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Um conto de fadas lindo, mas um pouquinho raso
Eu assisti Cute Pie e, apesar de ter várias ressalvas, não dá pra negar que o visual é deslumbrante. A cinematografia é um verdadeiro capricho, tudo é muito bonito, desde os cenários elegantes até a iluminação super cuidada. Parece mesmo uma novela de luxo, e esse clima combina bem com a proposta mais leve e romântica da série.A química entre o Zee e o NuNew também é um ponto que me prendeu. Eles funcionam bem juntos, têm aquele carisma que segura a cena mesmo quando o roteiro não colabora. Os momentos românticos, ainda que um pouco forçados às vezes, conseguem ser fofos e agradáveis de assistir. A trilha sonora também é encantadora, tem uma vibe doce que combina perfeitamente com o tom da história. A música tema, então, ficou na minha cabeça por dias.
Agora, sobre a narrativa... aí começam os poréns. O tom novelesco pode ser divertido se você entra na onda, mas comigo os exageros acabaram cansando em alguns momentos. A história tenta ser encantadora, quase como um conto de fadas moderno, mas peca por não desenvolver bem os conflitos ou os personagens secundários. Parecia que havia ideias boas ali, só que não deu tempo de explorar nada com calma.
O romance central, por exemplo, me incomodou bastante no início. O Lian é absurdamente frio, e o Kuea basicamente apaga quem ele é pra se moldar ao que o noivo espera. Isso me soou forçado e até desconfortável, não dá pra romantizar alguém mudando completamente a própria personalidade só pra agradar outra pessoa. Também me frustrou a maneira como os conflitos surgem e se arrastam apenas porque ninguém parece capaz de sentar e conversar. A falta de comunicação é usada como motor do drama, mas em vez de criar tensão, só me deixava impaciente.
Outra coisa que tirou um pouco da imersão foram os diálogos em certos momentos. Algumas falas soam tão ensaiadas que perdem a naturalidade. É bonito de ver, tudo muito bem coreografado, mas faltava aquela emoção crua, verdadeira. E o final... bom, é fofo, claro, mas também extremamente apressado. As resoluções vêm rápido demais, personagens mudam de ideia sem muito motivo aparente, e eu senti falta de uma conclusão mais sólida.
No fim das contas, Cute Pie é exatamente o que o nome promete: uma história fofa, bonita de ver, com dois protagonistas cheios de química. Só que, pra mim, ficou devendo um pouco em conteúdo. Se você está procurando algo leve, com estética impecável e não se importa com algumas conveniências de roteiro, vale a pena dar uma chance. Mas se a sua vibe é algo mais profundo, realista ou bem construído, talvez essa não seja a série certa. Eu não me arrependo nenhum pouco de ter assistido, mas fui com a expectativa certa: me encantar com a química dos atores e seus personagens, e não tanto com o conteúdo.
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Já vi fanfic no Wattpad com mais coerência… e ainda assisti esse no 2x
Prometeram um BL fofo, leve e divertido… e entregaram um fanficão mal escrito, cheio de situações absurdas e personagens que parecem estar em séries diferentes. Eu fui assistir Middleman’s Love com boa vontade, porque o Jade em Bed Friend tinha carisma de sobra. Ele merecia brilhar. E o Mhai? Misterioso, bonitão, do tipo calado que intriga. Tudo apontava pra um casal que poderia funcionar. Mas a série simplesmente não acerta o tom em momento nenhum.O Jade passa a série inteira sofrendo. Só quer ser amado, mas recebe rejeição, silêncio e atitudes que beiram o absurdo, e tudo isso é tratado como se fosse engraçadinho. A série tenta fazer piada com a solidão dele, com o desespero dele, e acaba criando uma sensação esquisita de estar rindo do personagem, não com ele. Não dá pra saber se era pra ser cômico ou triste, e a falta de equilíbrio deixa tudo desconfortável de assistir.
O Mhai, por outro lado, parece que foi escrito por roteiristas que não se falaram. Uma hora ele é o cara misterioso e doce, na outra é um stalker estranho, depois vira romântico do nada… e nada disso é desenvolvido direito. A gente não entende de onde vem as atitudes dele, o que ele quer, o que sente. A série força a mão tentando fazer dele um “crush reservado”, mas o resultado é só um personagem incoerente e sem charme.
O romance entre os dois simplesmente não convence. Não tem construção, não tem tensão, não tem evolução. É um daqueles casos em que o roteiro decide que eles vão se apaixonar e pronto, não importa se isso faz sentido ou não. Do nada, estão juntos. Do nada, tem drama. Do nada, final feliz. Fica aquela sensação de que pularam capítulos inteiros e só entregaram o básico pra dizer que teve um casal.
O humor da série também não ajuda. A maioria das piadas são forçadas, exageradas ou mal encaixadas nas cenas. Parece que você tá vendo uma sketch do TikTok esticada pra dez episódios. O timing é estranho, os cortes são bruscos, e nada parece fluir naturalmente. Teve momentos em que eu fiquei com vergonha alheia real.
O único alívio é o casal secundário, que consegue ser mais interessante, mais carismático e mais divertido do que os protagonistas. Se você assistiu só por eles, eu te entendo. Em vários momentos, parece que até a própria série sabia que o casal principal não ia sustentar tudo, e tentou compensar com essa outra dupla. Quase conseguiu.
