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  • Last Online: 4 hours ago
  • Location: Em algum lugar perdido do Br
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  • Join Date: June 2, 2025

Cryssieee

Em algum lugar perdido do Br
Fourever You thai drama review
Completed
Fourever You
4 people found this review helpful
by Cryssieee
10 days ago
17 of 17 episodes seen
Completed
Overall 7.0
Story 6.0
Acting/Cast 8.0
Music 6.0
Rewatch Value 6.0
This review may contain spoilers

Johan e North, donos do meu coração

É um bom Bl. Ele é gostosinho, não é maçante… só que, né, tem horas que fica chatinho por culpa do Ter, o protagonista que decidiu fazer da enrolação um esporte. A história dele com o Hill é bonitinha, eles se conhecem há mil anos, aquela vibe “amizade que vira algo mais”. Clássico de série colegial: se não tiver dois guris que já se conhecem desde sempre, nem entra no gênero.

O engraçado é que no episódio 4 eles praticamente já estão resolvidos. Tava tudo ali pra andar. Mas o Ter enrola tanto, mas tanto, que parece que os 17 episódios existem só pra acompanhar a indecisão dele. E, olha… 17 episódios é exagero real. Tem uns que são pura encheção de linguiça, nada acontece, só a vida passando enquanto o protagonista evita o próprio namorado.

E quando finalmente começam a namorar, o Ter simplesmente resolve que não quer beijar o Hill. Por quê? Também não sei. Antes de namorar eles se beijaram bem mais. Depois que viram um casal, é só aquele “ai, não me beija”, mesmo quando estão sozinhos. Irrita demais. Uma coisa é não sair distribuindo beijo quando não tem nada definido, outra é negar beijo pro próprio namorado, tadinho do Hill, sempre sedento, tentando qualquer chancezinha, e recebendo só abraço. E o Ter lá, fazendo doce. Me dá nos nervos.

O Ter, sozinho, é aquele típico protagonista que a gente gosta. Ele é fofo, tem seus momentos bons, mas também tem uma capacidade de enrolar que beira o irracional. Às vezes parece que ele tá fugindo do próprio destino, da própria emoção, do próprio namorado, de tudo. E isso torna ele meio irritante, porque dá pra ver que ele sente, que ele quer, mas fica ali, fazendo doce como se estivesse sendo pago por minuto de indecisão. O Hill, por outro lado, é o oposto: aberto, carinhoso, entregando tudo que o Ter finge que não percebe. Ele é aquele tipo de personagem que a gente abraça mentalmente, porque vive tentando, esperando, insistindo de um jeito doce, mas sem perder a dignidade. Ele é carente? É. Ele quer beijo? Quer. Mas ele nunca passa do limite, nunca força nada.

E juntos, Ter e Hill formam um casal que tinha tudo pra funcionar sem grandes crises… se o Ter colaborasse. A química existe, a história é bonita, os dois se gostam de verdade, isso dá pra ver fácil. Só que o ritmo deles vai aos trancos e barrancos: enquanto o Hill tá pronto pra viver, o Ter tá pronto pra pensar. E aí o relacionamento fica nesse cabo de guerra emocional, que irrita e ao mesmo tempo prende, porque quando os dois finalmente se permitem amar, funciona. E funciona bonito. É aquele casal que poderia ter brilhado ainda mais se não tivesse tanto “ai, espera mais um pouco” vindo de um lado só.

Agora, quem realmente ganhou meu coração foram Johan e North. Esses dois, sim, vivem. Eles se beijam com gosto, têm química, têm entrega, têm tudo que o casal principal deveria estar trazendo. Não ficam se escondendo, não negam sentimento, não têm medo de demonstrar. As cenas deles são tão gostosas que dava fácil pra serem o casal principal, porque entregam mais emoção do que a narrativa central inteira.

O Johan tem a energia de “eu sei o que quero e vou pegar”. Ele tem presença, tem atitude, tem aquele charme meio displicente que não precisa se esforçar pra funcionar. O bonito simplesmente chega, beija bem, entrega química, e vai vivendo. Ele até rende uma novela com suas crises de ciúmes, mas não some do nada, não inventa charme e não fica de cu doce, e talvez por isso mesmo seja tão fácil gostar dele. O North, por outro lado, tem aquela vibe gostosa de alguém que sabe demonstrar sentimento sem fazer confusão. Ele tem calma, carinho, é fofo, não sufoca e sabe o que quer. É o tipo de personagem que parece sempre disposto a se jogar na conexão, mas sem perder o controle do próprio eixo, e isso deixa ele ainda mais cativante.

E juntos, Johan e North são quase um alívio emocional dentro da série. Eles se gostam, se assumem, se beijam com vontade, e nada disso vira drama sem sentido. A química deles funciona porque não tem trava, não tem medo, não tem jogo emocional cansativo. Eles entregam o que o casal principal muitas vezes não entrega: naturalidade. É aquele casal que parece dizer “é assim que se faz”, e a gente assiste pensando que, sinceramente, se fossem os protagonistas, metade dos problemas da série nem existiria.

Enfim, é um BL gostosinho, dá pra curtir, tem momentos fofos, tem seus casais pra shippar, mas também tem suas irritações. E, sinceramente, com a história que tem, 17 episódios é demais pra tão pouca complexidade. Uns 10 ou 12 resolveriam tudo sem essa volta toda. Mas a gente assiste, se irrita, se apaixona pelos secundários, suspira um pouquinho e segue a vida como sempre.
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