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Chato
Que filminho ruim, viu? Nem vou terminar. Fui até a metade e já foi mais do que suficiente.Apesar da cinematografia bonita, a história tem a profundidade de um pires. São tantas cenas vazias de luta que, por um momento, achei que estava assistindo a um filme estadunidense genérico.
Não tenho do que reclamar das cenas de ação, elas são muito bem executadas, e o Ikuta entrega tudo nelas (o cara é bom, não tem jeito). Mas de que adianta quando o personagem mal tem falas e a narrativa é praticamente inexistente? Metade do filme se resume a pancadaria sem substância, sem um enredo realmente envolvente por trás.
E a suspensão de descrença aqui simplesmente não existe. O protagonista leva um tiro na cabeça, é dado como morto, depois descobre que está vivo, mas tetraplégico. Do nada, se recupera milagrosamente e já sai por aí matando uma multidão como se nada tivesse acontecido. É tudo muito forçado, uma tentativa óbvia de reforçar o quão fodão ele é, sem o mínimo de coerência.
Não gostei do que vi e não faço questão de ver o resto.
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Entediante
Não considero Dependence um filme necessariamente ruim, mas também está longe de ser bom. O grande problema é que ele é, acima de tudo, chato, e isso foi o suficiente para torná-lo ruim.Demorei dois dias para terminar um filme de apenas 1h40, algo que raramente acontece. A narrativa se arrasta e pouca coisa realmente acontece.
Os personagens carecem de carisma e de qualquer traço que gere empatia. Não há química entre eles, e sua evolução ao longo do filme é praticamente nula. A sensação é de que os personagens que vemos no início são os mesmos que encontramos no fim. Não há uma jornada transformadora, o que compromete o propósito do enredo e enfraquece o envolvimento do espectador.
A direção acerta pontualmente na estética, mas fora isso, é difícil destacar algum outro mérito técnico.
A história acompanha um casal desinteressante: ela, uma mulher carente, dependente, sem ambições ou objetivos, que passa os dias entre a cama e visitas a um pet shop; ele, um homem frustrado profissionalmente, que trabalha em uma editora e sonha em ser escritor. Ao longo do filme, ela começa a ganhar destaque na área dele, o que desgasta a relação até levá-los à separação.
Ainda assim, ao final da trama, ela continua sendo uma mulher sem grandes aspirações, apenas adaptada à nova realidade, mas ainda desmotivada e desconectada do mundo. Ele, por sua vez, segue sendo o mesmo homem frustrado profissionalmente. Nada muda de fato, e isso esvazia completamente a narrativa.
O roteiro tenta inserir discussões e reflexões que não têm base na construção dos personagens ou dos conflitos. A separação do casal, por exemplo, parece acontecer sem um motivo concreto. Fica uma sensação vaga de que ele talvez gostasse da dependência dela, e que sua autonomia passou a incomodá-lo, mas essa possível tensão não é explorada de forma significativa.
No fim, Dependence é um filme fraco, insosso e cansativo. Não vale a pena nem como drama, nem como romance (este praticamente inexiste). A atuação dos protagonistas também não impressiona, o que apenas reforça o desinteresse geral causado pela obra.
Infelizmente, não recomendo.
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Estou sem palavras
Que filme alucinante, estou em êxtase!The World of Kanako é completamente fora da caixinha (insano, visceral, perturbador) e me manteve vidrada em cada minuto. É daqueles filmes que você assiste com os olhos arregalados, soltando um "meu deus!" a cada reviravolta.
Os três maiores acertos, sem dúvida, foram:
1. O elenco, que entrega atuações arrebatadoras. Estamos falando de performances intensas, viscerais, daquelas que transbordam desconforto e verdade.
2. Os diálogos, sempre crus, violentos, cheios de tensão. Cada fala carrega um impacto narrativo real.
3. A montagem, que é simplesmente sensacional. Os cortes abruptos, os flashes e as transições caóticas refletem perfeitamente o estado mental do protagonista. Em cenas onde ele está mais perturbado ou sendo hipócrita, a edição acompanha seu colapso psicológico ou hipocrisia de forma sensacional.
A premissa parece simples: um ex-detetive alcoólatra e emocionalmente destruído descobre que sua filha desapareceu. A partir daí, embarca numa investigação desordenada e pessoal para encontrá-la. Aos poucos, ele descobre que a filha que idealizou está longe de ser inocente. Na verdade, Kanako é tão perturbadora, cruel e manipuladora quanto ele.
