This review may contain spoilers
Reassisti e sofri tudo de novo
Quando assisti essa série pela primeira vez, foi como levar um soco no estômago, daqueles que te tiram o ar e deixam uma sensação estranha no peito. E agora, anos depois, voltando pra reassistir, nada mudou. O impacto é o mesmo, o aperto é o mesmo, e eu juro que não tô sendo dramática. É impossível sair dela da mesma forma que entrou. A história carrega uma carga emocional quase sufocante, e não é por acaso: ela toca em feridas profundas, principalmente quando fala sobre amor, rejeição e as consequências cruéis da intolerância. Korn e In são o retrato de um amor puro que nasceu na época errada, em um mundo onde amar a pessoa certa era considerado um pecado. Ver os dois enfrentando a rejeição dos pais e da sociedade é doloroso demais, e o pior é perceber que essa ainda é a realidade de muita gente. A série não tenta suavizar nada; ela mostra a crueldade nua e crua, te obrigando a encarar o quanto a homofobia pode ser devastadora.
O contraste entre a dor de Korn e In e a delicadeza do relacionamento de Dean e Pharm é o que mais toca. Trinta anos depois, é quase como se o destino dissesse “ok, agora vocês podem ter paz”. É bonito ver a forma como os pais de Dean e Pharm acolhem o relacionamento deles, não porque são pais perfeitos, mas porque aprenderam na marra o quanto o orgulho e o preconceito custam caro. É como se o perdão finalmente tivesse dado espaço pra respirar, e ver isso acontecer é um alívio depois de tanto sofrimento.
Tem também uma mensagem poderosa sobre culpa e arrependimento. Os pais de Korn e In carregam essa dor por décadas, e é impossível não sentir aquele nó na garganta vendo como a ausência pesa. É uma história sobre aceitar o que passou e tentar fazer diferente. E claro, não dá pra não falar dos coadjuvantes, eles trazem um equilíbrio essencial. Entre uma lágrima e outra, eles aparecem com humor e leveza, fazendo a gente lembrar que a vida continua, mesmo depois das tragédias.
Agora, se tem uma coisa que me cansou um pouco foi a insistência em repetir certas cenas e sentimentos como se a gente precisasse ser lembrado o tempo todo do quanto tudo dói. Em alguns momentos parece um déjà vu emocional, tipo “produção, eu já chorei por isso ontem, me dá um minuto pra respirar, por favor?”. Não é que as cenas sejam ruins, longe disso, mas há uma sensação de excesso, como se o drama se estendesse mais do que precisava pra tentar causar impacto. Dá pra sentir que a história teria talvez até mais impacto, se tivesse sido um pouco mais enxuta. Tem episódios demais e, junto com eles, uma certa repetição de dramas que acabam diluindo a força do que é contado. Em alguns momentos, parece que a série insiste nas mesmas dores até o ponto de perder o fôlego, quando menos seria mais.
No fim das contas, essa série é sobre amor, aquele que resiste a tudo, até ao tempo e à morte. É impossível assistir sem sentir alguma coisa. Você chora, se revolta, suspira, e quando acaba, fica com o coração todo bagunçado, mas de um jeito bom. Porque, no meio de tanta dor, ela ainda dá um jeito de te lembrar que o amor de verdade não some, só muda de forma.
O contraste entre a dor de Korn e In e a delicadeza do relacionamento de Dean e Pharm é o que mais toca. Trinta anos depois, é quase como se o destino dissesse “ok, agora vocês podem ter paz”. É bonito ver a forma como os pais de Dean e Pharm acolhem o relacionamento deles, não porque são pais perfeitos, mas porque aprenderam na marra o quanto o orgulho e o preconceito custam caro. É como se o perdão finalmente tivesse dado espaço pra respirar, e ver isso acontecer é um alívio depois de tanto sofrimento.
Tem também uma mensagem poderosa sobre culpa e arrependimento. Os pais de Korn e In carregam essa dor por décadas, e é impossível não sentir aquele nó na garganta vendo como a ausência pesa. É uma história sobre aceitar o que passou e tentar fazer diferente. E claro, não dá pra não falar dos coadjuvantes, eles trazem um equilíbrio essencial. Entre uma lágrima e outra, eles aparecem com humor e leveza, fazendo a gente lembrar que a vida continua, mesmo depois das tragédias.
Agora, se tem uma coisa que me cansou um pouco foi a insistência em repetir certas cenas e sentimentos como se a gente precisasse ser lembrado o tempo todo do quanto tudo dói. Em alguns momentos parece um déjà vu emocional, tipo “produção, eu já chorei por isso ontem, me dá um minuto pra respirar, por favor?”. Não é que as cenas sejam ruins, longe disso, mas há uma sensação de excesso, como se o drama se estendesse mais do que precisava pra tentar causar impacto. Dá pra sentir que a história teria talvez até mais impacto, se tivesse sido um pouco mais enxuta. Tem episódios demais e, junto com eles, uma certa repetição de dramas que acabam diluindo a força do que é contado. Em alguns momentos, parece que a série insiste nas mesmas dores até o ponto de perder o fôlego, quando menos seria mais.
No fim das contas, essa série é sobre amor, aquele que resiste a tudo, até ao tempo e à morte. É impossível assistir sem sentir alguma coisa. Você chora, se revolta, suspira, e quando acaba, fica com o coração todo bagunçado, mas de um jeito bom. Porque, no meio de tanta dor, ela ainda dá um jeito de te lembrar que o amor de verdade não some, só muda de forma.
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