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Completed
My Rainy Days
0 people found this review helpful
Apr 17, 2025
Completed 0
Overall 7.0
Story 7.0
Acting/Cast 7.0
Music 10
Rewatch Value 7.0

Me tocou

Sendo bem sincera, comecei My Rainy Days sem grandes expectativas. Só me interessei quando vi nas tags “age gap” e “forbidden love”, e confesso, a diferença de idade entre os protagonistas me surpreendeu.

Ainda assim, não foi algo que me incomodou, até porque já vi casais com distâncias muito maiores de idade. O curioso é que o filme acabou me conquistando. Achei ótimo, apesar de algumas falhas que impediram uma nota mais alta.

Começando pelos pontos que me incomodaram: quando um filme escala atores medianos em sua totalidade, a gente consegue aceitar melhor a atuação nivelada. O problema é quando se coloca um ator experiente para contracenar com novatos ainda verdes, a disparidade salta aos olhos. E foi exatamente o que aconteceu aqui. O ator que interpreta o professor é um veterano incrível, com presença e sensibilidade de sobra, enquanto o restante do elenco jovem claramente está em início de carreira. Nas cenas em que eles dividem espaço, a diferença de nível fica gritante — não chega a estragar a experiência, mas tira um pouco da imersão.

Outro ponto que pesa negativamente: o roteiro tenta abordar temas demais em pouco tempo. Bullying, suicídio, estupro, aborto, prostituição adolescente, relação proibida, câncer terminal… todos assuntos densos e pesados, que mereciam mais tempo e profundidade para serem tratados com o cuidado necessário. A sensação é que o filme tentou abraçar o mundo e, claro, acabou tratando a maioria dos temas de forma superficial. Tenho certeza que My Rainy Days funcionaria muito melhor no formato de drama.

Também me incomodou a ausência quase total de adultos. Tirando o professor, todos os homens adultos que aparecem são apenas clientes da prostituição adolescente, o que cria uma visão distorcida e incômoda do mundo adulto. E onde estavam os pais dessas meninas? Às vezes parecia que todas moravam sozinhas, completamente emancipadas. Nem na escola vemos qualquer autoridade além dos alunos. Isso tudo contribuiu para uma “adultificação” das adolescentes, muitas vezes retratadas como mulheres independentes, o que cria um tom estranho diante da história que se quer contar.

Mas apesar de tudo isso, eu gostei muito do filme.

A fotografia é linda, tem aquele estilo dramático, típico do cinema japonês, bem trabalhado e esteticamente agradável. Jamais diria que é um filme de 2009, visualmente ele é muito atual.

A trilha sonora também é um espetáculo à parte. Escolhida com cuidado, transmite vida e sensações com intensidade, você sente o mundo daquelas meninas através da música.

Sobre o romance em si: entendo as críticas, mas achei o relacionamento entre os protagonistas fundamental para o que a história queria passar. Ela, uma adolescente de 17 anos, vibrante, impulsiva, cheia de vida e vontade de sentir tudo intensamente. Ele, um professor de 37, solitário e com um diagnóstico terminal de câncer cerebral, que já havia desistido de viver. A dinâmica entre os dois é justamente o que faz a trama funcionar. Ela o lembra de como é bom estar vivo. Não há qualquer traço de malícia no que existe entre eles — é algo puro, sincero, contrastando com os relacionamentos tóxicos e abusivos com os quais ela estava acostumada enquanto se prostituía. Ver ele se apaixonando novamente pela vida, à medida que se aproxima dela, foi tocante.

E que atuação! O personagem dele é doce, contido, um homem estranho ao mundo e com péssimas habilidades sociais, enquanto ela é popular, extrovertida, cheia de carisma. A diferença entre eles, tanto de idade quanto de energia, é o que faz com que os dois se completem. A maneira como o filme abordou a doença dele me emocionou demais, chorei tudo que dava pra chorar. A forma como ele lida com o medo, a morte, a esperança… tudo foi retratado com tanta sensibilidade que me tocou profundamente.

O final me pareceu muito satisfatório e coerente com o tom do filme. Não é o típico romance proibido que apela para a polêmica pela polêmica. My Rainy Days é, acima de tudo, um drama sensível sobre dor, redenção e renascimento. Com todos os seus tropeços, ainda assim me deixou com o coração cheio. Se não fosse pelos problemas que citei, teria facilmente recebido uma nota ainda mais alta.

Recomendo, especialmente para quem curte dramas com peso emocional.

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Completed
Shokuzai
0 people found this review helpful
Apr 7, 2025
5 of 5 episodes seen
Completed 0
Overall 4.0
Story 4.0
Acting/Cast 5.0
Music 5.0
Rewatch Value 1.0

Com potencial, porém chato

Infelizmente, estou dropando Shokuzai.

É uma pena, porque a premissa tem potencial: uma garotinha é abusada e assassinada, e embora suas quatro melhores amigas tenham visto o rosto do criminoso, nenhuma delas ajuda a polícia. A partir daí, a mãe da menina entra em colapso e promete que cada uma delas pagará por essa omissão. Uma base promissora, mas que foi desperdiçada por escolhas narrativas monótonas e, sinceramente, pouco interessantes.

