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Completed
Demon City Oni Goroshi
1 people found this review helpful
Mar 26, 2025
Completed 0
Overall 1.0
Story 1.0
Acting/Cast 8.0
Music 10
Rewatch Value 1.0
This review may contain spoilers

Chato

Que filminho ruim, viu? Nem vou terminar. Fui até a metade e já foi mais do que suficiente.

Apesar da cinematografia bonita, a história tem a profundidade de um pires. São tantas cenas vazias de luta que, por um momento, achei que estava assistindo a um filme estadunidense genérico.

Não tenho do que reclamar das cenas de ação, elas são muito bem executadas, e o Ikuta entrega tudo nelas (o cara é bom, não tem jeito). Mas de que adianta quando o personagem mal tem falas e a narrativa é praticamente inexistente? Metade do filme se resume a pancadaria sem substância, sem um enredo realmente envolvente por trás.

E a suspensão de descrença aqui simplesmente não existe. O protagonista leva um tiro na cabeça, é dado como morto, depois descobre que está vivo, mas tetraplégico. Do nada, se recupera milagrosamente e já sai por aí matando uma multidão como se nada tivesse acontecido. É tudo muito forçado, uma tentativa óbvia de reforçar o quão fodão ele é, sem o mínimo de coerência.

Não gostei do que vi e não faço questão de ver o resto.

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Completed
The Scarlet Letter
0 people found this review helpful
2 hours ago
Completed 0
Overall 1.0
Story 1.0
Acting/Cast 7.0
Music 10
Rewatch Value 1.0

Terrível

Estou impressionada com esse filme. Nunca imaginei que pudesse ser tão ruim.

Até a metade, eu estava entretida. O roteiro parecia seguir uma direção relativamente sólida. A premissa era interessante: um detetive tenta solucionar um caso de assassinato, desconfiando da viúva, enquanto lida com um drama familiar envolvendo a esposa grávida e a amante, que também descobre estar esperando um filho. Parecia que o filme ia explorar esse conflito duplo, equilibrando o thriller policial com o drama pessoal, mas de repente nada mais faz sentido.

Nem consigo explicar exatamente o que aconteceu, porque o filme simplesmente abandona tudo que vinha construindo sem mais nem menos. O assassinato, que parecia ser o fio condutor, é rapidamente descartado, com um desfecho sem pé nem cabeça. E o drama familiar do protagonista? De repente se transforma, do nada, em um interminável suspense de sobrevivência, com ele preso no porta-malas do próprio carro junto da amante.

O que deveria ser um thriller investigativo com um drama psicológico se converte, sem transição alguma, num suspense aleatório que não tem absolutamente nada a ver com o tom inicial.

O suposto plot twist envolvendo a esposa e a amante consegue ser ainda mais absurdo e forçado, contribuindo para o completo descolamento entre a primeira e a segunda parte do filme.

Sinceramente, não entendi até agora qual foi o propósito do filme, se é que havia um. O diretor ainda tentou enfiar, de maneira nada sutil, a metáfora de Adão e Eva, com alguns simbolismos espalhados, mas o resultado ficou apenas pretensioso, vazio e, francamente, tenebroso.

Enfim, detestei. Não recomendo de jeito nenhum.

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Completed
Koi wa Deep ni
0 people found this review helpful
1 day ago
9 of 9 episodes seen
Completed 0
Overall 6.0
Story 6.0
Acting/Cast 8.0
Music 6.0
Rewatch Value 6.0

Fofo

Eu gostei demais desse drama! Ele é tão fácil de maratonar, tão simples, despretensioso e fofo que rapidamente me vi apegada à história. Não há nada de complexo aqui, e é justamente essa simplicidade que me encantou.

A trama gira em torno de uma sereia que vai para a terra após sonhar que os humanos destruiriam seu lar, e acaba se envolvendo com o homem que lidera a construção de um observatório submarino. Quanto mais ela tenta impedir a obra, mais se apaixona por ele. E é apenas isso: uma história leve, de fantasia, com romance, algumas pitadas de comédia e uma pincelada de drama.

Claro que, mesmo sendo simples, poderia ter sido melhor. Algumas coisas não fizeram muito sentido ou ficaram sem explicação, mas, sinceramente, isso não atrapalhou a experiência.

Gostei demais do casal principal. A protagonista é um amor, toda doidinha, com um coração enorme, uma preciosidade. E o protagonista masculino também me conquistou. Ele parece mal-humorado à primeira vista, mas na verdade é tão fofo quanto ela, só que de um jeito estranhamente cômico e encantador. E a química dos dois é uma gracinha.