No fim, Middleman’s Love é uma daquelas séries que tinham tudo pra funcionar, mas se perdem em exageros, escolhas ruins de roteiro e uma completa falta de direção emocional. Funciona como passatempo se você não se importar com lógica, coerência ou desenvolvimento. Mas se você for esperando uma história de amor fofa e bem contada… pode ir tirando o cavalinho da chuva.
Nota sincerona: 3/10
Um ponto pela carinha fofa do Jade, um pelo casal secundário, e um porque a abertura é mais interessante que a trama inteira.
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Não tem novidade, mas tem NetJames e isso basta...
Bed Friend é aquele BL que não tenta reinventar a roda, e ainda bem. Ele sabe exatamente o que quer entregar: química, tensão sexual e um pouco de drama no pacote. E olha, o que ele promete, ele cumpre direitinho.A química entre Net e James é simplesmente absurda. Desde o primeiro episódio, dá pra sentir a tensão entre os dois, daquele tipo que te faz prender a respiração esperando o próximo olhar, o próximo toque, o momento em que tudo vai explodir. E quando acontece, acontece com gosto. As cenas mais quentes são muito bem feitas, nada de vergonha alheia ou fanservice mecânico, tem cuidado, tem entrega, tem intenção. Você acredita no que tá vendo. Não parece encenação. Parece emoção.
Mas o que realmente me prendeu foi o Uea. Ele é um personagem com peso. Tem trauma, tem barreira, tem dor escondida debaixo de uma fachada de indiferença. E ver ele aos poucos se permitindo sentir, confiar, se abrir… foi o que deu profundidade à série. Ele carrega metade do drama nas costas, e faz isso com consistência. Dá vontade de abraçar e proteger, e às vezes, de mandar ele parar de fugir da própria felicidade.
A produção também ajuda muito. Fotografia bonita sem exagero, trilha sonora que acompanha bem o clima e uma direção que entende como filmar intimidade sem cair no vulgar ou no constrangido. Dá pra ver que alguém ali atrás das câmeras sabia o que tava fazendo.
Agora, claro que não é perfeito. O roteiro segue aquele caminho já bem batido: amizade colorida, ciúmes, afastamento, reconciliação. Você meio que já sabe como tudo vai se desenrolar. Tem umas situações que cansam, tipo o vilão aleatório, o ciúmes fora de hora, os mal-entendidos meio forçados só pra dar aquela esticada no drama. Dá vontade de passar pra frente e ir direto pras partes boas, porque tem umas enrolações que a gente já viu mil vezes em outros BLs.
E os personagens secundários? Meio esquecíveis. O Jade até que funciona, mas o resto parece só estar ali pra preencher espaço. Dava pra aproveitar melhor os colegas de trabalho, dar mais vida ao mundo em volta do casal, mas não rolou. A série é 90% focada no Uea e no King, o que, nesse caso, até dá pra perdoar, já que os dois seguram tudo com carisma e intensidade.
No fim das contas, Bed Friend é um BL que acerta no básico e brilha nos momentos certos. Não é profundo, não é revolucionário, mas é envolvente, gostoso de assistir e com um casal que realmente faz valer o tempo investido. Se você curte um bom drama com tensão sexual bem construída, esse aqui é pra você.
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The Boy Next World Special Episode: A World Where We Don’t Know Each Other
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Química, desejo e aquele gostinho de quero mais
Vou ser bem sincera: eu fui assistir esse especial meio no susto, porque a série principal de The Boy Next World me deixou dividida. Aí vem esse especial, que se passa em um universo alternativo, e simplesmente entrega tudoooo.Aqui, o Phu é um nerd tímido, um pouco stalker (mas num nível fofo e não problemático), e o Cir é misterioso, com aquele cabelo preso e uma vibe que mistura perigo e charme. E, olha... FUNCIONA. A química deles está ainda mais intensa e as cenas entre os dois são super bem dirigidas. Tem tensão, tem desejo, tem aquela energia de “me beija logo ou vou fazer uma besteira” que a gente ama num BL.
Agora, sobre Jin e Win... MEU DEUS!!! Eles nem têm tanto tempo de tela, mas quando aparecem, dominam. Eu senti muito mais deles nesse episódio do que em vários momentos da história original. O Jin mais brincalhão, o Win com aquele jeito sério e contido... os dois têm uma química natural, e mesmo com pouco, entregaram muito. Fiquei até com vontade de ver um spin-off só dos dois, pra ser honesta.
Ver esses personagens em versões diferentes me fez perceber o quanto o roteiro original desperdiçou potencial. O Phu do “mundo real” era fofo, mas parecia perdido o tempo todo. E o Cir era super confuso, e nem sempre dava pra entender as intenções dele. Já aqui, tudo é mais direto, a gente sente o que eles querem e pra onde a história tá indo.
Um detalhe que me pegou de surpresa foi como tudo parece mais leve e divertido, mesmo com a intensidade do casal. E as cenas mais quentes? Não forçadas, não gratuitas. Elas realmente fazem sentido ali e dão aquele toque extra de sensualidade que a gente tanto ama.
