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  • Location: Em algum lugar perdido do Br
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  • Join Date: June 2, 2025

Cryssieee

Em algum lugar perdido do Br
Completed
Top Form
11 people found this review helpful
Jun 11, 2025
11 of 11 episodes seen
Completed 0
Overall 9.0
Story 8.0
Acting/Cast 10
Music 8.0
Rewatch Value 10
This review may contain spoilers

Clichê bem feito, química absurda e cenas marcantes

Confesso: entrei em Top Form sem grandes expectativas. A premissa do veterano carismático ameaçado pelo novato promissor já foi usada até demais no mundo dos BLs, e eu achei que seria mais uma daquelas histórias recicladas com um casal bonitinho e cenas mornas. Mas, felizmente, eu estava errada. A série realmente faz jus ao burburinho que tem causado, e em vários momentos, entrega até mais do que promete.

Desde os primeiros episódios, fica claro que a química entre Jin e Akin não é brincadeira. A tensão entre eles é elétrica, o tipo de coisa que não se ensaia, acontece. A forma como os dois personagens se provocam, se medem e se desafiam acaba sendo muito mais envolvente do que qualquer enredo mirabolante. E quando a rivalidade começa a se desfazer e dá espaço a uma relação mais intensa (e sim, bem mais física), a série acerta de novo: a transição é natural, e você acredita em cada passo, cada toque, cada olhar demorado.

Agora, preciso falar da cena do mel. Sim, aquela cena!!! Já vi muita coisa em BL, cenas quentes, forçadas, lindas, embaraçosas, mas essa foi uma das mais bem executadas que vi nos últimos tempos. Ela é ousada sem ser vulgar, sensual sem cair no exagero, e ainda serve de virada narrativa. Depois dela, a dinâmica entre os dois muda completamente. O clima fica mais íntimo, mais cru, mais honesto. E o mérito não é só do roteiro, mas também da direção, que soube filmar desejo com elegância, e dos atores, que entregaram tudo ali.

Mas nem tudo são flores. Alguns diálogos soam ensaiados demais, especialmente quando tentam explorar os bastidores da indústria do entretenimento, há momentos em que parece que os personagens estão lendo um release institucional. Além disso, os coadjuvantes são, na maior parte do tempo, decorativos. Dava pra dar mais profundidade àqueles que orbitam o casal principal, mas a série prefere focar exclusivamente nos dois protagonistas, o que não é exatamente um problema, mas deixa o universo da história um pouco vazio.

Mesmo assim, Top Form não decepciona. É o tipo de BL que sabe o que está entregando: tensão, romance, desejo e dois protagonistas com tanta química que até as brigas têm carga erótica. A série não reinventa nada, mas executa tudo com segurança e estilo. E olha, se vier uma segunda temporada e com mais cenas como a do mel, já pode colocar no topo da minha lista.

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Completed
Kidnap
10 people found this review helpful
17 days ago
12 of 12 episodes seen
Completed 2
Overall 8.0
Story 8.0
Acting/Cast 9.0
Music 6.0
Rewatch Value 8.0
This review may contain spoilers

Quem diria, hein? Kidnap tem um relacionamento mais saudável que muita série fofa por ai

O negócio começa com o Min, que é ator e dublê, vivendo o caos: irmão doente, dívidas até o pescoço, e aí ele aceita a genial ideia de sequestrar um jovem milionário, o Q. Pois é, já começou errado. Só que tudo piora quando o chefe manda ele matar o menino… e o Min simplesmente não consegue. Em vez disso, esconde o Q em casa e finge que fez o serviço. A partir daí, é ladeira abaixo.

O que eu gostei é que Kidnap não tenta enfeitar crime. Tem dilema moral, culpa, sobrevivência, romance e suspense tudo junto. E sim, Min e Q têm química, daquelas que dá gosto de ver. Mas o que mais me ganhou foi ver o Q, mesmo machucado (e com um pezinho na síndrome de Estocolmo), se recuperando aos poucos, voltando pra terapia (ponto extra, porque BL mostrando terapia de verdade é quase um milagre) e o Min virando o porto seguro dele. Foi sincero, e isso me pegou.

Foi gostoso demais ver um romance saudável se desenvolver, mesmo tendo começado de um jeito bem torto. Não teve aquela romantização absurda do crime ou do trauma, e sim um crescimento gradual, com respeito e cuidado real entre eles. A relação foi sendo construída com confiança, apoio e afeto genuíno, e isso fez toda diferença pra que eu me importasse com o casal até o fim.

Agora… não é perfeição não, viu? Essa ideia de uma quadrilha dar uma missão dessas pra alguém tão inexperiente quanto o Min é meio “ahn?”. Fora umas escolhas de trilha sonora que me tiraram da cena na hora, parecia que eu tava vendo outra coisa. E teve umas decisões de roteiro que me fizeram revirar os olhos, mas ok, segui.

Visualmente, é mais bem produzida que muito BL por aí. E o romance aqui não é jogado no colo da gente, tipo “amor à primeira respirada”. É algo que cresce na marra, com peso dramático, com trauma junto. O Q passa um sufoco real, e a série mostra isso sem apagar tudo com aquele famoso “o amor cura tudo” que a gente já conhece e detesta.

Eu vi gente elogiando a química natural, aquele clima que vem de olhares e tensão real, e também o cuidado com o trauma do Q. Mas também teve quem detestou e achou tudo raso, mal dirigido e com personagens de uma camada só. Ou seja: não é unanimidade.

No fim, Kidnap me pegou justamente por ser confuso, moralmente torto e, ainda assim, ter uns momentos de verdade que te acertam no peito. Não é pra ver esperando fofura, mas se você curte personagens quebrados tentando se encontrar no meio do caos, essa série entrega justamente isso.

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Completed
My Golden Blood
10 people found this review helpful
27 days ago
12 of 12 episodes seen
Completed 0
Overall 6.5
Story 6.0
Acting/Cast 7.0
Music 8.0
Rewatch Value 5.0
This review may contain spoilers

A ideia é boa, a execução não

Terminei My Golden Blood e preciso dizer: eu até gostei, me envolvi com o casal principal, mas também passei raiva. A série é daquelas que têm uma ideia boa nas mãos, mas tropeça feio na hora de desenvolver. E o pior: tropeça onde não precisava.

A história até começa bem. Um órfão, o Tong, descobre que tem um tipo de sangue raríssimo, o tal do "sangue dourado", e por causa disso, vira alvo de vampiros. Um deles é o Mark, que teoricamente tá ali pra protegê-lo, mas obviamente tem segundas intenções. Até aí tudo certo. Tem tensão, tem química, tem uma coisa meio “proibido, mas inevitável” entre os dois que funciona.

Só que logo nos primeiros episódios já dá pra sentir o problema: os diálogos são explicativos demais, como se os roteiristas não confiassem que o público vai entender sozinho. Tem muito personagem dizendo o óbvio, como se tivessem que desenhar tudo. E ao mesmo tempo, faltam momentos mais naturais pra gente se apegar de verdade aos personagens. O desenvolvimento das relações acontece muito no automático. Parece que o roteiro foi seguindo uma lista: cena de ciúme? Confere. Descoberta trágica? Confere. Beijo depois da ameaça de morte? Confere. E pronto, seguimos.

