
A escola é uma segunda casa que ensina seus alunos a crescer em sociedade. Mas se as regras naquela escola se tornarem um problema, esses alunos sem direitos exigirão o que foi tirado deles? Se houver um executor de regras em uma escola, naturalmente haverá aqueles que querem quebrar as regras. Uma sensação de dessemelhança conduzirá o amor entre duas pessoas. (Fonte: Filmow) ~~ Adaptado do romance "คาธ Eclipse" de Prapt (ปราปต์). Editar Tradução
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- Título original: คาธ
- Também conhecido como: Khat , O Eclipse , Затмение , คาธ The Eclipse
- Diretor: Tanwarin Sukkhapisit
- Roteirista: Yokee Apirak Chaipanha, Chot-anan Kasamwonghong, Kim Minta Bhanaparin
- Gêneros: Mistério, Romance, Juventude
Onde assistir O Eclipse
Grátis (sub)
Elenco e Créditos
- First Kanaphan Puitrakul Papel Principal
- Khaotung Thanawat Rattanakitpaisan Papel Principal
- Louis Thanawin TeeraphosukarnThuaphu / "Thua"Papel Secundário
- Neo Trai NimtawatKhanlong / "Khan"Papel Secundário
- AJ Chayapol JutamatWasuwat / "Wat"Papel Secundário
- Wynn Pawin KulkaranyawichNamoPapel Secundário
Resenhas

Forte, sensível e muito bem contado
Comecei a assistir achando que ia ser só mais um BL escolar com toque de mistério, mas aos poucos ele foi se revelando muito mais do que isso. A forma como a história é construída me prendeu de um jeito que nem percebi. Quando vi, já estava totalmente envolvida com aquele colégio cheio de regras absurdas, com os segredos, as dúvidas, os medos e tudo o que vai sendo jogado na nossa cara com uma delicadeza firme.O que mais me marcou é como a série consegue passar uma mensagem importante sem ser óbvia. Fala sobre questionar o que nos foi imposto, sobre ter coragem de ser quem a gente é, mesmo quando tudo ao redor diz o contrário. E isso, pra mim, bateu fundo. Porque às vezes a gente esquece o quanto é importante olhar pro que nos incomoda, pro que nos oprime, e The Eclipse faz isso de forma sensível, mas firme. Tem gente que precisa ouvir isso. Tem gente que vai se ver ali, e talvez entenda coisas que não conseguia nomear antes.
E o melhor é que o romance entre o Akk e o Ayan não rouba a cena, ele soma. A história dos dois é construída no tempo certo, com cuidado, com camadas. Nada parece forçado, nada é jogado só pra agradar. E o mais bonito é ver como o sentimento deles cresce junto com o que eles estão descobrindo sobre si mesmos e sobre o mundo em que vivem. É tudo muito bem amarrado e sincero. Dá gosto de acompanhar. E foi bom ver um BL que não precisou apelar pro físico, nem deixar a trama de lado, pra focar só no casal. Aqui, tudo anda junto, e isso faz toda a diferença.
Claro que nem tudo é perfeito. Teve momentos em que senti o ritmo cair, alguns personagens que podiam ter sido mais bem aproveitados, e cenas que poderiam ter tido mais impacto emocional. Mas isso não apagou a força do que foi entregue. Pelo contrário. A série foi até o fim com coerência e com uma mensagem que ficou em mim depois dos créditos.
No fim das contas, The Eclipse não é só uma história sobre dois garotos se apaixonando. É uma história sobre coragem, liberdade e transformação. Me fez pensar, me fez sentir, e me deixou com vontade de que mais gente veja, especialmente quem precisa ouvir o que essa série tem pra dizer. Porque não é só bonito de assistir, é importante também.
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Esta resenha pode conter spoilers
Um BL sobre protofascismo estudantil pode ser muito bom˜
Assisti esse BL em 2024, dois anos depois de seu lançamento, e confesso que gostaria de ter assistido antes, agora que sei como termina. A narrativa é tão interessante quanto insana: Akk é o líder dos monitores de um colégio de elite só para garotos, famoso por seu tradicionalismo e no qual qualquer ato que perturbe a ordem é severamente punido. Ayan é um novato que entrou no colégio três semanas após o início das aulas, e deseja descobrir o que levou à morte de alguém próximo. Contra o autoritarismo do colégio, Ayan se coloca em uma posição antagônica à do líder incidental da juventude semi-fascista do colégio, Akk. As reviravoltas vistas no decorrer dos 12 episódios me surpreenderam positivamente, e conferiram celeridade ao show. Em outras palavras, não existem episódios ruins ou desinteressantes, porque tem sempre alguma coisa muito importante acontecendo, e muitos mistérios a serem descobertos. A química entre os dois atores é tão fluida que eles nem precisariam ser bons atores para que esse BL fosse bom como é. Eles não são maus atores, longe disso, mas ainda que fossem, a série não estaria 100% perdida graças às interações entre eles.O uso do termo "fascismo" não é exagero da minha parte, inclusive. Não só a construção visual dos episódios deixa a inspiração fascista clara, como falas e cenas voltadas a certas discussões mais políticas em cada episódio relembram ao espectador qual é o alvo da crítica. Nisso a série ganha muito em termos de coragem, pois não é apenas uma narrativa cheia de acontecimentos às vezes muito exagerados de uma escola fascista, mas uma série que tratou de tudo isso na Tailândia de 2022, que enfrentava (como enfrenta até hoje) governos que se formaram não devido à escolha popular ou à monarquia (afinal a Tailândia ainda é um reino), mas a um golpe militar. Se arriscaram muito para produzir esse BL, e valeu a pena.
É perfeito? Não. Mas dá um banho em muitas produções com orçamentos infinitamente maiores que essa, e é preciso valorizar isso. O mundo dos BLs está cada vez melhor produzido, afinal, como um personagem bem nos lembra, "os bls são o soft power da Tailândia", e The Eclipse merece entrar no tímido, mas crescente panteão de grandes produções dos últimos anos.
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