This review may contain spoilers
E lá vem textão... E alerta MUUUUITO spoiler...
Terminei Pit Babe 2 e olha… que farofada. Tô até agora digerindo o caos, os poderes, as corridas e o tanto de DR mal resolvida. A série é maluca? É. Tem furo de roteiro? De mais. Mas eu assisti tudo colada na tela porque, apesar de tudo, é viciante. E o coração dela ainda é o casal que dá nome ao rolê: Charlie e Babe.
Charlie e Babe continuam entregando tudo. O drama, o ciúme, as indiretas passivo-agressivas e o amor que, no fim, segura tudo mesmo quando o roteiro parece que foi escrito em cima de uma moto a 180km/h. Charlie tá ainda mais intenso, às vezes frio demais, cheio de segredos e Babe mais uma vez tentando entender o que tá acontecendo ao redor dele enquanto o mundo explode. O Babe merecia um abraço e uma terapia, mas pelo menos ele começa a se posicionar mais nessa temporada, o que me fez gostar ainda mais dele. E a química? Continua ótima. É aquele tipo de casal que briga, se afasta, faz as pazes e você fica presa querendo ver o que vai dar.
Alan e Jeff são meu segundo casal favorito, sem nem pensar. Eles são doces, têm uma vibe que acalma no meio do surto geral da série. O Jeff é todo contido, o Alan todo intenso, e juntos funcionam lindamente. Se tivesse mais espaço pra eles, eu nem reclamava, inclusive queria uma série só com os dois se descobrindo, brigando por bobagem e se abraçando na chuva. Eu posso sonhar?
Mas preciso dizer: a situação do Alan ter traído o pessoal me incomodou demais. E nem é pelo puro egoísmo do personagem, porque, sinceramente, isso dava pra trabalhar com mais camadas. O que pegou mesmo foi a cara de conveniência de roteiro. Aquilo ali foi jogado claramente só pra fazer a trama andar, gerar conflito e forçar uma confusão. Não teve construção, nem peso emocional o suficiente pro que aquilo significava entre eles. Foi tipo: "precisamos de drama aqui, então vamos fazer o Alan agir fora do personagem por um episódio". E isso quebra um pouco a conexão que a gente já tinha com ele. Ele merecia uma abordagem mais cuidadosa, não só um empurrão dramático artificial.
Agora, Tony voltando dos mortos… Senhor amado, eu fiquei igual ao Babe: sem entender absolutamente nada. Um minuto ele tá morto, no outro tá vivo, e ainda mais malvado, e criando novos super-humanos. Essa parte dos poderes ficou meio jogada, confusa, mas até que visualmente bonita, vai. Tem umas cenas que eu achei puro videoclipe, e não tô reclamando.
Mas vou ser sincera: achei uma forçação de barra absurda esse negócio dele ser imortal. Tipo… sério? O Tony simplesmente nasceu assim e pronto??? Cadê a explicação plausível? Qual é o nível de “normalidade” disso nesse universo? Porque a série nunca deixou claro se esse é um mundo onde pessoas com poderes surgem naturalmente ou se o Tony é uma entidade divina perdida num circuito de corrida tailandês. Ele é o único assim? Existe uma mitologia por trás? Ou ele só existe pra mover a trama como se fosse um chefe final de videogame? Faltou contexto. Faltou um “porquê” que fizesse sentido dentro da lógica da série. E aí o impacto da coisa toda fica mais visual do que emocional, bonito de ver, mas difícil de engolir.
Willy, o piloto novo, chegou do nada ganhando corrida e querendo pegar o Babe. Um pouco forçado? Talvez. Mas ele serviu pra botar fogo nas inseguranças do Charlie, e isso sempre gera conteúdo, porque quando o Charlie começa a surtar de ciúme, a gente sabe que o drama tá garantido. Só que, mesmo com esse potencial, o Willy ficou parecendo mais acessório de roteiro do que um personagem com real propósito. Ele apareceu muito, mas a profundidade dele ficou na superfície.
A explicação de como ele ganhou poderes então… totalmente rasa. A gente só vê o Willy apanhando numa briga de rua, quase morrendo e, do nada, acordando num laboratório estilo ficção científica de baixo orçamento, onde o Tony resolve fazer dele um ratinho de cobaia. E pronto. Não tem construção, não tem motivação, não tem uma linha de raciocínio que ligue ele ao Tony, como se o Tony tivesse uma bola de cristal e resolvesse salvar um aleatório da sarjeta pra transformar em super corredor.
