
O detetive Akikazu é um homem depressivo que, após pegar sua esposa em flagrante com o amante, teve sua vida virada de ponta cabeça. Vivendo a base de remédios fortes e sem propósito nenhum, ele acaba passando por um difícil momento quando sua filha é sequestrada. Ele parte então em uma busca sem limites pela adolescente que, conforme a busca avança, se mostra uma pessoa mais perigosa do que ele mesmo. (Fonte: AdoroCinema; editado por kisskh) Editar Tradução
- Português (Brasil)
- 中文(台灣)
- Polski
- Español
- Título original: 渇き。
- Também conhecido como: Kanako w krainie czarów , Kawaki , O Mundo de Kanako , Thirst , 渇き , 渴望
- Roteirista: Tadano Miako, Monma Nobuhiro
- Roteirista e Diretor: Nakashima Tetsuya
- Gêneros: Thriller, Mistério, Crime, Drama
Onde assistir O Mundo de Kanako
Elenco e Créditos
- Yakusho Koji Papel Principal
- Komatsu Nana Papel Principal
- Tsumabuki SatoshiAsai [Detective]Papel Secundário
- Shimizu HiroyaBoku [Kanako's high school friend]Papel Secundário
- Nikaido FumiEndo Nami [Kanako's ex-middle school classmate]Papel Secundário
- Hashimoto AiMorishita Emi [Kanako's high school friend]Papel Secundário
Resenhas

Estou sem palavras
Que filme alucinante, estou em êxtase!The World of Kanako é completamente fora da caixinha (insano, visceral, perturbador) e me manteve vidrada em cada minuto. É daqueles filmes que você assiste com os olhos arregalados, soltando um "meu deus!" a cada reviravolta.
Os três maiores acertos, sem dúvida, foram:
1. O elenco, que entrega atuações arrebatadoras. Estamos falando de performances intensas, viscerais, daquelas que transbordam desconforto e verdade.
2. Os diálogos, sempre crus, violentos, cheios de tensão. Cada fala carrega um impacto narrativo real.
3. A montagem, que é simplesmente sensacional. Os cortes abruptos, os flashes e as transições caóticas refletem perfeitamente o estado mental do protagonista. Em cenas onde ele está mais perturbado ou sendo hipócrita, a edição acompanha seu colapso psicológico ou hipocrisia de forma sensacional.
A premissa parece simples: um ex-detetive alcoólatra e emocionalmente destruído descobre que sua filha desapareceu. A partir daí, embarca numa investigação desordenada e pessoal para encontrá-la. Aos poucos, ele descobre que a filha que idealizou está longe de ser inocente. Na verdade, Kanako é tão perturbadora, cruel e manipuladora quanto ele.
Um dos grandes méritos do filme é como ele brinca com as linhas temporais. No início, o roteiro sinaliza claramente o que é passado e presente, mas conforme a trama se intensifica, essa distinção desaparece, e curiosamente não fica confuso. A narrativa embaralhada acaba sendo mais um reflexo do caos interno do protagonista do que um mero recurso estilístico. E funciona.
As transições são um espetáculo à parte. Até as cenas mais calmas ganham tensão com a montagem agressiva, cheia de cortes rápidos e inserções quase subliminares. A maquiagem também merece destaque, não economizam em sangue, dor e impacto visual. A violência é gráfica, brutal, e atinge o espectador com força.
Outro ponto que adorei: não há ninguém para se apegar. Todos os personagens são moralmente podres. O filme não nos oferece mocinhos, só acompanhamos, como testemunhas horrorizadas, uma sucessão de decisões autodestrutivas. É um mergulho num abismo humano onde não há redenção (NÃO HÁ!!).
