Delicado, mas inesquecível
Esse BL tem um ritmo bem próprio, é mais lento, mas te prende nos detalhes, no olhar, em cada suspiro dado. A história gira em torno de amor, perda e reencontros, trazendo um tom melancólico que não é pesado demais, mas o suficiente pra cutucar onde dói. E olha, vou ser sincera, essa sutileza pode ser tanto o charme quanto o ponto fraco da série, dependendo do humor de quem assiste.
O casal Rati e Thee foi o coração mais doce da trama. Eles têm uma química que não precisa de exagero, tudo funciona na delicadeza: um toque de mão, um olhar prolongado, uma conversa dita quase em sussurros. A relação deles é construída num compasso calmo, cheio de carinho, e é justamente isso que traz o peso emocional. Eles são leves, mas carregam uma intensidade silenciosa que me deixou suspirando em várias cenas.
Já Mek e Dech foram o meu ponto de maior interesse. O contraste da personalidade deles trouxe uma energia diferente, mais densa e carregada de tensão. O jeito como eles orbitam um ao outro, cheio de faíscas e não-ditos, foi viciante de assistir. Só que justamente por terem esse ar mais explosivo, eles pediam mais intensidade física, mais entrega. Fiquei com a sensação de que a série deixou passar a oportunidade de explorar o quanto esse casal poderia incendiar a tela.
Apesar de toda a beleza na sutileza dos gestos e olhares, confesso que senti falta de um pouco mais de contato íntimo entre os casais. Principalmente no Mek e Dech porque, sinceramente, esse casal gritava por intensidade física, por aquela fagulha que pede beijo roubado no calor da briga ou abraço desesperado depois de uma confissão. Já o Rati e o Thee funcionaram muito bem na delicadeza, na coisa quase poética de amar em silêncio, mas o Mek e o Dech pediam mais entrega nesse sentido, e ficou uma vontadezinha não saciada.
Agora, se tem algo que pesou foram os tropeços do roteiro. Alguns episódios se arrastaram sem necessidade, repetindo situações que já estavam claras, enquanto outros personagens foram jogados de lado sem muito desenvolvimento. Teve também escolhas de direção, e conveniências de roteiro, que não ajudaram a narrativa a fluir, principalmente em momentos que pediam mais impacto. Nada que torne a série ruim, mas o suficiente pra perceber que, com alguns ajustes, poderia ter sido ainda mais grandiosa.
No fim das contas, Memories of Rati foi uma experiência agridoce. Tem uma beleza poética que conquista, mas também escorregões que atrapalham um pouco a imersão. Eu recomendo sim, especialmente se você gosta de BLs que se apoiam mais na emoção contida do que na paixão escancarada. O que mais me marcou foi essa mistura de delicadeza com dor, e como até na falta de intensidade física os personagens conseguiram me passar tanto sentimento. É uma série que pode não ser para todo mundo, mas com certeza você vai se encantar se der uma chance a ela.
O casal Rati e Thee foi o coração mais doce da trama. Eles têm uma química que não precisa de exagero, tudo funciona na delicadeza: um toque de mão, um olhar prolongado, uma conversa dita quase em sussurros. A relação deles é construída num compasso calmo, cheio de carinho, e é justamente isso que traz o peso emocional. Eles são leves, mas carregam uma intensidade silenciosa que me deixou suspirando em várias cenas.
Já Mek e Dech foram o meu ponto de maior interesse. O contraste da personalidade deles trouxe uma energia diferente, mais densa e carregada de tensão. O jeito como eles orbitam um ao outro, cheio de faíscas e não-ditos, foi viciante de assistir. Só que justamente por terem esse ar mais explosivo, eles pediam mais intensidade física, mais entrega. Fiquei com a sensação de que a série deixou passar a oportunidade de explorar o quanto esse casal poderia incendiar a tela.
Apesar de toda a beleza na sutileza dos gestos e olhares, confesso que senti falta de um pouco mais de contato íntimo entre os casais. Principalmente no Mek e Dech porque, sinceramente, esse casal gritava por intensidade física, por aquela fagulha que pede beijo roubado no calor da briga ou abraço desesperado depois de uma confissão. Já o Rati e o Thee funcionaram muito bem na delicadeza, na coisa quase poética de amar em silêncio, mas o Mek e o Dech pediam mais entrega nesse sentido, e ficou uma vontadezinha não saciada.
Agora, se tem algo que pesou foram os tropeços do roteiro. Alguns episódios se arrastaram sem necessidade, repetindo situações que já estavam claras, enquanto outros personagens foram jogados de lado sem muito desenvolvimento. Teve também escolhas de direção, e conveniências de roteiro, que não ajudaram a narrativa a fluir, principalmente em momentos que pediam mais impacto. Nada que torne a série ruim, mas o suficiente pra perceber que, com alguns ajustes, poderia ter sido ainda mais grandiosa.
No fim das contas, Memories of Rati foi uma experiência agridoce. Tem uma beleza poética que conquista, mas também escorregões que atrapalham um pouco a imersão. Eu recomendo sim, especialmente se você gosta de BLs que se apoiam mais na emoção contida do que na paixão escancarada. O que mais me marcou foi essa mistura de delicadeza com dor, e como até na falta de intensidade física os personagens conseguiram me passar tanto sentimento. É uma série que pode não ser para todo mundo, mas com certeza você vai se encantar se der uma chance a ela.
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