Um dos grandes méritos do filme é como ele brinca com as linhas temporais. No início, o roteiro sinaliza claramente o que é passado e presente, mas conforme a trama se intensifica, essa distinção desaparece, e curiosamente não fica confuso. A narrativa embaralhada acaba sendo mais um reflexo do caos interno do protagonista do que um mero recurso estilístico. E funciona.
As transições são um espetáculo à parte. Até as cenas mais calmas ganham tensão com a montagem agressiva, cheia de cortes rápidos e inserções quase subliminares. A maquiagem também merece destaque, não economizam em sangue, dor e impacto visual. A violência é gráfica, brutal, e atinge o espectador com força.
Outro ponto que adorei: não há ninguém para se apegar. Todos os personagens são moralmente podres. O filme não nos oferece mocinhos, só acompanhamos, como testemunhas horrorizadas, uma sucessão de decisões autodestrutivas. É um mergulho num abismo humano onde não há redenção (NÃO HÁ!!).
Mas claro, nem tudo funcionou. Por volta da metade, há uma quebra de ritmo difícil de ignorar. Um plot twist muda a perspectiva do protagonista e do espectador, mas também abre as portas para um excesso de tramas paralelas. A partir daí, o roteiro tenta dar conta de muitos elementos: envolvimento com empresários ricos, assassinos de aluguel, um policial perturbado e caricato (até agora não entendi sua real função na trama), guerra de gangues, rivalidades adolescentes. É como se o filme tentasse multiplicar os suspeitos e as teorias, perdendo o foco do que realmente importa.
Apesar desse exagero, o roteiro consegue se reencontrar perto do fim, entregando uma conclusão à altura do caos que construiu.
Sim, é um filme absurdamente violento. Em vários momentos, fiquei FISICAMENTE desconfortável, especialmente por causa da crueldade gráfica contra os personagens. E é importante deixar claro que o protagonista é um ser humano desprezível, podre, repulsivo. E sua filha não fica atrás. É um filme sobre a podridão humana, sem qualquer tentativa de suavizar ou justificar o que mostra.
Ainda assim, The World of Kanako me conquistou. Me entreteve, me chocou, me jogou no chão. Tem identidade, tem estilo, tem cenas memoráveis, diálogos densos e atuações monstruosas tanto do elenco jovem quanto dos veteranos.
Recomendo fortemente para quem curte filmes perturbadores que desafiam sua zona de conforto. Mas vá preparado, é preciso estômago, e nenhuma esperança de encontrar bons personagens. Aqui, todos estão afundando e levando os outros junto.
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Impactante
Enrolei muito para começar esse filme, justamente por conta de sua fama como um dos melhores thrillers da Coreia do Sul. De fato concordo: é realmente muito bom. Ainda assim, acho que ele peca em alguns pontos, e por isso minha nota final fica em 8/10.Extremamente bem filmado, com uma fotografia imersiva e uma direção que transforma todas as cenas de violência em experiências agonizantes e perturbadoras, I Saw the Devil me surpreendeu. A violência não é gratuita: as sequências longas, com poucos ou nenhum corte, criam uma tensão absurda, te deixando angustiado e com vontade de desviar o olhar.
O vilão, interpretado magistralmente, não busca ser carismático: ele é grotesco, cruel, quase um animal. Na primeira metade do filme, achei que ele fosse o “diabo” do título, enquanto o protagonista seria apenas alguém que o “viu”, um homem em busca de vingança pela morte brutal da noiva.
O vilão é um serial killer incontrolável, com sede de sangue, um maníaco sexual que escolhe como alvos mulheres bonitas e vulneráveis, embora também não hesite em matar qualquer homem que atrapalhe sua caçada. A direção acerta muito ao não romantizar essa figura. Por mais que o ator tenha carisma, o personagem não tem nada. E que atuação incrível, ele simplesmente se transforma, e não falo de maquiagem, mas de presença, de entrega.
Do outro lado, o protagonista — que inicialmente parece o "mocinho" clássico — me surpreendeu ainda mais. No começo, imaginei que seria o típico filme de vingança: um herói que persegue o vilão até matá-lo. Mas a segunda metade desconstrói totalmente essa expectativa. O vingador não quer apenas matar, ele quer transformar o vilão em sua presa, num jogo de caça cruel e psicológico. Ele o pega, tortura… e solta. Pega de novo, tortura… e solta. Vai quebrando o vilão física e mentalmente, criando nele o mesmo terror que causou às vítimas. A sombra da vingança o domina de tal forma que é possível sentir que ele está gostando desse jogo. Quem antes era apenas alguém que “viu o diabo”, acaba se transformando no próprio “diabo” aos olhos do vilão.
