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Cryssieee

Em algum lugar perdido do Br
Monster Next Door thai drama review
Completed
Monster Next Door
8 people found this review helpful
by Cryssieee
Nov 1, 2025
12 of 12 episodes seen
Completed
Overall 8.5
Story 8.0
Acting/Cast 10.0
Music 7.0
Rewatch Value 8.0
This review may contain spoilers

Clichêzinho gostoso

Que série gostosinha. Não é uma história mirabolante e nem revolucionária, é simples, mas soube fazer bem nessa simplicidade.

Sério, eu tenho uma lista só de séries colegiais e universitárias que eu fico empurrando com a barriga, porque eu já enjoei desse tema. A Tailândia saturou tanto esse tipo de história que parece tudo a mesma coisa: drama adolescente, muitas vezes tóxico, que roda, roda, roda e não chega a lugar nenhum. Eu peguei abuso. Mas aí decidi criar coragem e começar a limpar essa lista, assistir ou dropar de vez. E comecei por Monster Next Door. E que acerto, puta que pariu. Que acerto.

Essa série é uma delícia porque não foca na “trajetória universitária” em si, mas nos dilemas pessoais dos personagens. E eu me vi demais no Diew. Pessoas introvertidas raramente são bem retratadas nos dramas, e aqui foi representado de forma bem decente. Uma pessoa introvertida não tem mil amigos, não curte contato físico, nem aglomeração. E tudo isso foi mostrado com tanta sensibilidade que eu me senti ali, naquele lugar. Inclusive, a parte de ser chamada de “estranha”, vivi isso no ensino médio. Sofri bullying por ser quieta e reservada, por não conseguir me comunicar direito. Eu falava tão baixinho que uma vez me disseram que eu falava miando. Na época eu chorei, mas hoje me lembro disso e rio, porque apesar de ainda ser tímida, eu melhorei bastante com terapia e consigo lembrar do passado com mais leveza. Foi nessa época também que conheci a pessoa com quem estou junta até hoje, se não fosse por ela tudo teria sido pior. Então ver isso na tela, sendo retratado com respeito, me tocou profundamente.

A forma como o Diew foi construído é linda. O roteiro é maduro, sem drama gratuito, sem aquela forçação de barra que normalmente colocam só pra criar conflito. Até o drama que aparece no fim faz sentido, é algo que realmente poderia acontecer. A teimosia dele, por exemplo, é realista. É aquela birra humana, não o tipo de teimosia inventada pra encher linguiça. E o relacionamento dele com o God é uma das coisas mais fofas que já vi, às vezes até demais. Talvez esse seja o traço mais tóxico que o God pode ter, ser fofo e amar de mais kkk. O God é tão cuidadoso, tão protetor, tão carinhoso, que o Diew chega a pedir pra ele maneirar porque não tava aguentando mais e tava começando a se sentir uma criança sendo mimada. E eu entendi perfeitamente. Sabe quando o carinho é tanto que sufoca um pouquinho? Pois é.

Mas ainda assim, acompanhar esses dois foi um prazer. Eu me pegava sorrindo o tempo todo. É um romance doce, delicado, saudável, o que é um milagre quando falamos de romances ambientados em escolas ou universidades, que quase sempre escorregam na toxicidade. Aqui, não. É respeito, cuidado e amor. E ver um romance saudável é um alívio.

E o God, mesmo sendo o extrovertido amigo de todo mundo, não cai naquele clichê do popular egocêntrico. Ele respeita o Diew de verdade, dá espaço, não força nada. É aquele tipo de parceiro que entende que amor também é dar liberdade. E até o ex-namorado que surge lá da baixa da égua pra criar tensão foi bem colocado, trouxe um draminha necessário, umas lágrimas, e um pouco de crescimento pros dois.

Sinceramente, não tenho do que reclamar. Quer dizer, até tenho: acabou rápido demais. Os 12 episódios de 40 minutos voaram. Quando percebi, já tinha terminado. Fiquei com aquela sensação boa de quando a gente termina algo que adorou. Eu recomendo demais. Mesmo sendo mais uma série universitária, essa consegue ser leve, madura e adorável. Eu simplesmente amei.

...

Desabafo sincero off topic: Quando eu vejo séries como essa levando nota baixa e sendo mal falada, enquanto aquelas que romantizam relações tóxicas são aclamadas, eu realmente me preocupo com o que anda passando na cabeça das pessoas. É assustador pensar que tanta gente ainda confunde possessividade com amor. Espero, de verdade, que essas pessoas não achem normal viver algo assim fora das telas. Enfim, essa resenha do nada se tornou um grande desabafo kkkkk
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