Faltou mostrar por que o Tony escolheu o Willy, como ele o encontrou, se havia algo especial nele ou se era só conveniência de roteiro mesmo. Porque do jeito que foi apresentado, parecia mais uma desculpa pra criar tensão no triângulo amoroso e botar um corpo novo na pista, literalmente. O Willy poderia ter sido um personagem interessante, com um arco de redenção ou dilema moral, mas ficou nisso: o bonitão misterioso que corre bem, dá em cima do Babe e vira cobaia de vilão sem muito sentido.
Os outros casais, Kenta e Kim, Pete e Chris, Sonic e North, até tinham um chão bom pra crescer, mas a série passou o trator em cima.
Kenta e Kim tinham tudo pra ser um casal calmo, com desenvolvimento gradual, daqueles que vão construindo intimidade aos pouquinhos, no meio do caos. A vibe deles era bonitinha, quase terapêutica, sabe? O Kenta é todo contido, cheio de fantasmas do passado e traumas que claramente ainda o afetam. E o Kim apareceu como aquele tipo de pessoa que tem paciência, que sabe escutar, que poderia ser o porto seguro pra esse coração quebrado. Só que a série passou correndo por cima disso, literalmente. Eles apareciam em cena só o suficiente pra gente perceber que havia alguma coisa ali, mas não deu tempo de desenvolver nada. Não teve conversa profunda, nem um momento real de vulnerabilidade entre eles. Podiam ter explorado o Kenta tentando confiar de novo, baixar a guarda, e o Kim sendo o apoio silencioso, aquele tipo de parceiro que cuida e trata as feridas do passado. Tinha tanto potencial pra ser um casal sensível, que cresce na base do cuidado e do afeto, mas a série preferiu enfiar mais plot de laboratório do que mostrar o que realmente importa: sentimento. Uma pena, porque dava fácil pra ter feito a gente se apaixonar por eles.
Sonic e North também ficaram no quase. Eles têm aquela energia de "a gente tem história", tipo ex com ressentimento mal resolvido, e toda vez que se cruzavam dava pra sentir uma tensão que pedia mais tempo de tela. Esse é um casal que merecia destaque. A gente acompanha a amizade deles desde a primeira temporada, e sempre rolava aquele sentimento de que havia algo a mais ali, uma intensidade nas trocas de olhares, que nunca era totalmente explicada. Agora, com mais tempo juntos e maturidade, dava pra brincar com essas possibilidades, explorar o que aconteceu entre eles no passado, se foi amor, mágoa, orgulho ferido… mas deixaram de lado, infelizmente. A série tinha tudo pra transformar essa relação num reencontro potente, cheio de camadas, mas preferiu mergulhar no caos sobrenatural e deixar Sonic e North jogados no fundo da pista, como se fossem figurantes da própria história. Uma oportunidade desperdiçada de entregar drama de qualidade.
Chris e Pete: eu preciso respirar fundo pra falar. Porque, assim, o Chris entrou na série e meu cérebro bugou. Ele é muito parecido com o Way, aquele mesmo Way da primeira temporada, que morreu e deixou todo mundo devastado. Não só fisicamente, mas na aura, no olhar intenso, no jeito meio calado e cheio de mistério. Era como se o próprio Way tivesse voltado de outro plano, com outra identidade. Foi estranho no começo, confesso, mas depois virou interessante… e aí a série largou a história no meio do caminho. O choque maior veio quando descobrimos que o Chris, na real, é irmão gêmeo do Way. E mais: filho do Tony. Tipo… oi? Isso tinha um potencial absurdo. O que isso significa pro universo da série? O Tony já estava fazendo experimentos há décadas? O Chris foi criado separado, sabia quem era o pai dele? Ele conhecia o irmão gêmeo? Gente, isso daria um arco inteiro cheio de revelações, conflitos internos e reencontros emocionais. Mas a série simplesmente joga a informação no nosso colo e sai correndo. Nenhuma explicação mais profunda, nenhuma reação realista dos personagens. Só: “ah, ele é filho do vilão imortal e irmão do falecido, segue o baile”. Fiquei frustrada.