A estrutura do drama opta por um formato quase procedural, com cada episódio focando em uma das meninas 15 anos após o ocorrido, mostrando como o trauma impactou suas vidas e de que maneira elas vivem sua “expiação” (que é justamente o significado do título).

O problema é que isso se traduz em episódios isolados, longos e esquisitos, cada um mais absurdo e arrastado que o outro. O primeiro episódio ainda conseguiu me prender (um pouco), o segundo já foi mais fraco… e a essa altura, não tenho nenhum interesse em acompanhar a jornada das duas restantes. O padrão se repete: trauma + vida disfuncional + penitência bizarra, tudo entregue com um tom frio, lento e distante.

Apesar da atmosfera desconfortável e até perturbadora que o drama tenta manter, o enredo simplesmente não engata. Não consegui sentir conexão com os personagens, nem curiosidade sobre o desfecho. Até a personagem da mãe, que tinha tudo para ser intensa e dramática, parece desconectada da realidade. Suas ligações com as meninas adultas soam forçadas, e sua vingança, que deveria ser um dos pontos mais impactantes da história, acaba sendo morna e sem força dramática.

É um drama que tenta ser denso e reflexivo, mas para mim, acabou sendo apenas entorpecente. Nem mesmo o mistério principal — a identidade do assassino — conseguiu me despertar vontade de continuar. E se um thriller não consegue manter o interesse por sua maior incógnita, já diz muito.

Shokuzai é um drama que prometia muito, mas entrega pouco. Para mim, foi um sonífero com gosto amargo. Estou encerrando por aqui.

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Completed
Tanshin Hanabi
0 people found this review helpful
Apr 4, 2025
9 of 9 episodes seen
Completed 0
Overall 3.0
Story 4.0
Acting/Cast 5.0
Music 1.0
Rewatch Value 1.0

Uma bagunça

Tanshin Hanabi (2023) é um drama que, infelizmente, se perde completamente ao tentar ser muitas coisas ao mesmo tempo. É como uma salada mista de gêneros — romance, thriller, comédia e drama — mas sem tempero, sem coesão, e sem uma direção clara. O resultado é uma obra bagunçada e desconexa.

A montagem é um dos pontos mais fracos: mal estruturada, com transições abruptas e cenas jogadas na tela sem contexto. Na reta final, então, o caos se intensifica com reviravoltas absurdas e um plot twist que beira o ridículo. A existência de duas pessoas idênticas, sem qualquer explicação ou fundamento lógico, não só causou confusão, como também frustração. Foi uma tentativa de surpreender que só serviu para desorientar o espectador.

O protagonista é carismático, mas infelizmente mal escalado. Ele tem uma veia cômica muito forte e é claramente talentoso para papéis leves ou voltados à comédia, mas aqui, num enredo que exige nuances dramáticas e tensão, seu estilo exagerado destoou completamente. O resultado foi que todo o tom cômico da série acabou vindo dele, e nas cenas em que o drama precisava brilhar, ele não conseguiu sustentar a carga emocional.

A trama começa prometendo um drama sobre traição, o que parecia promissor, mas de repente surgem temas como daddy issues e subtramas aleatórias que soam deslocadas e sem profundidade. Os personagens secundários também não ajudam: suas ações são inconsistentes, e suas motivações, mal desenvolvidas. É como se o roteiro jogasse elementos aleatórios na tela na esperança de que algo funcionasse.

Nem o romance se salva. A figura da esposa traída, por exemplo, é retratada com uma leveza cômica tão exagerada que tira qualquer impacto emocional de sua dor. O tal “cara das flores” é outro elemento inserido sem propósito, e sua presença só aumenta a sensação de que ninguém sabia direito para onde a história estava indo.

Apesar de tudo isso, é preciso reconhecer que a primeira metade tem seu charme: é divertida, tem cenas agradáveis e um ritmo mais leve que entretém. Porém, à medida que o drama tenta se aprofundar, ele desmorona sob o peso da própria confusão. No fim, Tanshin Hanabi não é exatamente ruim, mas está muito longe de ser bom. É um título “ok”, daqueles que dá para assistir apenas para passar o tempo — desde que você não espere coerência ou profundidade.

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Completed
Evil Dead Trap
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Apr 2, 2025
Completed 0
Overall 4.0
Story 6.0
Acting/Cast 4.0
Music 10
Rewatch Value 1.0

Poderia ser melhor

Evil Dead Trap (1988) é um clássico do terror japonês que impressiona pelo visual e pela trilha sonora original. A cinematografia é impecável, criando uma atmosfera densa e angustiante. No entanto, quando se trata da trama, o filme deixa a desejar.

Sabemos que slasher geralmente se resume a um assassino eliminando vítimas uma a uma, mas aqui havia um bom motivo por trás dos assassinatos, algo que poderia ter sido melhor explorado.

O problema é que o filme demora tempo demais para revelar essa motivação ao espectador. O plot twist até funciona, mas é bastante previsível — dá para perceber desde o início para onde a história está caminhando.