No fim das contas, esse especial me deixou com aquela sensação agridoce: foi ótimo, me envolveu, me fez sorrir (e suspirar), mas também me deixou querendo mais. Queria que esse fosse o tom da série inteira, ou que, pelo menos, ganhasse mais episódios nessa pegada.
Sinceramente? Eu adoraria ver a versão do Cir todo boss fodão, mandando em tudo, e o Phu como aquele secretário fofo, inteligente e secretamente apaixonado. Se a Mame quiser me dar isso, eu recebo de braços abertos!
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Uma montanha-russa de emoções, testosterona e decisões questionáveis
Pit Babe é aquele tipo de BL que você começa achando que vai assistir por causa das corridas, do romance leve e de uns pilotos gostosos. Só que, do nada, você percebe que caiu numa novela mexicana com drift, onde todo mundo tem um segredo, ninguém sabe conversar, e o coração do espectador vai sendo atropelado a cada plot twist.A premissa até engana bem: Charlie, nosso menino esforçado e sonhador, quer correr mas não tem carro. Todo um drama raiz que o brasileiro entende. Aí ele vai bater na porta do Babe, que é tipo o deus do circuito de corridas e também o dono da pose mais insuportável do mundo. E pra conseguir a ajuda dele? Tem que virar meio que um assistente... um pupilo... um submisso? Enfim. Uma relação que começa com aquela vibe “por interesse” mas logo vira um caos emocional com faíscas e muita tensão mal resolvida.
E sim, aqui entra o momento “me aproximei por interesse, mas me apaixonei de verdade”, porque todo BL que se preze tem essa virada. Só que Pit Babe pega essa fórmula e mergulha de cabeça num mar de drama, ciúme, segredos de família, traumas não tratados e uma boa dose de “ninguém aqui sabe se comunicar sem gritar ou sair andando”.
O casal principal, Charlie e Babe, tem química? Tem. Tem até demais. Mas também tem uma bagagem emocional que faria qualquer terapeuta pedir demissão. Eles se amam, se odeiam, se encaram com aquele olhar que só BL tailandês consegue entregar, uma mistura de raiva, desejo e “se você mentir de novo eu te atropelo com o seu próprio carro de corrida”.
As corridas existem, tá? Mas sinceramente, ninguém liga. Porque o foco vira mesmo o DRAMALHÃO: aquele nível de drama que flerta com o absurdo, mas você já tá tão envolvida que aceita. Só que vamos conversar rapidinho sobre esse universo omegaverse que aparece sem explicação nenhuma? Me irrita. Me tira da imersão. É aquele detalhe que fica ali, flutuando, e você sente que ou esqueceram de explorar ou cortaram tudo na edição. E mesmo assim... eu amo. Fazer o quê?
Pontos altos? Temos:
- Personagens secundários que roubam a cena (Way e Jeff, meus amores);
- Pavel entregando tudo nos momentos de surto emocional (ele entrega, sim);
- Trilha sonora que gruda na cabeça;
- Figurino? Todo mundo parece que saiu direto de um editorial da GQ versão corrida de rua.
Agora, os baixos (porque tem):
- Furos de roteiro que fazem você dar pausa e falar “pera, o quê?”;
- Drama tão exagerado que às vezes parece sátira;
- Decisões dos personagens que testam a sua paciência e o controle remoto.
No fim, Pit Babe não é uma série perfeita, longe disso. Mas ela é viciante. É tipo fast food emocional: meio caótica, nada saudável, mas você come tudo rapidinho e no fim tá pedindo mais. Tem defeitos? Muitos. Mas tem alma, tem entrega, tem emoção. E tem o Babe sem camisa, o que automaticamente dobra a nota.
Se você gosta de BL com emoção à flor da pele, corridas só de enfeite, e um romance que parece um acidente em câmera lenta, vai fundo. Pit Babe vai te pegar.
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Confuso, imperfeito… e eu amei mesmo assim
Vice Versa é aquele tipo de BL que tenta fugir do óbvio, e por isso mesmo me chamou atenção. A proposta de mundos paralelos, troca de corpos e “chaves” que conectam pessoas é super criativa. Gosto quando um drama tenta sair do lugar-comum e brincar com ideias diferentes. Mas, mesmo com toda essa originalidade, tive sentimentos bem mistos ao longo da série.Começando pelo que me prendeu: o Jimmy e o Sea têm uma química muito gostosa de assistir. Os dois entregam uma vibe natural, com momentos sinceros e fofos que me fizeram torcer pelo casal. Além disso, o visual da série é lindo, a fotografia, as cores, tudo tem um clima leve e quase "etéreo", que combina com a ideia de um mundo alternativo.
Mas… nem tudo funcionou pra mim.
Apesar de amar o conceito, achei que o roteiro ficou devendo MUITO na hora de explicar esse universo. As regras do outro mundo são confusas, mudam do nada e, no final das contas, a sensação que fica é que os roteiristas foram inventando conforme o episódio pedia. Isso me tirou um pouco da imersão, porque eu queria entender melhor como tudo funcionava.
Outro ponto que me incomodou foi o ritmo, começou bem, mas lá pela metade ficou meio parado. As conversas existenciais e as reflexões sobre “decisões do coração” cansaram um pouco. Queria mais ação, mais conflito real. E o final… não é ruim, mas também não é tão impactante quanto poderia ser, considerando todo o build-up emocional que teve.