E o Pete… ai, o Pete merecia bem mais. Um personagem doce, que já vinha da primeira temporada carregando a dor da perda do Way, e agora se vê atraído por alguém que é literalmente igual ao amor que perdeu. Isso é drama puro! Só que entregaram tudo às pressas, só insinuações, olhares longos, umas cenas rápidas e pronto. Nem tempo pra gente mergulhar nesse mar de sentimentos confusos eles deram. A relação dos dois ficou no raso, nas migalhas. Uma pena, de verdade, porque o elenco segurava fácil esse peso todo. A química existia, o roteiro que faltou coragem (ou tempo de tela mesmo) pra ir mais fundo.
As corridas continuam boas, viu? A produção caprichou nas cenas, e eu gostei dos efeitos com os poderes. O roteiro, como sempre, é aquela mistura de BL, dorama sobrenatural e fanfic caótica escrita por uma adolescente de 15 anos no auge da inspiração. Tem umas cenas que não fazem sentido, uns cortes estranhos, personagem que some do nada e volta agindo como se nada tivesse acontecido. A série peca nos excessos. Tem personagem demais, subtrama demais, e tempo de menos pra desenvolver tudo com o cuidado que merecia. Treze episódios é muito pouco pra dar conta de uma história que mistura corridas, poderes sobrenaturais, romances entrelaçados, conspirações científicas, traições, supostas reencarnações e ainda tenta entregar momentos emocionantes com cada casal. É muita coisa pra pouco tempo de tela. O resultado? Vários personagens ótimos acabaram com arcos corridos, ou simplesmente largados no meio do caminho. Casais como Kenta e Kim, Sonic e North, Chris e Pete... todos tinham material de sobra pra ter uma série própria. E se tivessem, a gente assistiria com gosto. Porque o potencial tá ali. Tá nos olhares não ditos, nas dores mal resolvidas, nas tensões que a série planta e nunca colhe de verdade.
Pit Babe 2 não é perfeita, longe disso. Mas mesmo com seus furos, exageros e escolhas questionáveis, ela entrega emoção. Ela prende. Ela faz a gente rir, chorar, xingar a tela e suspirar por um casal específico (ou cinco). É uma bagunça? É. Mas é uma bagunça deliciosa. E se amanhã anunciar uma terceira temporada, com metade do elenco de volta, ainda mais poderes aleatórios e mais corridas… pode ter certeza que eu vou estar lá.
Charlie e Babe continuam entregando tudo. O drama, o ciúme, as indiretas passivo-agressivas e o amor que, no fim, segura tudo mesmo quando o roteiro parece que foi escrito em cima de uma moto a 180km/h. Charlie tá ainda mais intenso, às vezes frio demais, cheio de segredos e Babe mais uma vez tentando entender o que tá acontecendo ao redor dele enquanto o mundo explode. O Babe merecia um abraço e uma terapia, mas pelo menos ele começa a se posicionar mais nessa temporada, o que me fez gostar ainda mais dele. E a química? Continua ótima. É aquele tipo de casal que briga, se afasta, faz as pazes e você fica presa querendo ver o que vai dar.
Alan e Jeff são meu segundo casal favorito, sem nem pensar. Eles são doces, têm uma vibe que acalma no meio do surto geral da série. O Jeff é todo contido, o Alan todo intenso, e juntos funcionam lindamente. Se tivesse mais espaço pra eles, eu nem reclamava, inclusive queria uma série só com os dois se descobrindo, brigando por bobagem e se abraçando na chuva. Eu posso sonhar?
Mas preciso dizer: a situação do Alan ter traído o pessoal me incomodou demais. E nem é pelo puro egoísmo do personagem, porque, sinceramente, isso dava pra trabalhar com mais camadas. O que pegou mesmo foi a cara de conveniência de roteiro. Aquilo ali foi jogado claramente só pra fazer a trama andar, gerar conflito e forçar uma confusão. Não teve construção, nem peso emocional o suficiente pro que aquilo significava entre eles. Foi tipo: "precisamos de drama aqui, então vamos fazer o Alan agir fora do personagem por um episódio". E isso quebra um pouco a conexão que a gente já tinha com ele. Ele merecia uma abordagem mais cuidadosa, não só um empurrão dramático artificial.