Acho que souberam equilibrar bem a comédia, me diverti bastante, embora talvez tenham exagerado um pouco nos personagens secundários, e a relação entre os três irmãos foi abordada de forma um pouco superficial e poderia ter rendido mais.

No geral, é um drama para passar o tempo. Não pretende fazer grandes reflexões, mas entretém, diverte e até conseguiu me emocionar em algumas cenas.

Recomendo com carinho, especialmente para quem quer algo leve e doce.

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Completed
Mars
0 people found this review helpful
4 days ago
13 of 13 episodes seen
Completed 0
Overall 5.0
Story 5.0
Acting/Cast 7.0
Music 6.0
Rewatch Value 5.0

interessante

Mars é um drama que, apesar de ter muitos acertos, também comete vários deslizes.

Um dos maiores méritos está na forma como desenvolve um relacionamento que vai muito além da simples ideia de “estar apaixonado”. É uma relação de apoio mútuo, em que ambos se ajudam a superar traumas profundos, a recuperar a confiança em si mesmos e a amadurecer. Conforme o tempo passa, o carinho e o amor entre os dois se tornam palpáveis, e há uma naturalidade comovente nessa construção.

Acho que o drama acertou principalmente no desenvolvimento dos traumas centrais de cada um. A trajetória dela, lidando com o trauma do abuso cometido pelo próprio padrasto, é muito bem trabalhada: vemos como ela supera o medo de se aproximar de homens, aprende a fazer amigos e, eventualmente, consegue confiar o suficiente para viver um relacionamento amoroso. Da mesma forma, os traumas dele são bem contextualizados, ajudando a entender suas atitudes e inseguranças.

Gosto muito de como o contraste entre eles — ela, tímida e introvertida, e ele, livre, carismático e extrovertido — cria uma dinâmica em que um potencializa o que há de melhor no outro. Acompanhar a evolução do relacionamento foi como observar a vida real de um casal jovem: cheia de nuances, avanços e retrocessos, mas sempre verdadeira.

No entanto, o drama também apresenta falhas importantes. Sobretudo no começo, perde tempo demais com subtramas quase aleatórias, que pouco acrescentam à narrativa principal. Os personagens secundários, infelizmente, são mal desenvolvidos, com pouca personalidade e arcos superficiais. Parece que o roteiro não se preocupou em construir essas figuras com a mesma dedicação que teve com os protagonistas.

Outro problema é o desequilíbrio no tratamento dos traumas: enquanto os problemas do protagonista masculino recebem um foco excessivo, os da protagonista demoram a ser devidamente explorados. Além disso, algumas situações são tratadas de forma exagerada, especialmente no que diz respeito ao passado dele, fazendo com que certos momentos soem dramáticos além da conta.

Ainda assim, no geral, eu gostei bastante do drama. Ele tem seus desvios, seus exageros, mas o que mais me agradou foi a naturalidade conquistada ao longo dos episódios, a maneira como tudo flui com autenticidade. Só lamento que tenham insistido tanto em algumas subtramas desnecessárias, quando os traumas e o desenvolvimento dos protagonistas já eram mais do que suficientes para sustentar os 20 episódios.

Em suma: é um bom drama. Tem falhas evidentes, mas também uma sensibilidade na forma como trata a dor, a cura e o amor. Gostei e recomendo (com algumas ressalvas).

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Completed
Zeni Geba
0 people found this review helpful
8 days ago
9 of 9 episodes seen
Completed 0
Overall 5.0
Story 6.0
Acting/Cast 7.0
Music 2.0
Rewatch Value 5.0

Marcante

Preciso de um minuto para me recuperar, porque esse último episódio me fez chorar a cota do ano inteiro.

Zeni Geba foi um verdadeiro misto de sentimentos, um drama que oscilou constantemente entre o muito bom e o mediano, quase ruim, ao longo de todos os episódios, com exceção do último que foi, sem exagero, uma obra-prima.

A história é forte e extremamente interessante: um homem que, desde a infância, aprendeu da forma mais cruel possível como pode ser desesperador viver sem dinheiro. Criado sozinho, moldado pela dureza das ruas, ele desenvolve uma obsessão doentia por dinheiro, algo que o leva a enganar e até matar pessoas, acreditando piamente que todos, no fundo, são tão obcecados quanto ele.

Todas as cenas do passado são impecáveis, com um elenco fenomenal e uma carga dramática que me pegou de jeito. O ator mirim que interpreta o protagonista merece todos os elogios: não só segurou o papel como BRILHOU, com uma entrega rara de se ver.

Já as cenas no presente mergulham em uma escuridão sufocante.

