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  • Location: Em algum lugar perdido do Br
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  • Join Date: June 2, 2025

Cryssieee

Em algum lugar perdido do Br
The Sign thai drama review
Completed
The Sign
12 people found this review helpful
by Cryssieee
Sep 4, 2025
12 of 12 episodes seen
Completed
Overall 8.0
Story 8.0
Acting/Cast 8.0
Music 6.0
Rewatch Value 8.0
This review may contain spoilers

Muito viciante

Aqui é cheio de tudo, mistério, investigação policial, mitologia, poderes sobrenaturais e, claro, romance. É uma salada que, dependendo de quem olha, pode parecer confusa, mas pra mim foi justamente esse caos que deixou tudo mais divertido. Não é todo dia que você vê uma trama que mistura deuses, destino e policiais tentando equilibrar o coração e a profissão.

O casal principal, Tharn e Phaya, segura a barra direitinho. Eles têm aquela dinâmica de “um acredita, o outro duvida” que rende discussões deliciosas, mas também uma cumplicidade que cresce episódio a episódio. É um romance que não se apressa, que vai construindo no meio de tanta confusão e que, quando engrena, entrega emoção de verdade. O Phaya com seu jeito mais cético e o Tharn com sua fé inabalável formam um contraste ótimo, e juntos conseguem dar o tom certo pra história, entre drama e ternura.

Já os casais secundários tem momentos em que eles roubam a cena, principalmente quando a trama principal fica pesada demais, mas também sofrem daquele velho problema: tempo de tela desequilibrado. Você fica querendo ver mais de certos pares e menos de outros, mas no fim dá pra se apegar a cada um de jeitos diferentes.

Agora, nem tudo são flores. Os episódios são longos, e às vezes a trama se enrola tanto nos mistérios e explicações sobrenaturais que a gente quase esquece do romance. Fora alguns personagens que parecem existir só pra confundir ou lotar a tela sem necessidade. É aquele tipo de série que pede paciência, porque o roteiro gosta de segurar revelações por mais tempo do que precisava.

Uma coisa que me incomodou bastante foi a parte das cenas de ação. A coreografia das lutas até que tem seus momentos bons, com alguns embates bem ensaiados, mas em outros fica aquela sensação de “ensaio de teatro escolar”, muito braço levantado, muita pose, e pouco impacto real. E as cenas de tiro então… essas me deixaram frustrada de verdade. Tinha hora que parecia videogame mal renderizado: personagem atirando mil vezes e não acertando ninguém, pistola disparando sem recuo, sem fumaça, sem faísca, só aquele barulhinho de pew pew saindo do nada. É difícil manter a imersão quando você vê uma arma disparar sem nenhum sinal físico de que saiu uma bala dali. Acaba tirando o peso de situações que deveriam ser tensas e emocionantes.

E já que falei de videogame mal renderizado, não tem como não comentar do CGI. Ele não chega a ser horrível, não é daqueles que dão vergonha alheia imediata, mas também passa longe de ser convincente. É aquele meio-termo estranho: você olha e pensa “ok, entendi o que quiseram fazer”, mas a execução não te compra de verdade. As cenas com efeitos especiais até ajudam a criar a atmosfera mística da trama, mas falta credibilidade. Parece tudo muito limpo, muito artificial, e acaba não transmitindo a grandiosidade que a história pede. É como se o CGI cumprisse o papel de ilustrar, mas nunca de fazer você acreditar que aquilo realmente está acontecendo.

E o final… ah, o final. Foi aquele tipo de desfecho que a gente assiste com a sobrancelha levantada, sabe? O Dr. passou a série inteira obcecado, perseguindo o Tharn, querendo acabar com o Phaya a qualquer custo, e aí de repente resolve simplesmente soltar o Tharn e deixá-lo viver feliz ao lado do namorado. Conveniente demais, quase preguiçoso. Depois de tanto drama e perseguição, a resolução pareceu apressada, como se quisessem encerrar tudo rápido pra caber no episódio. Faltou coerência, faltou consequência, e eu fiquei com aquela sensação de “ué, foi só isso?”.

Mesmo assim teve momentos em que eu fiquei grudada na tela tentando entender o próximo passo do destino dos personagens, outros em que suspirei com o casal principal, e alguns em que pensei “ok, isso aqui tá viajando demais, mas eu vou junto”. Recomendo? Sim, principalmente se você gosta de BLs que saem do básico e não têm medo de arriscar no sobrenatural. O que mais me marcou foi justamente isso: o jeito corajoso de misturar romance com fantasia e investigação, criando uma história que, mesmo com tropeços, conseguiu ser única.
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