A premissa inicial é promissora: um grupo de pessoas sendo atraído para um local específico, desencadeando a matança. No entanto, o ritmo do filme é um grande problema. As primeiras mortes demoram demais para acontecer, e várias cenas são tão arrastadas que testam a paciência. A falta de dinamismo torna algumas sequências entediantes, a ponto de eu ter demorado dois dias para terminar (quase três).

As atuações também são medianas, sem muito impacto. O ponto alto, para mim, é o momento em que a protagonista finalmente descobre a identidade do assassino. O diálogo entre os dois é envolvente, e a personalidade do vilão, junto com sua motivação, é interessante. Mas então chega o desfecho… e tudo desanda. A reta final traz uma bizarrice inesperada que me fez soltar um WTF?! O que eu tô vendo?! E aqueles segundos finais foram terríveis.

No geral, Evil Dead Trap é um clássico assistível, mas não é um terror que assusta nem um slasher que marca. Ele entrega um bom visual e uma ótima atmosfera, mas falha em ritmo e impacto narrativo.

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Mar 31, 2025
6 of 6 episodes seen
Completed 0
Overall 9.0
Story 9.0
Acting/Cast 9.0
Music 6.0
Rewatch Value 10

Surpreendente e sufocante

Esse drama é completamente bizarro, mas de um jeito fascinante. Eu me envolvi tanto emocionalmente com a história e os personagens que simplesmente amei.



A premissa já começa de forma intensa: a protagonista mata o noivo após ser abusada sexualmente. Porém, ao acordar no dia seguinte, se depara com seu pior pesadelo: o corpo morto dele ainda está ali, mas, ao mesmo tempo, ele também está vivo diante dela. O que deveria ser um crime já consumado se transforma em um mistério perturbador, e a partir daí, a história mergulha em uma espiral de suspense psicológico e tensão crescente.



Com apenas seis episódios de 25 minutos, Watashi no Otto wa Reitouko ni Nemutte Iru é um mini-drama que sabe exatamente como usar cada minuto. A trama é bem desenvolvida, sem enrolação, indo direto ao ponto. Como thriller com uma forte carga dramática, ele acerta ao não perder tempo com cenas desnecessárias. Cada momento tem um propósito, e a forma como o roteiro mantém a narrativa enxuta, sem comprometer a profundidade da história, é impressionante. Há um equilíbrio perfeito entre ritmo ágil e desenvolvimento bem construído.



O ponto alto, para mim, são os twists presentes em todos os episódios. Cada cena carrega uma tensão que te empurra para a próxima, tornando impossível assistir sem maratonar. Além disso, o roteiro presta uma atenção incrível aos detalhes, soltando pistas sutis ao longo da história, seja em elementos visuais ou diálogos aparentemente triviais. Tudo foi claramente planejado desde o início, sem nada jogado ao acaso. Não há aquela sensação de “que aleatório”, porque cada peça se encaixa no final de forma lógica.



Outro aspecto que adorei foi o contraste entre os protagonistas. O male lead é carismático, o que torna sua interação com a protagonista mais intrigante. Ela, por sua vez, sofre de uma espécie de fobia social que é transmitida com tanta intensidade que cria uma atmosfera sufocante. Eu me vi prendendo a respiração em várias cenas de tão angustiante que a experiência se tornou. A dinâmica entre os dois é densa, carregada de tensão, e faz com que cada encontro deles seja quase claustrofóbico.



Até mesmo os personagens secundários desempenham papéis essenciais na narrativa. Eles estão ali para impulsionar a história e, assim como todo o resto, não têm cenas desperdiçadas.



A única razão pela qual não dou nota máxima é a cena final. Fiquei na dúvida se houve uma quebra de personagem ou se aquela fala foi apenas uma tentativa dela de se convencer do que estava dizendo (me soou mais como uma quebra). Ainda assim, no geral, é um thriller maravilhoso.



Recomendo muito!

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Completed
Yurigokoro
0 people found this review helpful
Mar 28, 2025
Completed 0
Overall 6.0
Story 6.0
Acting/Cast 10
Music 10
Rewatch Value 4.0

Bom, mas poderia ser melhor

Yurigokoro me deixou com um misto de sentimentos. Ao mesmo tempo que consigo enxergá-lo como algo excepcional, também sinto que tem falhas que o tornam frustrante.

A história se desenrola em duas narrativas paralelas: no presente, acompanhamos o protagonista, e no passado, conhecemos a história de uma mulher através de um diário que ele encontra e lê ao longo do filme. O problema é que o presente me pareceu apelativo e recheado de cenas anticlímax, o protagonista não é tão interessante.

Por outro lado, sempre que a trama volta ao passado e essa mulher assume o protagonismo, o filme se transforma. Sua história é fascinante, cheia de camadas, e a forma como sua personalidade é construída — uma espécie de sociopata que não é romantizada nem caricata — a torna incrivelmente real. Há algo profundamente humano em sua obscuridade, e cada cena sua é um espetáculo. E quando um certo homem entra em sua vida, o enredo se torna ainda mais intrigante, repleto de reviravoltas e tensão emocional.