Acompanhamos um homem que vai se destruindo e destruindo todos ao seu redor, convencido de que dinheiro é sinônimo de felicidade, que todos têm um preço e que a sobrevivência está acima de qualquer moral. E mesmo sendo praticamente impossível torcer por ele, afinal, ele já não possui empatia ou qualquer traço de humanidade, eu ainda assim torci. E chorei. Muito.

O drama levanta reflexões poderosas sobre desigualdade de classe e sobre como o capitalismo é uma máquina cruel, que esmaga e esfola as pessoas até não restar mais nada. Mas, ao mesmo tempo, senti que vários diálogos e reflexões foram conduzidos com certo amadorismo, como se faltasse sutileza ou profundidade em alguns momentos.

O ator protagonista também oscilou: entregou cenas arrebatadoras, com uma atuação visceral e impressionante, mas, em outras, acabou beirando o caricato. De toda forma, vai ser difícil esquecer dele gritando. Aqueles gritos de dor e desespero ficaram marcados.

Zeni Geba é um drama profundamente triste. Não há felicidade em momento algum, só uma espiral descendente que culmina num final devastador, quando o protagonista chega ao fundo do próprio desespero e solidão. E então, ele imagina: como teria sido sua vida se o dinheiro não tivesse determinado o seu destino? Se o pai não fosse alcoólatra e violento? Se a mãe não tivesse morrido de uma doença que poderia ser tratada com dinheiro? Se ele tivesse tido uma infância normal, sem precisar entregar jornais para conseguir uma refeição?

Essa sequência me destruiu. Depois de acompanhar toda a trajetória dele, entender suas motivações e, paradoxalmente, se afeiçoar a ele, vê-lo imaginando uma vida feliz que jamais pôde ter doeu demais.

Eu gostei muito desse drama e acho que ele é bom, mas também acredito que poderia ter sido muito melhor se não ficasse preso a essa oscilação de cenas mal conduzidas.

Quem sabe um dia não ganhe um remake nas mãos de um roteirista e diretor mais experientes, seria incrível.

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Completed
Go
0 people found this review helpful
13 days ago
Completed 0
Overall 4.0
Story 4.0
Acting/Cast 8.0
Music 6.0
Rewatch Value 1.0

Não é tudo isso

Gostei de Go, mas não tanto quanto gostaria.

É um filme com potencial imenso, que aborda temas como discriminação, identidade e pertencimento, tudo pela perspectiva de um adolescente nascido no Japão, mas filho de norte-coreanos, que vive à margem de uma sociedade que nunca o acolheu de verdade. A base é poderosa, mas a execução me deixou um pouco frustrada.

A problemática central — o sentimento de não pertencimento, o racismo velado (e escancarado), a perseguição, o bullying — está lá presente o tempo todo, mas de forma tão sutil e diluída em cenas absurdas e quase aleatórias que a narrativa frequentemente parece perder o foco.

Em vez de aprofundar os conflitos internos e externos do protagonista, o roteiro parece mais preocupado em criar momentos excêntricos, como se quisesse deixar uma assinatura cult. E embora a estética seja realmente cheia de personalidade, isso acaba ofuscando a força emocional do tema.

Até metade do filme, era difícil até mesmo definir do que ele realmente tratava. A impressão era de estar assistindo a um filme dirigido por alguém com um déficit de atenção muito forte, pulando de cena em cena, de tom em tom, sem se fixar em nada por muito tempo. Apesar disso, algo nele me manteve presa, talvez o elenco cativante, os personagens excêntricos, ou a promessa de que eventualmente faria sentido.

E realmente faz mais sentido na reta final, onde os melhores diálogos e os momentos mais impactantes finalmente acontecem. Quando o roteiro enfim encara de frente o dilema identitário do protagonista em voz alta, a história encontra sua força (pena que só nos últimos trinta minutos).

No fim das contas, Go é um filme com mensagem, mas que a entrega de forma errática. Não é ruim, mas também não é memorável da forma como poderia ser. É interessante, tem alma, mas não consegue focar. Recomendo com ressalvas, principalmente para quem curte cinema japonês com uma pegada mais alternativa e está disposto a encarar uma narrativa caótica em troca de momentos de brilho.

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Completed
Lesson of the Evil
0 people found this review helpful
14 days ago
Completed 0
Overall 9.0
Story 9.0
Acting/Cast 10
Music 10
Rewatch Value 10

Me surpreendeu

Que filme absolutamente bizarro e perturbador, E EU AMEI CADA SEGUNDO. Sério, parece que Lesson of the Evil foi feito sob medida para mim.

Eu sou apaixonada pelo subgênero slasher, e ver um slasher protagonizado por um psicopata tão carismático foi maravilhoso.

A construção da narrativa é excelente: a forma como o protagonista vai perdendo o controle aos poucos, mesmo sendo um sujeito meticulosamente calculista e absurdamente precavido, é incrível.

