A young couple, namely an art student named Yumi and acting club member Naoya, is in a pinch. They noticed that Yumi is unexpectedly pregnant, and they don't know what they will do in the future. The past and the present go back and forth, and an emotional gradation that is close to the heart, creating a love movie as if we are peeking through the lives of the couple. (Source: Official site, Eiga) Edit Translation
- English
- magyar / magyar nyelv
- עברית / עִבְרִית
- dansk
- Native Title: わたし達はおとな
- Also Known As: Watashi Tachi wa Otona , Watashitachi wa Otona , We Are Adults
- Screenwriter & Director: Kato Takuya
- Genres: Romance, Life, Drama
Cast & Credits
- Kiryuu MaiYumiMain Role
- Fujiwara KisetsuNaoyaMain Role
- Kanno RioUsuiSupport Role
- Shimizu KurumiIkedaSupport Role
- Morita KokoroEriSupport Role
- Sakurada DoriMasatoSupport Role
Reviews

Um retrato dolorosamente sutil da vida adulta
Grown-ups me pegou de surpresa, e de uma forma muito boa. É um filme slice of life, com o ritmo orgânico e por vezes entorpecido da vida real. Como o próprio título sugere, ele mergulha com delicadeza (e certa crueldade) no processo de amadurecimento, com foco especial nos momentos em que somos forçados a crescer mesmo sem estarmos prontos.A protagonista acaba de descobrir uma gravidez inesperada e não tem certeza de quem é o pai: o namorado atual ou um antigo caso de uma noite. A partir daí, o filme alterna entre presente e passado, construindo aos poucos uma teia de lembranças, silêncios e decisões mal resolvidas. Esse jogo de tempos pode causar certa estranheza no início, mas logo se torna viciante. O passado serve como chave para decifrar o presente e a protagonista.
O que realmente me prendeu foi a construção da dinâmica entre ela e o namorado. Ele não é aquele tipo clássico de homem tóxico explosivo. Pelo contrário, sua toxicidade é sutil, rasteira, silenciosa. Está nos pequenos gestos, nos silêncios forçados, nas conversas que ele sempre conduz ao seu favor. A protagonista vai se apagando aos poucos. Ela cede o tempo todo. Sente que algo está errado, mas não consegue reagir. O olhar dela, a postura, até o tom de voz com ele muda.
A manipulação dele é refinada. Ele nunca grita, nunca agride, mas sabe exatamente como culpabilizá-la, como inverter a narrativa, como aplacar qualquer rebelião com frases como “Por que você está agindo assim?” e com isso planta nela a dúvida sobre o próprio desconforto. É um retrato afiadíssimo de um relacionamento abusivo emocional, onde o abuso se disfarça de normalidade.
O ponto alto do filme, para mim, é o clímax. Um diálogo longo, cru, real, em que finalmente ela se impõe. É uma cena tensa, com uma carga dramática explosiva que fecha tudo com chave de ouro. Ali, o filme entrega tudo que prometeu construir desde o início: o amadurecimento emocional de alguém que foi esmagada por tempo demais.
As atuações são excelentes, especialmente a do ator que interpreta o namorado. Sua linguagem corporal é um espetáculo à parte. Até nos momentos de silêncio, seu corpo fala. Os gestos de contenção, os sorrisos vazios, a forma como tenta suavizar os próprios erros, é de uma veracidade impressionante.
A narrativa é minuciosa, concentrada nos detalhes. Nada é jogado na cara do telespectador, e por isso tudo tem mais peso. Mesmo com o ritmo lento, o filme prende. Vi de madrugada, exausta, mas em nenhum momento bocejei. Me manteve em estado de atenção constante, como se cada silêncio dissesse mais do que qualquer fala.
Claro, há pequenos tropeços aqui e ali, mas nada que prejudique a experiência. Grown-ups é um filme sério, humano, real. É sobre os momentos em que a vida exige que cresçamos, especialmente quando dói. É principalmente sobre aprender a dizer não, mesmo quando tudo ao redor te ensinou a ceder.
Recomendo!
Was this review helpful to you?
Recommendations
There have been no recommendations submitted. Be the first and add one.