O pior é que quando o roteiro tenta ser profundo, escorrega. A questão da origem do sangue do Tong, o passado do Mark, a ameaça do irmão vilão, tudo é tratado de forma meio superficial. São temas que poderiam render bem mais, mas que acabam resolvidos rápido demais ou jogados no final como se não fossem tão importantes. E aí fica aquela sensação de que a série teve medo de aprofundar.

Agora, sobre os efeitos… tem umas cenas que eu juro que quase desliguei. Tem pulo de janela que parece vídeo de videogame antigo, vampiro correndo no escuro com rastro de luz atrás, que era pra ser dramático, mas ficou tosco. E as lutas? Claramente cortadas pra esconder que não sabiam coreografar direito. Em vez de criar tensão, dá risada. É como se o orçamento tivesse acabado na maquiagem do primeiro episódio.

O engraçado é que a série tem uma estética que podia funcionar. As cores, a iluminação, a trilha sonora, tudo conversa com essa ideia sensual e sombria do universo vampírico. Só que o efeito especial mal feito quebra o clima. Em vez de entrar na cena, você sai. Você lembra que tá vendo uma série, e pior: uma série que podia ser melhor se tivesse um pouco mais de esmero.

Mesmo assim, confesso que o casal me pegou. Gawin entrega bem como o Tong, tem uma vulnerabilidade sincera ali, e o Joss, mesmo com aquele jeitão travado, convence como vampiro que tenta controlar os próprios instintos. O romance deles tem uma intensidade boa, sem exagero. É mais no olhar, no gesto contido, nas cenas de silêncio do que no texto. Pelo menos isso segura o clima.

Mas no geral, My Golden Blood é mais promissora do que bem executada. A ideia era boa, o universo tinha potencial, mas faltou coragem no roteiro e capricho na produção. Fica aquela sensação de "quase". Quase foi uma grande série. Quase foi inesquecível. Quase me arrancou um surto. Mas parou no meio do caminho.

No fim, eu me importei, sim. O casal tem química. A história por mais superficial que fosse, me prendeu. Mas se alguém me perguntar se é maravilhosa… eu vou respirar fundo e responder: é boa, mas precisava de mais cuidado. Porque, sinceramente, com um roteiro mais afiado e efeitos menos vergonhosos, ela podia ter sido muito mais do que só “ok”.

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Completed
The Next Prince
10 people found this review helpful
27 days ago
14 of 14 episodes seen
Completed 0
Overall 7.5
Story 6.0
Acting/Cast 7.0
Music 7.0
Rewatch Value 6.0
This review may contain spoilers

E lá vamos nós de decepção embalado com um laço bonito

Preciso comentar sobre The Next Prince, porque essa série me deixou num estado meio dividido, entre a frustração com algumas escolhas de roteiro e um carinho sincero por tudo que consegue funcionar bem ali, principalmente o casal principal.

A premissa é boa, dá pra ver que tem ambição ali: uma mistura de intriga palaciana, identidade perdida e romance. O problema é que às vezes a execução não acompanha a proposta. O ritmo no começo é bem arrastado, com muitos personagens e regras de corte sendo jogados de uma vez só. Tem momentos em que parece que a série está mais preocupada em parecer grandiosa do que em contar a história de forma fluida. E tem umas soluções de roteiro que soam fáceis demais, tipo a cena do teste de DNA. A revelação do pai biológico vem com um “99,99% de certeza” como se isso bastasse, sem laudo, sem contexto, só jogado mesmo. Faltou cuidado em parece coeso.

Apesar disso, o que realmente segura a série, e pra mim o que vale o investimento, é a relação entre o Khanin e o Charan. Não é aquele romance pronto, forçado pra agradar público. Eles têm atrito, desconfiança, raiva, e aos poucos vão se construindo um no outro. A química entre os dois é visível, mas não do tipo exagerada. O Charan é todo rígido, mas você percebe a mudança dele nos pequenos gestos, nos olhares, no cuidado com que passa a tratar o Khanin. Já o Khanin, mesmo confuso e ferido, vai criando coragem pra se posicionar, inclusive emocionalmente. E a atuação do NuNew aqui ta até que boa apesar de não ter tido tanta evolução aparente desde Cutie Pie.

Visualmente, a produção é bonita. Figurinos bem trabalhados, trilha sonora grandiosa, cenário de palácio que convence. Mas confesso que em alguns momentos parece que o visual quer compensar a falta de substância em certos diálogos ou cenas de transição.

Os personagens secundários, no geral, acabam sendo o ponto fraco da série. Alguns parecem jogados só pra cumprir função de encher trama ou criar conflito forçado. Um exemplo é o príncipe Ramil, que passa boa parte do tempo antagonizando o Khanin sem muita justificativa além de ciúme e ranço genérico. E isso é especialmente frustrante porque o ator é bom, tem presença, e o par romântico dele até funciona muito bem, o problema é que deram um papel raso demais pra alguém que podia entregar muito mais. Parece que ele foi escrito só pra cumprir a cota de rival, o que empobrece o núcleo secundário e desperdiça potencial.

Outro ponto que me incomodou foi a relação do Khanin com o pai biológico. A revelação já é feita de forma apressada, como comentei, mas o mais esquisito é o tom completamente frio com que o pai reage a tudo. É quase robótico. Em nenhum momento parece que ele tem algum vínculo real com o filho. Zero emoção, zero tentativa de aproximação. E ok, ele pode ser um cara duro, mas mesmo dentro desse perfil dava pra transmitir alguma coisa. Do jeito que foi, soou vazio mesmo. Não convenceu.

No fim das contas, o que me prendeu foi o desenvolvimento do vínculo entre os protagonistas. Não é rápido nem fácil, mas é construído com coerência emocional. Eles têm conflitos, não estão sempre na mesma página, e isso deixa um pouco mais interessante.

E, olha… o torneio de arco e flecha? Eu juro que por um momento achei que a Katniss Everdeen ia sair do meio da floresta. A estética é totalmente Jogos Vorazes, desde o cenário até a música de tensão. Não que seja mal feito, visualmente funciona, mas é tão estilizado que quase perde o propósito dentro da trama. Fica parecendo mais um clipe conceitual do que parte de uma disputa política real. Nessas horas, a série parece querer impressionar mais pelo visual do que pelo conteúdo em si.

E por fim, não tem como deixar de comentar a parte dos protestos e da questão ambiental envolvendo as minas. A série constrói esse conflito como se fosse algo central, com manifestantes, ameaças, chantagens políticas, até cenas de confronto, e realmente parece que aquilo vai ser um dos grandes motores da trama. Aí quando chega perto do final, tudo é resolvido de forma rasa, como se fosse só um obstáculo de roteiro pra mover o príncipe de um lugar ao outro.