No fim das contas, eu diria que Vice Versa vale a pena se você estiver procurando algo diferente e estiver disposta a embarcar numa viagem meio abstrata e com algumas pontas soltas. Eu curti a proposta, me envolvi com os protagonistas, e mesmo sentindo que a série tinha potencial pra ser ainda mais, eu amei. De verdade. Tem algo na vibe, nos pequenos momentos e na conexão entre os personagens que me conquistou, mesmo com todas as imperfeições. Às vezes, a emoção fala mais alto que a lógica, e foi exatamente isso que aconteceu aqui comigo
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Apaixonada por cada casal que apareceu por aqui
Perfect 10 Liners foi uma bagunça que eu acabei curtindo mais do que esperava. Eu achava que seria só mais um BL universitário fofinho, mas o negócio virou uma comédia romântica com um monte de casais, piadinhas meio sem noção e aquele caos que a gente adora, no fim, me fez rir e shippar mais do que deveria. Não é profundo, não é revolucionário, mas tem uma vibe leve que é muito gostosinha de acompanhar, mesmo quando enche linguiça.Agora, vamos de casal por casal porque cada um tem sua peculiaridade.
Arm & Arc: esse é o casal principal que da inicio a toda bagunça, e a história deles começa meio torta. Arm administra a famosa página "Engineer Cute Boy" e mete os pés pelas mãos quando posta uma foto do Arc sem permissão. A treta rende briga, troca de farpas e, claro, vira atração. Eles têm aquela dinâmica de “eu te irrito, você me mata de raiva, mas no fundo a gente se gosta”. E a química deles funciona de um jeito natural e divertido, nada forçado. É clichê, mas um clichê bem feito.
O bom é que, diferente de muitos BLs onde o conflito inicial é só jogado, aqui a treta deles realmente alimenta a história. Eles começam se odiando, se provocando o tempo todo, e essa tensão cresce de um jeito que não fica forçado. O Arm adora cutucar, o Arc não dá o braço a torcer, e aí, quando você vê, os dois já estão presos um no outro sem nem perceber. E a química deles funciona porque não tem aquele clima de “o destino juntou a gente, apenas aceite”. Eles se constroem na base da convivência, dos atritos, das situações bizarras que acabam enfrentando juntos. O Arm vai mostrando um lado mais vulnerável, enquanto o Arc começa a soltar o gelo e revelar que não é só o cara sério que paga de durão. No fim, Arm & Arc são caóticos, briguentos, mas é justamente isso que os torna cativantes: você acredita na relação deles porque ela cresce entre tapas e beijos, com humor, com falhas, mas também com muito carinho e fofura juntos.
Yotha & Gun: eles foram meu casal favorito sem nem precisar forçar nada, sabe? Enquanto os outros vinham no caos e na gritaria, os dois eram aquela calmaria que ia crescendo aos pouquinhos, no maior estilo slow burn. O Yotha começa todo fechado, carregando seus traumas e aquela postura séria de quem não quer deixar ninguém chegar perto. Mas aí entra o Gun, com aquela energia leve, paciente, dizendo “tá tudo bem, eu espero você no seu tempo”.
O que mais me pegou é como eles não foram jogados em drama gratuito. O romance deles não precisou de briga gigante ou reviravolta absurda pra funcionar. Foi sobre as pequenas coisas: uma conversa sincera, um olhar que diz mais do que palavras, aquele momento em que um segura o outro quando as memórias pesam. E aí você percebe como o Gun vai quebrando, pedacinho por pedacinho, as muralhas do Yotha, não invadindo, mas mostrando que estar vulnerável também é força. E, sério, a mudança do Yotha foi o que mais mexeu comigo. Ver ele saindo da defensiva, aprendendo a confiar, se abrindo pra sentir de verdade… foi lindo. E não é só sobre ele mudar por causa do Gun, mas sobre como eles se ajudam, se apoiam, se curam juntos. Tem uma reciprocidade tão genuína ali que eu não conseguia não me apaixonar por eles. Pra mim, Yotha & Gun são o coração silencioso da série. Enquanto tudo acontecia no caos ao redor, eles mostravam que amor também pode ser tranquilo, curativo e cheio de respeito. Talvez por isso tenham me marcado tanto.
Faifa & Wine: foram o casal que eu não sabia se ia engatar ou se iam só me deixar irritada, e, olha, no fim das contas eles entregaram uma dinâmica gostosa de acompanhar. O Faifa tem aquela energia meio debochada, mas sem deixar de ser gentil, sempre pronto pra soltar uma piadinha ou provocar, enquanto o Wine é mais contido, tentando manter uma pose séria, mas caindo fácil nos encantos do outro. A química deles não é tão explosiva quanto Arm & Arc, nem tão delicada quanto Yotha & Gun, mas eles encontraram um meio-termo divertido, cheio de provocações que acabam virando carinho.