A mensagem do filme sobre vingança é poderosa, ela nunca traz vitória, apenas mais destruição. O vingador já havia perdido tudo no momento em que perdeu sua noiva, e o vilão nunca deixa que ele esqueça disso.
O filme é cru, violento, sombrio. Me peguei várias vezes tampando a boca, seja por susto, seja por incredulidade. Particularmente, achei a segunda metade muito superior à primeira (como se houvesse uma conversão do thriller em thriller psicológico), embora a direção fosse impecável do começo ao fim, potencializada ainda mais por uma trilha sonora precisa, que intensifica cada cena.
Mas nem tudo funcionou para mim. Duas coisas me incomodaram bastante.
A primeira foi aquela cena forçadíssima na reta final: a polícia inexplicavelmente enrolando para prender o serial killer, dando tempo para o protagonista sequestrá-lo antes da prisão de uma maneira ridícula e mentirosa. Foi uma clara conveniência de roteiro, que destoou de toda a construção cuidadosa do filme até ali.
A segunda foi a inserção desnecessária da “família canibal”, numa clara referência (ou cópia) a O Massacre da Serra Elétrica: um amigo do vilão, que vive isolado com a esposa, e que também é canibal. Achei essa parte mal inserida e mal desenvolvida, não acrescentou praticamente nada à trama. Pelo contrário contrário, soou como um artifício gratuito para chocar, algo que o resto do filme não precisava.
Enfim, é um filme ótimo, um baita thriller, que recomendo para quem tem estômago forte. Tem alguns jump scares (o primeiro quase me matou de susto), mas, no geral, não é um filme de terror, e sim um thriller psicológico denso e impactante.
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Japão sendo Japão
Resolvi assistir à famigerada bomba Love and Fortune para entender se ela realmente merece a péssima reputação que carrega.E, infelizmente, tenho que concordar: merece sim.
Gosto de ver esse tipo de produção polêmica para formar minha própria opinião. Afinal, todos temos nossos guilty pleasures, e gosto pessoal nem sempre anda de mãos dadas com qualidade técnica. Não sou crítica profissional, então minha análise parte mesmo de como a história me afeta. E, nesse caso, me afetou de forma bem negativa.
Quando assisto algo com age gap, costumo me perguntar duas coisas: 1) essa diferença de idade é essencial para a narrativa? e 2) os personagens precisavam mesmo ter essas idades específicas?
Pego Lolita como exemplo. Ali, a diferença extrema de idade é o pilar central da história; sem ela, a trama simplesmente não existiria. A menina precisava ter 12 anos, o homem, ser muito mais velho. A crítica se sustenta exatamente nesse abismo entre eles.
Agora, em Love and Fortune, o menino precisava mesmo ter 15 anos enquanto ela tinha 31? Isso muda algo estrutural na trama? A resposta, pra mim, é não. Se ele tivesse 17, quase 18, ainda seria um relacionamento ilegal no Japão e ainda levantaria os mesmos dilemas éticos.
Quando uma escolha narrativa parece existir apenas para causar choque, sem aprofundamento nem propósito real, soa gratuita e, nesse caso, completamente irresponsável.
O que mais me incomodou foi a naturalidade com que a protagonista lida com a idade dele. Ela vê que ele tem 15 anos e em nenhum momento questiona suas atitudes, não hesita, não reflete sobre as implicações éticas e morais de se envolver romanticamente com um adolescente. Pelo contrário: ela se aproveita claramente de sua posição de superioridade e da vulnerabilidade dele. É um menino tímido, sem amigos, inseguro, e ela, uma mulher adulta, projeta nele seus desejos e frustrações. Foi impossível não ver isso como uma relação abusiva. Mesmo que o roteiro tente suavizar a situação com a ideia de “consentimento”, até que ponto um garoto de 15 anos tem maturidade emocional para consentir plenamente nesse contexto?
A trama até tenta, de forma superficial, abordar os dilemas de mulheres na casa dos 30: a pressão social para casar, ter filhos, manter uma carreira. Mas a abordagem é rasa e pouco convincente. O único ponto em que o roteiro realmente acerta é ao mostrar o desgaste da rotina em um relacionamento. A protagonista está infeliz no trabalho, no namoro, e ao invés de enfrentar isso com diálogo ou autoconhecimento, ela simplesmente trai. Mas nem essa traição é tratada com densidade. Ela não conversa com o namorado, não confronta os próprios sentimentos. É apática, desconectada, quase infantil. Uma mulher de 31 anos que se comporta como uma adolescente perdida, sem qualquer senso de responsabilidade sobre seus atos.