Quando o passado e o presente se encontram, a sensação de estar assistindo a uma obra-prima se choca com a frustração de um roteiro que, no presente, não consegue sustentar o peso da história. O desfecho, no entanto, me pegou de jeito, achei tão lindo que me acabei de chorar.

O elenco é excelente, sem exceção, mas foi a dupla do passado que realmente me envolveu emocionalmente. O roteiro teve um cuidado especial ao desenvolvê-los, tornando o drama em torno deles comovente e apaixonante.

Já no presente, o impacto desse passado no protagonista me pareceu exagerado e pouco crível. Sua mudança de comportamento e as consequências de ler o diário não me convenceram, e a subtrama da namorada/noiva pareceu deslocada, como se o roteirista apenas a tivesse jogado ali sem muito propósito, por mais que tenha — havia outras formas menos apelativas de trabalhar essa parte.

No fim das contas, minha avaliação fica no meio-termo: amei, mas também não amei. Dou 3 de 5 estrelas. A produção é impecável, a cinematografia dramática combina perfeitamente com o tom da trama, e há um plot twist muito bom. Previsível em partes, mas ainda assim surpreendente. Além disso, o filme traz vários pequenos twists bem distribuídos ao longo da história, mantendo o interesse sempre em alta.

No geral, Yurigokoro é bem menos violento e bem mais dramático do que eu imaginava, mas ainda assim um bom filme.

Recomendo!

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Completed
A Conviction of Marriage
0 people found this review helpful
Mar 27, 2025
Completed 0
Overall 8.0
Story 8.0
Acting/Cast 10
Music 10
Rewatch Value 10

Surpreendente

Eu simplesmente não consigo acreditar no quanto adorei esse filme.

A Conviction of Marriage é um thriller psicológico fascinante sobre uma serial killer no corredor da morte que começa a receber visitas regulares de um homem determinado a se casar com ela.

A trama é repleta de reviravoltas e entrega um plot twist muito bom, mas o que realmente me impressionou foi a profundidade emocional da história.

Em apenas duas horas, o roteiro consegue desenvolver absurdamente bem tanto a protagonista quanto o homem interessado por ela, sem jamais parecer apressado ou raso. O drama tem substância, e a construção dos personagens é tão envolvente que, mesmo achando a protagonista insana à primeira vista, você se pega emocionalmente apegado a ela.

A cinematografia é um espetáculo à parte. A atmosfera do filme é tão intensa que te suga completamente para dentro desse thriller psicológico — você sente cada cena como se estivesse lá.

E o que dizer da atuação dos protagonistas? Simplesmente impecável. Eles entregam performances tão naturais e viscerais que você até esquece que está assistindo a um filme. Ela encarna perfeitamente a loucura e instabilidade da personagem, enquanto ele transmite um fascínio inquietante por ela.

Outro ponto alto é a forma como o filme usa flashbacks. Diferente de muitos thrillers, que às vezes abusam desse recurso de forma cansativa, aqui eles são bem explorados e inteligentemente encaixados. Cada cena te faz interpretar a história de uma maneira, só para, logo em seguida, vir outra cena que muda completamente sua percepção. É esse jogo psicológico que mantém o filme tão intrigante.

E mesmo com duas horas de duração, a sensação que fica é de que você acabou de sair de uma maratona de série, não por ser cansativo ou arrastado, mas porque há tantas camadas e tanta complexidade que o impacto é profundo.

Ah, e ainda tem uma cena pós-créditos que muda completamente a forma como enxergamos algumas partes da trama. Um detalhe que só reforça o quão bem amarrado o roteiro é.

Não espere um thriller recheado de violência gráfica. Aqui, o terror está na mente dos personagens. Mas se você gosta de um bom suspense psicológico com doses de romance e drama, A Conviction of Marriage é um filme que vale muito a pena.

Recomendo demais!

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Completed
Majo no Jouken
0 people found this review helpful
Mar 25, 2025
11 of 11 episodes seen
Completed 0
Overall 2.0
Story 1.0
Acting/Cast 4.0
Music 1.0
Rewatch Value 1.0
This review may contain spoilers

Perda de tempo

Infelizmente, tive que dropar Majo no Jouken (1999).

A protagonista me pareceu extremamente imatura, sem qualquer noção da realidade, o que tornou difícil levar a história a sério. Em tramas de forbidden love entre professor e aluno, geralmente o professor carrega o peso do dilema moral, enquanto o aluno, por ser jovem e inexperiente, tende a agir de forma impulsiva e inconsequente. No entanto, esse drama inverte os papéis: a professora é quem age como uma adolescente sem discernimento, enquanto o aluno, apesar de sua vulnerabilidade, acaba apenas reagindo ao que acontece ao seu redor.

Ela nunca se impôs na vida, não para o pai, o noivo ou até mesmo para seus próprios alunos, que não a respeitam. E então, no momento em que um menino perdido e solitário passa a enxergá-la de forma diferente, ela imediatamente se agarra a isso, como se finalmente tivesse algum tipo de controle sobre alguém.