A primeira metade do filme é quase enganosamente calma, abordando os dramas escolares com naturalidade e interligando tudo com uma sutileza impressionante. Já a segunda metade é puro caos. Violenta, insana e viciante.

E aí entra o trunfo do filme: o protagonista. O carisma desse psicopata é tão absurdo que me vi rindo, me divertindo e até torcendo por ele em várias cenas. E o mais legal é vê-lo improvisando, adaptando seus planos conforme tudo vai saindo do controle. É um deleite acompanhar essa queda.

Os personagens são ótimos, os cortes de cena funcionam muito bem, a cinematografia é afiada e a trilha sonora tem aquele ar vintage que combina perfeitamente com a mente doentia (e charmosa) do protagonista. É um baita slasher, cheio de sangue e mortes, mas o que o torna especial é o fato de não ser só sobre um cara matando gente. Existe drama, existe construção, existe tensão. O protagonista é a história. E o filme te aproxima tanto dele que é impossível assistir de forma neutra.

Não é um terror feito para dar medo, é quase um terror cômico, não por conter cenas engraçadas, mas porque o carisma do protagonista transforma a violência em algo estranhamente divertido. Medonhamente divertido.

Recomendo muito para quem gosta de slashers que saem do óbvio, que querem algo mais estilizado, mais ousado, e não têm medo de se encantar pelo vilão (eu sempre).

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Completed
The Legend of the Blue Sea
0 people found this review helpful
15 days ago
20 of 20 episodes seen
Completed 0
Overall 4.0
Story 4.0
Acting/Cast 8.0
Music 4.0
Rewatch Value 1.0

Frustrante

Sinceramente? Eu esperava mais de The Legend of the Blue Sea.

Apesar de ter gostado em certa medida, não dá pra negar que é um drama cheio de furos de roteiro, cenas convenientes demais, personagens que agem fora de coerência e uma história que simplesmente não justifica tantos episódios, o que acaba tornando tudo muito arrastado.

O que sustenta a série é basicamente o carisma do Lee Minho e a dinâmica entre o casal principal. Eles têm química, sim, e algumas cenas engraçadinhas, mas nem isso é tudo isso. No fim das contas, é um drama bobinho, estilo sessão da tarde, que não tenta ser nada além de um passatempo. Não me emocionou, não me fez refletir, não me tocou, mas me entreteve.

A narrativa entrelaçando passado e presente me cansou bastante. As cenas do passado quebravam o ritmo de forma bem incômoda, a ponto de eu cogitar pular essas partes (mas resisti com muito custo). A ideia tinha potencial, mas a execução não funcionou para mim.

Um dos furos que mais me incomodou foi a habilidade do protagonista como hipnotizador. O roteiro introduz isso como uma ferramenta importante, mas depois simplesmente esquece que ela existe. Era algo que poderia ter sido útil em várias situações, mas desaparece sem explicação. O típico descuido de roteiro.

Dei boas risadas em alguns momentos, e adorei o personagem do Lee Minho, que foi, sem dúvida, o que me manteve até o final. Sua personalidade, seus diálogos e a forma como as situações se desenvolviam ao redor dele foram os únicos elementos realmente interessantes. Se não fosse por ele, provavelmente teria abandonado o drama lá no começo.

Quanto à mocinha: não é que ela seja ruim, mas não consegui criar empatia. Talvez por causa do humor exagerado, quase pastelão, ou talvez pela frustração com algumas atitudes dela, como no começo, quando apaga completamente a memória dele sem necessidade (mais um furo: ela poderia ter apagado apenas o momento em que ele descobriu que ela era uma sereia, mas apaga tudo e ainda assim vai atrás dele logo em seguida? Não faz sentido e eu não engoli a explicação).

O final também me decepcionou bastante. Ao invés de se recuperar aos poucos no mar, ela simplesmente apaga a memória de todo mundo e reaparece anos depois. Totalmente frustrante.

Enfim, The Legend of the Blue Sea é um drama mediano que se apoia na comédia romântica e não entrega muito além disso. Tem seus momentos divertidos, mas tropeça feio quando tenta ser algo mais. Gostei sim, mas definitivamente não achei bom, muito menos memorável. Recomendo com muitas ressalvas.

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Completed
Tokyo Tower
0 people found this review helpful
27 days ago
Completed 0
Overall 4.0
Story 4.0
Acting/Cast 8.0
Music 10
Rewatch Value 1.0

Faltou algo

Gostei de Tokyo Tower? Gostei sim, mas ele poderia ter sido muito melhor.