Esperei até o fim por alguma consequência, redenção ou ao menos uma reflexão mais profunda. Mas não veio. No lugar disso, vemos ela destruindo emocionalmente um garoto que ela mal conhecia, alimentando todas as inseguranças dele até o ponto de ruptura: ele abandona a escola, se torna paranoico, inseguro, ciumento. Mas, sinceramente, como julgá-lo? Ele é só um menino.
O drama me deixou com um gosto amargo. A mensagem que passa é torta, mal elaborada, e o desenvolvimento dos personagens não convence. A única coisa que posso elogiar, com sinceridade, é a fotografia. Realmente muito bonita e bem cuidada. Mas isso não foi suficiente para salvar a experiência.
No fim, achei o drama fraco, entediante na maior parte do tempo, com poucos momentos realmente bons. Não recomendo.
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Surpreendente
Eu simplesmente não consigo acreditar no quanto adorei esse filme.A Conviction of Marriage é um thriller psicológico fascinante sobre uma serial killer no corredor da morte que começa a receber visitas regulares de um homem determinado a se casar com ela.
A trama é repleta de reviravoltas e entrega um plot twist muito bom, mas o que realmente me impressionou foi a profundidade emocional da história.
Em apenas duas horas, o roteiro consegue desenvolver absurdamente bem tanto a protagonista quanto o homem interessado por ela, sem jamais parecer apressado ou raso. O drama tem substância, e a construção dos personagens é tão envolvente que, mesmo achando a protagonista insana à primeira vista, você se pega emocionalmente apegado a ela.
A cinematografia é um espetáculo à parte. A atmosfera do filme é tão intensa que te suga completamente para dentro desse thriller psicológico — você sente cada cena como se estivesse lá.
E o que dizer da atuação dos protagonistas? Simplesmente impecável. Eles entregam performances tão naturais e viscerais que você até esquece que está assistindo a um filme. Ela encarna perfeitamente a loucura e instabilidade da personagem, enquanto ele transmite um fascínio inquietante por ela.
Outro ponto alto é a forma como o filme usa flashbacks. Diferente de muitos thrillers, que às vezes abusam desse recurso de forma cansativa, aqui eles são bem explorados e inteligentemente encaixados. Cada cena te faz interpretar a história de uma maneira, só para, logo em seguida, vir outra cena que muda completamente sua percepção. É esse jogo psicológico que mantém o filme tão intrigante.
E mesmo com duas horas de duração, a sensação que fica é de que você acabou de sair de uma maratona de série, não por ser cansativo ou arrastado, mas porque há tantas camadas e tanta complexidade que o impacto é profundo.
Ah, e ainda tem uma cena pós-créditos que muda completamente a forma como enxergamos algumas partes da trama. Um detalhe que só reforça o quão bem amarrado o roteiro é.
Não espere um thriller recheado de violência gráfica. Aqui, o terror está na mente dos personagens. Mas se você gosta de um bom suspense psicológico com doses de romance e drama, A Conviction of Marriage é um filme que vale muito a pena.
Recomendo demais!
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Zaibatsu Fukushu: Aniyome ni Natta Moto yome e
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Entediante
Zaibatsu Fukushu: Aniyome ni Natta Moto Yome e foi, infelizmente, o primeiro drama de 2025 que realmente não me agradou.E nem é porque a premissa seja ruim — na verdade, ela até tem potencial. O problema é que o roteiro está tão saturado de clichês que tudo se torna extremamente previsível e, consequentemente, entediante.
Não houve uma única cena que me surpreendesse ou que me pegasse desprevenida. O roteirista conseguiu reunir todos os lugares-comuns do gênero e entregou uma narrativa sem qualquer frescor, sem personalidade e totalmente desprovida de originalidade. Todos os twists estavam na cara desde o primeiro episódio.
A trama gira em torno de um homem adotado na infância por uma família rica, que o maltratou e agora é alvo de sua vingança. Só que tudo, o motivo da adoção, os abusos sofridos, a execução de cada vingança, os desfechos dos personagens e até suas motivações, segue o manual básico do drama de vingança genérico. Tudo é raso, óbvio e já foi feito dezenas de vezes, com muito mais impacto, por outros dramas e filmes.
Mesmo com alguns bons desempenhos no elenco, não consegui me conectar ou torcer por ninguém. Os personagens são incrivelmente superficiais, e nenhum deles conseguiu gerar empatia ou sequer curiosidade. A fotografia tenta remeter aos dramas japoneses dos anos 2010, o que até poderia funcionar como charme nostálgico, mas aqui só reforça a sensação de que estamos vendo algo datado.
Além disso, várias cenas escorregam para o caricato de tão exageradas, e a quantidade de furos no roteiro chega a ser constrangedora. A história é simplória, batida, previsível e, pior ainda, vendida de forma enganosa: prometeram um thriller com romance, mas entregaram apenas um thriller morno e sem qualquer química entre os personagens.
