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  • Location: Em algum lugar perdido do Br
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  • Join Date: June 2, 2025

Cryssieee

Em algum lugar perdido do Br
Completed
Shine (Orchestric Ver.)
22 people found this review helpful
Sep 20, 2025
8 of 8 episodes seen
Completed 2
Overall 9.0
Story 10
Acting/Cast 10
Music 10
Rewatch Value 6.0
This review may contain spoilers

Shine mostra que o amor também pode ser uma prisão

Shine foi uma experiência bem diferente de tudo que eu já vi no BL tailandês. Eu já vou começar sincera: o primeiro episódio foi um suplício pra mim. Eu pausava, voltava, mexia no celular, ia beber água, tudo servia de desculpa pra não terminar. Quando finalmente acabei, a vontade de seguir pro segundo era quase nula. Mas, ainda bem, eu fui, porque dali em diante a série começou a mostrar pra que veio. Ainda não é aquele ritmo eletrizante que prende logo, mas dá uma engrenada boa e me fez continuar.

O que me pegou de verdade é que Shine não é uma história feita pra ser agradável. Não tem nada daquele BL açucarado, cheio de ceninhas fofas e momentos pra suspirar. Aqui é tudo cru, pesado e até doloroso de assistir. A série mergulha em um período sombrio da história da Tailândia, com militarismo, revolução, corrupção e repressão social. E, sinceramente, eu gostei porque a gente quase nunca tem acesso a essa perspectiva. Normalmente só consumimos o lado ocidental dessas épocas, e Shine abre um espaço pra enxergar as marcas que ficaram do outro lado do mundo. É denso, é cru, mas é necessário.

Os romances seguem essa mesma linha: nada de conto de fadas, é amor marcado por dor, obrigação, repressão e escolhas que cobram um preço caro. O coronel é talvez o personagem mais triste nesse aspecto. Ele consegue sair das amarras do exército, mas continua preso em outro tipo de cela: o casamento sem amor, mantido por convenções e preconceitos. É sufocante ver alguém que se liberta de uma corrente, mas permanece amarrado em outra, e isso, pra mim, foi uma das coisas mais fortes da série.

E aí tem o Trin e o Tanwa, que em teoria são o casal principal e até tiveram um final feliz daqueles que a gente gosta de ver, os dois juntos, envelhecendo lado a lado, sobrevivendo a todo aquele caos. Só que, sinceramente, por mais bonitos que fossem juntos e por mais química que rolasse entre eles, eu não senti tanto impacto. Pra mim, Shine acabou sendo muito mais sobre o coronel e o repórter do que sobre o casal principal. Era pra ser a história de Trin e Tanwa, mas quem carregou o peso emocional de verdade foram os outros dois. E isso não quer dizer que eu não tenha gostado deles, pelo contrário, foi bom ter uma fagulha de esperança no meio de tanto sofrimento, mas o protagonismo, pelo menos pra mim, escapou das mãos deles e se alojou firme no casal secundário.

E aí vêm os destinos de Victor e Veena, que são quase um soco no estômago. Os dois não mereciam o fim que tiveram, mas cada decisão deles pesou. Victor escolheu levantar a voz e acabou silenciado de forma brutal. Veena sendo envolvido com o exército e ainda por cima se apaixonou pela mulher do coronel, o que o colocou num beco sem saída sendo chantageado e traído. Shine deixa claro que toda escolha tem um preço, e, na maioria das vezes, ele é alto demais.

Agora, se for pra apontar problemas, Shine tem sim. Os episódios poderiam ser mais enxutos; algumas cenas parecem arrastadas e acabam cansando. Além disso, não é todo mundo que vai conseguir embarcar nesse tom pesado. Entendo quem desistiu logo no começo, a série não faz esforço nenhum pra “conquistar” o espectador, ela só joga a história nua e crua na sua cara e espera que você aguente.

No fim das contas, minha experiência com Shine foi de respeito e impacto mais do que de diversão. Não é a série que eu assistiria de novo numa maratona de conforto, mas é uma que vai ficar na cabeça e no coração por dias. Eu recomendo, sim, mas com a ressalva: vá sabendo que é pesado, que não vai ter final feliz pra todo mundo e que talvez você saia mais reflexivo do que satisfeito. O que mais me marcou foi justamente isso, cada personagem teve seu destino traçado pelas próprias escolhas, e Shine não romantizou nada, só mostrou as consequências. E, apesar de tudo, eu gostei de ter assistido.

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Completed
Kidnap
16 people found this review helpful
Aug 15, 2025
12 of 12 episodes seen
Completed 8
Overall 8.0
Story 8.0
Acting/Cast 9.0
Music 6.0
Rewatch Value 8.0
This review may contain spoilers

Quem diria, hein? Kidnap tem um relacionamento mais saudável que muita série fofa por ai

O negócio começa com o Min, que é ator e dublê, vivendo o caos: irmão doente, dívidas até o pescoço, e aí ele aceita a genial ideia de sequestrar um jovem milionário, o Q. Pois é, já começou errado. Só que tudo piora quando o chefe manda ele matar o menino… e o Min simplesmente não consegue. Em vez disso, esconde o Q em casa e finge que fez o serviço. A partir daí, é ladeira abaixo.

O que eu gostei é que Kidnap não tenta enfeitar crime. Tem dilema moral, culpa, sobrevivência, romance e suspense tudo junto. E sim, Min e Q têm química, daquelas que dá gosto de ver. Mas o que mais me ganhou foi ver o Q, mesmo machucado (e com um pezinho na síndrome de Estocolmo), se recuperando aos poucos, voltando pra terapia (ponto extra, porque BL mostrando terapia de verdade é quase um milagre) e o Min virando o porto seguro dele. Foi sincero, e isso me pegou.

Foi gostoso demais ver um romance saudável se desenvolver, mesmo tendo começado de um jeito bem torto. Não teve aquela romantização absurda do crime ou do trauma, e sim um crescimento gradual, com respeito e cuidado real entre eles. A relação foi sendo construída com confiança, apoio e afeto genuíno, e isso fez toda diferença pra que eu me importasse com o casal até o fim.

Agora… não é perfeição não, viu? Essa ideia de uma quadrilha dar uma missão dessas pra alguém tão inexperiente quanto o Min é meio “ahn?”. Fora umas escolhas de trilha sonora que me tiraram da cena na hora, parecia que eu tava vendo outra coisa. E teve umas decisões de roteiro que me fizeram revirar os olhos, mas ok, segui.

Visualmente, é mais bem produzida que muito BL por aí. E o romance aqui não é jogado no colo da gente, tipo “amor à primeira respirada”. É algo que cresce na marra, com peso dramático, com trauma junto. O Q passa um sufoco real, e a série mostra isso sem apagar tudo com aquele famoso “o amor cura tudo” que a gente já conhece e detesta.

Eu vi gente elogiando a química natural, aquele clima que vem de olhares e tensão real, e também o cuidado com o trauma do Q. Mas também teve quem detestou e achou tudo raso, mal dirigido e com personagens de uma camada só. Ou seja: não é unanimidade.

No fim, Kidnap me pegou justamente por ser confuso, moralmente torto e, ainda assim, ter uns momentos de verdade que te acertam no peito. Não é pra ver esperando fofura, mas se você curte personagens quebrados tentando se encontrar no meio do caos, essa série entrega justamente isso.

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Completed
To Sir, with Love
15 people found this review helpful
Sep 29, 2025
17 of 17 episodes seen
Completed 0
Overall 10
Story 10
Acting/Cast 10
Music 10
Rewatch Value 10
This review may contain spoilers

Drama político, Sofrimento e amor: tudo na medida certa

Khun Chaai foi uma surpresa que eu não esperava que me pegasse tão forte. Sabe quando a série não precisa de beijo, não precisa de cena quente, e mesmo assim consegue entregar muito mais do que um monte de BL que só sabe se apoiar em namoro possessivo e sexo vazio? Pois é, aqui a coisa é diferente. A trama é coesa, bem amarrada, não fica largando ponta solta, e isso já é um alívio imenso. Eu senti raiva, senti satisfação, senti um ataque de ansiedade real (sem meme, precisei parar e tomar meu remédio porque tava pesado demais) e, no fim, acabei sorrindo, chorando e me envolvendo de um jeito que fazia tempo que não acontecia.

