This review may contain spoilers
A série é um caos emocional do começo ao fim
O Namnuea é o planejador de casamentos todo certinho, daqueles que tem a vida organizada na planilha, mas o coração uma bagunça completa. Aí ele aceita cuidar do casamento da Yiwa, só que o noivo dela, o Sailom… bom, ele claramente não tá ali pra casar. Desde o começo, a tensão entre ele e o Namnuea é forte, a química dos dois é absurda. ABSURDA!
E aí já entra o caos: o Sailom começa a flertar descaradamente com o Nuea mesmo estando comprometido, o Nuea se afunda em sentimentos e culpa, e a gente, espectador, se vê preso entre o desconforto moral e a vontade de que eles fiquem juntos logo. Mas aqui vem o problema: o roteiro segura a verdade por tempo demais desnecessariamente. E o drama da mentira/engano poderia ter sido resolvido em dois episódios com uma conversa sincera, e isso teria sido ótimo já que a série tem poucos episodios. Isso me irritou real. O Nuea sofre horrores, se sente culpado por algo que nem é culpa dele, e a série estica esse sofrimento de um jeito que parece mais castigo que construção de personagem.
O Lom, por sua vez… Ele é aquele tipo de personagem que você quer dar uns tapas e depois um abraço. Ele claramente sente muito pelo Nuea, mas a forma como ele manipula a situação (mesmo que com boa intenção, vá lá) me deixou desconfortável em vários momentos. Principalmente por ele saber desde o início que o casamento com a Yiwa era uma farsa, e ainda assim ele deixou o Nuea se afundar em desespero.
Quando a verdade finalmente vem à tona, o alívio é real, mas o estrago já tava feito. E é aí que a série tenta correr atrás do próprio drama e entregar uma redenção que, sinceramente, merecia mais tempo. O problema é que o drama durou tempo demais, e Wedding Plan só tem 7 episódios. Resultado? Nem deu tempo de trabalhar uma reconciliação direito, muito menos construir um relacionamento digno depois de tanto desgaste emocional. O final até tenta ser fofo: tem pedido de desculpas, tem beijo, tem aquele clima de “vamos recomeçar”. Mas depois de tudo que rolou, fica a sensação de que faltou um episódio (ou dois) só pra eles respirarem e se encontrarem de verdade.
Um ponto positivo gigantesco: a atuação do Nuea. Ele é, de longe, o coração da série. O olhar sofrido, os pequenos gestos, o choro contido… você sente o que ele sente. Já o Lom, apesar de charmoso e seguro, poderia ter sido escrito com um pouco mais de nuance desde o começo.
A Yiwa, coitada, entrou como vilã e saiu como mártir. Mas, na real, ela também tava tentando esconder quem era, assim como o Sailom. Ela claramente gostava de garotas, só que tava presa nesse teatro todo, fingindo que ia casar com um cara, enquanto vivia sufocada. No fim, vira aquela pataquada da noiva fugindo do casamento e o Lom ainda pagando de noivo abandonado, com carinha de coitado, como se ele não soubesse de nada. Foi forçado, e a Yiwa merecia bem mais do que esse papel de noiva fujona.
Wedding Plan não é um conto de fadas, não é perfeito, mas é intenso. E se você tiver paciência pra lidar com personagens que demoram pra agir, vai acabar torcendo por eles, mesmo tendo vontade de sacudir um ou outro no meio do caminho.
E aí já entra o caos: o Sailom começa a flertar descaradamente com o Nuea mesmo estando comprometido, o Nuea se afunda em sentimentos e culpa, e a gente, espectador, se vê preso entre o desconforto moral e a vontade de que eles fiquem juntos logo. Mas aqui vem o problema: o roteiro segura a verdade por tempo demais desnecessariamente. E o drama da mentira/engano poderia ter sido resolvido em dois episódios com uma conversa sincera, e isso teria sido ótimo já que a série tem poucos episodios. Isso me irritou real. O Nuea sofre horrores, se sente culpado por algo que nem é culpa dele, e a série estica esse sofrimento de um jeito que parece mais castigo que construção de personagem.
O Lom, por sua vez… Ele é aquele tipo de personagem que você quer dar uns tapas e depois um abraço. Ele claramente sente muito pelo Nuea, mas a forma como ele manipula a situação (mesmo que com boa intenção, vá lá) me deixou desconfortável em vários momentos. Principalmente por ele saber desde o início que o casamento com a Yiwa era uma farsa, e ainda assim ele deixou o Nuea se afundar em desespero.
Quando a verdade finalmente vem à tona, o alívio é real, mas o estrago já tava feito. E é aí que a série tenta correr atrás do próprio drama e entregar uma redenção que, sinceramente, merecia mais tempo. O problema é que o drama durou tempo demais, e Wedding Plan só tem 7 episódios. Resultado? Nem deu tempo de trabalhar uma reconciliação direito, muito menos construir um relacionamento digno depois de tanto desgaste emocional. O final até tenta ser fofo: tem pedido de desculpas, tem beijo, tem aquele clima de “vamos recomeçar”. Mas depois de tudo que rolou, fica a sensação de que faltou um episódio (ou dois) só pra eles respirarem e se encontrarem de verdade.
Um ponto positivo gigantesco: a atuação do Nuea. Ele é, de longe, o coração da série. O olhar sofrido, os pequenos gestos, o choro contido… você sente o que ele sente. Já o Lom, apesar de charmoso e seguro, poderia ter sido escrito com um pouco mais de nuance desde o começo.
A Yiwa, coitada, entrou como vilã e saiu como mártir. Mas, na real, ela também tava tentando esconder quem era, assim como o Sailom. Ela claramente gostava de garotas, só que tava presa nesse teatro todo, fingindo que ia casar com um cara, enquanto vivia sufocada. No fim, vira aquela pataquada da noiva fugindo do casamento e o Lom ainda pagando de noivo abandonado, com carinha de coitado, como se ele não soubesse de nada. Foi forçado, e a Yiwa merecia bem mais do que esse papel de noiva fujona.
Wedding Plan não é um conto de fadas, não é perfeito, mas é intenso. E se você tiver paciência pra lidar com personagens que demoram pra agir, vai acabar torcendo por eles, mesmo tendo vontade de sacudir um ou outro no meio do caminho.
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