Mas claro, nem tudo funcionou. Por volta da metade, há uma quebra de ritmo difícil de ignorar. Um plot twist muda a perspectiva do protagonista e do espectador, mas também abre as portas para um excesso de tramas paralelas. A partir daí, o roteiro tenta dar conta de muitos elementos: envolvimento com empresários ricos, assassinos de aluguel, um policial perturbado e caricato (até agora não entendi sua real função na trama), guerra de gangues, rivalidades adolescentes. É como se o filme tentasse multiplicar os suspeitos e as teorias, perdendo o foco do que realmente importa.
Apesar desse exagero, o roteiro consegue se reencontrar perto do fim, entregando uma conclusão à altura do caos que construiu.
Sim, é um filme absurdamente violento. Em vários momentos, fiquei FISICAMENTE desconfortável, especialmente por causa da crueldade gráfica contra os personagens. E é importante deixar claro que o protagonista é um ser humano desprezível, podre, repulsivo. E sua filha não fica atrás. É um filme sobre a podridão humana, sem qualquer tentativa de suavizar ou justificar o que mostra.
Ainda assim, The World of Kanako me conquistou. Me entreteve, me chocou, me jogou no chão. Tem identidade, tem estilo, tem cenas memoráveis, diálogos densos e atuações monstruosas tanto do elenco jovem quanto dos veteranos.
Recomendo fortemente para quem curte filmes perturbadores que desafiam sua zona de conforto. Mas vá preparado, é preciso estômago, e nenhuma esperança de encontrar bons personagens. Aqui, todos estão afundando e levando os outros junto.
Esta resenha foi útil para você?

Nakashima Tatsuya is a genius Japanese director. His “Confessions” and “Memories of Matsuko” are living evidences of his brilliance. The downside is that he doesn’t come out much but when he does, it will be through a thought-provoking wild picture like The World of Kanako.
Being a serious fan of Nakashima filmmaking, I was eagerly anticipating this. But I wasn’t ready for this darker tone and pitch black atmosphere. Needless to say, I was pleased in a very good way. The picture was a clear depiction of an ill society with lots of vacancy within.
The storyline was based on several flashbacks to draw Kanako’s life. The multitude of switching between the past and the present was an intelligent procedure to keep the suspense until the end. Of course, the overuse might turn out confusing especially by the end but it was a definite win for the film’s two hours’ longitude.
The plot’s successively coherent events helped expressing the characters’ nightmarish adventures. But it was the excessive violence that pinpointed the severity of what actually happened. Of course brutal beatings and cuttings can come out extremely discomforting but it’s their gruesome nature that grabs the memory and highlights the nasty reality Nakashima was trying to illustrate: Nothing is what it seems. There’s always a hidden reality underneath.
Beside Nakashima’s explosive style in picturing a chaos in stunning colours, there were his brilliant main leads. They’re what strengthened my wish to see this picture in the first place; the veteran Yakusho Koji (he was on a whole different level), the brilliant Tsumabuki Satoshi, the charismatic Odagiri Joe, the much imposing Nakatani and even the impressive younger talents Hashimoto, Komatsu and especially Shimizu. The film’s loaded cast helped bringing few of the craziest characters ever.
There’s zero hero in this film. All of its characters are some sort of anti-heroes, psychos, sadists, violent pricks and even demons. It was the intense characterisation that made me glued to the screen the whole time. They make one hell of an entertaining bunch. They were perfectly entwined in a messy havoc. They even get crazier as the film goes on and on unravelling their traits one by one. Some characters didn’t get proper explanations as they popped on the screen but it all went well for the final blow.
Maybe Nakashima went abroad with the repeated violence, brutality, rape, drug use and all the ugly side of REALITY but it was especially genius how he has wrapped his characters in a surrealist cover of apparent fantasy. It does take a big director to convince his audience about the line between reality and fiction without getting caught in his own scenario. Hats off to you oji-san!
The World of Kanako is a fascinating take about the ugliness in society (more particularly Japanese). It’s an intriguing view about people’s masks and their crazy reactions when someone pushes the wrong button. It’s basically a gripping watch centring on wild characters being pushed to the edge.
Esta resenha foi útil para você?