O que poderia ser um dilema psicológico interessante se torna apenas uma relação mal construída, onde a professora se aproveita de um estudante que sofre bullying, tem problemas familiares e claramente está fragilizado.

Apesar do primeiro episódio promissor, a trama rapidamente se perde. Os diálogos são tediosos, os personagens não cativam, e não há desenvolvimento suficiente para justificar os episódios restantes. O protagonista masculino, embora fofo, é excessivamente passivo, servindo apenas como peça para a professora exercer sua recém-descoberta sensação de poder.

Não sei se a intenção do drama era romantizar essa relação ou apenas explorá-la de forma crítica, mas, de qualquer forma, não funcionou para mim. Não há como torcer pelo casal, pois a conexão entre eles é rasa e forçada. Na metade do drama, já não vi motivos para continuar, pois a história não parecia oferecer nada além de enrolação. No fim, Majo no Jouken falha em construir um romance convincente e acaba sendo apenas frustrante.

Não recomendo.

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Completed
Frankenstein no Koi
0 people found this review helpful
Mar 24, 2025
10 of 10 episodes seen
Completed 0
Overall 4.0
Story 5.0
Acting/Cast 8.0
Music 6.0
Rewatch Value 2.0

Diferente

Surpreendentemente, eu gostei desse drama.

Ele é esquisito, diferente e, sem dúvida, original. Tem algo nele que me remete a Edward Mãos de Tesoura — os trejeitos do protagonista, sua postura, até a forma de piscar são incrivelmente semelhantes.

A premissa de um homem renascido dos mortos que expele fungos pelo corpo me soou um pouco cringe no começo, especialmente nos primeiros minutos do primeiro episódio. Mas, depois que me acostumei com a atmosfera, a estranheza passou e me vi um tanto envolvida na história.

É muito fácil se apaixonar pelo protagonista. Ele é uma gracinha, um ser puro, que está descobrindo sentimentos humanos e aprendendo a lidar com eles. Raiva, orgulho, ganância, amor, felicidade… acompanhá-lo nessa jornada é encantador. A mocinha também é fofa, embora seja apenas a típica boazinha de sempre.

O problema é que os personagens secundários são sem graça e não acrescentam muito à trama. Nenhuma subtrama conseguiu prender minha atenção de verdade. A história em si não é ruim, mas também não chega a ser boa. Gostei, mas fiquei com a sensação de que poderia ter sido muito melhor.

O drama teria sido mais envolvente se tivesse focado mais no protagonista e em sua relação com a mocinha. A trama do rádio ocupou tempo demais e, embora fizesse sentido dentro da narrativa, acabou arrastando o ritmo. Além disso, toda aquela história dos moradores da casa do protagonista poderia simplesmente não existir que não faria diferença.

No geral, Frankenstein no Koi não é ruim (embora também não seja bom). É até divertido de assistir, mas é, ao mesmo tempo, muito estranho. Os cogumelos saindo do corpo do protagonista dependendo da intensidade e do tipo de emoção que ele estava sentindo me deram uma agonia absurda.

Mas, apesar disso, foi uma experiência interessante. Gostei sim.

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Completed
My Lovely Sam Soon
0 people found this review helpful
Mar 21, 2025
16 of 16 episodes seen
Completed 0
Overall 8.0
Story 8.0
Acting/Cast 8.0
Music 10
Rewatch Value 8.0

Um clichê pouco clichê

Nem lembro qual foi a última vez que meu personagem favorito em um drama foi a protagonista feminina — e, no caso de My Lovely Sam Soon, é justamente ela quem dá tanta personalidade e originalidade à história.


A trama, por si só, é um grande clichê: uma mulher endividada, um homem rico que precisa se casar, um contrato de relacionamento que, claro, não pode envolver sentimentos, mas que inevitavelmente acaba se transformando em algo mais. Ou seja, tudo indicava que seria apenas mais do mesmo.


Mas Sam Soon não é uma protagonista qualquer. Ela é o coração do drama e o que faz dele algo especial. Fugindo totalmente dos padrões de magreza extrema coreana, ela fala palavrão, não leva desaforo para casa e vive o mantra da Inês Brasil: “Dá que eu te dou outra”. Não abaixa a cabeça para nada, rebate qualquer coisa que disserem a ela e, acima de tudo, não tem vergonha de ser quem é. Fala abertamente sobre sexo, tesão e qualquer outro assunto que estiver na sua cabeça. Ela simplesmente vive, e essa autenticidade faz dela a alma da história.

Se o enredo é repleto de clichês, Sam Soon está ali para quebrar as expectativas e manter tudo interessante. Como ela é uma personagem ativa, sempre fazendo a história andar, há um elemento constante de surpresa, algo inesperado acontecendo por causa dela.


Muita gente insiste que o drama é gordofóbico, mas eu discordo. Os personagens claramente são, mas a trama em si não. Em nenhum momento Sam Soon precisa emagrecer para ser feliz ou conquistar o mocinho. Ela termina a história sem perder um único grama, feliz, e ainda sendo disputada por vários homens (inclusive aqueles que antes namoravam mulheres dentro do padrão de beleza idealizado).