O casal principal tem uma dinâmica muito mais profunda do que só romance. Não é só sobre estar junto, mas sobre se completar dentro de um universo cheio de conflitos e escolhas difíceis. E os casais secundários também não ficam atrás, cada um traz um tempero próprio, dá aquela sensação de que todo mundo importa na trama, não é só enfeite.
Tian e Jiu, por exemplo, mexeram comigo de um jeito especial. O sofrimento do Tian é sufocante, não ser aceito, ter que se esconder, se perder num looping de mentiras que vão drenando ele pouco a pouco, foi pesado de acompanhar. E aí chega o Jiu, quase como uma fresta de luz numa vida tão cinzenta, trazendo esperança, mas também dor. Porque ver Tian se agarrando a isso, tentando respirar em meio ao sufoco, foi lindo e dolorosamente triste ao mesmo tempo. Eles entregaram uma relação que não é só romancezinho doce, é aquela que te esmaga e te faz refletir.

E não tem como falar de Khun Chaai sem mencionar o Yang. Eu simplesmente me apaixonei por esse personagem, porque o companheirismo e o amor dele pelo irmão são de uma delicadeza rara. Ele não é aquele tipo de personagem que precisa gritar aos quatro ventos o quanto se importa, ele mostra em gestos, em cuidados, em como sempre tá ali pra segurar o Tian quando o peso parece insuportável. É bonito de ver, dá vontade de proteger os dois juntos. E aí vem a relação dele com a Phin, que é outro show à parte. Esses dois têm uma química divertida, leve, cheia de troca genuína de afeto. Eles não precisam de nada grandioso pra serem fofos, só o jeito natural de se cutucarem e se apoiarem já deixa tudo mais cativante. Yang e Phin são aquele casal que você quer guardar num potinho, porque entre tanto drama e tensão, eles trazem a dose necessária carinho.

E, olha, eu preciso bater palmas para o protagonismo feminino aqui. As mulheres vilãs foram um show à parte. Eu senti ódio real delas, aquele ódio gostoso que só vem quando a atuação é foda mesmo. E acompanhar a transição delas, indo de vilãs odiáveis para parceiras críveis, foi uma das coisas mais bem construídas que eu já vi. Nada forçado, nada abrupto, tudo feito com o cuidado que a história merecia. A-Li e A-Chan são o coração desse núcleo feminino poderoso, e foi fascinante acompanhar até onde uma mãe pode ir para proteger ou elevar o nome de seu filho. Ambas movidas por ambição e desespero, jogando sujo, sem se importar com o rastro de dor que deixavam. E aí vem a ruína, aquele momento em que as consequências finalmente batem na porta, e a queda delas é tão intensa quanto a subida foi arrogante. Ver essas duas mulheres, que no início eu queria esganar, ganhando camadas de vulnerabilidade e até um certo respeito no fim, foi simplesmente brilhante. Elas não foram escritas como caricaturas de vilãs, mas como mulheres complexas, falhas e humanas, que erraram feio e pagaram por isso.

Os pontos negativos até existem, mas honestamente? Eu não quero nem gastar tempo com eles, porque essa série é tão bem dirigida, tão bem feita, que dá gosto de assistir. Eles criaram um universo fascinante, cheio de detalhes que te puxam pra dentro, e eu só consegui sair quando acabou. E quando acabou, eu fiquei com aquele sentimento raro de satisfação plena, de que valeu cada minuto. Não foi aquela experiência que você termina e já esquece no dia seguinte, não. Khun Chaai ficou comigo, martelando na cabeça, revisitando cenas e diálogos, e até cutucando meus sentimentos dias depois. E olha que fazia tempo que uma série não me deixava assim, envolvida a ponto de me fazer parar pra respirar, rir, chorar e até xingar a TV. Puta merda, que série boa. Recomendar essa série não é nem questão de gosto, é quase um serviço público, porque todo mundo que gosta de um bom drama, bem escrito e intenso, merece sentir essa montanha-russa de emoções. E sim, sou exagerada nos elogios e não tenho nenhuma vergonha disso. Vão assistir Khun Chaai agora!

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Completed
My Magic Prophecy
20 people found this review helpful
Sep 28, 2025
10 of 10 episodes seen
Completed 0
Overall 9.0
Story 9.0
Acting/Cast 10
Music 9.0
Rewatch Value 9.0
This review may contain spoilers

JimmySea nunca falha! Falei, tô leve :)

Eu já começo dizendo que sou totalmente suspeita pra falar de My Magic Prophecy, porque JimmySea pra mim é tipo uma garantia de entrega, eu entro já sabendo que vou sofrer, sorrir e ficar pensando neles depois. Depois de Last Twilight, que eu guardo no peito como uma das minhas experiências favoritas no BL, eu tinha medo de me decepcionar. Mas não rolou. Muito pelo contrário, eu terminei essa série com a sensação de que eles conseguiram de novo: química no ponto, história envolvente e aquele cuidado nos detalhes que faz diferença.

A proposta da série já é curiosa: mistura romance com essa pegada sobrenatural, profecia, destino, magia, mas de um jeito que não parece forçado. Claro que, em alguns momentos, a explicação sobre a “profecia” podia ter sido mais clara (tem cenas que você aceita só porque sim, e pronto), mas a conexão entre os personagens é tão forte que dá pra relevar. O casal principal carrega a trama com facilidade, e Jimmy e Sea entregam tanto nos momentos fofos quanto nos mais intensos, daqueles que você prende a respiração sem nem perceber. O contraste entre o jeito mais racional e fechado de um e a energia mais aberta e emocional do outro deixa tudo mais equilibrado, e a relação deles vai crescendo de forma que deixa a gente sorrindo feito boba.

O Thap tem esse ar de força e razão, muito pé no chão sempre tentando carregar todo o peso nos ombros sozinho, enquanto o In traz a luz, a sensibilidade e um calor humano que quebra as defesas dele aos poucos. O legal é que eles não são só um casal bonitinho, eles se completam de verdade, como se um existisse para lembrar o outro de que é possível viver além das visões que podem mostrar um futuro amedrontador. É nesse equilíbrio entre intensidade e delicadeza que o relacionamento deles nos conquista, porque não se resume apenas a romance, é parceria, cuidado e, em muitos momentos, salvação.

E aí entra uma das minhas maiores reações assistindo: as cenas claramente improvisadas. Eu amo quando dá pra sentir que os atores estão tão confortáveis um com o outro que deixam a naturalidade guiar. A cena em que o In está sentado na cadeira e o Thap simplesmente resolve sentar no colo dele foi o auge do meu surto. Saber que aquilo foi improvisado me fez gritar mais ainda, porque é nesses detalhes que JimmySea entregam uma intimidade absurda. Não parece ensaiado, parece real, como se a câmera tivesse capturado um momento deles fora de personagem. E eu amo tanto JimmySea, véi, que nessas horas eu só consigo agradecer por eles existirem.

Outro ponto que me prendeu foi o First como vilão, porque olha… o Karn conseguiu me tirar do sério várias vezes com aquela patetice dele. Eu queria entrar na tela e sacudir o personagem, de tanta raiva que passei, mas aí entra o mérito: eu só senti tudo isso porque o First entregou lindamente. Ele conseguiu dar ao Karn uma mistura de arrogância, burrice estratégica e aquela cara de “eu me acho muito esperto” que irrita na medida certa. Eu me peguei várias vezes aplaudindo mentalmente a atuação mesmo enquanto xingava o Karn em voz alta. É aquele tipo de vilão que dá gosto de odiar, e eu vou adorar ver mais desse lado vilanesco no futuro, porque ficou claro que o First tem talento de sobra pra explorar esse caminho.