No fim das contas, é uma obra esquecível, sem alma, sem impacto e sem nada que a torne digna de recomendação. Uma grande decepção.
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A Sweet Obsession
I’m simply obsessed. This was, without a doubt, the drama that consumed me the most this year. Ironically, much of the story revolves around obsession itself.The protagonist is a SOCIOPATH. I can’t remember the last time I saw a sociopath as the main character, and I have to say: they are fascinating. Much more interesting than psychopaths, because the dynamic they create with other characters is different and extremely engaging.
The drama revolves entirely around him. It’s about who he is, what he does, and how everyone around him tries to bring him down—whether through justice or their own means. What really hooked me is that he’s not just the villain; he’s the driving force behind everything.
I didn’t find it to be a typical thriller. Usually, thrillers focus on facts, on events that move the plot, with external twists. Here, the focus is on the characters: their motivations, relationships, and layers. It feels more like a drama with thriller tones, which is probably why I was so enchanted by it.
About obsession: the protagonist takes it to another level. I’ve never seen anyone so obsessed, and that’s what makes him so memorable. He’s violent, desperate, unpredictable, and yet brilliantly smart. He’s a bad guy with “good” justifications (in his own mind).
His story is marked by destruction. He was betrayed, manipulated, and used as a pawn, so all he could do was react. And what a reaction. His violence escalates as the episodes go on, while his humanity disappears.
His moments of humanity are rare. They surface when he thinks he’s in love or believes he has friends. But his obsession with a woman who just wants to escape from him is what truly drives his downfall.
And the script? It’s masterful. Every detail matters. Everything, no matter how small it seems, has enormous consequences later on. It’s like a beautifully crafted butterfly effect. Plus, the plot never gets dull: something is always happening.
The protagonist is the driving force. He’s the active character, moving the entire story with his unpredictable actions. Just when it seems like he’s going to stop, he does something completely impulsive and changes everything.
The cinematography is flawless. Everything is visually captivating: the setting, the art direction, the soundtrack. You can feel the care in every frame.
P.S.: There’s no romance. His obsession isn’t love—it’s pure fixation. It starts with hatred, then turns into a twisted kind of kindness, and finally, desperation. The woman he pursues is strong and never gives in. It was impossible not to root for her… but I’ll admit, since he’s my favorite, part of me wished she’d reciprocate, even if just for a second.
All in all, it was incredible. The Confidence is a heavy, violent drama centered on a completely irredeemable protagonist. But since it’s fiction, I allowed myself to enjoy it. Highly recommend it, but fair warning: prepare for intense emotions and an unforgettable sociopath.
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Bom
Esse filme foi realmente interessante de acompanhar, é bem feito e me entreteve.Ainda assim, achei desnecessariamente longo. Presumi que as mais de duas horas de duração seriam usadas para desenvolver melhor o personagem ou o drama dele, mas o que temos é basicamente um filme sobre o julgamento, quase todo passado dentro de um tribunal. Isso não é ruim em si, mas poderia ter sido melhor explorado.
Além disso, o filme carrega uma trama conceitualmente perigosa. Percebi pelas reviews e comentários que muitos homens deturparam completamente a mensagem do filme, interpretando-o como uma crítica às “acusações falsas” feitas por mulheres contra homens inocentes, quando na verdade o que o filme mostra de forma bastante clara é como o sistema judiciário japonês é falho, como juízes e promotores ficam limitados às provas disponíveis e como tribunais não existem para estabelecer a verdade absoluta, mas para julgar com base no que é apresentado processualmente. Isso pode resultar tanto na absolvição de um culpado quanto na condenação de um inocente.
O perigo dessa abordagem está justamente aí: ela abre margem para reforçar o discurso ultrapassado de que não se deve confiar na palavra da vítima. E sabemos que assédio é uma das coisas mais difíceis de se comprovar judicialmente, e que a palavra da vítima ainda hoje é constantemente invalidada, apesar de ser algo que nós, mulheres, temos conquistado aos poucos dentro do sistema jurídico.
No geral, achei um bom filme, mas senti falta de mostrar melhor o peso emocional e psicológico daquele processo sobre o protagonista. Faltou drama. A narrativa acabou ficando excessivamente jurídica, quase como assistir a um julgamento de fora, de alguém que eu não conheço e sobre quem não sei nada além do que a defesa e a acusação estão alegando.