É decepcionante porque, até ali, parecia que a série queria levantar discussões maiores: sobre justiça, responsabilidade do Estado, sobre escutar o povo. Mas na hora de concluir, joga uma solução qualquer e finge que está tudo bem. As consequências somem, ninguém fala mais sobre os impactos, sobre as mortes ou os abusos de poder. Fica parecendo que usaram o tema só pra dar um verniz de “profundidade” à história, sem se comprometer de verdade. E aí enfraquece não só a mensagem, mas também o próprio arco do Khanin como futuro líder. Faltou coragem pra levar essa parte até o fim com consistência.

Por fim, The Next Prince definitivamente não é uma série perfeita, longe disso. Tem tropeços no roteiro, exageros no tom, muitas partes caricatas, e uma certa hesitação em mergulhar mais fundo nas próprias ideias. Mas quando ela acerta, especialmente nos momentos entre Charan e Khanin, acerta em cheio. Se for assistir esperando só romance, pode estranhar o ritmo lento e a política envolvida. Mas se tiver paciência pra acompanhar a trajetória dos dois, e a tentativa de fazer uma história profunda, acho que vale a pena.

Agora, se não derem continuidade a essa história ou se deixarem o final em aberto, sinceramente, vai ser um desperdício. Porque tem base ali pra algo muito maior do que só mais um BL com cara de realeza. Mas se for pra fazer outra temporada rasa igual a essa, melhor parar por aqui, não precisa estragar ainda mais o que já não ta muito bom.

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Completed
Wandee Goodday
10 people found this review helpful
Jul 20, 2025
12 of 12 episodes seen
Completed 0
Overall 7.5
Story 5.0
Acting/Cast 10
Music 6.0
Rewatch Value 8.0
This review may contain spoilers

Quando o roteiro não acompanha o elenco, dá nisso...

Demorei pra vir escrever sobre esse BL, mas uma hora tinha que ser. Não era minha intenção escrever textão, mas Wandee Goodday merecia um desabafo. Só terminei por respeito aos atores, porque, olha, tirar emoção de um roteiro tão raso foi arte. Essa série tinha tudo pra ser uma história divertida, adulta, e com uma pegada sex-positive que tanto prometeram e que quase nunca aparece em BL. Os diálogos eram diretos, a energia entre os protagonistas estava lá em cima, e eu realmente achei que seria uma série diferente.

E de certa forma foi. Só que não do jeito que eu esperava. A verdade é que a história tem potencial, mas é tão mal aproveitada que às vezes eu ficava pensando se estavam escrevendo o roteiro em tempo real, enquanto gravavam. Um dos problemas é que o drama parece não saber o que quer ser. Fica nesse vai-não-vai, repete situações, e quando começa a construir algo, corta pra uma cena aleatória só pra tentar arrancar risada.

A química entre Great e Inn segurou tudo. Foram eles que me fizeram continuar até o fim, mesmo quando o roteiro começou a perder o rumo. A química dos dois é absurda, natural, e as cenas deles juntos salvam episódios inteiros. Não é exagero dizer que a atuação deles é 10/10 num drama que, no máximo, chega a um 5. Eles conseguiram dar vida a personagens que tinham tudo pra serem rasos. Tanta coisa mal escrita foi suavizada por olhares, pausas e expressões que eles souberam fazer funcionar. Isso me prendeu. Eles atuaram como se tivessem recebido um roteiro melhor do que realmente receberam. Porque, olha… talento eles têm de sobra.

A série parecia que ia explorar sexualidade de forma madura, sem tabu, mas isso durou uns dois episódios no máximo. Depois, os temas só ficaram de enfeite. A assexualidade do Kao foi jogada ali sem nenhum aprofundamento, tipo um “olha como somos inclusivos!” e nunca mais tocaram no assunto. Representatividade vazia é pior que nenhuma, viu?

E aí teve o ciclo infinito: o Wandee se afastando do Yak, sempre com desculpas vagas, sem se abrir de verdade. Episódio após episódio repetindo a mesma coisa: Yak tenta demonstrar carinho, Wandee corta e se fecha. Não tinha desenvolvimento, não tinha comunicação, só um empurra-empurra emocional. Foi cansativo ver esse ciclo repetitivo.

O pior é que o próprio Wandee deixou de fazer sentido. Ele começou super seguro de si, direto, até dando conselho sensato pro Yak sobre o Ter. Mas depois virou alguém completamente diferente, que aceita ir parar na casa do Ter e cai no joguinho dele (???). Do episódio quatro em diante, parece que ele foi escrito por outra pessoa. Inventaram essa de "guardar o primeiro beijo" e transformaram o cara num protagonista que evita toque e vira um muro emocional sem explicação convincente, e depois começa a agir como se toque físico fosse algo inaceitável.

Esse “vou guardar o primeiro beijo” faria sentido se houvesse uma explicação plausível e uma consistência, pois mesmo depois de ter dado o primeiro beijo ele continuou negando o toque do Yak, o que não faz sentindo. O cara que antes era todo consciente virou alguém frio, meio passivo, e que dava carinho só quando bem entendia, ele pega todo carinho, sexo e atenção do Yak quando quer, mas se torna frio na hora de retribuir. O Yak virou só um cachorrinho esperando migalhas de afeto quando o Wandee decidia dar, mas nunca recebia de volta. Doeu ver isso.

Os outros personagens? Também ficaram aquém. O Ter era uma bagunça completa, e não no bom sentido. Eu nem sei se ele era um vilão manipulador ou só um adulto mimado com carência e raiva. E o arco dele com a Taem foi qualquer coisa, jogado só pra parecer redenção. Já a Taem… tinha potencial, mas colocaram ela num triângulo que não levou a lugar nenhum. Desperdiçaram.

Cher e Oyei foram outro caso de desperdício. Tinha coisa pra desenvolver ali, com questões de confiança, dinheiro e inseguranças. Mas resolveram tudo num passe de mágica, e fim. O mesmo vale pro Kao, coitado, que merecia mais do que ser figurante no próprio tema que levantaram com ele.

E algumas cenas então… zero preparo. Aquela agressão do Ohm contra a Taem, que surgiu do nada só pra justificar o Yak chegar atrasado na festa? Preguiça. Esse tipo de artifício forçado pra mover o enredo é desleixo puro. Cena do Yak flagrando o Dee no apartamento do Ter? Forçada. Era óbvio que foi montada só pra gerar drama vazio. Dee não seguiu o próprio conselho que deu ao Yak, típica burrice conveniente. Nenhuma dessas reviravoltas teve construção de verdade. Foi tudo encaixado no grito e vai que cola.

Enfim… foi uma série com uma ideia boa, elenco maravilhoso, e roteiro que tentou muito, mas falhou em entregar. Faltou foco, faltou consequência real pras ações, faltou coerência nos personagens. Faltou emoção genuína. Mas eu assisti tudo. E não me arrependo nenhum pouco. Porque ver esses atores entregando tudo com o que tinham em mãos valeu a pena. Só queria que o roteiro tivesse feito por onde também.