Um ponto que talvez pese pra algumas pessoas são os episódios um pouco longos, tem cenas que se estendem mais do que deveriam, especialmente quando a trama já deixou claro o que queria mostrar. Mas, por incrível que pareça, mesmo nesses momentos, os atores seguram bem, e eu não fiquei entediada. Só acho que um corte aqui e ali deixaria a narrativa mais enxuta.

No fim, My Magic Prophecy me deixou com o coração cheio de amor. Eu recomendo sem pensar duas vezes, principalmente se você, como eu, já tem um carinho enorme por JimmySea. É uma série que consegue equilibrar romance, drama e fantasia de um jeito gostoso de acompanhar, sem virar uma bagunça de elementos jogados. O que mais me marcou foi ver, mais uma vez, a entrega deles em cada cena, não importa se era uma conversa simples ou um momento cheio de tensão, eles estavam lá, inteiramente entregues. Então sim, pode assistir tranquilo: vai ter magia, vai ter emoção e vai ter aquele tipo de química fofa que JimmySea sabe entregar muito bem.

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Completed
Top Form
13 people found this review helpful
Jun 11, 2025
11 of 11 episodes seen
Completed 0
Overall 9.0
Story 8.0
Acting/Cast 10
Music 8.0
Rewatch Value 10
This review may contain spoilers

Clichê bem feito, química absurda e cenas marcantes

Confesso: entrei em Top Form sem grandes expectativas. A premissa do veterano carismático ameaçado pelo novato promissor já foi usada até demais no mundo dos BLs, e eu achei que seria mais uma daquelas histórias recicladas com um casal bonitinho e cenas mornas. Mas, felizmente, eu estava errada. A série realmente faz jus ao burburinho que tem causado, e em vários momentos, entrega até mais do que promete.

Desde os primeiros episódios, fica claro que a química entre Jin e Akin não é brincadeira. A tensão entre eles é elétrica, o tipo de coisa que não se ensaia, acontece. A forma como os dois personagens se provocam, se medem e se desafiam acaba sendo muito mais envolvente do que qualquer enredo mirabolante. E quando a rivalidade começa a se desfazer e dá espaço a uma relação mais intensa (e sim, bem mais física), a série acerta de novo: a transição é natural, e você acredita em cada passo, cada toque, cada olhar demorado.

Agora, preciso falar da cena do mel. Sim, aquela cena!!! Já vi muita coisa em BL, cenas quentes, forçadas, lindas, embaraçosas, mas essa foi uma das mais bem executadas que vi nos últimos tempos. Ela é ousada sem ser vulgar, sensual sem cair no exagero, e ainda serve de virada narrativa. Depois dela, a dinâmica entre os dois muda completamente. O clima fica mais íntimo, mais cru, mais honesto. E o mérito não é só do roteiro, mas também da direção, que soube filmar desejo com elegância, e dos atores, que entregaram tudo ali.

Mas nem tudo são flores. Alguns diálogos soam ensaiados demais, especialmente quando tentam explorar os bastidores da indústria do entretenimento, há momentos em que parece que os personagens estão lendo um release institucional. Além disso, os coadjuvantes são, na maior parte do tempo, decorativos. Dava pra dar mais profundidade àqueles que orbitam o casal principal, mas a série prefere focar exclusivamente nos dois protagonistas, o que não é exatamente um problema, mas deixa o universo da história um pouco vazio.

Mesmo assim, Top Form não decepciona. É o tipo de BL que sabe o que está entregando: tensão, romance, desejo e dois protagonistas com tanta química que até as brigas têm carga erótica. A série não reinventa nada, mas executa tudo com segurança e estilo. E olha, se vier uma segunda temporada e com mais cenas como a do mel, já pode colocar no topo da minha lista.

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Completed
Khemjira
27 people found this review helpful
Oct 25, 2025
12 of 12 episodes seen
Completed 35
Overall 10
Story 10
Acting/Cast 10
Music 10
Rewatch Value 10
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Definitivamente uma das melhores do ano

Tá, vamos conversar sobre Khemjira, porque eu ainda tô digerindo o quanto essa série me deixou encantada e, ao mesmo tempo, revoltada com certas coisas. Antes de qualquer coisa: que produção linda. A fotografia é de cair o queixo, cada cena parece uma pintura. As locações são um absurdo de bonitas, e a trilha sonora… meu Deus, a trilha sonora. Ela entra no momento certo, envolve, arrepia, faz tudo parecer mais intenso do que já é. Khemjira é aquele tipo de série que te conquista primeiro pelos olhos e depois te prende com uma história bem contada.

Os atores, aliás, merecem todos os aplausos possíveis. Cada um deles conseguiu dar vida a personagens que, facilmente, podiam ter sido rasos e superficiais, mas não foram. O Khem, por exemplo. Na novel, ele é aquele tipo de protagonista que me irrita profundamente: passivo, dependente, cheio de “aiiin, como sou baixinhaaam”. Eu tenho alergia a isso. Mas o Namping fez mágica. Ele conseguiu dar um novo tom pro Khem, mantendo o “bom moço”, mas sem deixá-lo tão insuportável. Ficou cativante, humano, leve. É raro eu mudar de opinião sobre um personagem assim, e olha… Namping me ganhou.

Agora, o Pharan. Ai, o Pharan. Um homem delicioso, mas que também me tirou do sério. Eu sei, ele é um gostoso, tem aquele charme impossível de ignorar, mas vamos combinar que ele foi bem ridículo com o Khem em vários momentos. Tadinho do menino, eu só queria abraçar e colocar num potinho. Mesmo assim, não consigo julgar tanto quando ele se recusa a ajudar com a maldição, porque, sendo sincera, qualquer pessoa normal teria feito o mesmo. Ninguém em sã consciência se mete com uma maldição por alguém que acabou de conhecer. Mas poxa, não custava ser gentil um pouquinho, né?

E aí vem o Jet, meu amorzinho, meu tesouro, o verdadeiro raio de sol dessa história. Ele ganhou cada pedacinho do meu coração. Que personagem precioso, divertido, amoroso, aquele amigo que você agradece por existir. O Khem já teria ido de vala a muito tempo sem ele, disso eu tenho certeza. O Jet é o alívio cômico, mas também o alicerce emocional da série, e o First encaixou como uma luva nesse papel. Eu tô genuinamente encantada.

E falando em encanto: o Chan. Um neném que só quer ser notado pelo crush. As cenas dele com o Jet são uma fofura que me derrete inteira. Eles têm essa vibe de primeiro amor, de nervosismo bonitinho e olhares tímidos. É aquele tipo de casal que te faz sorrir sem perceber.

Agora, preciso falar de algo que me deixou bem irritada: os pais do Khem. Sério, que desastre de responsabilidade. O menino vive cercado por espíritos e maldições e ninguém achou uma boa ideia ensinar o garoto a se proteger? Nenhuma aula de defesa espiritual, nada de templo, nada de magia de proteção, nada! E ainda o pai some pra se ordenar monge depois da morte da mãe, deixando o filho completamente sozinho e desprotegido. Como é que isso faz sentido? Isso é negligência parental com todas as letras. Eu passei boa parte da série pensando: “como esse menino ainda tá vivo?”.

E por último, mas definitivamente não menos importante: Ramphueng. Que personagem fascinante. Ela começa como uma figura quase etérea e vai se tornando cada vez mais sombria, mais poderosa, mais intensa. A transformação dela é uma das coisas mais bem feitas da série. E a atriz… perfeita. Eu chorei com ela, senti raiva dela, e mesmo odiando, não consegui deixar de entender. Ramphueng é complexa, trágica e linda em sua própria destruição. Ela teve um final digno, porque apesar de todos os males que ela causou, ela ainda era só uma mãe destruída pela perda do filho. Depois do Jet, ela é facilmente meu personagem favorito.

