This review may contain spoilers
Comecei rindo, terminei chorando
Love in the Air entrou na minha lista como aquele BL que eu ia assistir “só pra ver qual é” e saiu como a novela exagerada que me fisgou de um jeito quase irritante. A primeira metade, focada em Rain e Phayu, até me divertiu. Rain faz barulho demais porque não sabe lidar com nada que sente, e o Phayu desfila uma autoconfiança que beira o insuportável, e, honestamente, eu comprei esse jogo de provocações. Tem química, tem pegação sem pudor, mas também tem aquele ar de cena ensaiada de peça de escola: falas dramáticas que soam decoradas, gestos que querem transbordar sensualidade mas às vezes parecem só forçados. Mesmo assim, passei por esses tropeços porque, no fundo, esse casal me entretém.
Só que foi na segunda metade que a série realmente ganhou peso. Quando Sky e Prapai apareceram, tudo mudou de tom. Sky carrega um trauma que a câmera não esconde, você sente o peso nos silêncios e nos olhares dele. E aí chega o Prapai, com pinta de bad boy pronto pra jogar charme, mas que, surpreendentemente, entende limites e oferece espaço pro Sky respirar. Essa dinâmica me pegou de jeito. Cada passo que o Sky dá pra confiar de novo, cada vez que ele permite que o Prapai chegue um pouco mais perto, acrescenta uma camada que a primeira parte da série não teve. O romance deles não é só quente, é vulnerável; não é só fanfic, é catártico.
E, claro, eu não posso falar dessa metade sem mencionar o ódio que senti pelo Gun. Toda vez que ele aparecia pra cutucar as feridas do Sky, minha paciência ia pro ralo. A maneira como ele manipula, como tenta manter controle sobre alguém que já machucou tanto, mexeu comigo num nível visceral; eu queria atravessar a tela e expulsá‑lo dali. É o vilão perfeito pra fazer a gente valorizar ainda mais o cuidado que o Prapai oferece.
Visualmente, a série ajuda muito a engolir os exageros. Fotografia bonita, direção que sabe enquadrar beijo sem cortar, cenas quentes que mostram desejo de verdade. Passa longe do “selinho tímido”, e isso dá um choque bom. Ainda assim, não escapa de diálogos rasos e situações criadas só pra agradar fandom, mas pelo menos assume sem vergonha que é um dramalhão sexy.
No fim, Love in the Air virou meu guilty pleasure porque, mesmo tropeçando em roteiro raso e falas teatrais, ele me entregou um segundo casal com peso emocional real. Sky e Prapai fizeram meu coração acelerar e justificaram cada episódio. Rain e Phayu continuam fofos no seu caos ensaiado, mas são os momentos de coragem e cura do Sky, e o cuidado às vezes atrapalhado do Prapai, que me fazem lembrar por que continuei presa a essa série, mesmo sabendo que perfeição passa um pouco longe daqui.
Só que foi na segunda metade que a série realmente ganhou peso. Quando Sky e Prapai apareceram, tudo mudou de tom. Sky carrega um trauma que a câmera não esconde, você sente o peso nos silêncios e nos olhares dele. E aí chega o Prapai, com pinta de bad boy pronto pra jogar charme, mas que, surpreendentemente, entende limites e oferece espaço pro Sky respirar. Essa dinâmica me pegou de jeito. Cada passo que o Sky dá pra confiar de novo, cada vez que ele permite que o Prapai chegue um pouco mais perto, acrescenta uma camada que a primeira parte da série não teve. O romance deles não é só quente, é vulnerável; não é só fanfic, é catártico.
E, claro, eu não posso falar dessa metade sem mencionar o ódio que senti pelo Gun. Toda vez que ele aparecia pra cutucar as feridas do Sky, minha paciência ia pro ralo. A maneira como ele manipula, como tenta manter controle sobre alguém que já machucou tanto, mexeu comigo num nível visceral; eu queria atravessar a tela e expulsá‑lo dali. É o vilão perfeito pra fazer a gente valorizar ainda mais o cuidado que o Prapai oferece.
Visualmente, a série ajuda muito a engolir os exageros. Fotografia bonita, direção que sabe enquadrar beijo sem cortar, cenas quentes que mostram desejo de verdade. Passa longe do “selinho tímido”, e isso dá um choque bom. Ainda assim, não escapa de diálogos rasos e situações criadas só pra agradar fandom, mas pelo menos assume sem vergonha que é um dramalhão sexy.
No fim, Love in the Air virou meu guilty pleasure porque, mesmo tropeçando em roteiro raso e falas teatrais, ele me entregou um segundo casal com peso emocional real. Sky e Prapai fizeram meu coração acelerar e justificaram cada episódio. Rain e Phayu continuam fofos no seu caos ensaiado, mas são os momentos de coragem e cura do Sky, e o cuidado às vezes atrapalhado do Prapai, que me fazem lembrar por que continuei presa a essa série, mesmo sabendo que perfeição passa um pouco longe daqui.
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