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Completed
Love in the Air
10 people found this review helpful
Jun 13, 2025
13 of 13 episodes seen
Completed 0
Overall 8.5
Story 8.0
Acting/Cast 9.0
Music 7.0
Rewatch Value 10
This review may contain spoilers

Comecei rindo, terminei chorando

Love in the Air entrou na minha lista como aquele BL que eu ia assistir “só pra ver qual é” e saiu como a novela exagerada que me fisgou de um jeito quase irritante. A primeira metade, focada em Rain e Phayu, até me divertiu. Rain faz barulho demais porque não sabe lidar com nada que sente, e o Phayu desfila uma autoconfiança que beira o insuportável, e, honestamente, eu comprei esse jogo de provocações. Tem química, tem pegação sem pudor, mas também tem aquele ar de cena ensaiada de peça de escola: falas dramáticas que soam decoradas, gestos que querem transbordar sensualidade mas às vezes parecem só forçados. Mesmo assim, passei por esses tropeços porque, no fundo, esse casal me entretém.

Só que foi na segunda metade que a série realmente ganhou peso. Quando Sky e Prapai apareceram, tudo mudou de tom. Sky carrega um trauma que a câmera não esconde, você sente o peso nos silêncios e nos olhares dele. E aí chega o Prapai, com pinta de bad boy pronto pra jogar charme, mas que, surpreendentemente, entende limites e oferece espaço pro Sky respirar. Essa dinâmica me pegou de jeito. Cada passo que o Sky dá pra confiar de novo, cada vez que ele permite que o Prapai chegue um pouco mais perto, acrescenta uma camada que a primeira parte da série não teve. O romance deles não é só quente, é vulnerável; não é só fanfic, é catártico.

E, claro, eu não posso falar dessa metade sem mencionar o ódio que senti pelo Gun. Toda vez que ele aparecia pra cutucar as feridas do Sky, minha paciência ia pro ralo. A maneira como ele manipula, como tenta manter controle sobre alguém que já machucou tanto, mexeu comigo num nível visceral; eu queria atravessar a tela e expulsá‑lo dali. É o vilão perfeito pra fazer a gente valorizar ainda mais o cuidado que o Prapai oferece.

Visualmente, a série ajuda muito a engolir os exageros. Fotografia bonita, direção que sabe enquadrar beijo sem cortar, cenas quentes que mostram desejo de verdade. Passa longe do “selinho tímido”, e isso dá um choque bom. Ainda assim, não escapa de diálogos rasos e situações criadas só pra agradar fandom, mas pelo menos assume sem vergonha que é um dramalhão sexy.

No fim, Love in the Air virou meu guilty pleasure porque, mesmo tropeçando em roteiro raso e falas teatrais, ele me entregou um segundo casal com peso emocional real. Sky e Prapai fizeram meu coração acelerar e justificaram cada episódio. Rain e Phayu continuam fofos no seu caos ensaiado, mas são os momentos de coragem e cura do Sky, e o cuidado às vezes atrapalhado do Prapai, que me fazem lembrar por que continuei presa a essa série, mesmo sabendo que perfeição passa um pouco longe daqui.

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Completed
Knock Out
9 people found this review helpful
20 days ago
12 of 12 episodes seen
Completed 0
Overall 10
Story 10
Acting/Cast 10
Music 10
Rewatch Value 10
This review may contain spoilers

Knock Out entregou tudo que eu queria (e mais um pouco)

Eu já fui ver essa série pensando “lá vem mais um BL de ação que vai pecar feio em alguma coisa”, porque, vamos combinar, normalmente ou exageram no romance, ou enchem de drama inútil, ou o roteiro vira uma colcha de retalhos. Mas esse aqui? Me calou a boca bonito.

A história começa com o Keen, todo certinho, recém-formado, fazendo entrevista de emprego. A vida tá indo, até que vem o tapa: ele recebe a notícia que o pai morreu. Pior? Ele gasta tudo que tem com o funeral e descobre que o pai deixou uma dívida gigante com agiotas. E aí, sem saída, vai parar num ginásio de Muay Thai, o Petchsak, tentando se esconder e achar um jeito de pagar o que não é culpa dele.

E é nesse ginásio que ele conhece o Than, um lutador famoso que largou as lutas e se trancou num mundinho gelado. Só que aí entra o Keen com aquela paciência e jeito de ir quebrando o gelo, devagar, até que… pronto, começa a nascer aquele negócio que a gente adora: olhares demorados, tensão no ar, toques que não são só por acaso. E o romance aqui é bem construído, nada de pular do nada pro “eu te amo”. Ele vai crescendo junto com a história, misturado com o drama, com o peso do que eles vivem e com as cenas de luta que têm um impacto emocional de verdade.

O mais louco é que a série consegue equilibrar tudo de um jeito que surpreende. Tem ação na medida certa, drama que realmente faz sentido, romance que cresce de forma natural e, pra completar, até o casal secundário tem peso na história, não estão ali só pra preencher cena ou servir de enfeite. Tudo é bem amarrado, sem aquelas pontas soltas que só irritam e fazem a gente perder o interesse. Claro, não é perfeita: algumas cenas de luta acabam ficando previsíveis, e em certos momentos eu queria ver mais desenvolvimento fora do romance, mais camadas na trama. Mas, sinceramente? Nada disso foi suficiente pra apagar o brilho que Knock Out tem, ele tem uma energia própria que faz você ficar grudada do começo ao fim.

Os protagonistas carregam a série com uma força que impressiona, é como se tudo girasse em torno deles, e, honestamente, sem a química absurda que rola entre os dois, simplesmente não funcionaria tão bem. A produção é super caprichada, a estética é visualmente linda, e o Muay Thai não está ali só como um cenário qualquer; ele é parte fundamental da alma da história, uma extensão das emoções e dos conflitos dos personagens. Cada soco, cada treino intenso, carrega um peso emocional que conecta diretamente com o que eles estão enfrentando na vida, fazendo a gente sentir, de verdade, o drama e a luta pessoal de cada um.

Resumo do meu surto: Knock Out foi uma das melhores surpresas de 2025 no BL. Se você gosta de química real, ação bem feita e uma trama que prende de verdade, vai fundo. Só vai preparada, porque a cada episódio você vai se pegar torcendo, suspirando e, de vez em quando, se perguntando como demorou tanto pra achar essa série.

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Completed
Pit Babe Season 2
8 people found this review helpful
Jul 29, 2025
13 of 13 episodes seen
Completed 0
Overall 8.0
Story 7.0
Acting/Cast 10
Music 7.0
Rewatch Value 7.0
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E lá vem textão... E alerta MUUUUITO spoiler...

Terminei Pit Babe 2 e olha… que farofada. Tô até agora digerindo o caos, os poderes, as corridas e o tanto de DR mal resolvida. A série é maluca? É. Tem furo de roteiro? De mais. Mas eu assisti tudo colada na tela porque, apesar de tudo, é viciante. E o coração dela ainda é o casal que dá nome ao rolê: Charlie e Babe.
Charlie e Babe continuam entregando tudo. O drama, o ciúme, as indiretas passivo-agressivas e o amor que, no fim, segura tudo mesmo quando o roteiro parece que foi escrito em cima de uma moto a 180km/h. Charlie tá ainda mais intenso, às vezes frio demais, cheio de segredos e Babe mais uma vez tentando entender o que tá acontecendo ao redor dele enquanto o mundo explode. O Babe merecia um abraço e uma terapia, mas pelo menos ele começa a se posicionar mais nessa temporada, o que me fez gostar ainda mais dele. E a química? Continua ótima. É aquele tipo de casal que briga, se afasta, faz as pazes e você fica presa querendo ver o que vai dar.