A maior prova disso é que o casal secundário, com bem menos tempo de tela, foi muito mais interessante e cativante que o casal principal. Além da química evidente, havia uma carga emocional mais consistente, uma trama mais envolvente e personagens que realmente despertavam curiosidade. Já o casal principal faltou de tudo um pouco.

O roteiro opta por mostrar momentos espaçados ao longo de um ano e meio na vida desses dois casais, o que até poderia funcionar, mas aqui acaba deixando tudo raso demais. A relação do casal principal é tão pouco desenvolvida que fica difícil criar empatia ou até mesmo compreender suas atitudes. Muitos acontecimentos ficam subentendidos, tanto que em vez de parecer um recurso narrativo intencional, soa mais como falha de desenvolvimento. Faltou aprofundar sentimentos, motivações, conflitos. Em certos momentos, os personagens principais agem de formas tão desconexas que parece quebra de personagem, ou ausência de construção.

A reta final também decepciona, pouco impactante e mal resolvida. Se o filme tivesse focado inteiramente no casal secundário, com sua intensidade contida e seus dilemas mais palpáveis, talvez eu estivesse aqui dando uma nota 8. Mas, como não foi o caso, fico com um 4, porque o filme, embora bonito e sensível em alguns trechos, desperdiça muito do seu potencial.

Pontos positivos? Tem também. A estética é belíssima, o elenco é competente, e a trilha sonora contribui bem para o clima intimista. Também achei interessante como o filme aborda dois relacionamentos com diferença de idade, mostrando que, apesar das particularidades, em ambos os casos o desequilíbrio emocional e as feridas que se abrem recaem especialmente sobre os mais jovens. Há diálogos e cenas que realmente funcionam — só é uma pena que sejam exceção.

Recomendo com ressalvas: vá sem grandes expectativas e talvez consiga apreciar melhor o que Tokyo Tower tem de bom, ainda que deixe tanto a desejar.

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Completed
Hungry!
0 people found this review helpful
28 days ago
11 of 11 episodes seen
Completed 0
Overall 7.0
Story 7.0
Acting/Cast 8.0
Music 6.0
Rewatch Value 6.0

Me surpreendeu

Essa é uma daquelas resenhas que escrevo com o coração apertado, porque Hungry! me pegou de surpresa e me deixou com saudade dos personagens e da atmosfera gostosa do drama assim que terminou.



Adoro quando encontro essas pérolas escondidas que se revelam cheias de personalidade, carisma e originalidade.



A proposta é simples, mas muito cativante: um rapaz que sempre teve talento para a cozinha decide seguir o sonho de ter uma banda de rock. Ele insiste nisso até os 30 anos, sem sucesso, e após a morte da mãe decide assumir o restaurante da família. Nessa transição, ele acaba descobrindo uma nova vocação e um novo propósito de vida, tudo com o apoio dos antigos colegas de banda, que, assim como ele, também estão buscando um rumo.



É uma comédia dramática com toques de slice of life, bem humana e bem natural, focada em amizade, amadurecimento, redescoberta e na busca por algo que realmente os faça felizes.



O ritmo vai se acertando com o tempo. O primeiro episódio é um pouco caótico, mas a história se aprofunda a cada capítulo, e os personagens vão ganhando vida de um jeito tão sincero que foi impossível não me apegar.



O protagonista é aquele típico baixista arrogante, bocudo, grosseirão, mas com um bom coração escondido por trás da pose roqueira. Pena que ele não tinha nenhuma veia romântica (sofri, tá?).



E a protagonista feminina... que dor no coração. Ela é um amor de pessoa, e o sentimento não correspondido que carrega por ele me destruiu. A química entre os dois era visível, a conexão era genuína, e ela foi quem mais acreditou nele, quem mais o incentivou a seguir seu novo sonho, ao contrário da namorada, que queria que ele continuasse na música.



Fiquei com o coração em pedaços ao vê-la não sendo escolhida, mesmo com tantas demonstrações de afeto e apoio. O protagonista claramente sentia algo por ela, mas, por insegurança ou ignorância emocional, nunca teve coragem de admitir, e isso doeu, muito.



O drama tem sim alguns momentos de comédia exagerada e caricata, especialmente no começo, e o antagonista também parece meio aleatório, mas de alguma forma isso não atrapalha tanto. Com o tempo, até passei a gostar dele. O foco principal — o crescimento pessoal, a redescoberta e o valor das amizades — é tão bem conduzido que essas pequenas falhas se tornam toleráveis.



A única coisa que realmente me frustrou foi o desfecho do romance. Eu, iludida, acreditei até o fim que os dois ficariam juntos. A química estava ali, os sinais estavam todos ali, até o nome do restaurante foi escolhido pensando nela, mas o roteiro não seguiu por esse caminho, e confesso que isso me deixou com uma ferida aberta (um pouco frustrada também, confesso).



