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Cryssieee

Em algum lugar perdido do Br
Love in the Moonlight thai drama review
Completed
Love in the Moonlight
18 people found this review helpful
by Cryssieee
Oct 26, 2025
12 of 12 episodes seen
Completed
Overall 10
Story 10.0
Acting/Cast 10.0
Music 10.0
Rewatch Value 10.0
This review may contain spoilers

Simplesmente linda...

Que série linda, triste, dolorosa. Eu literalmente acabei uma caixinha de lenço de tanto que chorei assistindo Love in the Moonlight. Já devia imaginar que ia doer assim, né? Eu sou fã de Khun chaai, aquela belezinha de 2022 que já me destruiu uma vez, e o tema é praticamente o mesmo: época, famílias tradicionais, negócios de família, casamentos arranjados e o peso de uma homossexualidade vista como uma vergonha, uma mancha no nome da família. Eu sofri tanto com Khun chaai que achei que já estava emocionalmente vacinada. Que ilusão. Sofri tudo de novo aqui. A diferença é que, dessa vez, ninguém se transforma num pé de cogumelo gigante. Mas fora isso, é a mesma intensidade: linda, dolorosa, sofrida. E eu tô até agora digerindo o que foi que eu assisti.

Eu até tentei procurar defeitos, mas sinceramente, é o tipo de série tão profunda que qualquer problema vira detalhe. Ela te acerta direto no peito, e quando uma história te faz sentir tanto assim, não dá pra ficar caçando falha. É muito maior do que isso. Se você gostou dessa, faz um favor pra você mesma e assista Khun chaai também. As duas estão no meu top de favoritas, e no meu top de traumas emocionais também.

Falando nos personagens... preciso começar pela Pin. Que mulher, viu? Eu comecei achando ela um amorzinho, mas aos poucos percebi o quanto ela podia ser mesquinha, egoísta, dissimulada. E aí nasce aquele ranço gostoso, aquele ódio bem justificado, porque ela atrapalha o casal por puro egoísmo. No fim, ela se redime, e o mais impressionante é que essa redenção funciona. Não parece forçada. Ela é uma personagem cheia de nuances, que a gente ama e odeia em ciclos. Que personagem bem escrita.

Agora, os protagonistas… meu Deus, que atuação. Eu tô apaixonada. Você sente a dor deles, a separação, o peso da repressão. Eu chorei com eles, de tristeza, de alegria, de tudo. Essa série me fez sentir em profundidade a dor de não poder amar livremente. E é quase cruel o tanto que ela desperta gatilhos. Porque fala dessa dor de não ser aceito do jeito que você é, e isso mexe num lugar muito sensível. Mas, ao mesmo tempo, ela é tão bela, tão encantadora, que a dor vem embrulhada em poesia.

Preciso também comentar sobre o Inthra e a esposa dele. Ridículos. Eu detesto esse casal com todas as forças, mas confesso que ri demais com eles. E a cena final… dela matando o pai da Pin? Eu gargalhei. Era pra ser um momento tenso, dramático, mas eu ri de satisfação. Que delícia ver aquele homem sendo esfaqueado. Eu até me assustei comigo mesma por rir, mas foi libertador.

E por fim, a vovó. Aquele tipo de personagem que entra em cena e muda tudo. Ela tinha tudo pra ser a mais mente fechada da história, mas foi a mais lúcida. Foi sincera, acolhedora, e fez o filho aceitar o neto como ele é. Ela disse as coisas que muita gente precisava ouvir, mas, claro, as pessoas certas nunca escutam. E é aí que a série machuca mais: porque mesmo sendo de época, soa muito atual. O preconceito, o medo, a vergonha… tudo ainda tá por aí a solta, disfarçado.

Love in the Moonlight é linda, e é cruel. Faz a gente sofrer, mas também faz pensar. É daquelas que acabam e você fica ali, com o coração pesado e um nó na garganta, mas grato por ter assistido. Porque mesmo na dor, ela é uma das coisas mais bonitas que já vi.
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