O que eu gostei nos dois é como eles fugiram um pouco do clichê “gato e rato que só brigam”. Claro que teve faísca, teve atrito, mas foi tudo numa medida que não cansa. O Faifa, por mais metido que seja, deixa escapar aquela vulnerabilidade de quem só quer ser aceito. E o Wine, que parecia todo fechadão, vai abrindo espaço pro Faifa entrar, quase sem perceber. Essa troca deles fez o romance fluir de forma leve, sem peso desnecessário. No fim, o casal se encaixa na trama como aquela peça que completa o quebra-cabeça: nem tão caótico quanto Arm & Arc, nem tão profundo quanto Yotha & Gun, mas trazendo uma dinâmica que equilibra as coisas. E eu não vou mentir, eles me fizeram sorrir que nem boba pra tela, principalmente depois que começaram a namorar e o Faifa virou aquele namorado bobão que não se aguenta com a fofura do Wine.
E tenho que falar também dos casais secundários, porque eles também merecem destaque.
Sand & Pond: Sand é brincalhão, cheio de energia, sempre pronto pra uma piada ou uma provocação, enquanto Pond é mais sério, focado e meio na dele. Esse contraste entre os dois cria momentos muito divertidos, Sand tentando tirar Pond da zona de conforto, e Pond tentando manter a compostura, mas cedendo aos poucos ao charme do parceiro. Eles têm uma química leve e natural, cheia de olhares e pequenas atitudes que mostram carinho sem precisar de cena dramática ou exagerada. Mesmo sendo secundários, conseguem roubar a cena em várias situações e dar aquele respiro na trama, equilibrando a tensão dos casais principais. Além disso, a evolução deles é sutil: você percebe que, aos poucos, Pond vai se soltando e Sand aprende a respeitar o ritmo do outro, tornando o romance divertido, fofo e muito crível.
Warit & Klao: Wa é doce, paciente e sempre disposto a entender o outro, enquanto Klao é briguento, explosivo e possessivo. Essa diferença cria uma tensão deliciosa entre eles: Klao tem aquele temperamento forte que, às vezes, explode por qualquer motivo, e Wa consegue lidar com isso de forma equilibrada, sem perder a calma em alguns momentos. O interessante é que, por mais que Klao seja difícil, Wa não se deixa engolir; ele tem sua própria força e isso faz com que o romance não se torne só “um drama de ciúmes”. Ver Klao se abrir aos poucos e mostrar vulnerabilidade, enquanto Wa apoia e entende, é incrível, é aquele tipo de casal que ensina que amor pode ser intenso e saudável ao mesmo tempo. A evolução deles é sutil, mas significativa: você percebe que ambos aprendem a ceder, a confiar e a se respeitar, criando uma química que brilha justamente por esse equilíbrio entre explosão e ternura.
No geral, a série é isso: leve, engraçada, cheia de shipps pra gente se perder. Tem episódios longos demais e personagens que aparecem só pra lotar a tela, mas se você embarcar sabendo que não vai encontrar nada super profundo, dá pra se divertir de verdade. No fim, foi gostoso acompanhar esses romances que, apesar de começarem meio tortos, entregaram uma coisa saudável e leve de assistir. Eu indico a série de coração. Apesar de não ter uma história profunda, Perfect10 Liners soube administrar muito bem suas tramas e subtramas. Cada casal, principal ou secundário, tem seu charme e encanto, e a série consegue fazer a gente se apaixonar por eles e pelos romances que vão construindo ao longo da história. Pode ir sem medo.
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Não indico pra quem tem estomago fraco pra vergonha alheia
Me disseram “aguenta firme, melhora depois”. Eu fui forte. Eu tentei. Mas olha… doeu. Doeu real. Teve cena que eu precisei pular porque meu corpo entrou em modo colapso de vergonha alheia. Eu quase pedi desculpa pro meu cérebro por submeter ele a certos diálogos.A série tenta ser uma comédia romântica excêntrica com personagens caricatos e muito cringe assumido. E até aí, tudo bem. O problema é que em vários momentos parece que o roteiro se esforça pra ser propositalmente constrangedor, e não no bom sentido. Era como assistir a um compilado infinito de vergonha alheia. Aquele humor em excesso, as situações absurdas, a atuação meio exagerada… tudo isso junto me tirava da imersão em vez de me fazer rir. E olha que eu adoro uma bobagem bem feita, mas aqui o equilíbrio não veio.
O protagonista Toh é um caso à parte. O ator deu tudo de si, isso é visível, mas o personagem foi escrito como uma caricatura do fã obcecado, até num nível que ficou desconfortável de assistir. As cenas dele stalkeando o Nuea (e sendo recompensado por isso!) me deixaram com a sobrancelha lá no teto. E se a proposta era falar sobre amor não convencional ou sobre superar inseguranças… ficou perdido no exagero.
Mas… nem tudo foi desastre.
Depois da metade, a série até tenta entrar num ritmo mais emocional e traz umas cenas mais sensíveis entre os dois, com um romance mais “normalizado”. E aí sim, funciona. Quando para de exagerar e começa o equilíbrio, até consegue emocionar em alguns momentos. A química entre os atores não é ruim, o problema é que ela foi soterrada por episódios e episódios de performances ultra forçadas.
E também dá pra elogiar a tentativa (mesmo falha) de quebrar alguns estereótipos e colocar personagens LGBTQIAPN+ fora do padrão bonitinho e idealizado. Há uma tentativa de mostrar diferentes formas de amar e se expressar, o que é sempre válido, só faltou um pouco mais de equilíbrio e bom senso na execução.