No fim, Khemjira pode ser considerado uma das melhores do ano. É uma obra-prima, bonita, história redondinha e bem contada, emocionante e cheia de nuances. E se você ainda não viu… bom, prepare-se pra sofrer, rir, e se apaixonar um pouquinho por cada um deles. Eu já tô aqui, querendo rever só pra sentir tudo de novo.

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Completed
Love in the Moonlight
18 people found this review helpful
Oct 26, 2025
12 of 12 episodes seen
Completed 0
Overall 10
Story 10
Acting/Cast 10
Music 10
Rewatch Value 10
This review may contain spoilers

Simplesmente linda...

Que série linda, triste, dolorosa. Eu literalmente acabei uma caixinha de lenço de tanto que chorei assistindo Love in the Moonlight. Já devia imaginar que ia doer assim, né? Eu sou fã de Khun chaai, aquela belezinha de 2022 que já me destruiu uma vez, e o tema é praticamente o mesmo: época, famílias tradicionais, negócios de família, casamentos arranjados e o peso de uma homossexualidade vista como uma vergonha, uma mancha no nome da família. Eu sofri tanto com Khun chaai que achei que já estava emocionalmente vacinada. Que ilusão. Sofri tudo de novo aqui. A diferença é que, dessa vez, ninguém se transforma num pé de cogumelo gigante. Mas fora isso, é a mesma intensidade: linda, dolorosa, sofrida. E eu tô até agora digerindo o que foi que eu assisti.

Eu até tentei procurar defeitos, mas sinceramente, é o tipo de série tão profunda que qualquer problema vira detalhe. Ela te acerta direto no peito, e quando uma história te faz sentir tanto assim, não dá pra ficar caçando falha. É muito maior do que isso. Se você gostou dessa, faz um favor pra você mesma e assista Khun chaai também. As duas estão no meu top de favoritas, e no meu top de traumas emocionais também.

Falando nos personagens... preciso começar pela Pin. Que mulher, viu? Eu comecei achando ela um amorzinho, mas aos poucos percebi o quanto ela podia ser mesquinha, egoísta, dissimulada. E aí nasce aquele ranço gostoso, aquele ódio bem justificado, porque ela atrapalha o casal por puro egoísmo. No fim, ela se redime, e o mais impressionante é que essa redenção funciona. Não parece forçada. Ela é uma personagem cheia de nuances, que a gente ama e odeia em ciclos. Que personagem bem escrita.

Agora, os protagonistas… meu Deus, que atuação. Eu tô apaixonada. Você sente a dor deles, a separação, o peso da repressão. Eu chorei com eles, de tristeza, de alegria, de tudo. Essa série me fez sentir em profundidade a dor de não poder amar livremente. E é quase cruel o tanto que ela desperta gatilhos. Porque fala dessa dor de não ser aceito do jeito que você é, e isso mexe num lugar muito sensível. Mas, ao mesmo tempo, ela é tão bela, tão encantadora, que a dor vem embrulhada em poesia.

Preciso também comentar sobre o Inthra e a esposa dele. Ridículos. Eu detesto esse casal com todas as forças, mas confesso que ri demais com eles. E a cena final… dela matando o pai da Pin? Eu gargalhei. Era pra ser um momento tenso, dramático, mas eu ri de satisfação. Que delícia ver aquele homem sendo esfaqueado. Eu até me assustei comigo mesma por rir, mas foi libertador.

E por fim, a vovó. Aquele tipo de personagem que entra em cena e muda tudo. Ela tinha tudo pra ser a mais mente fechada da história, mas foi a mais lúcida. Foi sincera, acolhedora, e fez o filho aceitar o neto como ele é. Ela disse as coisas que muita gente precisava ouvir, mas, claro, as pessoas certas nunca escutam. E é aí que a série machuca mais: porque mesmo sendo de época, soa muito atual. O preconceito, o medo, a vergonha… tudo ainda tá por aí a solta, disfarçado.

Love in the Moonlight é linda, e é cruel. Faz a gente sofrer, mas também faz pensar. É daquelas que acabam e você fica ali, com o coração pesado e um nó na garganta, mas grato por ter assistido. Porque mesmo na dor, ela é uma das coisas mais bonitas que já vi.

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Completed
The Sign
12 people found this review helpful
Sep 4, 2025
12 of 12 episodes seen
Completed 0
Overall 8.0
Story 8.0
Acting/Cast 8.0
Music 6.0
Rewatch Value 8.0
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Muito viciante

Aqui é cheio de tudo, mistério, investigação policial, mitologia, poderes sobrenaturais e, claro, romance. É uma salada que, dependendo de quem olha, pode parecer confusa, mas pra mim foi justamente esse caos que deixou tudo mais divertido. Não é todo dia que você vê uma trama que mistura deuses, destino e policiais tentando equilibrar o coração e a profissão.

O casal principal, Tharn e Phaya, segura a barra direitinho. Eles têm aquela dinâmica de “um acredita, o outro duvida” que rende discussões deliciosas, mas também uma cumplicidade que cresce episódio a episódio. É um romance que não se apressa, que vai construindo no meio de tanta confusão e que, quando engrena, entrega emoção de verdade. O Phaya com seu jeito mais cético e o Tharn com sua fé inabalável formam um contraste ótimo, e juntos conseguem dar o tom certo pra história, entre drama e ternura.

Já os casais secundários tem momentos em que eles roubam a cena, principalmente quando a trama principal fica pesada demais, mas também sofrem daquele velho problema: tempo de tela desequilibrado. Você fica querendo ver mais de certos pares e menos de outros, mas no fim dá pra se apegar a cada um de jeitos diferentes.

Agora, nem tudo são flores. Os episódios são longos, e às vezes a trama se enrola tanto nos mistérios e explicações sobrenaturais que a gente quase esquece do romance. Fora alguns personagens que parecem existir só pra confundir ou lotar a tela sem necessidade. É aquele tipo de série que pede paciência, porque o roteiro gosta de segurar revelações por mais tempo do que precisava.

Uma coisa que me incomodou bastante foi a parte das cenas de ação. A coreografia das lutas até que tem seus momentos bons, com alguns embates bem ensaiados, mas em outros fica aquela sensação de “ensaio de teatro escolar”, muito braço levantado, muita pose, e pouco impacto real. E as cenas de tiro então… essas me deixaram frustrada de verdade. Tinha hora que parecia videogame mal renderizado: personagem atirando mil vezes e não acertando ninguém, pistola disparando sem recuo, sem fumaça, sem faísca, só aquele barulhinho de pew pew saindo do nada. É difícil manter a imersão quando você vê uma arma disparar sem nenhum sinal físico de que saiu uma bala dali. Acaba tirando o peso de situações que deveriam ser tensas e emocionantes.

E já que falei de videogame mal renderizado, não tem como não comentar do CGI. Ele não chega a ser horrível, não é daqueles que dão vergonha alheia imediata, mas também passa longe de ser convincente. É aquele meio-termo estranho: você olha e pensa “ok, entendi o que quiseram fazer”, mas a execução não te compra de verdade. As cenas com efeitos especiais até ajudam a criar a atmosfera mística da trama, mas falta credibilidade. Parece tudo muito limpo, muito artificial, e acaba não transmitindo a grandiosidade que a história pede. É como se o CGI cumprisse o papel de ilustrar, mas nunca de fazer você acreditar que aquilo realmente está acontecendo.

E o final… ah, o final. Foi aquele tipo de desfecho que a gente assiste com a sobrancelha levantada, sabe? O Dr. passou a série inteira obcecado, perseguindo o Tharn, querendo acabar com o Phaya a qualquer custo, e aí de repente resolve simplesmente soltar o Tharn e deixá-lo viver feliz ao lado do namorado. Conveniente demais, quase preguiçoso. Depois de tanto drama e perseguição, a resolução pareceu apressada, como se quisessem encerrar tudo rápido pra caber no episódio. Faltou coerência, faltou consequência, e eu fiquei com aquela sensação de “ué, foi só isso?”.