Mesmo assim, Hungry! é um drama muito especial. É leve, divertido, tocante e com um protagonista pelo qual vale a pena torcer, mesmo quando ele age feito um idiota estúpido. A jornada dele é sincera e cheia de amadurecimento. Recomendo muito, principalmente para quem gosta de histórias sobre recomeços, amizade e descobertas inesperadas da vida.

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Completed
Hanamizuki
0 people found this review helpful
Apr 28, 2025
Completed 0
Overall 3.0
Story 3.0
Acting/Cast 8.0
Music 6.0
Rewatch Value 1.0

Bem fraquinho

Hanamizuki não é exatamente um filme ruim, mas é tão sem sal e sem tempero.



A história não cativa, falta carisma em todos os aspectos, e mesmo que fique claro que o roteirista tentava transmitir alguma mensagem, quanto mais penso sobre ela, menos consigo entender qual era exatamente o propósito.



Existem histórias com muito a dizer mas que falham na execução, Hanamizuki, por outro lado, parece não ter nada de realmente significativo para contar.



A protagonista é apática, e mesmo o ator principal sendo alguém que por si só tem bastante carisma, não conseguiu sustentar a trama com seu personagem.



A premissa é simples: uma garota estudando para entrar em uma universidade na capital, um garoto que sonha em ser pescador, eles se apaixonam, ela vai embora, eles se separam e se reencontram anos depois algumas vezes. E é só isso. A narrativa carece de paixão, falta aquele sentimento arrebatador que nos faria torcer pelo casal, que faria o público sentir borboletas no estômago.



Visualmente, o filme é bonito. Eu particularmente adoro histórias ambientadas em cidades litorâneas, e a fotografia realmente capta cenários lindos. Mas nem mesmo essa estética foi bem aproveitada pela direção.



O ritmo é extremamente arrastado, ainda mais para um filme que não é nem melodrama nem slice of life — é apenas um drama convencional que se arrasta por duas horas sem força suficiente para justificar sua duração.



Os personagens não têm voz própria, suas personalidades são vagas e mal definidas, o que torna difícil criar qualquer tipo de conexão emocional com eles.



Enfim, Hanamizuki é um filme bem fraquinho. Não chega a ser ruim, mas também não deixa muita coisa para se lembrar. Uma história esquecível.

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Completed
I'm Home
0 people found this review helpful
Apr 28, 2025
10 of 10 episodes seen
Completed 0
Overall 7.0
Story 7.0
Acting/Cast 10
Music 10
Rewatch Value 10

Profundo

Quem diria que I'm Home seria tão bom? Eu mesma não esperava. O pôster estranho somado às tags me fizeram imaginar uma história completamente diferente, e mesmo quando comecei a assistir, achei que seria outra coisa. Mas conforme a trama se desenvolveu, fui positivamente surpreendida e profundamente tocada.

A premissa é riquíssima em carga emocional: um homem sofre um acidente e perde a memória dos últimos cinco anos. Além disso, ele passa a enxergar uma máscara nos rostos da esposa e do filho, incapaz de ver suas expressões.

O drama é repleto de metáforas e analogias — a máscara, claro, é a principal delas —, e a cada episódio acompanhamos o protagonista em uma jornada intensa de autoconhecimento.

Ao descobrir fragmentos do seu passado, ele se dá conta, junto conosco, de que era uma pessoa horrível: egoísta, egocêntrico, incapaz de ver de verdade quem estava ao seu lado. Sua trajetória é marcada por dor, arrependimento e autoconsciência, é uma história de redenção genuína, construída com muita sensibilidade. Ver ele tentando, finalmente, conhecer a esposa e o filho (pessoas que antes ele mal enxergava) foi emocionante.

A escolha do ator principal não poderia ter sido melhor. Para mim, o Kimura é o melhor ator do Japão. Sua atuação é tão precisa e natural que, nas cenas que retratam o passado, parecia realmente uma outra pessoa, tamanha a transformação entre o "eu" antigo e o atual.

Claro que o drama não é perfeito. Apesar da premissa poderosa, alguns personagens secundários ficaram aquém, especialmente aqueles usados para "alívio cômico", que destoavam do tom sério e melancólico da história. O último episódio também foi um pouco apressado, e certos pontos ligados à empresa mereciam uma explicação mais cuidadosa. Ainda assim, esses problemas são detalhes frente ao todo.

Me apaixonei por essa história. Chorei em muitas cenas e me envolvi profundamente com a trajetória do protagonista, especialmente na parte mais importante de todas: sua tentativa sincera de reconstruir a relação com a esposa e o filho — a retirada das máscaras foi tão comovente que duvido me esquecer tão cedo dessa cena.

