karina

amei os casais, mas o roteiro me irritou profundamente

eu queria tanto, mas tanto, ter dado a nota 10 estrelas para “revenged love”. juro que tentei. os personagens são cativantes, os atores têm um carisma inegável e a série tinha todos os ingredientes para ser inesquecível. mas, no fim, simplesmente não consigo ignorar o roteiro, que testou todos os limites da minha paciência.

o ponto alto, sem dúvidas, é a química dos casais. é perfeita, palpável, viciante. amei os momentos dos protagonistas, a tensão, as provocações, o início da relação, tudo muito bem construído. e o que falar do casal secundário? raramente isso acontece comigo, mas eles roubaram a cena. normalmente fico focada no casal principal, mas shuai shuai e cheng yu me ganharam de um jeito que eu torcia por cada segundo deles na tela. foram perfeitos do início ao fim. foi por causa desses personagens que eu fiquei obcecada no começo.

infelizmente, essa fase apaixonada pela série começou a desmoronar. o grande culpado foi o roteiro, que pegou uma ideia principal simples e promissora e a enterrou sob uma montanha de tramas desnecessárias e mal executadas. a série entra num loop e se arrasta por, sei lá, uns seis ou mais episódios, sempre girando em torno dos mesmos problemas. e o pior: conflitos que poderiam ser resolvidos com uma única conversa, o que torna tudo ainda mais frustrante de assistir.

preciso falar do arco que mais testou minha paciência: a volta do ex. isso é algo que eu já não gosto, mas aqui foi feito da forma mais cansativa possível. wang shuo não só volta para infernizar o casal como consegue, e pior, não vai embora nunca. mesmo depois do seu arco supostamente “terminar”, ele continua aparecendo até o último episódio. é uma insistência que eu nunca tinha visto e que drenou completamente minha energia.

o que mais me frustrou, no entanto, foi ver a relação de chi cheng e wu suowei se perder pela total incapacidade deles de se comunicarem. dois adultos agindo como adolescentes, sem um diálogo decente, cheios de mentiras e segredos. sei que isso faz parte da proposta da história, mas não deixou de me irritar.

e toda a tensão em torno do grande segredo inicial (o motivo pelo qual wu suowei se aproximou de chi cheng) foi desperdiçada. durante vários episódios, vimos o suowei carregando culpa, e eu estava esperando o momento explosivo da revelação, a reação do chi cheng. e o que recebi? uma cena irrelevante. já havia tantos plots desnecessários acontecendo que esse momento perdeu todo o peso.

no fim, fica a sensação de potencial desperdiçado. se tivessem mantido a simplicidade, focado na trama principal e no desenvolvimento genuíno dos casais, “revenged love” teria sido facilmente um dos meus favoritos do ano. ainda assim, gostei de como eles reconstruíram a confiança e não desistiram um do outro. a cena em que chi cheng cuida de wu suowei durante o luto foi de uma delicadeza que mostra o quanto a série poderia ter sido bonita o tempo todo.

gostei do resultado, mas poderia ter gostado muito mais se o roteiro fosse melhor. por isso, a nota é 3 estrelas: está longe de ser o melhor bl do ano, mas valeu pela jornada e pelo carisma dos personagens.

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queria ter gostado, mas não rolou

era o bl que eu mais aguardava e mais tinha expectativas pra esse ano. e eu não vou mentir: eu amei no início. sempre que chegava um sábado, era motivo de alegria, porque eu iria assistir the next prince. mas, infelizmente, só a primeira metade do bl foi boa e satisfatória pra mim. o restante dos episódios eu fui só empurrando com a barriga porque eu adoro os zeenunew e não queria vir a dropar uma série deles (pela segunda vez, inclusive). eu tive opiniões muito mistas ao decorrer do bl. ele teve seus momentos bons, sim, mas falhou em muita coisa. não dá pra negar que a produção é impecável. é tudo muito bem ambientado, com figurinos lindos, locações lindas, fotografia excelente. dá pra ver claramente que houve muito investimento. só que eu queria muito que o roteiro tivesse acompanhado essa qualidade de produção. são 14 episódios, alguns com mais de uma hora de duração, mas quase tudo é mal desenvolvido. e tempo para desenvolver não faltou. agora falando nos pontos positivos, eu adorei o khanin, acho ele um personagem muito bem resolvido. gosto de como ele é convicto no que quer, e achei o final dele coerente. afinal, nunca foi da vontade dele ser príncipe. também amei que, enquanto ocupou esse papel, ele sempre (ou pelo menos tentou) levantar a voz para causas sociais. a dinâmica do casal principal foi, sem dúvida, a melhor coisa da série. amo o contraste entre as personalidades deles, e a química que só os znn poderiam entregar. as cenas entre eles transbordam amor e delicadeza, e isso segurou muito da minha vontade de continuar assistindo. infelizmente, a mesma qualidade vista na dinâmica do casal principal não se reflete nos outros relacionamentos da série. a dinâmica do ramil e do paytai deixou a desejar. faltou desenvolvimento, e o plot deles é justamente o tipo que precisa disso. mas foi simplesmente jogado na nossa cara. o mesmo vale pra calvin e jay, que foram completamente esquecidos no churrasco. e isso é ainda mais frustrante quando se lembra que a série teve tempo pra desenvolver esses casais. os personagens, no geral, também são mal aproveitados, e o plot de fundo sofre do mesmo problema. a segunda metade do drama foi, na minha opinião, chatíssima. muito arrastada, com uma encheção de linguiça que cansava. o plot da mina foi introduzido de maneira abrupta, assim como toda a parte do suspense, que falhou em ser desenvolvido. pareceu que os roteiristas perderam totalmente o rumo, a série simplesmente mudou de tom. teria sido bem melhor se tivessem introduzido esse novo arco aos poucos, intercalando com o desenvolvimento dos personagens e dos casais. mas não: optaram por um ritmo desequilibrado e um enredo desconexo, que só afundou cada vez mais. e a ava... eu amava ela. ela passou a série inteira lutando por igualdade de gênero, exigindo o direito das mulheres de competir pelo trono, e aí, no penúltimo episódio, ela desiste quando só faltava uma prova? foi completamente incoerente com tudo que a personagem representava até ali. uma pena mesmo, eu odiei essa escolha do roteiro. a disputa pelo trono, que era a grande promessa desde o início, também não me envolveu tanto. no fim, pra mim foi uma decepção. teve momentos que eu gostei, mas não deu pra ignorar toda a bagunça no roteiro. gastaram tanto tempo investindo na produção e esqueceram do desenvolvimento da história e dos personagens. tinha tanto potencial, mas não entregaram tudo isso.