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Um verdadeiro achado
ai gente sinceramente? eu amei, esse roteiro deixou tudo tão natural, e a atenção aos detalhes é incrívelacho que quem assistir esperando um romance vai se frustrar (e não culpo, porque a sinopse e o começo do drama vendem exatamente isso) mas ele vai muito além
acompanhamos uma mulher extremamente competente, mas também arrogante e difícil de lidar, que tenta transformar um garoto qualquer em uma estrela de cinema, ele é presunçoso, preguiçoso e pouco comprometido com o que faz, mas aos poucos ambos crescem e amadurecem
ele aprende a lutar pelos seus objetivos e principalmente a se apaixonar pela atuação
o drama mergulha fundo na indústria do entretenimento, mostrando como é árduo partir do zero e chegar ao topo, tudo é retratado com tanta veracidade: as dificuldades, o processo de crescimento, as frustrações e as conquistas, vemos um ator que não sabia atuar se transformar em um verdadeiro ás, e uma mulher que reencontra uma nova vocação
os personagens secundários também são muito bem construídos, e tudo serve a um propósito
em 20 episódios, o drama não foge do tema nem cria conflitos desnecessários, cada arco, cada papel que o protagonista interpreta, reflete algo que os personagens estão vivendo naquele momento
é uma história linda, embora o romance não seja o foco (está bem longe disso, aliás), ele é desenvolvido com muita sensibilidade: duas pessoas que não se respeitavam se tornam verdadeiros companheiros, que se desafiam, se apoiam e se entendem como ninguém, duas almas gêmeas que juntas alcançam o que tanto desejavam
eu achei simplesmente lindo, me emocionei várias vezes, a forma como desenvolveram cada personagem é impecável, dá pra notar o crescimento deles até nas expressões e na linguagem corporal
um drama muito bem escrito, dirigido e atuado, um verdadeiro achado
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Me surpreendeu
Esse drama me surpreendeu. Esperava uma comédia romântica qualquer, mas encontrei um baita slice of life.Acompanhamos o casamento e o divórcio de dois casais, com uma narrativa simples, focada no cotidiano e nos problemas que qualquer casal poderia ter. Os personagens são únicos e incrivelmente reais.
A maior força do drama está nos diálogos. Eles são naturais, necessários, nunca expositivos, e o impacto vem durante as conversas. Os monólogos e as discussões estão entre meus momentos favoritos. Há tanto realismo que parece que estamos observando pessoas reais, não atores.
Outro ponto que adorei foi o jogo de câmera, sempre posicionada de forma estratégica nos dando a sensação de espiar a vida desses casais, sem zooms nem exageros, como se estivéssemos escondidos acompanhando cada detalhe. É tão imersivo que me peguei chorando várias vezes pela naturalidade dos conflitos. Não há nada grandioso, apenas a realidade.
As atuações são incríveis e os personagens cheios de personalidade, sem excessos. Também achei brilhante a escolha de não usar flashbacks em momentos marcantes. Quando uma personagem conta como perdeu o pai, por exemplo, tudo acontece apenas pelo diálogo, com detalhes tão bem colocados que você consegue visualizar a cena inteira sem esforço. Isso exige um roteirista muito bom e esse fez um trabalho excepcional.
É um drama que ficará no meu coração por muito tempo. Realmente muito bom.
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Um achado
Uma comédia dramática que flerta com o slice of life da forma mais tocante possível. Acompanhar uma menina redescobrindo o amor pela vida encheu meu coração de felicidade, e ver o irmão dela se tornando um homem responsável por causa dela foi a cereja do bolo.É um drama lindo, cheio de evolução, com personagens vivendo, aprendendo e reaprendendo a viver. Que experiência sensível e emocionante.
Se não fosse por algumas piadinhas incestuosas totalmente fora de tom e por certas cenas em que o humor passava um pouco do limite, eu facilmente teria favoritado. Ainda assim, é um drama muito bonito sobre dois irmãos cuidando um do outro.
Ela, aos 20 anos, enfrenta uma doença grave e tem uma cirurgia de alto risco marcada para dali a dois meses. Decide, então, passar esse tempo com o irmão mais velho, com quem não tinha contato há dez anos. Ela não se importava com nada, não tinha apego a nada e acreditava que ser cruel com as pessoas era a única forma de ser lembrada. Ele, aos 30, era um homem perdido, irresponsável, imaturo, vivendo no piloto automático e sem lutar pelos próprios sonhos.
A aproximação dos dois é desenvolvida com tanta delicadeza que se torna impossível não se envolver. Aos poucos, vão criando laços, se redescobrindo e transformando um ao outro. Ele aprende a ser responsável, a cuidar dela e de si mesmo. Ela tem experiências que jamais imaginou por causa da doença, faz amigos e até se apaixona.
