This review may contain spoilers
A série que eu não dava nada e que acabou me fisgando
Eu comecei achando que ia ser só uma gracinha com tritões fofos e efeitos duvidosos. Quando vi o trailer, eu não tava dando absolutamente nada pra ela, já fui preparada pra ver CGI esquisito e um caos visual daqueles que a gente assiste rindo de nervoso. E aí, do nada, os efeitos são até bons, a história funciona e eu me vi presa e ficando lá até o fim.
O problema, ou melhor, minha irritação pessoal, começa com o personagem principal. É exatamente o tipo de personagem que me tira do sério: bobão, sem voz própria, que aceita tudo de cabeça baixa, como se não tivesse opinião nenhuma sobre a própria vida. Teve momentos em que eu realmente acreditei que ele ia reagir, que ia finalmente se defender… e logo depois ele desmontava completamente e acatava qualquer coisa que falavam pra ele. Isso me irrita profundamente.
Mas aí, quando a gente vai chegando perto do final, a série dá aquela virada que prende a gente de novo. Finalmente revelam o que aconteceu no assassinato dos tritões de 20 anos atrás, e descobrimos que o chefe deles era o verdadeiro culpado, tudo pra botar a culpa nos humanos e alimentar o ódio. E em meio a isso tudo, vem o Phrapai com aquela obsessão doentia pelo Nava. Obsessão mesmo, no nível que já beira o psicopata. A ponto de ele atacar o Phuriti, envenenar o coitado com a toxina e basicamente condenar o menino à morte. E aí começa aquele drama, aquela tensão, aquela correria pra salvar o Phuriti, até chegar no momento crucial: pra sobreviver, ele precisa beber o sangue do coração de um tritão.
Aí vira aquele show de chororô. O Nava querendo oferecer o próprio sangue, o Phrapai impedindo, o caos emocional todo. E no meio disso, o Phrapai finalmente conta a verdade. Só que assim… eu não passo pano pra ele. Não tem como. Porque no final ele até tenta se redimir, se oferece, faz aquele sacrifício dramático, mas vamos combinar que era o mínimo. O pai dele matou a família do Nava e, agora, ele mesmo foi lá e quase matou o Phuriti. Ele não salvou ninguém; ele só desfez parcialmente o estrago que ele próprio causou. E esse drama que tentaram empurrar goela abaixo como redenção não me convenceu nem por um segundo. Quando tentam pintar o Phrapai como herói, esquecem que o suposto “herói” foi quem colocou o garoto à beira da morte. Não tem como engolir isso.
Mas voltando ao resto da série: apesar desses tropeços e de umas regras que parecem inventadas cinco minutos antes da gravação, essa série tem um charme que funciona. O casal secundário é praticamente o sol da história. Extremamente fofos, carismáticos, daqueles que roubam cena sem nem se esforçar. Eu me apaixonei por eles rapidinho. E as cenas de beijo são bonitas, naturais, sem aquela sensação de beijo robótico que às vezes aparece em BL.
É uma série leve, gostosinha, com um toque de fantasia meio caótico, um protagonista que eu queria sacudir e um antagonista que a história tenta redimir, mas eu simplesmente não compro. Só que, mesmo assim, dá pra se entreter, dá pra rir, dá pra se envolver. Não é a melhor do ano, mas funciona, e vale sim a maratonazinha despreocupada. É pra ver sem esperar profundidade e aproveitar exatamente pelo que ela é.
O problema, ou melhor, minha irritação pessoal, começa com o personagem principal. É exatamente o tipo de personagem que me tira do sério: bobão, sem voz própria, que aceita tudo de cabeça baixa, como se não tivesse opinião nenhuma sobre a própria vida. Teve momentos em que eu realmente acreditei que ele ia reagir, que ia finalmente se defender… e logo depois ele desmontava completamente e acatava qualquer coisa que falavam pra ele. Isso me irrita profundamente.
Mas aí, quando a gente vai chegando perto do final, a série dá aquela virada que prende a gente de novo. Finalmente revelam o que aconteceu no assassinato dos tritões de 20 anos atrás, e descobrimos que o chefe deles era o verdadeiro culpado, tudo pra botar a culpa nos humanos e alimentar o ódio. E em meio a isso tudo, vem o Phrapai com aquela obsessão doentia pelo Nava. Obsessão mesmo, no nível que já beira o psicopata. A ponto de ele atacar o Phuriti, envenenar o coitado com a toxina e basicamente condenar o menino à morte. E aí começa aquele drama, aquela tensão, aquela correria pra salvar o Phuriti, até chegar no momento crucial: pra sobreviver, ele precisa beber o sangue do coração de um tritão.
Aí vira aquele show de chororô. O Nava querendo oferecer o próprio sangue, o Phrapai impedindo, o caos emocional todo. E no meio disso, o Phrapai finalmente conta a verdade. Só que assim… eu não passo pano pra ele. Não tem como. Porque no final ele até tenta se redimir, se oferece, faz aquele sacrifício dramático, mas vamos combinar que era o mínimo. O pai dele matou a família do Nava e, agora, ele mesmo foi lá e quase matou o Phuriti. Ele não salvou ninguém; ele só desfez parcialmente o estrago que ele próprio causou. E esse drama que tentaram empurrar goela abaixo como redenção não me convenceu nem por um segundo. Quando tentam pintar o Phrapai como herói, esquecem que o suposto “herói” foi quem colocou o garoto à beira da morte. Não tem como engolir isso.
Mas voltando ao resto da série: apesar desses tropeços e de umas regras que parecem inventadas cinco minutos antes da gravação, essa série tem um charme que funciona. O casal secundário é praticamente o sol da história. Extremamente fofos, carismáticos, daqueles que roubam cena sem nem se esforçar. Eu me apaixonei por eles rapidinho. E as cenas de beijo são bonitas, naturais, sem aquela sensação de beijo robótico que às vezes aparece em BL.
É uma série leve, gostosinha, com um toque de fantasia meio caótico, um protagonista que eu queria sacudir e um antagonista que a história tenta redimir, mas eu simplesmente não compro. Só que, mesmo assim, dá pra se entreter, dá pra rir, dá pra se envolver. Não é a melhor do ano, mas funciona, e vale sim a maratonazinha despreocupada. É pra ver sem esperar profundidade e aproveitar exatamente pelo que ela é.
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