Definitivamente Secret Crush On You exige paciência, filtro emocional e talvez um botão de avanço rápido. Tem boas intenções, algumas cenas doces e um elenco esforçado, mas o humor extremo e o roteiro perdido tornam a jornada difícil. Se você sobrevive ao começo, até pode encontrar um coração no meio do caos… mas não sem levar uns belos tropeços pelo caminho.
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Vi até o fim, mas me arrependo
Fui ver Fahlanruk e já sabia que era meio bagunçado, mas não esperava que fosse me dar tanta agonia. A história até tinha um ponto de partida interessante, aquele típico “ficamos, mas será que tem sentimento?”, só que tudo foi se perdendo no meio do caminho. Nada parece evoluir direito, e quando tenta ir pra um lado mais dramático, simplesmente não cola.Agora, o que realmente me incomodou foi o jeito que eles tratam as cenas de beijo. Sério, tem umas cenas em que parece que os atores estão fazendo aquilo com nojo. Aquela energia de “tô encostando, mas não encosta de volta”, e você fica ali vendo a coisa acontecer e pensando “ué, não era pra esse casal estar apaixonado?”. Dá uma travada tão grande que quebra qualquer clima, qualquer emoção. Fica tudo meio mecânico, desconfortável até pra quem tá assistindo.
A química aparece em um ou outro momento, mas logo some de novo. E quando você começa a torcer pra engrenar, vem um diálogo estranho, uma atuação sem vida, ou mais um beijo que parece castigo. E assim a série vai indo, meio sem rumo.
Só Terminei porque eu sou teimosa e gosto de ver até o fim pra poder reclamar com propriedade. Só abandono uma série quando vejo que tem potencial e penso “vou dar outra chance no futuro, vai que era meu humor que tava ruim”. Mas essa… essa não merece uma segunda chance.
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Não promete muito, mas entrega aconchego
Your Sky foi uma dessas séries que assisti num momento em que só queria algo leve, bonito e sem grandes complicações , e, nesse sentido, ela entregou exatamente o que prometeu. É um BL que não tenta inventar moda: aposta no romance simples, com personagens carismáticos e um visual que dá vontade de estar lá junto com eles, de chinelo e óculos escuros, vivendo um verão romântico.Teerak e Muenfah são um casal que funciona. Eles têm uma química suave, sem exagero, e aquela dinâmica clássica de provocação leve que vai se transformando em carinho. Nada intenso ou arrebatador, mas é do tipo que você assiste com um sorrisinho no rosto. Me peguei torcendo por eles, mesmo sabendo desde o primeiro episódio como tudo ia terminar. E talvez essa previsibilidade tenha sido parte do conforto.
A estética da série ajuda muito na experiência. É tudo muito bonito, bem iluminado, com cenários fofos, clima de praia, encontros em lugares agradáveis... tem esse ar de “verão doce” que combina com a proposta. Até os figurinos parecem pensados pra refletir a personalidade de cada um, o que dá uma coesão visual gostosa de acompanhar. É aquela vibe que não exige nada do espectador, e às vezes, isso é tudo que a gente quer.
Mas não dá pra fingir que não faltou coisa. O roteiro é extremamente básico, segue o clichê do namoro falso virando verdadeiro sem nenhuma curva no caminho. É tudo muito na superfície, inclusive as emoções. O amor acontece porque tem que acontecer, e não porque a série constrói com cuidado esse sentimento. A conexão entre eles existe, mas se tivesse mais tempo, mais silêncio, mais conflito de verdade, talvez a coisa tivesse me tocado mais.
Os casais secundários… quase passam batido. Tem tentativas de dar espaço pro Real e pro Hia, mas é tão apressado que mal dá pra se envolver. Eles viram mais pano de fundo do que parte real da história. E olha que dava pra explorar bem mais ali.
No fim, Your Sky é aquele BL que você assiste como quem toma uma bebida gelada num dia quente: refresca, agrada, não exige nada demais, mas também não vai te marcar profundamente. Eu gostei de ter assistido, mesmo sabendo que é o tipo de série que some da memória depois de um tempo. Ainda assim, teve seu valor, e às vezes, tudo que a gente precisa é exatamente isso: algo leve, bonito, e que faz a gente sorrir um pouquinho sem motivo.
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Quando o Sci-Fi do Pão com Ovo Vira Colapso Emocional
Nunca achei que um BL com sci-fi e orçamento de um pão com ovo fosse me fazer chorar no meio da madrugada, mas The Boy Next World conseguiu. E não foi um choro fofo, foi um colapso emocional completo.Comecei esperando algo estranho, talvez confuso, talvez só bonito. O que recebi foi uma história que me engoliu. Aos poucos, foi crescendo até me deixar olhando para o teto, me perguntando se em algum outro universo eu também amei alguém assim.
Phu é gentil e calmo na superfície, mas carrega o peso de mil versões de si mesmo. Cada fala contida, cada silêncio, transmite essa carga. Cir, por outro lado, é fechado, direto, cheio de camadas invisíveis que não se explicam, só se sentem. Ele é como um trauma que aprendeu a amar. E, por mais que o universo pareça conspirar contra, eles se pertencem.
