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Cryssieee

Em algum lugar perdido do Br
To Sir, with Love thai drama review
Completed
To Sir, with Love
15 people found this review helpful
by Cryssieee
Sep 29, 2025
17 of 17 episodes seen
Completed
Overall 10
Story 10.0
Acting/Cast 10.0
Music 10.0
Rewatch Value 10.0
This review may contain spoilers

Drama político, Sofrimento e amor: tudo na medida certa

Khun Chaai foi uma surpresa que eu não esperava que me pegasse tão forte. Sabe quando a série não precisa de beijo, não precisa de cena quente, e mesmo assim consegue entregar muito mais do que um monte de BL que só sabe se apoiar em namoro possessivo e sexo vazio? Pois é, aqui a coisa é diferente. A trama é coesa, bem amarrada, não fica largando ponta solta, e isso já é um alívio imenso. Eu senti raiva, senti satisfação, senti um ataque de ansiedade real (sem meme, precisei parar e tomar meu remédio porque tava pesado demais) e, no fim, acabei sorrindo, chorando e me envolvendo de um jeito que fazia tempo que não acontecia.

O casal principal tem uma dinâmica muito mais profunda do que só romance. Não é só sobre estar junto, mas sobre se completar dentro de um universo cheio de conflitos e escolhas difíceis. E os casais secundários também não ficam atrás, cada um traz um tempero próprio, dá aquela sensação de que todo mundo importa na trama, não é só enfeite.
Tian e Jiu, por exemplo, mexeram comigo de um jeito especial. O sofrimento do Tian é sufocante, não ser aceito, ter que se esconder, se perder num looping de mentiras que vão drenando ele pouco a pouco, foi pesado de acompanhar. E aí chega o Jiu, quase como uma fresta de luz numa vida tão cinzenta, trazendo esperança, mas também dor. Porque ver Tian se agarrando a isso, tentando respirar em meio ao sufoco, foi lindo e dolorosamente triste ao mesmo tempo. Eles entregaram uma relação que não é só romancezinho doce, é aquela que te esmaga e te faz refletir.

E não tem como falar de Khun Chaai sem mencionar o Yang. Eu simplesmente me apaixonei por esse personagem, porque o companheirismo e o amor dele pelo irmão são de uma delicadeza rara. Ele não é aquele tipo de personagem que precisa gritar aos quatro ventos o quanto se importa, ele mostra em gestos, em cuidados, em como sempre tá ali pra segurar o Tian quando o peso parece insuportável. É bonito de ver, dá vontade de proteger os dois juntos. E aí vem a relação dele com a Phin, que é outro show à parte. Esses dois têm uma química divertida, leve, cheia de troca genuína de afeto. Eles não precisam de nada grandioso pra serem fofos, só o jeito natural de se cutucarem e se apoiarem já deixa tudo mais cativante. Yang e Phin são aquele casal que você quer guardar num potinho, porque entre tanto drama e tensão, eles trazem a dose necessária carinho.

E, olha, eu preciso bater palmas para o protagonismo feminino aqui. As mulheres vilãs foram um show à parte. Eu senti ódio real delas, aquele ódio gostoso que só vem quando a atuação é foda mesmo. E acompanhar a transição delas, indo de vilãs odiáveis para parceiras críveis, foi uma das coisas mais bem construídas que eu já vi. Nada forçado, nada abrupto, tudo feito com o cuidado que a história merecia. A-Li e A-Chan são o coração desse núcleo feminino poderoso, e foi fascinante acompanhar até onde uma mãe pode ir para proteger ou elevar o nome de seu filho. Ambas movidas por ambição e desespero, jogando sujo, sem se importar com o rastro de dor que deixavam. E aí vem a ruína, aquele momento em que as consequências finalmente batem na porta, e a queda delas é tão intensa quanto a subida foi arrogante. Ver essas duas mulheres, que no início eu queria esganar, ganhando camadas de vulnerabilidade e até um certo respeito no fim, foi simplesmente brilhante. Elas não foram escritas como caricaturas de vilãs, mas como mulheres complexas, falhas e humanas, que erraram feio e pagaram por isso.

Os pontos negativos até existem, mas honestamente? Eu não quero nem gastar tempo com eles, porque essa série é tão bem dirigida, tão bem feita, que dá gosto de assistir. Eles criaram um universo fascinante, cheio de detalhes que te puxam pra dentro, e eu só consegui sair quando acabou. E quando acabou, eu fiquei com aquele sentimento raro de satisfação plena, de que valeu cada minuto. Não foi aquela experiência que você termina e já esquece no dia seguinte, não. Khun Chaai ficou comigo, martelando na cabeça, revisitando cenas e diálogos, e até cutucando meus sentimentos dias depois. E olha que fazia tempo que uma série não me deixava assim, envolvida a ponto de me fazer parar pra respirar, rir, chorar e até xingar a TV. Puta merda, que série boa. Recomendar essa série não é nem questão de gosto, é quase um serviço público, porque todo mundo que gosta de um bom drama, bem escrito e intenso, merece sentir essa montanha-russa de emoções. E sim, sou exagerada nos elogios e não tenho nenhuma vergonha disso. Vão assistir Khun Chaai agora!
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