas parecem determinados a sabotar a própria protagonista. Aqui, o que deveria ser a figura central de força e inteligência termina reduzida a uma caricatura teimosa, que insiste em se lançar sozinha contra o vilão — falhando sistematicamente, arrastando consigo os outros e tornando cada revés menos plausível e mais irritante. Só no último episódio, por pura obrigação de encerrar a história, ela consegue alguma vitória: não por evolução orgânica, mas porque simplesmente não havia mais tempo para desperdiçar. O resultado é um roteiro preguiçoso, que oscila entre a promessa de tensão e a entrega de frustração.
Mas nem tudo se perde. As duas atrizes mirins, com atuações precisas e luminosas, oferecem os momentos mais convincentes e emocionantes da série. E o formato mais enxuto — dezesseis episódios de meia hora — mostra como a concisão pode ser uma virtude, conferindo fluidez e objetividade a uma narrativa que, ironicamente, não soube o que fazer com sua própria heroína.
Mas nem tudo se perde. As duas atrizes mirins, com atuações precisas e luminosas, oferecem os momentos mais convincentes e emocionantes da série. E o formato mais enxuto — dezesseis episódios de meia hora — mostra como a concisão pode ser uma virtude, conferindo fluidez e objetividade a uma narrativa que, ironicamente, não soube o que fazer com sua própria heroína.
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