Mesmo assim teve momentos em que eu fiquei grudada na tela tentando entender o próximo passo do destino dos personagens, outros em que suspirei com o casal principal, e alguns em que pensei “ok, isso aqui tá viajando demais, mas eu vou junto”. Recomendo? Sim, principalmente se você gosta de BLs que saem do básico e não têm medo de arriscar no sobrenatural. O que mais me marcou foi justamente isso: o jeito corajoso de misturar romance com fantasia e investigação, criando uma história que, mesmo com tropeços, conseguiu ser única.

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Completed
The Next Prince
12 people found this review helpful
Aug 4, 2025
14 of 14 episodes seen
Completed 0
Overall 7.5
Story 6.0
Acting/Cast 7.0
Music 7.0
Rewatch Value 6.0
This review may contain spoilers

E lá vamos nós de decepção embalado com um laço bonito

Preciso comentar sobre The Next Prince, porque essa série me deixou num estado meio dividido, entre a frustração com algumas escolhas de roteiro e um carinho sincero por tudo que consegue funcionar bem ali, principalmente o casal principal.

A premissa é boa, dá pra ver que tem ambição ali: uma mistura de intriga palaciana, identidade perdida e romance. O problema é que às vezes a execução não acompanha a proposta. O ritmo no começo é bem arrastado, com muitos personagens e regras de corte sendo jogados de uma vez só. Tem momentos em que parece que a série está mais preocupada em parecer grandiosa do que em contar a história de forma fluida. E tem umas soluções de roteiro que soam fáceis demais, tipo a cena do teste de DNA. A revelação do pai biológico vem com um “99,99% de certeza” como se isso bastasse, sem laudo, sem contexto, só jogado mesmo. Faltou cuidado em parece coeso.

Apesar disso, o que realmente segura a série, e pra mim o que vale o investimento, é a relação entre o Khanin e o Charan. Não é aquele romance pronto, forçado pra agradar público. Eles têm atrito, desconfiança, raiva, e aos poucos vão se construindo um no outro. A química entre os dois é visível, mas não do tipo exagerada. O Charan é todo rígido, mas você percebe a mudança dele nos pequenos gestos, nos olhares, no cuidado com que passa a tratar o Khanin. Já o Khanin, mesmo confuso e ferido, vai criando coragem pra se posicionar, inclusive emocionalmente. E a atuação do NuNew aqui ta até que boa apesar de não ter tido tanta evolução aparente desde Cutie Pie.

Visualmente, a produção é bonita. Figurinos bem trabalhados, trilha sonora grandiosa, cenário de palácio que convence. Mas confesso que em alguns momentos parece que o visual quer compensar a falta de substância em certos diálogos ou cenas de transição.

Os personagens secundários, no geral, acabam sendo o ponto fraco da série. Alguns parecem jogados só pra cumprir função de encher trama ou criar conflito forçado. Um exemplo é o príncipe Ramil, que passa boa parte do tempo antagonizando o Khanin sem muita justificativa além de ciúme e ranço genérico. E isso é especialmente frustrante porque o ator é bom, tem presença, e o par romântico dele até funciona muito bem, o problema é que deram um papel raso demais pra alguém que podia entregar muito mais. Parece que ele foi escrito só pra cumprir a cota de rival, o que empobrece o núcleo secundário e desperdiça potencial.

Outro ponto que me incomodou foi a relação do Khanin com o pai biológico. A revelação já é feita de forma apressada, como comentei, mas o mais esquisito é o tom completamente frio com que o pai reage a tudo. É quase robótico. Em nenhum momento parece que ele tem algum vínculo real com o filho. Zero emoção, zero tentativa de aproximação. E ok, ele pode ser um cara duro, mas mesmo dentro desse perfil dava pra transmitir alguma coisa. Do jeito que foi, soou vazio mesmo. Não convenceu.

No fim das contas, o que me prendeu foi o desenvolvimento do vínculo entre os protagonistas. Não é rápido nem fácil, mas é construído com coerência emocional. Eles têm conflitos, não estão sempre na mesma página, e isso deixa um pouco mais interessante.

E, olha… o torneio de arco e flecha? Eu juro que por um momento achei que a Katniss Everdeen ia sair do meio da floresta. A estética é totalmente Jogos Vorazes, desde o cenário até a música de tensão. Não que seja mal feito, visualmente funciona, mas é tão estilizado que quase perde o propósito dentro da trama. Fica parecendo mais um clipe conceitual do que parte de uma disputa política real. Nessas horas, a série parece querer impressionar mais pelo visual do que pelo conteúdo em si.

E por fim, não tem como deixar de comentar a parte dos protestos e da questão ambiental envolvendo as minas. A série constrói esse conflito como se fosse algo central, com manifestantes, ameaças, chantagens políticas, até cenas de confronto, e realmente parece que aquilo vai ser um dos grandes motores da trama. Aí quando chega perto do final, tudo é resolvido de forma rasa, como se fosse só um obstáculo de roteiro pra mover o príncipe de um lugar ao outro.

É decepcionante porque, até ali, parecia que a série queria levantar discussões maiores: sobre justiça, responsabilidade do Estado, sobre escutar o povo. Mas na hora de concluir, joga uma solução qualquer e finge que está tudo bem. As consequências somem, ninguém fala mais sobre os impactos, sobre as mortes ou os abusos de poder. Fica parecendo que usaram o tema só pra dar um verniz de “profundidade” à história, sem se comprometer de verdade. E aí enfraquece não só a mensagem, mas também o próprio arco do Khanin como futuro líder. Faltou coragem pra levar essa parte até o fim com consistência.

Por fim, The Next Prince definitivamente não é uma série perfeita, longe disso. Tem tropeços no roteiro, exageros no tom, muitas partes caricatas, e uma certa hesitação em mergulhar mais fundo nas próprias ideias. Mas quando ela acerta, especialmente nos momentos entre Charan e Khanin, acerta em cheio. Se for assistir esperando só romance, pode estranhar o ritmo lento e a política envolvida. Mas se tiver paciência pra acompanhar a trajetória dos dois, e a tentativa de fazer uma história profunda, acho que vale a pena.

Agora, se não derem continuidade a essa história ou se deixarem o final em aberto, sinceramente, vai ser um desperdício. Porque tem base ali pra algo muito maior do que só mais um BL com cara de realeza. Mas se for pra fazer outra temporada rasa igual a essa, melhor parar por aqui, não precisa estragar ainda mais o que já não ta muito bom.

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Completed
Love in the Air
12 people found this review helpful
Jun 13, 2025
13 of 13 episodes seen
Completed 0
Overall 8.5
Story 8.0
Acting/Cast 9.0
Music 7.0
Rewatch Value 10
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Comecei rindo, terminei chorando

Love in the Air entrou na minha lista como aquele BL que eu ia assistir “só pra ver qual é” e saiu como a novela exagerada que me fisgou de um jeito quase irritante. A primeira metade, focada em Rain e Phayu, até me divertiu. Rain faz barulho demais porque não sabe lidar com nada que sente, e o Phayu desfila uma autoconfiança que beira o insuportável, e, honestamente, eu comprei esse jogo de provocações. Tem química, tem pegação sem pudor, mas também tem aquele ar de cena ensaiada de peça de escola: falas dramáticas que soam decoradas, gestos que querem transbordar sensualidade mas às vezes parecem só forçados. Mesmo assim, passei por esses tropeços porque, no fundo, esse casal me entretém.