Agora, não posso dar uma nota maior que 8 por alguns detalhes que me incomodaram. No penúltimo episódio, o protagonista masculino tem uma quebra de personagem forçada para criar um drama desnecessário. Além disso, o trauma dele com direção foi resolvido de forma apressada, sem qualquer aprofundamento, e o arco da criança que parou de falar após perder os pais foi mal explorado.


Mas, tirando isso, My Lovely Sam Soon é um ótimo drama. Divertido, engraçado, com uma dinâmica de casal cativante. Chorei de rir em várias cenas e gostei do fato de que ele não exagerou no drama para fugir do gênero de comédia romântica.


Recomendo demais!

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Completed
Under Your Bed
0 people found this review helpful
Mar 14, 2025
Completed 0
Overall 1.0
Story 1.0
Acting/Cast 8.0
Music 10
Rewatch Value 1.0

Perda de Tempo

Não sou grande fã de remakes, a menos que a história original tenha sido mal aproveitada e precise de uma nova abordagem.

Under Your Bed (2019) é um dos meus filmes favoritos – uma obra que considero perfeita dentro de sua proposta. Então, quando anunciaram um remake coreano, minha reação imediata foi de desconfiança. Afinal, o que havia para melhorar em algo que já funcionava tão bem? Ainda assim, decidi assistir. E o resultado não foi surpresa: me decepcionei completamente.

As mudanças que deveriam enriquecer a narrativa acabaram prejudicando o filme.

Na versão japonesa, estamos imersos na mente do protagonista. Seus pensamentos, sua obsessão e sua perspectiva moldam a experiência do espectador, criando uma conexão quase íntima. Vemos a personagem feminina através dos olhos dele, e essa sensação voyeurística é parte essencial da atmosfera do filme.

No remake, essa abordagem foi descartada. O protagonista é retratado de forma tão externa que não consegui me conectar com ele. Ainda que suas ações sejam estranhas, ele não transmite aquela sensação inquietante de alguém deslocado, que não consegue se encaixar no mundo.

Além disso, o remake exagera na violência gráfica, tornando-a repetitiva e vazia. Enquanto a versão japonesa utiliza a violência com impacto e peso narrativo, no remake ela se torna apenas um espetáculo sem significado.

Mas a pior escolha de todas foi a tentativa de humanizar o marido abusador da protagonista. No original, ele é uma presença monstruosa, quase inumana, uma ameaça constante que nunca temos a chance de conhecer de verdade. No remake, no entanto, o filme começa justamente com ele e, pior ainda, tenta justificar sua violência ao revelar um passado de abusos e traumas. Isso abre espaço para que o público sinta empatia por ele, o que dilui seu papel como vilão e enfraquece a dinâmica da história. E, para piorar, o personagem ganha uma certa vibe de Psicopata Americano (2000), como se tentassem torná-lo carismático de alguma forma. Uma escolha simplesmente desastrosa.

A cinematografia do filme é um ponto positivo. Há um ar nostálgico, quase vintage, que combina bem com a proposta, apesar da ambientação moderna. Mas isso não salva o filme.

O protagonista perdeu muito do seu estranhamento, inclusive no figurino. Enquanto na versão japonesa ele se veste de forma esquisita, refletindo sua personalidade deslocada, no remake ele parece um homem comum.

E então vem o golpe final: o filme REMOVE o plot twist central da história. Under Your Bed é, acima de tudo, um filme sobre lembrar e ser lembrado, e esse tema foi mantido no remake, mas sem nenhum impacto.

Cortar o plot twist deixou o filme sem reviravolta, sem surpresas, sem um elemento essencial para um thriller.

Mesmo analisando o remake isoladamente, sem compará-lo com o original, ele continua sendo um filme ruim. O vilão tem carisma desnecessário, o protagonista não inspira empatia, e a mocinha carece de brilho. A narrativa se arrasta com cenas longas e pretensiosas que não dizem nada, enquanto a violência gratuita se repete até perder qualquer impacto. Detalhes simbólicos importantes, como a entrega do buquê, foram reduzidos a momentos sem peso na trama. Os diálogos são fracos, a história é tediosa e o filme, no geral, é um grande desperdício de potencial.

Eu não apenas achei Under Your Bed (2023) ruim. Eu achei HORRÍVEL.

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Completed
The Scandal of Chun Hwa
0 people found this review helpful
Mar 12, 2025
10 of 10 episodes seen
Completed 0
Overall 10
Story 10
Acting/Cast 10
Music 10
Rewatch Value 10

Surpreendentemente incrível

Dizem que o melhor tempero é a fome. No caso dos filmes e dramas, eu diria que é a baixa expectativa.

Com uma divulgação desastrosa e um pôster de gosto duvidoso, tudo indicava que The Scandal of Chun Hwa seria apenas mais um clichê desgastado de comédia romântica, seguindo a mesma fórmula de sempre. O aviso de classificação +18 parecia pura isca para atrair quem buscava apenas cenas picantes.