O drama é lindo, tocante e sensível. A evolução dos personagens é, sem dúvida, o seu maior trunfo. Que achado!
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Frustrante
Vou explicar por que esse drama me deixou tão frustrada.A história gira em torno de um grupo de pessoas que não têm nada em comum além de terem sido enganadas pelo mesmo estelionatário, o protagonista. O começo é bobo, a forma como juntam essas pessoas tão diferentes é clichê, pouco crível e, sinceramente, meio preguiçosa. Só que, ao mesmo tempo, você sente que há algo oculto, que não pode ser tão raso assim.
A trama então começa a alternar entre presente e passado. No presente, cada personagem conta como foi enganado, e aí mergulhamos no passado e as cenas são espetaculares, sem exagero. O protagonista é carismático, sedutor, extremamente inteligente, manipula sem remorso, com uma confiança quase hipnótica. O ator é fenomenal e a cada cena você quer mais e mais. Como ele fez isso? Por quê? O que o motiva? Ele é interessante demais para não ser assistido.
O problema começa quando voltamos ao presente. O ritmo quebra de forma insuportável. Eu simplesmente não consegui maratonar por mais que tentasse. O presente é chato, arrastado, e os personagens não inspiram empatia. Tudo o que queremos é saber como foram enganados e o roteiro claramente quer que gostemos do protagonista, não das vítimas.
Até aí tudo bem.
Mas então vem a reta final e tudo desmorona com muita força e de forma abrupta. Surge a revelação de que nem tudo é o que parece. Essa é uma arma muito poderosa para thrillers quando bem usada. O problema é que aqui os roteiristas não souberam o que fazer com ela. Em vez de construir pistas sutis ao longo da narrativa, de modo que a descoberta complementasse a história e preenchesse lacunas, eles simplesmente mentiram.
Metade do drama nos faz apaixonar por um personagem que no fim praticamente não existiu, pelo menos não da forma como foi mostrado. Ou seja, tudo aquilo que vimos e admiramos, todo o impacto das cenas do passado, simplesmente não valeu de nada. É uma quebra imensa de roteiro, um balde de água fria que destrói justamente a parte mais interessante da história.
Descobri que havia quatro roteiristas envolvidos no projeto, e chega a ser perceptível qual parte cada um assumiu. Um escreveu o passado (perfeito), outro cuidou do presente (arrastado), outro inventou esse plot twist mal aproveitado, e outro ficou responsável pela pior personagem do drama: a jornalista. Ela não tem personalidade, não existe para a trama, só para explicar tudo para o telespectador. Sinto como se ela estivesse lá apenas para mastigar a história e cuspir na boca do telespectador para ficar mais fácil de engolir. Cada diálogo dela é expositivo, artificial, mastigando as mensagens que o diretor quer passar, inclusive a lição de moral final e aquela redenção apressada e forçada do protagonista.
Quando um diretor faz isso, sinto como se ele estivesse chamando o público dele de burro, e foi exatamente essa a sensação que tive. E eu de verdade me senti ofendida.
É uma história com potencial, um protagonista fascinante e um elenco muito bom, principalmente o ator principal que é gigantesco, mas o presente é mal desenvolvido, a narrativa se perde e a reviravolta destrói a própria trama. Os dois últimos episódios ainda conseguem brilhar um pouco ao retomar o passado e mostrar a adolescência e o início da fase adulta do protagonista, mas já é tarde demais, o estrago já tinha sido feito.
No fim, não dá pra dizer que é um drama inteiramente ruim. As cenas do passado são um primor, a cinematografia impressiona e o protagonista é irresistível (muito irresistível). Mas também não dá pra dizer que é bom. As quebras de ritmo, os diálogos expositivos, o presente arrastado, a reviravolta mal construída e o final clichê tornaram a experiência frustrante. A sensação que fica é de ter investido tempo em algo que no fim não aconteceu.
É uma pena. Esse drama poderia ter sido incrível, mas escolheu se sabotar. Saí da experiência me sentindo meio idiota, meio roubada.
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Simples, mas um simples bem feito
The Harmonium in My Memory é um filme simples, mas é um simples bem feito.É um retrato real e tocante da Coreia dos anos 60, com uma ambientação tão bem construída que parece nos transportar no tempo. Com uma narrativa no estilo slice of life, ele mergulha nas pequenas nuances da vida cotidiana de uma comunidade rural, revelando a beleza escondida nos detalhes mais singelos.