I'm Home é sobre recomeços, redenção e o poder de enxergar verdadeiramente aqueles que amamos. Recomendo muito (mas preparem os lencinhos, vão precisar).

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Completed
Bakayarou no Kiss
0 people found this review helpful
Apr 24, 2025
5 of 5 episodes seen
Completed 0
Overall 4.0
Story 4.0
Acting/Cast 6.0
Music 4.0
Rewatch Value 1.0

Meio sem sal, mas ok

Bakayarou no Kiss é aquele tipo de drama fofinho, leve, bem bobinho — quase sem sal, pra ser honesta — mas que serve para passar o tempo. Não chega a ser ruim, mas também não é bom.

Com apenas 5 episódios de 23 minutos, tem a duração total de um filme, então dá pra maratonar tranquilamente numa tarde qualquer.

Assisti sem grandes expectativas, mais por curiosidade em conhecer o trabalho do ator principal, que infelizmente faleceu recentemente, aos 24 anos. Uma perda muito triste, ele era jovem, talentoso e claramente tinha muito a oferecer.

Sobre o drama em si, eu já não esperava profundidade (embora tenha visto minidramas surpreendentemente densos antes). A trama gira em torno de um grupo de amigos tentando seguir em frente enquanto ainda carregam feridas do passado, com uma pegada colegial leve, quase infantil, e com a adição de um reality show como pano de fundo para que eles enfrentem esses traumas. É uma ideia meio boba, mas funciona dentro da proposta do drama.

No fim das contas, é um passatempo despretensioso. Se estiver procurando algo leve e rápido, só pra preencher o tempo e não pensar muito, até vale dar uma chance. Mas vá sem esperar profundidade na trama, nem nos diálogos.

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Completed
Love and Fortune
0 people found this review helpful
Apr 21, 2025
12 of 12 episodes seen
Completed 0
Overall 2.0
Story 2.0
Acting/Cast 6.0
Music 10
Rewatch Value 1.0

Japão sendo Japão

Resolvi assistir à famigerada bomba Love and Fortune para entender se ela realmente merece a péssima reputação que carrega.

E, infelizmente, tenho que concordar: merece sim.

Gosto de ver esse tipo de produção polêmica para formar minha própria opinião. Afinal, todos temos nossos guilty pleasures, e gosto pessoal nem sempre anda de mãos dadas com qualidade técnica. Não sou crítica profissional, então minha análise parte mesmo de como a história me afeta. E, nesse caso, me afetou de forma bem negativa.

Quando assisto algo com age gap, costumo me perguntar duas coisas: 1) essa diferença de idade é essencial para a narrativa? e 2) os personagens precisavam mesmo ter essas idades específicas?

Pego Lolita como exemplo. Ali, a diferença extrema de idade é o pilar central da história; sem ela, a trama simplesmente não existiria. A menina precisava ter 12 anos, o homem, ser muito mais velho. A crítica se sustenta exatamente nesse abismo entre eles.

Agora, em Love and Fortune, o menino precisava mesmo ter 15 anos enquanto ela tinha 31? Isso muda algo estrutural na trama? A resposta, pra mim, é não. Se ele tivesse 17, quase 18, ainda seria um relacionamento ilegal no Japão e ainda levantaria os mesmos dilemas éticos.

Quando uma escolha narrativa parece existir apenas para causar choque, sem aprofundamento nem propósito real, soa gratuita e, nesse caso, completamente irresponsável.

O que mais me incomodou foi a naturalidade com que a protagonista lida com a idade dele. Ela vê que ele tem 15 anos e em nenhum momento questiona suas atitudes, não hesita, não reflete sobre as implicações éticas e morais de se envolver romanticamente com um adolescente. Pelo contrário: ela se aproveita claramente de sua posição de superioridade e da vulnerabilidade dele. É um menino tímido, sem amigos, inseguro, e ela, uma mulher adulta, projeta nele seus desejos e frustrações. Foi impossível não ver isso como uma relação abusiva. Mesmo que o roteiro tente suavizar a situação com a ideia de “consentimento”, até que ponto um garoto de 15 anos tem maturidade emocional para consentir plenamente nesse contexto?

A trama até tenta, de forma superficial, abordar os dilemas de mulheres na casa dos 30: a pressão social para casar, ter filhos, manter uma carreira. Mas a abordagem é rasa e pouco convincente. O único ponto em que o roteiro realmente acerta é ao mostrar o desgaste da rotina em um relacionamento. A protagonista está infeliz no trabalho, no namoro, e ao invés de enfrentar isso com diálogo ou autoconhecimento, ela simplesmente trai. Mas nem essa traição é tratada com densidade. Ela não conversa com o namorado, não confronta os próprios sentimentos. É apática, desconectada, quase infantil. Uma mulher de 31 anos que se comporta como uma adolescente perdida, sem qualquer senso de responsabilidade sobre seus atos.

