A cozinheira de um pequeno restaurante familiar é convidada para entrar no mundo da alta gastronomia sob a orientação de um chef famoso, mas insuportável. (Fonte: Netflix) Editar Tradução
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- Título original: คนหิว เกมกระหาย
- Também conhecido como: Açlık , Fome de Sucesso , Hladoví po úspěchu , Hunger คนหิว เกมกระหาย , Hunger: Khao Khát Thành Công , Khon Hiu Game Krahai , Голод , ハンガー: 飽くなき食への道
- Roteirista: Kongdej Jaturanrasamee
- Diretor: Dom Sitisiri Mongkolsiri
- Gêneros: Comida, Thriller, Drama
Onde assistir Fome de Sucesso
Subscription (sub)
Elenco e Créditos
- Aokbab Chutimon Chuengcharoensukying Papel Principal
- Peter Nopachai Chaiyanam Papel Principal
- Gun Sawasdiwat Na Ayutthaya Papel Principal
- AimAuPapel Secundário
- Varit Hongsananda "Pao"TosPapel Secundário
- Lalita PaisarnMilkyConvidado
Resenhas
Porque tem fome que é física, mas tem aquela que queima por dentro
"Fome de Sucesso" (Hunger ) não é um filme, é um banquete emocional servido em fogo alto e pratos frios de ambição.Assisti salivando e digerindo verdades amargas a cada cena.
🍜🔥 Eu entrei pelo sabor… fiquei pelo tapa na cara. Porque tem fome que é física, mas tem aquela que queima por dentro: é sede de provar o próprio valor.
Começa simples: uma jovem cozinheira de rua, apaixonada pelo que faz, é convidada pra entrar no mundo da alta gastronomia tailandesa.
Mas logo, descobre que o que está em jogo não é só técnica — é identidade, é ego, é humanidade servida crua.
Chef Paul, o mentor/intimidador, rouba a cena com uma atuação cortante.
Ele não ensina — ele espreme. Ele não inspira — ele provoca.
E a protagonista, Aoy, vai sendo moldada, pressionada, testada como uma massa que precisa crescer ou... explodir.
E não se engane: o filme é sobre comida, mas fala de poder, desigualdade, vaidade, e até crueldade social.
A cozinha vira arena.
Os pratos, armas.
E a fome? É da alma. Daquela que grita: “Eu também mereço estar aqui.”
✨ “Não é só o talento que alimenta um sonho.
É a raiva de ser subestimada.
É a vontade de não morrer invisível.”
Me vi nela.
Na dúvida entre crescer e me perder.
Na linha tênue entre fazer por amor ou pra provar algo pro mundo.
E talvez essa seja a grande pergunta do filme: até onde você vai pra ser reconhecido? E quando isso deixa de ser sobre paixão e vira obsessão?
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Esta resenha pode conter spoilers
“Fome de Sucesso” (“Hunger”) é daqueles filmes que você começa achando que vai ver um drama culinário estiloso, mas termina sentindo como se tivesse engolido, sem respirar, um tratado sobre ambição, desigualdade e o preço da relevância. É um banquete emocional servido queimando — daqueles que não alimentam, mas remexem. Porque existe uma fome que é física, sim, mas existe outra que nasce fundo no peito: a fome de provar que você importa. E é essa que arde mais.A trajetória de Aoy, uma jovem cozinheira de rua que entra na elite gastronômica tailandesa, é um mergulho brutal na pergunta que o filme repete em silêncio: o que você está disposto a sacrificar para ser alguém? Ela entra pelo sabor, fica pela promessa de ascensão e, aos poucos, percebe que está em um mundo onde técnica importa menos do que ego — e onde ser “especial” exige um tipo de renúncia que ninguém avisa qual é. Quando ela encontra Chef Paul, tudo muda de temperatura: ele não ensina, ele pressiona; não inspira, ele espreme; transforma o ato de cozinhar em uma arena onde só sobrevivem os mais famintos.
A dinâmica entre os dois é o motor do filme. Paul representa a fome que nunca se sacia — a ganância de quem precisa ser venerado para existir. Aoy ainda tenta sustentar a ideia de que comida é afeto, memória, pertencimento. Ele cozinha como um aviso; ela tenta cozinhar como um abraço. E é nessa colisão que o filme encontra seu brilho: não existe certo ou errado — só existências diferentes tentando sobreviver no mesmo fogo alto. A crítica à elite tailandesa surge através da gastronomia: rica, teatral, grotesca. O filme até exagera, repete imagens, empurra a metáfora mais do que precisa… mas justamente por isso impacta.
Quando Aoy abandona Paul e aceita o convite de Tos para ser a chef principal de um restaurante glamouroso, ela descobre que saiu do fogo para cair no maçarico. Antes de ser uma cozinheira, vira produto. Antes de ser artista, vira marketing. A cena da disputa final com Paul, envolvendo pratos lindos, sanguinolentos e quase ritualísticos, não fala sobre comida — fala sobre status, sobre a obsessão de ser aplaudido por quem não entende o que consome. É desconfortável, teatral e, às vezes, até repetitivo, mas funciona: a ostentação é tão vazia que grita.
“Hunger” acerta quando questiona o real valor das coisas. É caro porque é especial, ou é especial porque é caro? É sabor ou é espetáculo? É talento ou é narrativa? O filme responde com cinismo: muitas vezes, não importa. A elite consome símbolos, não comida. E os pobres, como diz o texto, comem para sobreviver — mas quando sobra, a fome deixa de ser necessidade e vira ganância. O filme não oferece soluções nem finais fáceis; apenas revela como é assustadoramente simples se transformar naquilo que você criticava.
No fim, “Fome de Sucesso” não é perfeito. É longo, às vezes repetitivo na caricatura dos ricos, e podia equilibrar melhor o tom. Mas ainda assim é um soco necessário — um filme que provoca, incomoda e deixa gosto amargo. Não é sobre culinária; é sobre escolha. Sobre descobrir até onde você vai por reconhecimento. E sobre perceber, tarde demais, que para alimentar um sonho você pode acabar devorando partes essenciais de si. É um filme que não sacia, mas marca — daqueles que continuam cozinhando dentro da gente depois que a tela fica preta.
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