Agora, Tony voltando dos mortos… Senhor amado, eu fiquei igual ao Babe: sem entender absolutamente nada. Um minuto ele tá morto, no outro tá vivo, e ainda mais malvado, e criando novos super-humanos. Essa parte dos poderes ficou meio jogada, confusa, mas até que visualmente bonita, vai. Tem umas cenas que eu achei puro videoclipe, e não tô reclamando.
Mas vou ser sincera: achei uma forçação de barra absurda esse negócio dele ser imortal. Tipo… sério? O Tony simplesmente nasceu assim e pronto??? Cadê a explicação plausível? Qual é o nível de “normalidade” disso nesse universo? Porque a série nunca deixou claro se esse é um mundo onde pessoas com poderes surgem naturalmente ou se o Tony é uma entidade divina perdida num circuito de corrida tailandês. Ele é o único assim? Existe uma mitologia por trás? Ou ele só existe pra mover a trama como se fosse um chefe final de videogame? Faltou contexto. Faltou um “porquê” que fizesse sentido dentro da lógica da série. E aí o impacto da coisa toda fica mais visual do que emocional, bonito de ver, mas difícil de engolir.
Willy, o piloto novo, chegou do nada ganhando corrida e querendo pegar o Babe. Um pouco forçado? Talvez. Mas ele serviu pra botar fogo nas inseguranças do Charlie, e isso sempre gera conteúdo, porque quando o Charlie começa a surtar de ciúme, a gente sabe que o drama tá garantido. Só que, mesmo com esse potencial, o Willy ficou parecendo mais acessório de roteiro do que um personagem com real propósito. Ele apareceu muito, mas a profundidade dele ficou na superfície.
A explicação de como ele ganhou poderes então… totalmente rasa. A gente só vê o Willy apanhando numa briga de rua, quase morrendo e, do nada, acordando num laboratório estilo ficção científica de baixo orçamento, onde o Tony resolve fazer dele um ratinho de cobaia. E pronto. Não tem construção, não tem motivação, não tem uma linha de raciocínio que ligue ele ao Tony, como se o Tony tivesse uma bola de cristal e resolvesse salvar um aleatório da sarjeta pra transformar em super corredor.
Faltou mostrar por que o Tony escolheu o Willy, como ele o encontrou, se havia algo especial nele ou se era só conveniência de roteiro mesmo. Porque do jeito que foi apresentado, parecia mais uma desculpa pra criar tensão no triângulo amoroso e botar um corpo novo na pista, literalmente. O Willy poderia ter sido um personagem interessante, com um arco de redenção ou dilema moral, mas ficou nisso: o bonitão misterioso que corre bem, dá em cima do Babe e vira cobaia de vilão sem muito sentido.
Os outros casais, Kenta e Kim, Pete e Chris, Sonic e North, até tinham um chão bom pra crescer, mas a série passou o trator em cima.
Kenta e Kim tinham tudo pra ser um casal calmo, com desenvolvimento gradual, daqueles que vão construindo intimidade aos pouquinhos, no meio do caos. A vibe deles era bonitinha, quase terapêutica, sabe? O Kenta é todo contido, cheio de fantasmas do passado e traumas que claramente ainda o afetam. E o Kim apareceu como aquele tipo de pessoa que tem paciência, que sabe escutar, que poderia ser o porto seguro pra esse coração quebrado. Só que a série passou correndo por cima disso, literalmente. Eles apareciam em cena só o suficiente pra gente perceber que havia alguma coisa ali, mas não deu tempo de desenvolver nada. Não teve conversa profunda, nem um momento real de vulnerabilidade entre eles. Podiam ter explorado o Kenta tentando confiar de novo, baixar a guarda, e o Kim sendo o apoio silencioso, aquele tipo de parceiro que cuida e trata as feridas do passado. Tinha tanto potencial pra ser um casal sensível, que cresce na base do cuidado e do afeto, mas a série preferiu enfiar mais plot de laboratório do que mostrar o que realmente importa: sentimento. Uma pena, porque dava fácil pra ter feito a gente se apaixonar por eles.