Alan e Jeff são meu segundo casal favorito, sem nem pensar. Eles são doces, têm uma vibe que acalma no meio do surto geral da série. O Jeff é todo contido, o Alan todo intenso, e juntos funcionam lindamente. Se tivesse mais espaço pra eles, eu nem reclamava, inclusive queria uma série só com os dois se descobrindo, brigando por bobagem e se abraçando na chuva. Eu posso sonhar?
Mas preciso dizer: a situação do Alan ter traído o pessoal me incomodou demais. E nem é pelo puro egoísmo do personagem, porque, sinceramente, isso dava pra trabalhar com mais camadas. O que pegou mesmo foi a cara de conveniência de roteiro. Aquilo ali foi jogado claramente só pra fazer a trama andar, gerar conflito e forçar uma confusão. Não teve construção, nem peso emocional o suficiente pro que aquilo significava entre eles. Foi tipo: "precisamos de drama aqui, então vamos fazer o Alan agir fora do personagem por um episódio". E isso quebra um pouco a conexão que a gente já tinha com ele. Ele merecia uma abordagem mais cuidadosa, não só um empurrão dramático artificial.

Agora, Tony voltando dos mortos… Senhor amado, eu fiquei igual ao Babe: sem entender absolutamente nada. Um minuto ele tá morto, no outro tá vivo, e ainda mais malvado, e criando novos super-humanos. Essa parte dos poderes ficou meio jogada, confusa, mas até que visualmente bonita, vai. Tem umas cenas que eu achei puro videoclipe, e não tô reclamando.
Mas vou ser sincera: achei uma forçação de barra absurda esse negócio dele ser imortal. Tipo… sério? O Tony simplesmente nasceu assim e pronto??? Cadê a explicação plausível? Qual é o nível de “normalidade” disso nesse universo? Porque a série nunca deixou claro se esse é um mundo onde pessoas com poderes surgem naturalmente ou se o Tony é uma entidade divina perdida num circuito de corrida tailandês. Ele é o único assim? Existe uma mitologia por trás? Ou ele só existe pra mover a trama como se fosse um chefe final de videogame? Faltou contexto. Faltou um “porquê” que fizesse sentido dentro da lógica da série. E aí o impacto da coisa toda fica mais visual do que emocional, bonito de ver, mas difícil de engolir.

Willy, o piloto novo, chegou do nada ganhando corrida e querendo pegar o Babe. Um pouco forçado? Talvez. Mas ele serviu pra botar fogo nas inseguranças do Charlie, e isso sempre gera conteúdo, porque quando o Charlie começa a surtar de ciúme, a gente sabe que o drama tá garantido. Só que, mesmo com esse potencial, o Willy ficou parecendo mais acessório de roteiro do que um personagem com real propósito. Ele apareceu muito, mas a profundidade dele ficou na superfície.
A explicação de como ele ganhou poderes então… totalmente rasa. A gente só vê o Willy apanhando numa briga de rua, quase morrendo e, do nada, acordando num laboratório estilo ficção científica de baixo orçamento, onde o Tony resolve fazer dele um ratinho de cobaia. E pronto. Não tem construção, não tem motivação, não tem uma linha de raciocínio que ligue ele ao Tony, como se o Tony tivesse uma bola de cristal e resolvesse salvar um aleatório da sarjeta pra transformar em super corredor.
Faltou mostrar por que o Tony escolheu o Willy, como ele o encontrou, se havia algo especial nele ou se era só conveniência de roteiro mesmo. Porque do jeito que foi apresentado, parecia mais uma desculpa pra criar tensão no triângulo amoroso e botar um corpo novo na pista, literalmente. O Willy poderia ter sido um personagem interessante, com um arco de redenção ou dilema moral, mas ficou nisso: o bonitão misterioso que corre bem, dá em cima do Babe e vira cobaia de vilão sem muito sentido.

Os outros casais, Kenta e Kim, Pete e Chris, Sonic e North, até tinham um chão bom pra crescer, mas a série passou o trator em cima.

Kenta e Kim tinham tudo pra ser um casal calmo, com desenvolvimento gradual, daqueles que vão construindo intimidade aos pouquinhos, no meio do caos. A vibe deles era bonitinha, quase terapêutica, sabe? O Kenta é todo contido, cheio de fantasmas do passado e traumas que claramente ainda o afetam. E o Kim apareceu como aquele tipo de pessoa que tem paciência, que sabe escutar, que poderia ser o porto seguro pra esse coração quebrado. Só que a série passou correndo por cima disso, literalmente. Eles apareciam em cena só o suficiente pra gente perceber que havia alguma coisa ali, mas não deu tempo de desenvolver nada. Não teve conversa profunda, nem um momento real de vulnerabilidade entre eles. Podiam ter explorado o Kenta tentando confiar de novo, baixar a guarda, e o Kim sendo o apoio silencioso, aquele tipo de parceiro que cuida e trata as feridas do passado. Tinha tanto potencial pra ser um casal sensível, que cresce na base do cuidado e do afeto, mas a série preferiu enfiar mais plot de laboratório do que mostrar o que realmente importa: sentimento. Uma pena, porque dava fácil pra ter feito a gente se apaixonar por eles.

Sonic e North também ficaram no quase. Eles têm aquela energia de "a gente tem história", tipo ex com ressentimento mal resolvido, e toda vez que se cruzavam dava pra sentir uma tensão que pedia mais tempo de tela. Esse é um casal que merecia destaque. A gente acompanha a amizade deles desde a primeira temporada, e sempre rolava aquele sentimento de que havia algo a mais ali, uma intensidade nas trocas de olhares, que nunca era totalmente explicada. Agora, com mais tempo juntos e maturidade, dava pra brincar com essas possibilidades, explorar o que aconteceu entre eles no passado, se foi amor, mágoa, orgulho ferido… mas deixaram de lado, infelizmente. A série tinha tudo pra transformar essa relação num reencontro potente, cheio de camadas, mas preferiu mergulhar no caos sobrenatural e deixar Sonic e North jogados no fundo da pista, como se fossem figurantes da própria história. Uma oportunidade desperdiçada de entregar drama de qualidade.

