Quando o Sci-Fi do Pão com Ovo Vira Colapso Emocional
Nunca achei que um BL com sci-fi e orçamento de um pão com ovo fosse me fazer chorar no meio da madrugada, mas The Boy Next World conseguiu. E não foi um choro fofo, foi um colapso emocional completo.
Comecei esperando algo estranho, talvez confuso, talvez só bonito. O que recebi foi uma história que me engoliu. Aos poucos, foi crescendo até me deixar olhando para o teto, me perguntando se em algum outro universo eu também amei alguém assim.
Phu é gentil e calmo na superfície, mas carrega o peso de mil versões de si mesmo. Cada fala contida, cada silêncio, transmite essa carga. Cir, por outro lado, é fechado, direto, cheio de camadas invisíveis que não se explicam, só se sentem. Ele é como um trauma que aprendeu a amar. E, por mais que o universo pareça conspirar contra, eles se pertencem.
A premissa do multiverso é ousada para um BL: vidas paralelas, memórias cruzadas, sentimentos que não deveriam existir. Mas há pontos da trama, como a habilidade do Jin de ler mentes e certas motivações do Cir de outros universos, que ficam no ar, pouco explorados ou mal explicados, o que pode frustrar quem gosta de respostas claras.
Apesar disso, o roteiro, embora às vezes confuso e com diálogos expositivos demais, funciona na construção dessa atmosfera desconfortável e dolorosamente humana. A produção simples e os cortes secos, junto com efeitos visuais quase simbólicos, podem incomodar quem espera algo mais polido, mas ajudam a criar um clima único.
Algumas cenas têm uma intensidade silenciosa que não sai da cabeça, e o final… bom, não é para quem busca fechamento, mas para quem aceita a ferida aberta.
Se você quer algo tecnicamente perfeito, com trilha sonora elaborada e aquele slow burn clássico, pode se decepcionar. Mas se gosta de romances que doem, amores quebrados tentando se remendar no caos do tempo e da memória, essa série é um soco na alma do jeito certo.
Comecei esperando algo estranho, talvez confuso, talvez só bonito. O que recebi foi uma história que me engoliu. Aos poucos, foi crescendo até me deixar olhando para o teto, me perguntando se em algum outro universo eu também amei alguém assim.
Phu é gentil e calmo na superfície, mas carrega o peso de mil versões de si mesmo. Cada fala contida, cada silêncio, transmite essa carga. Cir, por outro lado, é fechado, direto, cheio de camadas invisíveis que não se explicam, só se sentem. Ele é como um trauma que aprendeu a amar. E, por mais que o universo pareça conspirar contra, eles se pertencem.
A premissa do multiverso é ousada para um BL: vidas paralelas, memórias cruzadas, sentimentos que não deveriam existir. Mas há pontos da trama, como a habilidade do Jin de ler mentes e certas motivações do Cir de outros universos, que ficam no ar, pouco explorados ou mal explicados, o que pode frustrar quem gosta de respostas claras.
Apesar disso, o roteiro, embora às vezes confuso e com diálogos expositivos demais, funciona na construção dessa atmosfera desconfortável e dolorosamente humana. A produção simples e os cortes secos, junto com efeitos visuais quase simbólicos, podem incomodar quem espera algo mais polido, mas ajudam a criar um clima único.
Algumas cenas têm uma intensidade silenciosa que não sai da cabeça, e o final… bom, não é para quem busca fechamento, mas para quem aceita a ferida aberta.
Se você quer algo tecnicamente perfeito, com trilha sonora elaborada e aquele slow burn clássico, pode se decepcionar. Mas se gosta de romances que doem, amores quebrados tentando se remendar no caos do tempo e da memória, essa série é um soco na alma do jeito certo.
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