Só que foi na segunda metade que a série realmente ganhou peso. Quando Sky e Prapai apareceram, tudo mudou de tom. Sky carrega um trauma que a câmera não esconde, você sente o peso nos silêncios e nos olhares dele. E aí chega o Prapai, com pinta de bad boy pronto pra jogar charme, mas que, surpreendentemente, entende limites e oferece espaço pro Sky respirar. Essa dinâmica me pegou de jeito. Cada passo que o Sky dá pra confiar de novo, cada vez que ele permite que o Prapai chegue um pouco mais perto, acrescenta uma camada que a primeira parte da série não teve. O romance deles não é só quente, é vulnerável; não é só fanfic, é catártico.

E, claro, eu não posso falar dessa metade sem mencionar o ódio que senti pelo Gun. Toda vez que ele aparecia pra cutucar as feridas do Sky, minha paciência ia pro ralo. A maneira como ele manipula, como tenta manter controle sobre alguém que já machucou tanto, mexeu comigo num nível visceral; eu queria atravessar a tela e expulsá‑lo dali. É o vilão perfeito pra fazer a gente valorizar ainda mais o cuidado que o Prapai oferece.

Visualmente, a série ajuda muito a engolir os exageros. Fotografia bonita, direção que sabe enquadrar beijo sem cortar, cenas quentes que mostram desejo de verdade. Passa longe do “selinho tímido”, e isso dá um choque bom. Ainda assim, não escapa de diálogos rasos e situações criadas só pra agradar fandom, mas pelo menos assume sem vergonha que é um dramalhão sexy.

No fim, Love in the Air virou meu guilty pleasure porque, mesmo tropeçando em roteiro raso e falas teatrais, ele me entregou um segundo casal com peso emocional real. Sky e Prapai fizeram meu coração acelerar e justificaram cada episódio. Rain e Phayu continuam fofos no seu caos ensaiado, mas são os momentos de coragem e cura do Sky, e o cuidado às vezes atrapalhado do Prapai, que me fazem lembrar por que continuei presa a essa série, mesmo sabendo que perfeição passa um pouco longe daqui.

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Completed
ABO Desire
20 people found this review helpful
Oct 11, 2025
16 of 16 episodes seen
Completed 11
Overall 7.0
Story 7.0
Acting/Cast 10
Music 7.0
Rewatch Value 2.0
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?????????????

A série Desire foi aquele tipo de experiência que eu entrei mais por curiosidade do hype do que por real vontade. Sabe quando todo mundo tá falando, soltando edit no feed e você pensa “ok, deixa eu ver o que é que tá acontecendo”? Pois é. Eu fui. E olha, eu entendi o fascínio, mas também entendi que não é pra mim, e fiquei esperando esse último episódio sair pra finalmente dar meu parecer.

A base é o Ômegaverse, e sim, eles realmente exploram bem as dinâmicas típicas do gênero. Tem tensão, tem hierarquia social, tem desejo, tem um monte de elementos que fazem quem curte esse universo ficar vidrado. Mas, tirando o tempero do Ômegaverse, o prato principal é um romance tóxico entre bilionários. E não é aquele “tóxico disfarçado de drama”, é tóxico mesmo. Eu sempre falo isso nas minhas reviews: possessividade e ciúmes doentio não são bonitinhos. E aqui, a série tem vários momentos que passam do limite, e não de um jeito que faça refletir, só incomoda mesmo.

O casal principal carrega a trama, goste ou não. A química dos atores é forte, e eles são fofos de mais no bts, e talvez seja a única razão de eu não ter dropado no terceiro episódio. Eles entregam intensidade, olhares, tensão, mas ao mesmo tempo é impossível ignorar a quantidade de atitudes problemáticas que vão sendo tratadas como se fossem gestos românticos. E aí entra a parte frustrante: a série tem potencial, mas se apoia demais no gênero e no carisma dos atores, esquecendo de construir um relacionamento minimamente saudável.

E se o casal principal já é complicado, o secundário consegue ser pior. O alfa simplesmente maltrata o Gao Tu de formas que me deixavam genuinamente irritada, e eu passei a série inteira torcendo pra ele se livrar daquele encosto. Mas não. No final, deixaram isso aberto, sem um ponto final digno, como se fosse “ok” deixar o destino dele nas entrelinhas. Que ódio que deu, sinceramente.

E quero falar de um detalhe técnico que me incomodou bastante: os cortes são estranhos e a quebra de tempo também, o que deixa tudo um pouco confuso. A sensação é de que falta ligação entre algumas cenas, como se algo tivesse ficado pelo caminho.

E o final… bom, o final foi o mais broxante de todos. Um daqueles episódios que te deixam olhando pra tela com cara de “sério que era só isso?”. O desfecho aberto do Gao Tu foi a cereja do bolo da minha irritação, custava dar um encerramento decente pelo menos pra ele?

No geral, eu entendo o hype, mas sinceramente, essa série é aclamada mais por ser Ômegaverse do que por ser realmente boa. Se você tem paciência, uma cabeça bem equilibrada e não acha ciúmes possessivos algo fofo, até dá pra assistir e tirar suas próprias conclusões. Agora, se você, como eu, tem o ranço acumulado de romances tóxicos sendo empurrados como “grande amor”, vá preparado ou simplesmente passe longe. Eu terminei mais pelo apego aos atores do que pela história em si, e honestamente? Não recomendo, a não ser que você goste de sofrer um pouquinho no processo.

Aqui tô sendo generosa em dar um 7 porque o Ômegaverse foi realmente bem trabalhando, apenas os atores merecem um 10 porque eles são fofissimos. De resto jogo sem dó na caçamba do lixo. E é isso.

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Completed
Secret Lover
14 people found this review helpful
Sep 18, 2025
10 of 10 episodes seen
Completed 0
Overall 8.0
Story 8.0
Acting/Cast 8.0
Music 7.0
Rewatch Value 8.0
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Mistura de amor e irritação em cada episódio

Eu achei que seria só mais um romance fofinho com drama básico no fundo, mas não… a série é uma montanha-russa emocional. Teve episódio que eu chorei, em outros suspirei fundo, e do nada eu tava sorrindo feito besta sem nem perceber. O jeito como a série mostra os personagens é tão íntimo que parecia que eu tava ali, do lado deles, sentindo cada medo, cada insegurança e cada migalha de afeto nascer.

O casal principal me ganhou justamente por não ter aquela química óbvia e gritante, mas algo que vai crescendo devagar. A relação deles é intensa, mas ao mesmo tempo frágil, e isso me fez sentir muita coisa. Os personagens secundários também cumprem bem o papel. Eles aparecem na hora certa, seja pra aliviar a tensão, ou pra dar mais drama ao que os protagonistas estão vivendo. Não estão só de enfeite, mas ajudam a mover a história. Eu adoro quando uma série sabe usar seus coadjuvantes desse jeito, sem tanto desperdício.

Claro que não é perfeito. Teve partes em que o drama se arrastou e outras em que eu queria que a relação tivesse sido trabalhada de um jeito mais direto, sem tanta toxicidade. Mas, no fim, a carga emocional falou mais alto. Secret Lover não precisa inventar muito pra prender, porque o que realmente segura a gente são os pequenos momentos de afeto e cumplicidade.

Agora, tem um ponto que não dá pra ignorar apesar de todo sentimento bom que causou em outros momentos: o Han Tuo tem atitudes bem problemáticas. No começo, até parece que ele só está sendo direto e corajoso, mas se olhar bem, o que ele faz é forçar situações. A cena do cinema já deixou isso claro pra mim, o Jun Xi não estava confortável, e ainda assim ele insistiu. E isso se repete em outros momentos, com o Jun Xi cedendo muito mais do que deveria, a cena do banheiro é assédio puro. É incômodo perceber como a série normaliza esse comportamento.

Mesmo sabendo que o Han Tuo tem traumas e ama de forma obsessiva, isso não justifica a maneira possessiva e invasiva dele. O problema é que o roteiro tenta romantizar como se fosse prova de amor verdadeiro, quando na verdade só reforça padrões tóxicos. É uma pena, porque os momentos em que o Jun Xi fala do medo e da ansiedade são genuínos, reais, e mostravam que dava pra construir algo muito mais profundo e sensível sem cair nesses clichês de toxicidade romantizada.