Chris e Pete: eu preciso respirar fundo pra falar. Porque, assim, o Chris entrou na série e meu cérebro bugou. Ele é muito parecido com o Way, aquele mesmo Way da primeira temporada, que morreu e deixou todo mundo devastado. Não só fisicamente, mas na aura, no olhar intenso, no jeito meio calado e cheio de mistério. Era como se o próprio Way tivesse voltado de outro plano, com outra identidade. Foi estranho no começo, confesso, mas depois virou interessante… e aí a série largou a história no meio do caminho. O choque maior veio quando descobrimos que o Chris, na real, é irmão gêmeo do Way. E mais: filho do Tony. Tipo… oi? Isso tinha um potencial absurdo. O que isso significa pro universo da série? O Tony já estava fazendo experimentos há décadas? O Chris foi criado separado, sabia quem era o pai dele? Ele conhecia o irmão gêmeo? Gente, isso daria um arco inteiro cheio de revelações, conflitos internos e reencontros emocionais. Mas a série simplesmente joga a informação no nosso colo e sai correndo. Nenhuma explicação mais profunda, nenhuma reação realista dos personagens. Só: “ah, ele é filho do vilão imortal e irmão do falecido, segue o baile”. Fiquei frustrada.
E o Pete… ai, o Pete merecia bem mais. Um personagem doce, que já vinha da primeira temporada carregando a dor da perda do Way, e agora se vê atraído por alguém que é literalmente igual ao amor que perdeu. Isso é drama puro! Só que entregaram tudo às pressas, só insinuações, olhares longos, umas cenas rápidas e pronto. Nem tempo pra gente mergulhar nesse mar de sentimentos confusos eles deram. A relação dos dois ficou no raso, nas migalhas. Uma pena, de verdade, porque o elenco segurava fácil esse peso todo. A química existia, o roteiro que faltou coragem (ou tempo de tela mesmo) pra ir mais fundo.

As corridas continuam boas, viu? A produção caprichou nas cenas, e eu gostei dos efeitos com os poderes. O roteiro, como sempre, é aquela mistura de BL, dorama sobrenatural e fanfic caótica escrita por uma adolescente de 15 anos no auge da inspiração. Tem umas cenas que não fazem sentido, uns cortes estranhos, personagem que some do nada e volta agindo como se nada tivesse acontecido. A série peca nos excessos. Tem personagem demais, subtrama demais, e tempo de menos pra desenvolver tudo com o cuidado que merecia. Treze episódios é muito pouco pra dar conta de uma história que mistura corridas, poderes sobrenaturais, romances entrelaçados, conspirações científicas, traições, supostas reencarnações e ainda tenta entregar momentos emocionantes com cada casal. É muita coisa pra pouco tempo de tela. O resultado? Vários personagens ótimos acabaram com arcos corridos, ou simplesmente largados no meio do caminho. Casais como Kenta e Kim, Sonic e North, Chris e Pete... todos tinham material de sobra pra ter uma série própria. E se tivessem, a gente assistiria com gosto. Porque o potencial tá ali. Tá nos olhares não ditos, nas dores mal resolvidas, nas tensões que a série planta e nunca colhe de verdade.

Pit Babe 2 não é perfeita, longe disso. Mas mesmo com seus furos, exageros e escolhas questionáveis, ela entrega emoção. Ela prende. Ela faz a gente rir, chorar, xingar a tela e suspirar por um casal específico (ou cinco). É uma bagunça? É. Mas é uma bagunça deliciosa. E se amanhã anunciar uma terceira temporada, com metade do elenco de volta, ainda mais poderes aleatórios e mais corridas… pode ter certeza que eu vou estar lá.

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Completed
TharnType Season 2: 7 Years of Love
8 people found this review helpful
Jul 12, 2025
12 of 12 episodes seen
Completed 0
Overall 6.0
Story 5.0
Acting/Cast 6.0
Music 6.0
Rewatch Value 2.0
This review may contain spoilers

Sete anos depois e ainda nenhum diálogo decente

E lá vamos nós de textão, não sou hater e nem quero irritar os fãs da série, mas eu preciso falar.

Voltar pra essa série tendo se passado sete anos na história foi tipo aquela curiosidade de dar uma espiada no perfil do ex pra ver se ele mudou… e, no fim, perceber que não mudou tanto assim. Tinha tudo pra mostrar um amadurecimento real dos personagens, mas a verdade é que, apesar do tempo ter passado, a sensação é de que a cabeça deles ficou presa lá nos tempos da faculdade.

Chato, chato, chato. História chata, diálogos chatos, desenvolvimento chato e decisões ainda mais chatas. Eles já estão juntos há anos, dividindo a vida, mas continuam tomando atitudes imaturas e evitando o básico: conversar. A falta de diálogo entre Tharn e Type chega a ser cansativa. Eles preferem explodir ou se afastar a simplesmente sentar e falar como dois adultos que se amam. É o tipo de coisa que a gente perdoa lá na primeira temporada, quando eles ainda estavam se descobrindo, mas agora? Só me fazia pensar: por que vocês ainda não aprenderam nada?

E não, ciúme descontrolado, chantagem emocional e possessividade não são bonitinhos. Não são "a personalidade deles". São atitudes que a série romantiza, mas que só mostram o quanto esse relacionamento ainda tem pontos problemáticos. O Type continua sendo aquele cara orgulhoso e reativo, e o Tharn, mesmo tentando ser mais racional, ainda acha que só amor resolve tudo, menos a parte de ter que se abrir e ouvir o outro.

O lado bom é que a série tenta trazer um tom mais leve, menos carregado do que a primeira temporada. Tem carinho, tem momentos doces, tem uma sensação de que eles realmente construíram algo. O problema é que isso se perde no meio da repetição de conflitos e num roteiro que parece rodar em círculos. Quando você acha que agora vai, que finalmente aprenderam, lá vem mais uma recaída. E isso cansa.

E aí tem os casais secundários… e, olha, pra quê? A sensação é que foram colocados ali só pra preencher tempo e tentar disfarçar a falta de enredo da trama principal. Doc e Champ passam a série inteira comendo e soltando insinuação, mas sem avançar um milímetro no relacionamento. Cirrus e Phugun... sinceramente, eles só estão ali existindo. Cirrus é um poço de ciúmes e o Phugun age como se tivesse cinco anos. E o casal Leo e Fiat? Eu tentei gostar, mas não deu. A infantilidade do Fiat me tirava do sério, e a completa incapacidade dos dois de se comunicar só deixava tudo mais arrastado.

O drama do hospital entre o Type e o chefe foi, sinceramente, o ponto alto da temporada. A tensão ali teve mais impacto que boa parte do romance todo, e me prendeu de verdade. Uma pena que isso não teve uma conclusão visível. A série simplesmente deixou o assunto no ar como se não tivesse acontecido nada de grave, e ficou por isso mesmo.

A trama principal até tem uns elementos interessantes, como o medo do Type de compromisso, os dilemas do trabalho e o stalker adolescente mimado (meio forçado, mas vá lá). Mas é muito pouco pra uma temporada inteira. E chega um momento em que você percebe: tá todo mundo correndo em círculos, e a história mesmo... tá parada.

Ainda assim, eu não odiei profundamente. O final entrega uma conclusão honesta e até necessária, dentro da proposta da série. Ver eles superando mais uma fase e tentando fazer dar certo aquece um pouco o coração, principalmente se você já acompanhava eles desde o começo.