Sonic e North também ficaram no quase. Eles têm aquela energia de "a gente tem história", tipo ex com ressentimento mal resolvido, e toda vez que se cruzavam dava pra sentir uma tensão que pedia mais tempo de tela. Esse é um casal que merecia destaque. A gente acompanha a amizade deles desde a primeira temporada, e sempre rolava aquele sentimento de que havia algo a mais ali, uma intensidade nas trocas de olhares, que nunca era totalmente explicada. Agora, com mais tempo juntos e maturidade, dava pra brincar com essas possibilidades, explorar o que aconteceu entre eles no passado, se foi amor, mágoa, orgulho ferido… mas deixaram de lado, infelizmente. A série tinha tudo pra transformar essa relação num reencontro potente, cheio de camadas, mas preferiu mergulhar no caos sobrenatural e deixar Sonic e North jogados no fundo da pista, como se fossem figurantes da própria história. Uma oportunidade desperdiçada de entregar drama de qualidade.
Chris e Pete: eu preciso respirar fundo pra falar. Porque, assim, o Chris entrou na série e meu cérebro bugou. Ele é muito parecido com o Way, aquele mesmo Way da primeira temporada, que morreu e deixou todo mundo devastado. Não só fisicamente, mas na aura, no olhar intenso, no jeito meio calado e cheio de mistério. Era como se o próprio Way tivesse voltado de outro plano, com outra identidade. Foi estranho no começo, confesso, mas depois virou interessante… e aí a série largou a história no meio do caminho. O choque maior veio quando descobrimos que o Chris, na real, é irmão gêmeo do Way. E mais: filho do Tony. Tipo… oi? Isso tinha um potencial absurdo. O que isso significa pro universo da série? O Tony já estava fazendo experimentos há décadas? O Chris foi criado separado, sabia quem era o pai dele? Ele conhecia o irmão gêmeo? Gente, isso daria um arco inteiro cheio de revelações, conflitos internos e reencontros emocionais. Mas a série simplesmente joga a informação no nosso colo e sai correndo. Nenhuma explicação mais profunda, nenhuma reação realista dos personagens. Só: “ah, ele é filho do vilão imortal e irmão do falecido, segue o baile”. Fiquei frustrada.
E o Pete… ai, o Pete merecia bem mais. Um personagem doce, que já vinha da primeira temporada carregando a dor da perda do Way, e agora se vê atraído por alguém que é literalmente igual ao amor que perdeu. Isso é drama puro! Só que entregaram tudo às pressas, só insinuações, olhares longos, umas cenas rápidas e pronto. Nem tempo pra gente mergulhar nesse mar de sentimentos confusos eles deram. A relação dos dois ficou no raso, nas migalhas. Uma pena, de verdade, porque o elenco segurava fácil esse peso todo. A química existia, o roteiro que faltou coragem (ou tempo de tela mesmo) pra ir mais fundo.
As corridas continuam boas, viu? A produção caprichou nas cenas, e eu gostei dos efeitos com os poderes. O roteiro, como sempre, é aquela mistura de BL, dorama sobrenatural e fanfic caótica escrita por uma adolescente de 15 anos no auge da inspiração. Tem umas cenas que não fazem sentido, uns cortes estranhos, personagem que some do nada e volta agindo como se nada tivesse acontecido. A série peca nos excessos. Tem personagem demais, subtrama demais, e tempo de menos pra desenvolver tudo com o cuidado que merecia. Treze episódios é muito pouco pra dar conta de uma história que mistura corridas, poderes sobrenaturais, romances entrelaçados, conspirações científicas, traições, supostas reencarnações e ainda tenta entregar momentos emocionantes com cada casal. É muita coisa pra pouco tempo de tela. O resultado? Vários personagens ótimos acabaram com arcos corridos, ou simplesmente largados no meio do caminho. Casais como Kenta e Kim, Sonic e North, Chris e Pete... todos tinham material de sobra pra ter uma série própria. E se tivessem, a gente assistiria com gosto. Porque o potencial tá ali. Tá nos olhares não ditos, nas dores mal resolvidas, nas tensões que a série planta e nunca colhe de verdade.
Pit Babe 2 não é perfeita, longe disso. Mas mesmo com seus furos, exageros e escolhas questionáveis, ela entrega emoção. Ela prende. Ela faz a gente rir, chorar, xingar a tela e suspirar por um casal específico (ou cinco). É uma bagunça? É. Mas é uma bagunça deliciosa. E se amanhã anunciar uma terceira temporada, com metade do elenco de volta, ainda mais poderes aleatórios e mais corridas… pode ter certeza que eu vou estar lá.
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