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Quê?
Essa história tinha muito a seu favor, caso tivesse o tempo e o interesse de destrinchar todo o material criado. Tinham as habilidades e o lado sobrenatural do protagonista, somados à descrença de seu interesse romântico e eventual salvador, Phloeng. A isso, adicionaram os mistérios por trás dos personagens secundários e as suas motivações, assim como fantasmas diversos que interagiam com o mundo a sua própria maneira. Tudo isso teria caldo o suficiente para engrossar esse enredo. Entretanto, decidiram abordar tudo isso e muito mais em oito episódios, criando uma verdadeira desconexão entre as ideias que moldaram o roteiro e o produto final. Um dos conflitos mais interessantes, ocorridos entre os dois melhores amigos e a dubiedade das ações motivadas pela insegurança e pela inveja tinham o potencial de ser um dos destaques da trama, que, entretanto, recorreu ao que mais se compara ao apocalipse na vertente budista (da série!) para preencher um final que permaneceu vazio. Os desafios da existência cotidiana do Win, os casais secundários, e todos os outros elementos apresentados durante os sete episódios anteriores foram descartados ou menos desenvolvidos para vermos um homem que não superou o término ir atrás do fantasma que atiçou o Win só para ter outra noite (sim, outra!) com ele. Essas loucuras fariam sentido se a série fosse centrada no programa cujo Phloeng é o dono, e que recebe pessoas dispostas a relatar os embaraços da vida que pensam estar voltados ao espiritual. Os momentos em que mostraram esse programa foram os mais coesos do BL inteiro, e é uma pena que tenham decidido criar esse emaranhado ao invés de apostar na velha fórmula do "simples, mas bem feito"
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