Só não espere grandes mudanças, nem um romance maduro e bem resolvido. TharnType continua sendo TharnType: cheio de altos e baixos, teimosias e aquela pitada de caos emocional e pirraça que sempre fez parte do pacote. Se você já gostava deles, dá pra assistir e ter uns momentos bons. Mas se você chegou até aqui esperando evolução real... vai com paciência.

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Completed
TharnType
8 people found this review helpful
Jul 9, 2025
12 of 12 episodes seen
Completed 0
Overall 6.0
Story 5.0
Acting/Cast 6.0
Music 5.0
Rewatch Value 4.0
This review may contain spoilers

Definitivamente não é uma boa série para adentrar o mundo bl

TharnType foi um caos que eu vivi do início ao fim. Tem coisas que me prenderam? Sim. Mas, meu Deus, tem coisa ali que me tirou do sério. O começo do relacionamento dos dois é super problemático, nada bonitinho ou saudável. Não tem como romantizar o tanto de invasão de espaço, assedio escancarado, ciúme exagerado e possessividade gratuita que rola. E o pior: tudo isso tratado como se fosse uma grande prova de amor. Não é.

Outra coisa que me incomodou foi a total falta de comunicação entre eles. Era como se uma conversa simples e honesta fosse proibida nesse universo. Eles se gostavam, mas preferiam brigar, se evitar, agir com orgulho ou sair do quarto do que simplesmente sentar e falar. Dá agonia. E olha que eu entendo que o Type tem um histórico complicado, traumas sérios, e isso justifica muita coisa. Mas a série não dá conta de desenvolver isso com o cuidado que merecia, e em vez de tratar o assunto com profundidade, parece que empurra tudo pra debaixo do romance.

Mesmo assim, eu continuei. Porque, sim, tem carisma. O casal tem química, apesar do beijo deles não ser um dos melhores, o plot final prende e me surpreendeu de verdade, eu não esperava aquele caminho e até achei corajoso em parte. Mas, aí entra outro ponto... a execução. A cena em si não é nada magnífica, os momentos de silêncio são constrangedores, parece teatro mal ensaiado. Os “mocinhos” ficam lá parados, esperando o “vilão” terminar o monólogo pra então soltar alguma frase de efeito tentando dar lição de moral. É tão artificial que tira completamente o impacto da situação. Fica tudo no "quase".

E o episódio 11.5... olha, só me irritou. Como eu disse antes, eles tentam suavizar o que o garoto fez, jogando os traumas dele como muleta pra justificar tudo. Mas não é assim. O que ele fez foi crime. Ele devia ter sido denunciado e preso. Em vez disso, o que acontece? Ele se redime com meia dúzia de palavras e continua solto como se tudo tivesse sido resolvido, enquanto a vítima é quem tem que sair do país pra ter paz. Eu entendo que pra época isso talvez tenha passado batido, mas hoje, com o olhar mais crítico, é simplesmente absurdo suavizar crimes desse tipo só porque o agressor teve uma infância difícil. Trauma não pode ser escudo pra impunidade.

No fim das contas, não é um BL que eu amo, mas também não é um que eu descarto. É o tipo de história que vale ser vista, sim, até porque tem seu peso dentro do gênero. Mas assista com os dois pés no chão, porque não é conto de fadas. É briga, é tensão, é caos, é assuntos abordados superficialmente. E se você for como eu, vai terminar cheia de sentimentos misturados, querendo bater nos dois e ao mesmo tempo torcendo pra eles se resolverem logo… mesmo sabendo que talvez eles nem deviam ficar juntos assim desse jeito.

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Jul 2, 2025
12 of 12 episodes seen
Completed 0
Overall 8.0
Story 7.0
Acting/Cast 9.0
Music 7.0
Rewatch Value 8.0
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Se fosse só pelo final e pelas piadas, eu dropava… mas Joker não deixou <3

Eu entrei nessa série porque adoro BL com ação, e acabei ficando pelo drama, pela dor e, principalmente, pelo Joker. A luta dele pra ser aceito, pra ter espaço num mundo que só quer moldá-lo, me tocou. Foi impossível não me apegar. O Jack também tem seu peso na história, com dilemas fortes e uma trajetória difícil, mas foi o Joker que ficou comigo.

A série manda muito bem na ação, e nisso ela não decepciona nem por um segundo. As coreografias são incríveis, bem filmadas e muito bem executadas. Eu cheguei a achar que os atores eram lutadores na vida real, de tanto que mandaram bem. As cenas são intensas, bem dirigidas, e conseguem ser emocionantes mesmo nos momentos mais técnicos. A parte visual ajuda muito também, com um clima tenso e urbano que combina com o enredo, apesar de alguns efeitos especiais não serem tão bons assim.

Agora… se você tá procurando romance, talvez não seja aqui. A relação entre o Jack e o Joker é linda, cheia de nuances, cumplicidade e até desejo ali no meio, mas não chega a tocar como um romance de verdade. Falta desenvolvimento, falta profundidade emocional entre os dois. O carinho existe, a conexão existe, mas tudo é muito mais sugerido do que vivido. Então, se sua expectativa for o romance, pode bater uma frustração. Mas se o foco for ação e drama bem feitos, vai fundo sem medo. Nem mesmo os personagens secundários vivem um romance de fato visível, tudo é muito sugerido, tudo é muito "a gente namora tá, não esqueçam disso" e seguem agindo mais como amigos íntimos que como casal de fato.

Sobre o final, não foi exatamente satisfatório, não vou mentir. E não tô nem falando do Save ter... vocês sabem o quê. É mais esse clima de “todo mundo bonzinho” no fim, como se tudo tivesse se resolvido com um abraço e um laço de fita bonito por cima. Sabendo o tipo de mundo que eles vivem, comandado por ricaços, corrupção, violência e esquemas pesados, esse felizes para sempre não convence tanto assim. Mas mesmo assim, dentro da proposta da série, foi um final decente.

Agora, vamos falar de um ponto que me doeu fisicamente: as cenas “cômicas”. Gente… teve umas que eu precisei pular real. A vergonha alheia bateu com força. E o auge pra mim foi o Jack Cachorro. Aaaaaaaaaa. Que dor. Que dor. Parecia que eu tava assistindo outra série por alguns minutos. Essas tentativas forçadas de alívio cômico não funcionaram comigo, só quebravam o clima e me tiravam totalmente da imersão.

Mesmo com esses tropeços, Jack and Joker ainda entrou pros meus favoritos. Pela carga emocional, pelos personagens e pelas lutas incríveis. Não é perfeito, mas é marcante.

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Completed
The Eclipse
8 people found this review helpful
Jun 29, 2025
12 of 12 episodes seen
Completed 0
Overall 10
Story 9.5
Acting/Cast 10
Music 9.5
Rewatch Value 10

Forte, sensível e muito bem contado

Comecei a assistir achando que ia ser só mais um BL escolar com toque de mistério, mas aos poucos ele foi se revelando muito mais do que isso. A forma como a história é construída me prendeu de um jeito que nem percebi. Quando vi, já estava totalmente envolvida com aquele colégio cheio de regras absurdas, com os segredos, as dúvidas, os medos e tudo o que vai sendo jogado na nossa cara com uma delicadeza firme.

