This review may contain spoilers
Muito além do espelho: uma história sobre memória, dor e humanidade
Como a review acabou ficando bem extensa, precisei resumir para postar aqui. Mas, para quem quiser ler a versão completa, na íntegra, é só acessar o link abaixo:
https://docs.google.com/document/d/1P-OyAjfsqBFm5MZ1IRi4IWWbzhQsxgbiOiFlzVgvIS0
Quando comecei Mystique in the Mirror, achei sinceramente que estava entrando em algo bem mais simples. A impressão inicial era de mais uma história sobre um homem vendo uma “assombração” no espelho, aquele velho misterioso que parecia existir só para causar estranhamento. Quase um clichê. Mas a série foi, aos poucos, arrancando esse tapete debaixo dos meus pés e deixando claro que o que ela queria contar não tinha nada a ver com fantasmas, e sim com a bagunça cruel que acontece dentro de uma mente sendo destruída pelo Alzheimer.
O que mais me pegou foi justamente isso: a forma como a narrativa coloca a gente dentro da cabeça do Alan. Nada é explicado de forma didática, nada vem mastigado. A confusão, os lapsos, as repetições, as relações que parecem estranhas ou deslocadas… tudo faz parte da experiência. A série não tem pressa, não corre atrás de impacto fácil, e exige atenção. É desconfortável em vários momentos, mas de propósito. Você sente a insegurança, o medo de não saber o que é real, a angústia de perceber que algo está errado e não conseguir nomear.
Não é uma série focada em romance no sentido tradicional, e acho até importante avisar isso. O BL aqui existe, mas ele vem muito mais como memória, afeto e ausência do que como idealização romântica. O centro da história é a perda, de si, do outro, do tempo. E é isso que faz essa serie mexer tanto comigo. A forma como ela aborda a loucura, a deterioração mental e o apego a lembranças felizes é dolorosa, sensível e, em vários momentos, devastadora.
Não é uma obra para todo mundo. Quem procura algo rápido, leve ou cheio de cenas românticas talvez não se conecte. Mas, para quem se permite entrar nesse ritmo mais introspectivo, a série entrega uma experiência forte e diferente. Minha review completa, com spoilers e uma análise bem mais detalhada, acabou ficando grande demais para postar aqui. Quem quiser ler tudo, na íntegra, pode acessar pelo link que deixei no inicio. Vale o aviso: é textão e é spoiler pesado.
https://docs.google.com/document/d/1P-OyAjfsqBFm5MZ1IRi4IWWbzhQsxgbiOiFlzVgvIS0
Quando comecei Mystique in the Mirror, achei sinceramente que estava entrando em algo bem mais simples. A impressão inicial era de mais uma história sobre um homem vendo uma “assombração” no espelho, aquele velho misterioso que parecia existir só para causar estranhamento. Quase um clichê. Mas a série foi, aos poucos, arrancando esse tapete debaixo dos meus pés e deixando claro que o que ela queria contar não tinha nada a ver com fantasmas, e sim com a bagunça cruel que acontece dentro de uma mente sendo destruída pelo Alzheimer.
O que mais me pegou foi justamente isso: a forma como a narrativa coloca a gente dentro da cabeça do Alan. Nada é explicado de forma didática, nada vem mastigado. A confusão, os lapsos, as repetições, as relações que parecem estranhas ou deslocadas… tudo faz parte da experiência. A série não tem pressa, não corre atrás de impacto fácil, e exige atenção. É desconfortável em vários momentos, mas de propósito. Você sente a insegurança, o medo de não saber o que é real, a angústia de perceber que algo está errado e não conseguir nomear.
Não é uma série focada em romance no sentido tradicional, e acho até importante avisar isso. O BL aqui existe, mas ele vem muito mais como memória, afeto e ausência do que como idealização romântica. O centro da história é a perda, de si, do outro, do tempo. E é isso que faz essa serie mexer tanto comigo. A forma como ela aborda a loucura, a deterioração mental e o apego a lembranças felizes é dolorosa, sensível e, em vários momentos, devastadora.
Não é uma obra para todo mundo. Quem procura algo rápido, leve ou cheio de cenas românticas talvez não se conecte. Mas, para quem se permite entrar nesse ritmo mais introspectivo, a série entrega uma experiência forte e diferente. Minha review completa, com spoilers e uma análise bem mais detalhada, acabou ficando grande demais para postar aqui. Quem quiser ler tudo, na íntegra, pode acessar pelo link que deixei no inicio. Vale o aviso: é textão e é spoiler pesado.
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