Esperei até o fim por alguma consequência, redenção ou ao menos uma reflexão mais profunda. Mas não veio. No lugar disso, vemos ela destruindo emocionalmente um garoto que ela mal conhecia, alimentando todas as inseguranças dele até o ponto de ruptura: ele abandona a escola, se torna paranoico, inseguro, ciumento. Mas, sinceramente, como julgá-lo? Ele é só um menino.

O drama me deixou com um gosto amargo. A mensagem que passa é torta, mal elaborada, e o desenvolvimento dos personagens não convence. A única coisa que posso elogiar, com sinceridade, é a fotografia. Realmente muito bonita e bem cuidada. Mas isso não foi suficiente para salvar a experiência.

No fim, achei o drama fraco, entediante na maior parte do tempo, com poucos momentos realmente bons. Não recomendo.

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Completed
Nagareboshi
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Apr 19, 2025
10 of 10 episodes seen
Completed 0
Overall 9.0
Story 9.0
Acting/Cast 8.0
Music 10
Rewatch Value 10

Muito tocante

Poucas coisas me encantam tanto quanto ser surpreendida por um drama, e Nagareboshi foi exatamente isso.

Encontrei esse título por acaso, sem procurar nada específico, e decidi assistir sem nem ler a sinopse. Não conhecia os atores, tampouco a produção. Fui no escuro, e o resultado? Estou maravilhada.

A trama é delicada e profunda, com aquela sensibilidade única dos dramas slice of life japoneses dos anos 90/2000. A história gira em torno de um homem que, desesperado por não conseguir um doador compatível para sua irmã mais nova, conhece uma jovem prostituta e lhe propõe dinheiro e casamento em troca da doação de parte de seu fígado (é necessário pertencer à família para ser um doador). No Japão, esse tipo de acordo configura crime, já que envolve a compra de um órgão — algo feito justamente para coibir o tráfico. E o drama trata desse tema com um cuidado e uma sutileza tocantes.

Mas vai muito além disso. Nagareboshi fala sobre a doação de órgãos, famílias disfuncionais, os danos profundos da indústria do sexo, e sobre encontrar pertencimento.

A protagonista, uma mulher que nunca teve um lar de verdade, aos poucos passa a conviver com uma família e a sentir, pela primeira vez, o que é ter um lugar no mundo. É tudo tratado com extrema delicadeza, com um realismo suave e sincero, tão característico do slice of life.

O que mais me encantou foi como o drama trabalha com contrastes. Se o protagonista tem uma relação linda e saudável com a irmã, a protagonista vive um vínculo tóxico e perturbador com o irmão mais velho. Enquanto a irmã do protagonista tem a sorte de encontrar um doador, um garoto que ela conhece no hospital não tem o mesmo destino. Ele vive satisfeito com seu trabalho em um aquário, ela vive infeliz sendo forçada à prostituição.

Tudo funciona em pares opostos, e esse espelhamento constante faz o espectador refletir, comparar, sentir. Há sempre um contraste que provoca uma dorzinha no peito, e o roteiro faz isso com maestria.

Se há um ponto que me impediu de dar nota máxima, foi o antagonista (o irmão da protagonista). É um personagem confuso, mal desenvolvido. Não consegui entender suas motivações: ora parece que quer se aproveitar da irmã, ora que é obcecado por ela, ora que só está ali por conveniência. Ele funciona como contraste, sim, mas sua construção foi inconsistente, e sua trajetória, incoerente. Uma pena, porque é o único elo fraco numa trama tão bem conduzida.

De resto, tudo me agradou profundamente. A trilha sonora é linda, a fotografia é um deleite visual, e o elenco encaixou perfeitamente nos papéis.

Os dois protagonistas me conquistaram. Ele é calmo, introspectivo, protetor. Ela é ríspida, marcada por traumas, mas ao mesmo tempo indefesa e apaixonante. É lindo ver o afeto florescendo entre eles, não de forma explosiva ou idealizada, mas no cotidiano, nos silêncios, nas trocas pequenas, nos gestos de cuidado. O romance é construído com tempo, espaço e humanidade. Você sente o que eles sentem.

Nagareboshi é sobre reencontros com a vida, sobre dignidade, sobre se permitir amar e ser amado. Um drama que aquece, machuca e emociona. Eu amei, tá? Recomendo muito!

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