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  • Location: Em algum lugar perdido do Br
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  • Join Date: June 2, 2025

Cryssieee

Em algum lugar perdido do Br
Me and Who thai drama review
Completed
Me and Who
7 people found this review helpful
by Cryssieee
6 days ago
10 of 10 episodes seen
Completed
Overall 8.0
Story 8.0
Acting/Cast 10.0
Music 6.0
Rewatch Value 7.0
This review may contain spoilers

Um BL até que decente

Eu adoro essa ideia de cair em outro mundo ou reencarnar em uma história que já existia; só por isso a série já me conquistou logo de cara. Confesso que os dois primeiros episódios foram meio devagar, meio mornos, mas depois que a história começou a andar, foi melhorando a cada capítulo. Só que o final acabou me decepcionando um pouco. Não foi um desastre total, mas dava pra sentir que a escrita ali ficou meio preguiçosa, faltou aquele cuidado que poderia ter deixado o desfecho mais marcante.

A história começa quando Phopthorn sofre um acidente e acorda no corpo de Apo, que é totalmente o oposto dele. É nesse momento que ele conhece Suryia, o cara com quem ele estava prestes a se casar e que acaba sendo fundamental pra ajudá-lo a se transformar no verdadeiro Apo. Os primeiros episódios, mostrando todo o processo de adaptação do Phopthorn ao novo corpo e à nova vida, são ótimos, cheios de momentos divertidos e situações que me fizeram rir bastante. Dá pra sentir bem o esforço dele tentando se encaixar nesse outro mundo, e isso torna a introdução da série interessante.

A dinâmica da família do Suryia até que funciona, mas só até certo ponto. A mãe é aquele tipo de vilã exagerada, quase caricata, manipuladora e cheia de regras absurdas, sempre tentando controlar tudo e todos ao redor. A série parece querer que sintamos pena dela no final, mas comigo isso não funcionou, não rolou nenhuma empatia. O pai até começa sendo mais compreensivo, mas depois que toda a confusão com o Apo acontece, ele perde totalmente a simpatia que tinha pelo filho e passa a ser frio, rígido e irritante. No fim das contas, eu parei de me importar com os dramas da família, porque nem a mãe malvada nem o pai carrancudo tiveram um desenvolvimento que fizesse sentido ou que me conquistasse, e isso acabou deixando essa parte da história meio vazia.

Outra coisa que me deixou meio confusa foi que não ficou muito claro se o Apo realmente estava assumindo a identidade do Thorn no outro mundo ou se estava em algum tipo de plano espiritual. Quando ele apareceu na mente do Thorn, ele falou que estava em um lugar que realmente se encaixava e onde se sentia em casa, mas que lugar era esse, afinal? Algumas cenas pareceram enrolação, só preenchendo tempo, e eu senti que dava pra ter usado isso pra explorar mais o verdadeiro Apo, mostrar quem ele realmente é. No fim, ficou evidente que ele não era só aquele rico esnobe e mimado; dava pra perceber que ele tinha uma história, motivos por trás de tudo, e eu queria entender melhor seus pensamentos e sentimentos. Isso teria dado muito mais profundidade ao personagem, mas infelizmente a série não desenvolveu essa parte direito.

Uma das coisas que eu amei nessa série foi a forma como eles exploraram a leitura de mentes. O lance do objeto físico que bloqueia a telepatia é genial e funciona dentro da história, faz todo sentido. O que me deixou curiosa é que eles não deram muito contexto sobre esse poder da família, tipo, por que eles têm essa habilidade, se existem regras específicas pra usar ou se há outros tipos de poderes nesse universo. Ter detalhado um pouco mais isso teria deixado a trama ainda mais interessante e ajudado a dar uma sensação de mundo mais completo e consistente.

O casal secundário não me conquistou completamente. Não é que eu tenha odiado, até rolou de simpatizar com eles em algumas cenas, mas, no geral, ficaram só no “ok, tá valendo”. Agora, uma coisa que realmente me chamou atenção foi como eles brincaram com a iluminação em certos momentos. Eles praticamente escureciam todo o cenário para destacar apenas o personagem cuja mente Suryia estava lendo, e isso criava um efeito visual incrível, além de ajudar a sentir a intensidade daquela cena. Achei essa escolha genial, bem diferente do que costumamos ver. Fiquei com vontade de ver mais dessa técnica sendo usada, porque realmente acrescentava muito à atmosfera e poderia ter dado mais presença ao casal secundário também.

No fim das contas, sinto que a série não conseguiu me prender completamente, faltou aquele algo a mais que fizesse a história realmente memorável, principalmente na reta final. Mesmo assim, de forma geral, foi uma experiência legal, com momentos divertidos e várias coisas que eu curti de verdade, apesar de algumas partes terem deixado a desejar. Não me arrependo de ter assistido, mas dava pra ter aproveitado melhor certas ideias e desenvolvido melhor alguns personagens, o que teria deixado tudo muito mais marcante e envolvente.

E pra terminar, preciso fazer uma menção honrosa pro Poppy, o François. Eu realmente amo o Poppy e a forma como ele consegue transformar seus personagens em figuras super engraçadas e cheias de personalidade. O François é daquele tipo que te faz rir sozinho, mesmo sem querer, e consegue iluminar qualquer cena que aparece. Sem dúvidas, ele se tornou meu personagem favorito da série, roubando totalmente a atenção sempre que surge na tela. Um verdadeiro reizinho <3
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