A premissa do multiverso é ousada para um BL: vidas paralelas, memórias cruzadas, sentimentos que não deveriam existir. Mas há pontos da trama, como a habilidade do Jin de ler mentes e certas motivações do Cir de outros universos, que ficam no ar, pouco explorados ou mal explicados, o que pode frustrar quem gosta de respostas claras.
Apesar disso, o roteiro, embora às vezes confuso e com diálogos expositivos demais, funciona na construção dessa atmosfera desconfortável e dolorosamente humana. A produção simples e os cortes secos, junto com efeitos visuais quase simbólicos, podem incomodar quem espera algo mais polido, mas ajudam a criar um clima único.
Algumas cenas têm uma intensidade silenciosa que não sai da cabeça, e o final… bom, não é para quem busca fechamento, mas para quem aceita a ferida aberta.
Se você quer algo tecnicamente perfeito, com trilha sonora elaborada e aquele slow burn clássico, pode se decepcionar. Mas se gosta de romances que doem, amores quebrados tentando se remendar no caos do tempo e da memória, essa série é um soco na alma do jeito certo.
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Um romance que quase acerta o ponto
La Cuisine é como aquela receita bonita que você salva no Pinterest: a promessa está ali, os ingredientes parecem perfeitos, mas na hora de executar… alguma coisa desanda. Ainda assim, mesmo com seus tropeços e uma ou outra pitada a mais de açúcar ou sal, a série consegue deixar um gosto suave de carinho no fim.Ram é um estudante de arquitetura metódico, daqueles que pesam até a alma antes de tomar uma decisão. Frio, contido, introspectivo, mas não por maldade, e sim por defesa. Do outro lado, Lukchup é o oposto: leve, vibrante, um raio de sol com avental colorido. A dinâmica deles poderia facilmente cair no clichê do “frio encontra o quente”, mas há algo delicado na forma como esse encontro acontece. Como uma panela esquentando devagar, eles vão se aproximando, em silêncio, em olhares, em pequenas gentilezas, e aí, quando você menos espera, está torcendo por eles mesmo depois de diálogos truncados e cenas que pareciam ter sido escritas às pressas.
Há momentos que aquecem o coração com sinceridade. As cenas em que Lukchup cozinha especialmente para Ram são os momentos em que a comida e o romance finalmente se encontram com propósito. O olhar cúmplice, o cuidado na montagem, a troca silenciosa de afeto, ali, a série mostra o que poderia ter sido. Você sente que, naquele prato, tem mais do que ingredientes bem escolhidos. Tem intenção, tem desejo de ser visto, tem um tipo de carinho tímido que não precisa de palavras para ser entendido. Outro ponto alto é a insegurança de Lukchup em relação ao seu próprio talento, algo que muitos podem se identificar. E Ram, apesar da falta de tato emocional, vai aprendendo a estar ao lado, não como herói, mas como presença. Isso é raro e, honestamente, doce.
Mas é claro, nem tudo são flores. A série se perde em cenas que parecem colocadas apenas para preencher tempo, diálogos que giram em círculos e momentos de tensão artificial que quebram o clima. Faltam picos de emoção mais bem construídos. A relação avança em um ritmo tão sutil que às vezes parece parada, como se o roteiro estivesse com medo de se comprometer com o próprio romance. E isso compromete o impacto emocional.
Mesmo assim, La Cuisine tem algo de sincero. Como aquele restaurante pequeno com luz baixa e pratos bonitos, talvez você não saia de lá completamente saciado, mas ainda assim, guarda a lembrança do sabor de algo feito com carinho.
É um romance imperfeito, sim, mas com coração. Faltou drama bem conduzido, faltou química em alguns pontos, mas sobrou vontade de ser gentil. E às vezes, isso já basta. Porque no fim, La Cuisine não tenta ser um banquete. É só um jantar a dois, com falhas, risadas, silêncios desconfortáveis… e um amor que vai surgindo aos poucos, como um cheiro bom vindo da cozinha.
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Muito charme, pouca coragem
Bad Buddy é uma daquelas séries que enganam bem. Você começa achando que vai assistir só mais um BL com rivalidade boba e momentos fofos, mas logo percebe que tem alguma coisa ali, principalmente na química absurda entre os protagonistas, Pat e Pran. E isso te prende. Eles te prendem.Só que quando a poeira da empolgação baixa, você percebe: Bad Buddy tem coração, sim, mas falta profundidade. É como um romance adolescente que quer tocar em temas sérios (pressão familiar, rivalidade, repressão, expectativas sociais), mas decide dar meia-volta sempre que chega perto de um conflito real. O roteiro hesita. Flerta com a ousadia, mas nunca se compromete. Parece ter medo de deixar a fofura sair machucada.
Pat e Pran são ótimos. A dinâmica deles é elétrica, cheia de tensão, carinho e humor na medida certa. Dá pra entender fácil porque tanta gente se apaixonou por eles. Mas vamos ser sinceros: essa história só funciona porque os dois atores carregam tudo nas costas. O roteiro, por si só, é preguiçoso. A rivalidade entre famílias, que deveria ser o centro do drama, é rasa e quase caricata. Parece um pretexto mal aproveitado pra forçar encontros e esconderijos.