No fim das contas, essa série me deixou com sentimentos mistos que ainda estou digerindo. Tive momentos de raiva, frustração e desconforto por causa das atitudes do Han Tuo, mas ao mesmo tempo senti carinho, afeto e aquela pontinha de esperança junto com os personagens. Terminei com o coração pesado em alguns momentos, mas também aquecido em outros, dividida entre amor e irritação, entre querer abraçar e querer gritar. É uma experiência intensa, e mesmo com todos os altos e baixos, não consigo negar que senti algo verdadeiro o tempo todo, seja raiva ou alegria.

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Completed
The Wicked Game
13 people found this review helpful
27 days ago
10 of 10 episodes seen
Completed 10
Overall 7.5
Story 7.0
Acting/Cast 8.0
Music 7.0
Rewatch Value 6.0
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É isso ai né...

Eu entrei nessa série achando que ia receber algo mais sério, mais pesado, mais “vamos trabalhar um drama decente”. Começou cheia de potencial, aquele gás de “vem aí”, e depois tropeçou no famoso plot da infância. E eu preciso abrir meu coração aqui: eu odeio plot de casal que se conhece na infância sem perceber. Não suporto. Parece sempre aquela muleta emocional que a série joga quando não sabe construir vínculo de verdade no presente. É tipo: “ah, eles não têm química agora? Relaxa, eles brincaram juntos quando tinham seis anos!”. E eu fico só pensando: e daí? Eu também brinquei com um monte de gente nessa idade e nem por isso fiquei emocionalmente marcada. Só deixa tudo com aquele gosto de preguiça narrativa que eu detesto.

Aí veio o arco com o Jason, que não acrescentou nada, nem pra criar tensão, nem pra fingir que a história sabia pra onde estava indo. O Jason, coitado, parecia ter sido colocado ali só porque alguém lembrou no roteiro que faltava mais um obstáculo qualquer. Ele entra na história cheio de pose de que vai virar um pivô importante, mas no fim não serve nem pra gerar tensão, nem pra balançar o trio principal, nem pra acrescentar uma gota de profundidade. Ele é aquele personagem que chega fazendo barulho, mas quando tu olha de novo já virou fumaça. Tanto faz ele estar ou não; a trama vai dar um jeito de eliminar ele mesmo. E o pior é que dava pra fazer algo interessante com ele, mas a série simplesmente não se compromete, deixa o homem flutuando ali, sem função, como se ele fosse só uma anotação esquecida no canto do roteiro. Mataram o homem e pronto, sumiu do universo.

O Than é aquele tipo de personagem que começa com potencial e termina me fazendo querer entrar na série pra dar uma sacudida nele. Ele passa tanto tempo no modo “sou um mártir incompreendido”, tudo dramático, tudo sofrido, tudo exagerado além da conta. Ele reage demais, pensa de menos e acelera decisões que deveriam ter peso, como se sentimento fosse interruptor. No fim, o Than não parece trágico, parece só perdido dentro da própria novela. Ele foi longe demais no modo “trouxa dramático” e nem o romance conseguiu justificar os surtos dele. O perdão chega correndo, o casamento passa em cinco minutos e eu fiquei ali, piscando pra tela, tipo: “Era isso mesmo? Acabou? De verdade?”. Uma maratona inteira pra esse finalzinho água de salsicha.

O plot twist final até tenta surpreender, mas já é tão usado e reusado que não gera nem cócega. E, sinceramente, todo episódio tinha briga, tentativa de assassinato, pai surtando, Chet apanhando… no quinto eu já tava exausta. É caos atrás de caos sem consequência real, como se nada que acontecesse tivesse peso ou gerasse consequências. Daou e Offroad seguraram o tranco lindamente, e o elenco no geral entregou, mas nem isso conseguiu salvar um roteiro que se perdeu de si mesmo. No fim não teve fanservice, não teve romance convincente e não teve um desfecho que pagasse a maratona.

Mas claro, teve seus brilhos. A série é pesada, cheia de cenas impactantes e visualmente intensas, mesmo quando a execução tropeça, ou o CGI caga a cena. Nos dois primeiros episódios eu jurei que ia ser aquele papo moralista de “bem contra mal”, mas quando percebi que ninguém presta e que todo mundo ali vive naquela área cinzenta saborosa, até animei. Os três irmãos se destruindo pelo trono do hospital é ótimo, ainda mais com aquele pai detestável que, de tão absurdo, dá a volta e vira praticamente um ícone da loucura.

E olha: as dinâmicas deles com seus seguranças/assistentes eram melhores que metade do romance principal. A lealdade, o carinho meio suspeito, o tanto de sentimento não dito… isso, sim, tinha química.

O Chet, pra mim, foi um dos personagens mais deliciosamente descontrolados da série. Ele foi afundando numa instabilidade tão grande que, em vez de perder o brilho, ficou ainda mais interessante. A obsessão dele pelo trono do hospital era quase hipnótica, daquele tipo que tu assiste meio horrorizada, meio encantada, porque dá pra ver a sanidade escorrendo pelos dedos dele em cada cena. A parte das drogas foi o auge do desespero dele, mas a verdadeira loucura veio mesmo quando ele começou a surtar pra se livrar dos irmãos. E o mais doido é que, no meio desse colapso inteiro, Chet e Phakphum tinham tudo pra ser um casal extremamente interessante, com aquela química tensa que já nasce do perigo. A série tinha ouro na mão e simplesmente deixou cair no chão.

A Risa, sinceramente, foi uma das poucas que me entregou exatamente o que eu queria… só que tarde demais. Ela começou toda sonsa, fazendo aquela pose de inocente que ninguém com um mínimo de intuição compra, e aos poucos foi soltando o cinismo com uma elegância quase irritante. Quando finalmente abraçou a vilania, eu quase bati palma. Era aquela energia que eu precisava dela lá no inicio, porque quando a Risa resolve mostrar as cartas, ela brilha de um jeito que faz todo mundo ao redor parecer amador. Não é nem pela maldade em si, é pelo prazer que ela sente em ser boa no que faz, pelo controle, pela calma, pelo olhar de quem já planejou o próximo passo faz tempo. Se tivessem deixado essa versão dela existir mais, a série teria ganho muito mais vida.

O Pheem me irritou porque ele tinha tudo pra funcionar, mas a série não deixa. Ele começa frio, desconfiado, carregando aquele peso que dá curiosidade de entender… só que quando finalmente chega a hora de mostrar quem ele é de verdade, tudo acontece rápido demais. Ele muda de postura sem construção, sem tempo, sem clima, como se tivesse decidido sentir coisas importantes de um episódio pro outro. E essa passagem brusca deixa ele parecendo inconsistente, não complexo. O Pheem não é ruim, só fica preso numa escrita que exige reações imediatas, sem dar espaço pra gente acompanhar o que se passa na cabeça dele. E aí, quando o romance engrena, já é tarde: a mudança dele não bate, não emociona, não cola. É como se faltasse metade do caminho a ser percorrido.

O problema é que o tom da série simplesmente não se organiza, e o romance acaba destoando de todo o resto. As cenas carinhosas não combinam com o clima pesado que domina a trama, e o vínculo de infância dos protagonistas não sustenta nada do que vem depois. A mudança do Pheem acontece rápido demais e fica difícil acreditar no que ele sente porque a série não mostra esse processo. As cenas de ação têm boas ideias, mas a execução é descuidada, e muitos episódios repetem o mesmo tipo de conflito sem avançar a história. No fim, é uma obra com boas intenções, mas que não sabe qual caminho seguir.