O que mais me marcou é como a série consegue passar uma mensagem importante sem ser óbvia. Fala sobre questionar o que nos foi imposto, sobre ter coragem de ser quem a gente é, mesmo quando tudo ao redor diz o contrário. E isso, pra mim, bateu fundo. Porque às vezes a gente esquece o quanto é importante olhar pro que nos incomoda, pro que nos oprime, e The Eclipse faz isso de forma sensível, mas firme. Tem gente que precisa ouvir isso. Tem gente que vai se ver ali, e talvez entenda coisas que não conseguia nomear antes.

E o melhor é que o romance entre o Akk e o Ayan não rouba a cena, ele soma. A história dos dois é construída no tempo certo, com cuidado, com camadas. Nada parece forçado, nada é jogado só pra agradar. E o mais bonito é ver como o sentimento deles cresce junto com o que eles estão descobrindo sobre si mesmos e sobre o mundo em que vivem. É tudo muito bem amarrado e sincero. Dá gosto de acompanhar. E foi bom ver um BL que não precisou apelar pro físico, nem deixar a trama de lado, pra focar só no casal. Aqui, tudo anda junto, e isso faz toda a diferença.

Claro que nem tudo é perfeito. Teve momentos em que senti o ritmo cair, alguns personagens que podiam ter sido mais bem aproveitados, e cenas que poderiam ter tido mais impacto emocional. Mas isso não apagou a força do que foi entregue. Pelo contrário. A série foi até o fim com coerência e com uma mensagem que ficou em mim depois dos créditos.

No fim das contas, The Eclipse não é só uma história sobre dois garotos se apaixonando. É uma história sobre coragem, liberdade e transformação. Me fez pensar, me fez sentir, e me deixou com vontade de que mais gente veja, especialmente quem precisa ouvir o que essa série tem pra dizer. Porque não é só bonito de assistir, é importante também.

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Completed
TharnType Season 2 Special: The Wedding Day
7 people found this review helpful
Jul 12, 2025
1 of 1 episodes seen
Completed 0
Overall 6.0
Story 5.0
Acting/Cast 6.0
Music 6.0
Rewatch Value 2.0

E casaram né...

Eu fui assistir esse episódio com o coração aberto, querendo ver um fechamento bonito depois de tanta enrolação. Afinal, Tharn e Type mereciam um final decente depois de tudo que passaram, né? Mas a real é que esse especial parece mais um grande presente de casamento pra fanbase do que algo realmente bem construído dentro da narrativa.

É fofo? É. Tem aquela vibe de final feliz, um monte de gente reunida, todo mundo com roupa bonita, e um clima de “olha como a gente superou tudo”. Mas é puramente fanservice. A trama praticamente não existe, os conflitos são rasos ou resolvidos com uma frase pronta, e o foco é só mostrar beijinho, carinho e declarações pra aquecer coração de fã. O que seria ótimo se os beijos deles fossem, sei lá, menos desconfortáveis de assistir. Eles se gostam, a gente sabe, mas parece sempre que estão com preguiça de encostar.

Sinceramente, esse episódio me deu aquela sensação de que eu tava assistindo um comercial de final de novela, onde só faltava a narração dizendo “e eles foram felizes para sempre…”. Legal? Sim. Memorável? Nem tanto.

Se você assistiu tudo até aqui e quer um encerramento visualmente bonito e simbólico, até vale dar o play. Mas se for esperando alguma profundidade ou uma cena marcante que feche a história com chave de ouro, vai sair meio decepcionada.

Eu gosto de ver final feliz. Só queria que esse tivesse vindo com mais verdade e menos roteiro de enfeite.

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Completed
TharnType Special: Our Final Love
7 people found this review helpful
Jul 10, 2025
1 of 1 episodes seen
Completed 0
Overall 6.0
Story 6.0
Acting/Cast 6.0
Music 6.0
Rewatch Value 4.0

Nem fede e nem cheira

O episódio especial vem como aquele respiro depois de uma temporada caótica, com os dois protagonistas finalmente num momento de paz. É gostoso de assistir, sim. Mas não dá pra fingir que esse episódio tem algum peso real dentro da história. É fanservice do início ao fim. Um monte de beijinho, cena fofa, música romântica e zero profundidade. Não tem conversa importante, não tem desenvolvimento emocional... só momentos empacotados pra agradar a fanbase. E pra piorar, os beijos, que aparecem o tempo todo como se fossem a cereja do bolo, continuam sendo meio duros.

Se fosse pra trazer um especial, bem que podiam ter usado pra mostrar algo mais íntimo de verdade, mais sincero. Tipo uma conversa sobre o que eles aprenderam, como lidam com o passado, ou até com os traumas que foram simplesmente deixados de lado. Mas não… preferiram jogar uma vibe de “tá tudo lindo agora” sem muita construção pra sustentar.

No fim, é um episódio que não acrescenta, mas também não machuca. Funciona como um agrado leve, e fecha a temporada com um sorrisinho no rosto, desde que você não pense demais sobre.

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Jul 3, 2025
1 of 1 episodes seen
Completed 0
Overall 6.0
Story 6.0
Acting/Cast 10
Music 6.0
Rewatch Value 2.0
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Só uma pergunta… Pra quê?

****ALERTA DE SPOILEEEEEEER****


Sinceramente, pra quê esse episódio especial? Eu terminei com uma cara de “ué” tão grande que só me restou rir de nervoso. Porque não tem outra explicação pra esse ep a não ser alguém querendo fazer fanservice sem rumo. Nada ali fez sentido. Não agregou em nada na trama principal, não deu resposta pra nenhuma das perguntas deixadas e ainda deixou mais perguntas em aberto. E ainda teve a audácia de misturar morte, luto patológico, casamento póstumo, e sei lá mais o quê como se a gente fosse engolir isso de boa.

Ver o Jack sofrendo um luto psicótico projetando presença do Joker só me dava vontade de esganar quem achou que essa era uma boa ideia. E não é nem por birra, é que me senti meio enganada mesmo. A série terminou com tanta coisa em aberto, e em vez de usar esse episódio pra aprofundar os romances que mal foram desenvolvidos ou dar alguma conclusão decente, jogaram uma maluquice aleatória e chamaram de “especial”.

A única coisa que me segurou minimamente foi o cliffhanger no final. Porque, sinceramente, se aquilo não for o prenúncio de uma segunda temporada, aí sim eu desisto. Mas tem que ser uma segunda temporada de respeito. Com no mínimo 12 episódios bem escritos, roteiro amarradinho, aprofundamento REAL entre os casais (chega de romance de fachada), e com todas as pontas soltas sendo tratadas com carinho.

Agora, se essa doideira for mesmo o final definitivo… só me resta lamentar. Porque eu amei tanto essa série, me apeguei aos personagens, principalmente ao Joker, e esse ep foi tipo levar um balde de água fria no meio do deserto escaldante. Tá perdoado? Só se vier continuação. Caso contrário… essa aqui vai pra lista dos traumas.

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