This review may contain spoilers
O preço de ser diferente
Quão triste e impactante é esse filme. Ele não mostra apenas a dor da discriminação, mas escancara a homofobia que se enraíza desde cedo na sociedade — dentro das escolas, nos comportamentos e nas palavras que moldam jovens desde a infância. Se adolescentes já reproduzem esse tipo de violência, que tipo de adultos eles se tornarão? E o que terão para transmitir às próximas gerações, além de intolerância, preconceito e discursos de ódio?
A obra ganha ainda mais força por se passar na Coreia do Sul, um país conhecido por seu conservadorismo e por evitar tratar abertamente temas como homossexualidade e saúde mental. O filme mergulha em uma das camadas mais sombrias da sociedade: aquela que transforma a homofobia em algo quase institucional, fazendo com que ser gay pareça um crime, uma vergonha ou até uma “doença repugnante”. Essa visão distorcida e cruel é reproduzida por alunos, professores e até famílias, alimentando um ciclo de silêncio e sofrimento.
O protagonista carrega o peso de tudo isso — é abusado, humilhado, violentado e levado ao limite da própria sanidade. Sua tentativa de suicídio é o grito desesperado de quem nunca foi ouvido. Ele não denuncia antes os agressores porque sabe que a justiça não o protegeria. Afinal, em uma sociedade onde quem tem contatos e poder está acima da lei, as vítimas raramente têm voz. É revoltante perceber que o sistema falha justamente com quem mais precisa de amparo.
O filme é doloroso, mas necessário. Expõe com honestidade o quanto o preconceito pode destruir vidas e como o silêncio coletivo perpetua o sofrimento. A direção é sensível, o roteiro é profundo e o desenvolvimento emocional dos personagens é devastador de tão real.
Sem dúvidas, merece nota 10. Uma história brilhantemente construída, corajosa e necessária — que todos deveriam assistir, refletir e sentir. É um lembrete de que empatia e humanidade ainda são as armas mais poderosas contra o ódio.
"O preconceito não nasce - ele é ensinado, cultivado e repetido até que vire tradição."
A obra ganha ainda mais força por se passar na Coreia do Sul, um país conhecido por seu conservadorismo e por evitar tratar abertamente temas como homossexualidade e saúde mental. O filme mergulha em uma das camadas mais sombrias da sociedade: aquela que transforma a homofobia em algo quase institucional, fazendo com que ser gay pareça um crime, uma vergonha ou até uma “doença repugnante”. Essa visão distorcida e cruel é reproduzida por alunos, professores e até famílias, alimentando um ciclo de silêncio e sofrimento.
O protagonista carrega o peso de tudo isso — é abusado, humilhado, violentado e levado ao limite da própria sanidade. Sua tentativa de suicídio é o grito desesperado de quem nunca foi ouvido. Ele não denuncia antes os agressores porque sabe que a justiça não o protegeria. Afinal, em uma sociedade onde quem tem contatos e poder está acima da lei, as vítimas raramente têm voz. É revoltante perceber que o sistema falha justamente com quem mais precisa de amparo.
O filme é doloroso, mas necessário. Expõe com honestidade o quanto o preconceito pode destruir vidas e como o silêncio coletivo perpetua o sofrimento. A direção é sensível, o roteiro é profundo e o desenvolvimento emocional dos personagens é devastador de tão real.
Sem dúvidas, merece nota 10. Uma história brilhantemente construída, corajosa e necessária — que todos deveriam assistir, refletir e sentir. É um lembrete de que empatia e humanidade ainda são as armas mais poderosas contra o ódio.
"O preconceito não nasce - ele é ensinado, cultivado e repetido até que vire tradição."
Was this review helpful to you?