E falando nisso, quantas vezes a gente vai ver casais escondidos fingindo que isso é libertação? O final, com eles juntos mas ainda escondendo tudo de todos, não é libertador. É conformista. É como se a série dissesse: “Sim, vocês podem amar... desde que ninguém veja.” Não é bonito. É frustrante.
Visualmente, a série é polida. A trilha sonora funciona, a direção tenta ser criativa, os diálogos têm bons momentos. Mas tudo isso só serve pra maquiar o fato de que Bad Buddy joga seguro demais. A sensação é que os criadores sabiam o poder da fanbase e decidiram entregar só o suficiente. Fanservice bem embalado, mas com pouco peso.
Bad Buddy é uma fanfic com orçamento, sustentada por carisma, química e cenas fofas. Funciona? Funciona. Vai fazer você sorrir, talvez até chorar em uma ou duas cenas. Mas se você parar pra analisar com um pouco mais de frieza, vai ver que o potencial foi muito maior do que o resultado. O que poderia ter sido uma história marcante sobre amor, conflito e libertação virou um namoro secreto com final morno.
Se você só quer se apaixonar por um casal carismático e ignorar os furos, vá fundo. Agora, se você quer uma narrativa que realmente diga algo, que desafie estruturas e não tenha medo de se posicionar… Bad Buddy vai te deixar querendo mais. E não no bom sentido.
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Vampiros, sangue e roteiro anêmico
Ah, Kissable Lips. A proposta era ousada: um romance entre um vampiro melancólico e um estudante humano, misturando paixão proibida com tragédia sobrenatural. Mas o que a gente recebe é basicamente Crepúsculo versão low budget com dois protagonistas lindos tentando desesperadamente convencer o público de que estão apaixonados, mesmo quando o roteiro parece querer sugar a vida da série mais do que o vampiro do sangue.Kim Jun-ho, o vampiro protagonista, está morrendo porque não consegue mais beber sangue humano (questão de ética, crise existencial ou nojinho? Nunca saberemos). Ele encontra Choi Min-hyun, um rapaz com “sangue especial”, o que significa que ele é o escolhido, o sangue raro, o combo do Méqui que vai salvar a existência do vampirão.
O problema é que Kissable Lips quer ser sensual, mas não tem tempo. Com só 8 episódios de cerca de 10 minutos, o romance corre tanto que parece um speedrun afetivo: eles se conhecem, se olham, estão apaixonados, estão sofrendo, estão morrendo. Tudo isso em menos de uma hora e meia. O desenvolvimento emocional é tão raso que se pisar forte, escorrega.
E a atuação? Vamos ser honestos: não é péssima, mas também não ajuda. Os diálogos são tão secos que parece que os personagens estão lendo placas de trânsito. A química entre os protagonistas tem seus momentos, mas sofre com um roteiro que prefere repetir o drama da imortalidade a explorar qualquer tensão real entre eles. E o vilão, se é que podemos chamar assim, parece ter saído de um ensaio escolar de Halloween.
Ponto positivo? Visualmente, a série tenta parecer estilosa. Algumas cenas até funcionam como clipes de K-pop alternativo com vampiros. E, sinceramente, Jun-ho apenas existindo é um agrado estético que ninguém reclama, ele é maravilhoso. Pena que o conteúdo do BL não faz jus a ele.
Kissable Lips é o típico BL que você assiste mais pelo conceito e pela estética do que pela história em si. Parece uma fanfic adaptada às pressas, com zero tempo para criar tensão real, mas que ainda assim pode render suspiros (e risadas involuntárias) se você estiver no clima certo, tipo numa madrugada entediada com fones de ouvido e expectativa baixa.
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Fofo, rápido e eficaz, mas joga seguro o tempo todo.
Semantic Error é um BL sul-coreano curto, bem produzido e com uma proposta simples: o encontro entre dois opostos. De um lado, um estudante metódico e socialmente isolado. Do outro, um veterano extrovertido e cheio de atitude. A fórmula não é nova, mas aqui ela funciona porque há uma boa dinâmica entre os atores e uma direção que sabe aproveitar o contraste dos personagens.A série é visualmente limpa, com estética calculada e uso eficiente de cores, cenários e figurinos para reforçar as personalidades. As interações entre os protagonistas têm uma tensão constante que sustenta os episódios curtos sem parecer arrastada. A química entre os atores não é explosiva, mas tem consistência e evolução.
No entanto, Semantic Error peca pela pressa. Com poucos episódios e uma duração enxuta, o desenvolvimento da história é acelerado, e certas camadas dos personagens ficam apenas sugeridas. Há temas que poderiam ter sido melhor explorados, principalmente relacionados à forma como os protagonistas lidam com o mundo ao redor, mas a narrativa opta por manter tudo leve, controlado e esteticamente seguro.
É uma série feita com cuidado, mas que parece frear antes de correr riscos. As situações são resolvidas de forma simples, os conflitos aparecem e desaparecem com rapidez, e a profundidade emocional é substituída por momentos fofos e algumas piadas secas.
Se você busca um BL com direção competente, boa atuação e uma história que não exige muito envolvimento emocional, Semantic Error entrega bem. Mas se a ideia é mergulhar num romance mais complexo ou denso, talvez ele fique aquém do esperado.
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