This review may contain spoilers
Perfeitinha
Que série boa. Puta que pariu, que série boa. Eu comecei achando que ia ser só putaria, tiro, porrada e ideologia, e no fim você tá lá, envolvida, emocionada, e revoltada junto com eles. A série sabe dosar os dramas, as confusões, as brigas, a adrenalina e ainda joga na nossa cara uma mensagem social forte. Eles falam de desigualdade, de gente poderosa esmagando os mais vulneráveis, de como o sistema é cruel... e aí vem um grupo de jovens, com traumas, defeitos e coragem, tentando virar essa mesa. Tem protesto, tem voz sendo conquistada, tem gente aprendendo a lutar de verdade. E essa construção da narrativa… meu Deus, que coisa bem pensada. A história cresce direitinho, começa no mistério, vai pro caos e vira um grito coletivo no final.
Eu só não dou um 10 redondinho porque eu queria mais. O final me deixou com aquela sensação de “ué, cadê o resto?”. Eles são raptados, depois libertos, as coisas se movimentam ali, dizem que pagaram a fiança e estão em liberdade condicional, mas e o Tawi? O que realmente aconteceu com aquele homem? A gente vê o destino do Todd, o que o Black faz com ele, tudo bem amarradinho. Mas o vilão principal? Nada. Nenhum desfecho concreto. Zero explicações sobre as empresas dele, o tráfico de drogas, as consequências reais dos protestos. Só insinuações. Aí fica esse final meio aberto que não combina com o peso da história. E é por isso que não leva os 10 pontos que eu queria dar.
Agora, vamos falar de Off e Gun. Meu Deus do céu. Que química. É química de deixar a gente quieta olhando pra tela, sorrindo igual boba, sem nem perceber. Os dois entregam tudo. Eu sou apaixonada nesse casal, nessa conexão, nessa tensão que vira carinho do nada. E o Gun… não tem nem o que dizer. O homem carregou dois personagens nas costas como se fosse fácil. Palmas para ele. É tão nítida a diferença entre White e Black que chega a ser absurdo. O White é gentil, amoroso, cuidadoso. O Black é grosso, impulsivo, agressivo... e quando o Gun está em combate como Black, você vê nos olhos que é outro ser humano ali. Isso não é qualquer ator que entrega, não.
Mas não seria eu se eu não reclamasse de uma coisinha. A parte dos dublês de corpo. Meu Deus. Quando eles colocavam foco no rosto de um irmão e mostravam o outro só pela parte de trás, dava pra ver claramente quando não era o Gun. O dublê de Black ainda passa, mas o do White… meu pai amado. Quebrou a magia na hora. Eu entendo que é difícil gravar cena de gêmeos brigando, conversando e fazendo acrobacias, mas custava escolher um dublê que tivesse pelo menos a orelha do mesmo formato? O cabelo parecido? Um contorno de cabeça que não gritasse “sou outra pessoa”? Enfim. Pequena frustração, mas nada que estrague a experiência.
Fora isso, impecável. História boa, bem escrita, bem conduzida. Atuações maravilhosas, uma direção que acerta nos momentos emocionais e nas cenas de ação, e uma relevância social que até hoje deixa esse BL entre os mais comentados. Só fico triste por esse final faltando uma peça importante. Mas é aquela coisa: série de 2021, não dá pra mandar email pra empresa pedindo episódio extra.
Enfim, recomendo fortemente. É uma série forte, intensa e cheia de coração. Se tivesse fechado aquele arco final, seria um 10 com gosto. Mesmo assim, vale cada minuto.
Eu só não dou um 10 redondinho porque eu queria mais. O final me deixou com aquela sensação de “ué, cadê o resto?”. Eles são raptados, depois libertos, as coisas se movimentam ali, dizem que pagaram a fiança e estão em liberdade condicional, mas e o Tawi? O que realmente aconteceu com aquele homem? A gente vê o destino do Todd, o que o Black faz com ele, tudo bem amarradinho. Mas o vilão principal? Nada. Nenhum desfecho concreto. Zero explicações sobre as empresas dele, o tráfico de drogas, as consequências reais dos protestos. Só insinuações. Aí fica esse final meio aberto que não combina com o peso da história. E é por isso que não leva os 10 pontos que eu queria dar.
Agora, vamos falar de Off e Gun. Meu Deus do céu. Que química. É química de deixar a gente quieta olhando pra tela, sorrindo igual boba, sem nem perceber. Os dois entregam tudo. Eu sou apaixonada nesse casal, nessa conexão, nessa tensão que vira carinho do nada. E o Gun… não tem nem o que dizer. O homem carregou dois personagens nas costas como se fosse fácil. Palmas para ele. É tão nítida a diferença entre White e Black que chega a ser absurdo. O White é gentil, amoroso, cuidadoso. O Black é grosso, impulsivo, agressivo... e quando o Gun está em combate como Black, você vê nos olhos que é outro ser humano ali. Isso não é qualquer ator que entrega, não.
Mas não seria eu se eu não reclamasse de uma coisinha. A parte dos dublês de corpo. Meu Deus. Quando eles colocavam foco no rosto de um irmão e mostravam o outro só pela parte de trás, dava pra ver claramente quando não era o Gun. O dublê de Black ainda passa, mas o do White… meu pai amado. Quebrou a magia na hora. Eu entendo que é difícil gravar cena de gêmeos brigando, conversando e fazendo acrobacias, mas custava escolher um dublê que tivesse pelo menos a orelha do mesmo formato? O cabelo parecido? Um contorno de cabeça que não gritasse “sou outra pessoa”? Enfim. Pequena frustração, mas nada que estrague a experiência.
Fora isso, impecável. História boa, bem escrita, bem conduzida. Atuações maravilhosas, uma direção que acerta nos momentos emocionais e nas cenas de ação, e uma relevância social que até hoje deixa esse BL entre os mais comentados. Só fico triste por esse final faltando uma peça importante. Mas é aquela coisa: série de 2021, não dá pra mandar email pra empresa pedindo episódio extra.
Enfim, recomendo fortemente. É uma série forte, intensa e cheia de coração. Se tivesse fechado aquele arco final, seria um 10 com gosto. Mesmo assim, vale cada minuto.
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