Talvez por isso eu tenha abaixado tanto minhas expectativas – e, ironicamente, tenha me surpreendido e amado cada detalhe desse drama.

A roteirista deve ser, no mínimo, uma reencarnação de Jane Austen – ou alguém profundamente influenciada por ela. E na dose certa.

A melhor decisão da produção foi ambientar a história na dinastia Joseon. Embora as dificuldades enfrentadas pelas mulheres naquela época ainda ressoem na realidade de muitas hoje, não há cenário mais perfeito para retratar a falta de liberdade sobre nossas próprias escolhas, a imposição do silêncio diante da traição, e a pressão para gerar herdeiros.

E é justamente ao questionar esses encargos que recaem sobre nós que The Scandal of Chun Hwa brilha. Ele constrói personagens femininas fortes, que começam a enxergar as injustiças e sentem, pela primeira vez, o desejo de serem ouvidas. O drama levanta, de maneira inteligente e envolvente, a discussão sobre o que um homem pode fazer e uma mulher não.

O equilíbrio entre drama, comédia e romance é impecável – sem excessos, sem exageros. Além disso, a cinematografia é um espetáculo à parte. A diretora tem uma assinatura visual tão marcante que sua presença é sentida em cada escolha estética.

É verdade que a trama traz muitos clichês, mas eles são tratados com tanta originalidade que ganham vida nova, conferindo ao drama muita personalidade e uma identidade própria.

Voltado para o público feminino, ele estabelece um diálogo direto conosco, como se a roteirista e a diretora estivessem conversando intimamente, compartilhando confidências e fofocas.

E preciso destacar: ver um drama +18 sob uma ótica feminina faz toda a diferença. O sexo aqui é tratado com emoção, e as cenas de carinho são tão íntimas e delicadas que me fizeram sentir tudo – timidez, borboletas no estômago, aquele frio na barriga que só um romance bem construído pode proporcionar.

Estou maravilhada e recomendo demais esse drama.

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Completed
Karma
4 people found this review helpful
Apr 5, 2025
6 of 6 episodes seen
Completed 0
Overall 10
Story 10
Acting/Cast 10
Music 10
Rewatch Value 10

SATISFATÓRIO

Karma (2025) é, sem dúvida, uma das experiências mais satisfatórias que já tive assistindo a um drama. E não digo isso à toa.

O título não é apenas um chamariz — o carma é, de fato, o eixo central de toda a narrativa. Cada personagem está enredado em uma teia de consequências, onde cada atitude reverbera, afetando direta ou indiretamente todos ao redor. É como assistir a um dominó humano: ninguém é inocente, todos colhem o que plantaram, e isso é absurdamente satisfatório de acompanhar.

A trama gira em torno de personagens moralmente falhos — ou melhor dizendo, sem qualquer senso de caráter. E isso é um dos maiores acertos: são pessoas reais, cruas, imperfeitas. Gente que machuca sem perceber (ou sem se importar), vivendo de forma egoísta até que o carma bate à porta. A construção de personagens é impecável. Cada um tem voz, presença e personalidade muito bem definidas, sem soar forçado ou caricato. É raro encontrar um drama onde absolutamente todos os personagens, mesmo os secundários, soem tão vivos e relevantes.

Mesmo sendo um thriller curtíssimo — apenas seis episódios —, a história entrega mais profundidade do que muitos dramas com o triplo de duração. E isso só foi possível graças a um roteiro afiado, direto ao ponto, mas que ainda assim sabe explorar cada nuance emocional e moral dos personagens. Nada é supérfluo. Cada cena tem um propósito, cada diálogo carrega peso, e cada gesto tem consequência.

O uso dos flashbacks aqui é um espetáculo à parte. Nada é gratuito. Eles são introduzidos nos momentos certos, sempre acrescentando algo essencial à trama e nunca interrompendo o ritmo. E o mais impressionante: o drama confia na inteligência do público. Ele não explica, ele mostra. É o puro show, don’t tell, usado com maestria. Os detalhes estão ali, às vezes sutis, às vezes viscerais, e cabe a quem assiste juntar as peças. Isso torna cada revelação ainda mais poderosa, e a experiência, ainda mais imersiva.

Outro ponto de destaque é o elenco. O casting foi simplesmente perfeito. Não houve uma atuação mediana sequer, todos entregaram performances impecáveis. Mas um nome em especial me surpreendeu profundamente: Haesoo. O Haesoo, mesmo interpretando um dos personagens mais odiosos da trama, conseguiu ser carismático de um jeito que poucos atores conseguem. Ele atua com os olhos, e o que ele transmite em silêncio vale mais que páginas de roteiro. É um monstro em cena.

Do ponto de vista técnico, Karma é impecável. A cinematografia é precisa e impactante, a maquiagem e os efeitos sonoros criam a atmosfera sombria ideal, e tudo é envolto por uma direção segura que sabe exatamente o que está fazendo. É aquele tipo de produção que dá gosto de assistir, não apenas pela história, mas por ser tecnicamente bem feita.