A história gira em torno de um jovem professor recém-formado que deixa a capital em busca de experiência em uma escola do interior. Lá, ele acaba despertando a atenção de uma de suas alunas, enquanto se apaixona discretamente por uma colega professora. Embora essa premissa possa sugerir clichês, o roteiro conduz tudo com muita autenticidade e personalidade.
Não é um romance entre professor e aluna, é uma história sobre o despertar do primeiro amor, do ponto de vista de uma menina vivendo suas primeiras emoções de forma ingênua e sincera.
Essa representação do amor juvenil me tocou, pois me remeteu à minha própria adolescência, àquelas paixões idealizadas e inocentes (e impossíveis). É bonito ver como o filme trata isso com sensibilidade, sem forçar situações ou estereótipos.
Ao mesmo tempo, o filme apresenta um retrato honesto das dificuldades enfrentadas por alunos e professores daquela época. Alunos cujas famílias são analfabetas, que não têm acesso a materiais básicos como lápis de cor, que levam irmãos pequenos para a escola por falta de apoio em casa. Crianças que carregam responsabilidades demais para a idade. Tudo isso é mostrado com naturalidade, sem exageros.
A professora, por sua vez, representa uma tentativa de renovar um sistema educacional rígido e ultrapassado, tentando tornar o ensino mais humano. O jovem professor, enquanto descobre o que significa realmente lecionar, vai construindo vínculos com seus alunos e com os colegas. A forma como o roteiro desenvolve esses três personagens principais é um dos pontos altos da obra.
Apesar de ser um filme adorável e envolvente, senti que alguns elementos poderiam ter sido melhor aprofundados. E, particularmente, não gostei da cena pós-créditos. Embora ela faça sentido dentro da proposta do filme, me causou um certo desconforto.
No geral, The Harmonium in My Memory é ótimo. Um filme encantador, com um ritmo tranquilo, que fala sobre amor, amadurecimento e educação. Recomendo especialmente para quem aprecia histórias intimistas e ambientações bem cuidadas. Foi uma verdadeira viagem no tempo.
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Tocante
Esse drama é, sinceramente, uma das coisas mais lindas que já assisti. Com uma delicadeza comovente, ele toca o coração de forma sutil e genuína.Passei por cada episódio com um sorriso no rosto, os olhos marejados e o coração completamente envolvido. A naturalidade com que a história se desenrola é impressionante, tudo acontece com uma autenticidade tão viva, humana e sensível que, por momentos, eu esquecia que estava vendo uma ficção.
Não há vilões, antagonismos forçados nem reviravoltas absurdas. As situações são comuns, cotidianas até, mas são justamente essas pequenas coisas que tornam a trama tão especial. Os sentimentos são construídos devagar, com cuidado, e isso torna cada gesto, cada olhar e cada diálogo mais significativo.
Embora não seja exatamente um slice of life, o drama tem essa sensação de realismo e leveza. A trama gira em torno de uma mulher que, após receber um transplante de coração da cunhada de seu noivo, se aproxima, sem perceber, do irmão dele, um viúvo com dois filhos. Aos poucos, entre encontros casuais e diálogos sinceros, nasce um amor delicado e verdadeiro entre os dois.
Um dos maiores méritos do drama é fugir dos clichês. Não há pais opressores, ex-namoradas maquiavélicas ou disputas melodramáticas. Até o noivo da protagonista, que poderia facilmente ser retratado como um obstáculo, é um homem apaixonante, gentil e compreensivo. Tudo é voltado para o drama humano, com momentos leves, emocionantes e carregados de significado.
A narrativa é coesa do início ao fim. Não há pressa para contar a história, mas também não há enrolação, tudo tem seu tempo e seu peso. A construção do clímax acontece de forma orgânica, sem precisar recorrer a eventos forçados ou revelações abruptas. Cada ponto da trama é bem amarrado, cada subtrama tem relevância e todos os personagens cumprem um papel importante.
A química entre o casal principal é encantadora, e as interações do protagonista com os filhos são, talvez, o que há de mais tocante no drama. É raro ver crianças escritas com tanta autenticidade, uma menina que amadureceu cedo, mas que ainda é criança, e um garotinho adorável, com reações naturais para sua idade. Nada é exagerado ou caricato. São, de fato, crianças normais, com personalidade, doçura e presença marcante.
As relações familiares são desenvolvidas com sensibilidade, e cada interação carrega significado. Não há cenas desperdiçadas. O ritmo é envolvente, com equilíbrio entre drama, emoção e leveza. Ri muito, chorei bastante, e sorri mais do que tudo. É uma história para guardar no coração.
Já entrou para os meus favoritos, e recomendo de olhos fechados. The Spring Day of My Life é um drama sobre amor, reconstrução, e humanidade. Lindo do começo ao fim.
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