No fim das contas, não é uma série horrível, mas também não entrega nada que realmente compense as horas investidas. Fica aquela sensação de “podia ter sido tão mais”, porque as ideias estavam lá, as atuações estavam lá, mas faltou direção, ritmo e coragem pra amarrar tudo direitinho. Terminei com a impressão de que acompanhei um rascunho ambicioso que nunca chegou à sua melhor versão. E é isso, vi, entendi, não odiei, mas definitivamente não volto. Fica a experiência… e a frustração.

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Completed
My Golden Blood
13 people found this review helpful
Aug 4, 2025
12 of 12 episodes seen
Completed 0
Overall 6.5
Story 6.0
Acting/Cast 7.0
Music 8.0
Rewatch Value 5.0
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A ideia é boa, a execução não

Terminei My Golden Blood e preciso dizer: eu até gostei, me envolvi com o casal principal, mas também passei raiva. A série é daquelas que têm uma ideia boa nas mãos, mas tropeça feio na hora de desenvolver. E o pior: tropeça onde não precisava.

A história até começa bem. Um órfão, o Tong, descobre que tem um tipo de sangue raríssimo, o tal do "sangue dourado", e por causa disso, vira alvo de vampiros. Um deles é o Mark, que teoricamente tá ali pra protegê-lo, mas obviamente tem segundas intenções. Até aí tudo certo. Tem tensão, tem química, tem uma coisa meio “proibido, mas inevitável” entre os dois que funciona.

Só que logo nos primeiros episódios já dá pra sentir o problema: os diálogos são explicativos demais, como se os roteiristas não confiassem que o público vai entender sozinho. Tem muito personagem dizendo o óbvio, como se tivessem que desenhar tudo. E ao mesmo tempo, faltam momentos mais naturais pra gente se apegar de verdade aos personagens. O desenvolvimento das relações acontece muito no automático. Parece que o roteiro foi seguindo uma lista: cena de ciúme? Confere. Descoberta trágica? Confere. Beijo depois da ameaça de morte? Confere. E pronto, seguimos.

O pior é que quando o roteiro tenta ser profundo, escorrega. A questão da origem do sangue do Tong, o passado do Mark, a ameaça do irmão vilão, tudo é tratado de forma meio superficial. São temas que poderiam render bem mais, mas que acabam resolvidos rápido demais ou jogados no final como se não fossem tão importantes. E aí fica aquela sensação de que a série teve medo de aprofundar.

Agora, sobre os efeitos… tem umas cenas que eu juro que quase desliguei. Tem pulo de janela que parece vídeo de videogame antigo, vampiro correndo no escuro com rastro de luz atrás, que era pra ser dramático, mas ficou tosco. E as lutas? Claramente cortadas pra esconder que não sabiam coreografar direito. Em vez de criar tensão, dá risada. É como se o orçamento tivesse acabado na maquiagem do primeiro episódio.

O engraçado é que a série tem uma estética que podia funcionar. As cores, a iluminação, a trilha sonora, tudo conversa com essa ideia sensual e sombria do universo vampírico. Só que o efeito especial mal feito quebra o clima. Em vez de entrar na cena, você sai. Você lembra que tá vendo uma série, e pior: uma série que podia ser melhor se tivesse um pouco mais de esmero.

Mesmo assim, confesso que o casal me pegou. Gawin entrega bem como o Tong, tem uma vulnerabilidade sincera ali, e o Joss, mesmo com aquele jeitão travado, convence como vampiro que tenta controlar os próprios instintos. O romance deles tem uma intensidade boa, sem exagero. É mais no olhar, no gesto contido, nas cenas de silêncio do que no texto. Pelo menos isso segura o clima.

Mas no geral, My Golden Blood é mais promissora do que bem executada. A ideia era boa, o universo tinha potencial, mas faltou coragem no roteiro e capricho na produção. Fica aquela sensação de "quase". Quase foi uma grande série. Quase foi inesquecível. Quase me arrancou um surto. Mas parou no meio do caminho.

No fim, eu me importei, sim. O casal tem química. A história por mais superficial que fosse, me prendeu. Mas se alguém me perguntar se é maravilhosa… eu vou respirar fundo e responder: é boa, mas precisava de mais cuidado. Porque, sinceramente, com um roteiro mais afiado e efeitos menos vergonhosos, ela podia ter sido muito mais do que só “ok”.

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Completed
Revenged Love
15 people found this review helpful
Oct 14, 2025
24 of 24 episodes seen
Completed 5
Overall 7.0
Story 8.0
Acting/Cast 8.0
Music 6.0
Rewatch Value 2.0
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Definitivamente não é a melhor do ano

Demorei pra vir falar dessa série porque, pra ser bem sincera, eu nem tinha terminado. Cheguei a comentar com a Raiana em uma das resenhas dela que nem lembrava o motivo de ter largado por um tempo, então resolvi assistir o que faltava. E foi aí que a memória voltou direitinho: não terminei antes porque a série simplesmente não é tão incrível assim. Eu fui assistir por pura curiosidade, já que todo mundo estava aclamando e dizendo que era “a melhor do ano”. Mas, quando finalmente vi, percebi que pra mim o hype não condizia com a realidade.

Não estou dizendo que é ruim, longe disso. A série é boa, mas é só isso: boa. É mais uma história comum no meio de tantas outras. O verdadeiro diferencial aqui são os atores e o quanto eles são espontâneos e carismáticos por trás das câmeras. Foi aí que entendi o sucesso todo: não era tanto a série em si, e sim Tian e Ziyu.

Falando da trama, é aquele clichê clássico de um garoto fracassado que perde a namorada e tenta dar a volta por cima, a velha história de “o mundo dá voltas” que a gente já viu várias vezes. Mas, honestamente, eu não consegui sentir simpatia nenhuma pelo Wu Suo. Ele é só um garoto com o ego ferido, que se recusa a baixar a cabeça mesmo quando tá claramente errado. Já o doutorzinho, o verdadeiro protagonista moral dessa história, ganhou meu coração rapidinho, se tivesse uma side story do Xiao Shuai e do Cheng Yu eu assistiria sendo a pessoa mais feliz do mundo.

E o Chi Cheng… sério, eu fiquei com uma dó enorme dele. Que paciência esse homem teve, viu? Toda a confusão entre ele e o Wu Suo girava em torno de mal-entendidos que facilmente poderiam ser resolvidos com uma conversa decente, mas não, o Wu Suo preferia bater de frente em vez de sentar e dialogar. Se fosse comigo, já tinha desistido há muito tempo, porque ninguém merece sofrer por teimosia alheia. E o Chi Cheng também não se ajuda: fica quietinho enquanto o outro faz birra, e eu quase surtava gritando “senta esse garoto e faz ele te ouvir!” Sem contar os pais querendo controlar sua vida, a ex do Wu Suo dando em cima dele e auto declarando namorada, e o ex que volta todo confiante dizendo que quer separá-los depois de ter feito o inferno em sua vida no passado, e o bonito… simplesmente não faz nada. Chi Cheng é passivo demais, aaaaaaaaaaa! Mas, como eu disse, paciência de Jó mesmo… é impressionante que ele tenha aguentado tudo isso sem explodir.

E o mais engraçado é que até Wang Shuo, que é basicamente um maluco psicopata, conseguiu me gerar mais simpatia que o protagonista. Mas no final, tudo se acerta e termina de forma ok, nada espetacular, mas também nada catastrófico. Só que, sinceramente, até ABO Desire me arrancou mais emoções e reações do que essa. No fundo, o que fez Revenged Love conquistar tanta gente foram os bastidores. Tian e Ziyu são uma dupla deliciosa de acompanhar, super fofos e com uma química leve que brilha muito mais quando estão sendo eles mesmos do que nos próprios episódios. Eu veria fácil mais conteúdo dos dois fora da série.

Então sim, eu recomendo, mas não vá esperando a melhor série do ano. Vá pelos atores, e pelos momentos bons que aparecem no meio do caminho. E sinceramente? Se o Wu Suo não fosse tão cabeça dura, a história podia ter sido contada em bem menos de 24 episódios.

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