É impossível, para mim, dar menos que nota 10. Aliás, Karma não só entrou para meus favoritos, como se tornou, sem exagero, o melhor thriller que já vi. É violento, sim, mas é na sua camada psicológica que ele realmente brilha. Para quem gosta de tramas intensas, bem construídas e com personagens moralmente complexos, essa é uma recomendação com letras garrafais.

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May 2, 2025
10 of 10 episodes seen
Completed 0
Overall 2.0
Story 2.0
Acting/Cast 4.0
Music 1.0
Rewatch Value 1.0

Entediante

Zaibatsu Fukushu: Aniyome ni Natta Moto Yome e foi, infelizmente, o primeiro drama de 2025 que realmente não me agradou.



E nem é porque a premissa seja ruim — na verdade, ela até tem potencial. O problema é que o roteiro está tão saturado de clichês que tudo se torna extremamente previsível e, consequentemente, entediante.



Não houve uma única cena que me surpreendesse ou que me pegasse desprevenida. O roteirista conseguiu reunir todos os lugares-comuns do gênero e entregou uma narrativa sem qualquer frescor, sem personalidade e totalmente desprovida de originalidade. Todos os twists estavam na cara desde o primeiro episódio.



A trama gira em torno de um homem adotado na infância por uma família rica, que o maltratou e agora é alvo de sua vingança. Só que tudo, o motivo da adoção, os abusos sofridos, a execução de cada vingança, os desfechos dos personagens e até suas motivações, segue o manual básico do drama de vingança genérico. Tudo é raso, óbvio e já foi feito dezenas de vezes, com muito mais impacto, por outros dramas e filmes.



Mesmo com alguns bons desempenhos no elenco, não consegui me conectar ou torcer por ninguém. Os personagens são incrivelmente superficiais, e nenhum deles conseguiu gerar empatia ou sequer curiosidade. A fotografia tenta remeter aos dramas japoneses dos anos 2010, o que até poderia funcionar como charme nostálgico, mas aqui só reforça a sensação de que estamos vendo algo datado.



Além disso, várias cenas escorregam para o caricato de tão exageradas, e a quantidade de furos no roteiro chega a ser constrangedora. A história é simplória, batida, previsível e, pior ainda, vendida de forma enganosa: prometeram um thriller com romance, mas entregaram apenas um thriller morno e sem qualquer química entre os personagens.



No fim das contas, é uma obra esquecível, sem alma, sem impacto e sem nada que a torne digna de recomendação. Uma grande decepção.

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Completed
The Confidence
0 people found this review helpful
Dec 14, 2024
40 of 40 episodes seen
Completed 0
Overall 10
Story 10
Acting/Cast 10
Music 10
Rewatch Value 10

A Sweet Obsession

I’m simply obsessed. This was, without a doubt, the drama that consumed me the most this year. Ironically, much of the story revolves around obsession itself.

The protagonist is a SOCIOPATH. I can’t remember the last time I saw a sociopath as the main character, and I have to say: they are fascinating. Much more interesting than psychopaths, because the dynamic they create with other characters is different and extremely engaging.

The drama revolves entirely around him. It’s about who he is, what he does, and how everyone around him tries to bring him down—whether through justice or their own means. What really hooked me is that he’s not just the villain; he’s the driving force behind everything.

I didn’t find it to be a typical thriller. Usually, thrillers focus on facts, on events that move the plot, with external twists. Here, the focus is on the characters: their motivations, relationships, and layers. It feels more like a drama with thriller tones, which is probably why I was so enchanted by it.

About obsession: the protagonist takes it to another level. I’ve never seen anyone so obsessed, and that’s what makes him so memorable. He’s violent, desperate, unpredictable, and yet brilliantly smart. He’s a bad guy with “good” justifications (in his own mind).

His story is marked by destruction. He was betrayed, manipulated, and used as a pawn, so all he could do was react. And what a reaction. His violence escalates as the episodes go on, while his humanity disappears.

His moments of humanity are rare. They surface when he thinks he’s in love or believes he has friends. But his obsession with a woman who just wants to escape from him is what truly drives his downfall.

And the script? It’s masterful. Every detail matters. Everything, no matter how small it seems, has enormous consequences later on. It’s like a beautifully crafted butterfly effect. Plus, the plot never gets dull: something is always happening.

The protagonist is the driving force. He’s the active character, moving the entire story with his unpredictable actions. Just when it seems like he’s going to stop, he does something completely impulsive and changes everything.

The cinematography is flawless. Everything is visually captivating: the setting, the art direction, the soundtrack. You can feel the care in every frame.

P.S.: There’s no romance. His obsession isn’t love—it’s pure fixation. It starts with hatred, then turns into a twisted kind of kindness, and finally, desperation. The woman he pursues is strong and never gives in. It was impossible not to root for her… but I’ll admit, since he’s my favorite, part of me wished she’d reciprocate, even if just for a second.

All in all, it was incredible. The Confidence is a heavy, violent drama centered on a completely irredeemable protagonist. But since it’s fiction, I allowed myself to enjoy it. Highly recommend it, but fair warning: prepare for intense emotions and an unforgettable sociopath.

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