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Reset é tudo o que um BL deveria ser

poucas séries conseguem me prender de forma tão intensa do começo ao fim, mas reset fez isso com uma facilidade absurda. cada episódio tinha cerca de uma hora, e que hora que hora mais bem aproveitada. amo como eles equilibraram o romance, a jornada do armin e o enredo geral, resolvendo o mistério de fundo sem atropelar o espaço do casal. pelo contrário, dando a eles todo o foco que mereciam. a trama, que envolve viagem no tempo, foi surpreendentemente bem executada. normalmente, dramas assim se perdem em regras complicadas ou deixam perguntas sem resposta. aqui, não. todas as dúvidas que surgiram ao longo da série foram respondidas, e de forma satisfatória. exclusivamente porque a motivação é simples: ver o armin reconstruindo sua vida. sua maior vingança contra aqueles que o prejudicaram não foi um confronto direto com um plano mirabolante, mas algo muito mais poderoso: cuidar de si, alcançar sucesso e, acima de tudo, encontrar o seu amor, uma pessoa em quem ele finalmente pode confiar de olhos fechados e amar incondicionalmente.

e que amor... é impossível falar de reset sem exaltar a química absurda de peterpond. eles viveram armin e tada na tela, entregando uma das maiores químicas que já vi em um bl, não apenas este ano, mas de todos os tempos.
fazia muito tempo que eu não via um casal tão visivelmente apaixonado, tão bem construído e, sejamos sinceros, um personagem tão gado quanto o tada. eu amo o anseio dele, o cuidado e tudo que ele faz pelo armin. a paixão entre eles transborda em cada cena. você consegue sentir o amor deles nos olhares, nos diálogos e nas ações mais sutis. cada toque, cada suspiro, cada troca de palavras era motivo para surtar. e essa intensidade não se resume às cenas nc, pelo contrário, estava presente em cada mínima interação entre eles. eles me fizeram suspirar, surtar e derreter a cada três minutos. como podem ser tão perfeitos?

claro, nem toda produção é impecável. em alguns momentos, certos aspectos da produção, como a montagem ou a atuação de alguns atores secundários, me incomodaram um pouco. no entanto, são detalhes pequenos que em nada diminuem o brilho deste grande bl.

reset é um dos melhores bls do ano e, com certeza, tem o melhor casal. é uma história sobre segundas chances, superação e, acima de tudo, sobre encontrar um amor transformador.
a história de armin e tada é linda, emocionante e vai me deixar com muitas saudades. sem dúvidas, sentirei falta deles, mas a jornada que eles me proporcionaram valeu cada segundo. irei guardar as cenas deles com muito carinho no meu coração. PAIS!

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boa, mas não no nivel da primeira temporada

sem sombra de dúvidas, a mu dan continua sendo a melhor personagem feminina de 2025 até agora. eu amo essa mulher, meu deus. acompanhar a tragédia dela foi simplesmente incrível. a primeira temporada foi tão boa que, sinceramente, eu esperava mais dessa segunda. não foi tão excelente quanto a anterior, mas ainda assim eu gostei. tudo foi finalizado direitinho, de forma bem amarrada.

amei a química do nosso casal, eles entregaram muito. teve sim alguns momentos mais chatos e monótonos, e eu mudaria uma coisa ou outra no roteiro, mas no geral, foi uma boa continuação e valeu a pena assistir.

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