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  • Location: Em algum lugar perdido do Br
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  • Join Date: June 2, 2025

Cryssieee

Em algum lugar perdido do Br
To My Star Season 2: Our Untold Stories korean drama review
Completed
To My Star Season 2: Our Untold Stories
1 people found this review helpful
by Cryssieee
Jun 14, 2025
10 of 10 episodes seen
Completed
Overall 8.0
Story 7.0
Acting/Cast 8.0
Music 7.0
Rewatch Value 8.0

To My Star 2 foi feita pra doer diferente da primeira parte

Se a primeira temporada foi sobre o início doce e quase acidental de um romance, a segunda é o soco no estômago que vem quando a vida real bate à porta. Dessa vez, a série troca os sorrisos tímidos por silêncios longos, o carinho por mágoa, e entrega um retrato bem mais cru do que significa amar alguém que simplesmente não consegue se permitir ser amado.

A história começa já com a tensão no ar. O Seojoon não entende por que o Jiwoo foi embora sem olhar pra trás, e a gente também não. Aos poucos, o drama vai soltando migalhas sobre o que rolou entre eles, enquanto mostra o Seojoon tentando seguir em frente, ou fingindo que consegue. E o Jiwoo… bom, ele continua o mesmo emocionalmente constipado de sempre, só que agora mais magoado, mais fechado, mais perdido.

A temporada é lenta, e às vezes até arrastada, mas não no sentido ruim. É mais um convite pra sentar com esses dois e encarar o que sobrou de um relacionamento que, apesar de real, foi mal resolvido desde o começo. A dor aqui é silenciosa. Os olhares dizem mais do que os diálogos, até porque o Jiwoo fala pouco e quando fala, dá vontade de gritar com ele. Tem episódios em que quase nada acontece, mas mesmo o “nada” tem peso, tem angústia.

O grande mérito da série é não romantizar a tristeza. O Seojoon sofre, claro, mas ele também tenta se reconstruir. O Jiwoo erra muito, mas dá pra entender que ele também tá travando uma batalha interna gigante. Ninguém ali é 100% certo ou errado. Só são duas pessoas quebradas tentando descobrir se ainda faz sentido colar os pedaços juntas.

Não é uma temporada fácil de ver. Se você veio pela leveza da primeira, vai levar um choque. Mas se você gosta de histórias que tratam relacionamentos como algo real, com toda a confusão, medo, orgulho e tentativa de recomeço, essa segunda parte é necessária. Dói, mas vale a pena.

E quando o reencontro finalmente acontece (porque sim, eventualmente acontece), não é mágico nem cinematográfico. É agridoce, pé no chão, e talvez por isso funcione tão bem. Porque às vezes amar é isso: escolher continuar mesmo depois da tempestade, sabendo que vai dar trabalho.
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