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Uma Boa Ideia Mal Aproveitada, tinha até potencial mas não entregou o que prometeu
Apesar de a história ter um tom um pouco mórbido, ainda assim acabei gostando. A protagonista é uma estudante jovem que morre de forma repentina, e no começo achei estranho o quanto ela demorava para decidir se voltaria à vida. À medida que a trama avança, porém, fica evidente que essa hesitação nasce de algo mais profundo: ela realmente não queria voltar. Em vez disso, passa boa parte do tempo tentando descobrir se o garoto por quem era apaixonada sentiria sua falta - o que, sinceramente, me frustrou um pouco. Fiquei esperando algo mais significativo; é difícil simpatizar quando a personagem está presa a um amor platônico com alguém que mal sabe que ela existe.No fim, ela acaba retornando à vida contra sua própria vontade, sendo empurrada de volta ao mundo real. E o desfecho dá aquela sensação de "foi tudo
um sonho". lembrando até Alice no País das Maravilhas - um fechamento ambíguo, que mistura fantasia e realidade.
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Um Mergulho no Horror Humano
Caramba… me considero uma verdadeira cinéfila e já assisti de tudo: todos os gêneros, todas as loucuras possíveis. Mas nada, absolutamente nada, me deixou tão perturbada quanto essa série — ainda mais por ser inspirada em uma história real.A sensação é de que não existe limite para a crueldade mostrada ali. Quando você pensa que a situação chegou ao fundo do poço, a série te mostra que existe um buraco ainda mais profundo. É desesperador.
Várias vezes senti raiva, porque é surreal como as pessoas podem ser cegas e manipuladas tão facilmente. Elas se tornavam praticamente fantoches nas mãos de um manipulador profissional. Não existe empatia, não existe humanidade. A própria filha é capaz de cometer o pior dos crimes contra a própria mãe — e ainda algo monstruoso com o pai.
Essa série é tão pesada que, sinceramente, eu nem entendo como está sendo distribuída. Aqui tem todos os tipos possíveis de violência contra os direitos humanos, sem descanso, sem pausa. Assisti tudo em um dia, mas não recomendo — a sensação que fica é de perturbação pura. A cada episódio, parecia que eu estava diante de algo tão absurdo que meu cérebro recusava acreditar que alguém teve coragem de filmar aquilo.
O nível de manipulação que esse homem exercia é absurdo. Tortura é pouco pra descrever o que ele fazia, e mesmo assim tinha gente que ainda o defendia. É revoltante.
O final, pelo menos, surpreende muito — a revelação do verdadeiro assassino em série é de cair o queixo. Eu realmente não esperava.
Se você tem estômago fraco, nem tente. Assista por sua conta e risco. É pior do que qualquer filme de terror que já vi na minha vida — e olha que eu já vi de tudo. Por ser baseada em fatos reais, parece que eles não mediram esforços pra deixar tudo o mais repugnante, bizarro e doentio possível.
É uma série. Mas, sem dúvida, a mais perturbadora que já assisti na minha vida.
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A culpa que enlouquece
Que filmaço digno de Oscar. Fazia tempo que um filme não me prendia tanto do início ao fim. A história é forte, cheia de tensão e com uma virada surpreendente, que faz a gente refletir sobre culpa, arrependimento e os limites da mente humana.A trama mostra a vida de um policial que, por trás da imagem de homem correto, carrega um passado sombrio e cheio de arrependimentos. Paralelamente, acompanhamos um jovem (interpretado de forma brilhante por Nam Goong Min) que persegue uma mulher, tomado por uma obsessão doentia. Quando descobre que ela tem um namorado, ele perde o controle e comete um ato terrível.
Algum tempo depois, eles se reencontram em uma livraria. Sem reconhecer o agressor, ela acaba se envolvendo com ele e os dois iniciam um relacionamento. Tudo muda quando ela descobre que o homem que a violentou no passado é o mesmo com quem está casada. Em desespero, ela confessa ter abortado por medo de dar à luz um filho que herdasse a mesma maldade. O confronto termina de forma trágica, com ferimentos e hospitalização.
O grande choque vem no final: o jovem e o policial são a mesma pessoa. O policial representa o remorso, a culpa e o desespero por tudo o que fez, enquanto o jovem — vivido por Nam Goong Min — representa a loucura, a psicopatia e o lado obscuro da mente dele. A revelação mostra como a culpa foi tão grande que o fez criar outra identidade para carregar o peso dos seus crimes.
A atuação de Nam Goong Min é simplesmente impecável. Ele transmite a insanidade e o desequilíbrio do personagem de forma intensa e real. O filme tem um roteiro muito bem construído, uma direção precisa e uma carga emocional que prende do início ao fim.
Beautiful Sunday é um drama psicológico poderoso, que mergulha na mente humana e mostra como a culpa pode destruir uma pessoa por dentro. Um filme marcante, perturbador e realmente digno de reconhecimento.
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Um bom slow burn
É uma história slow burn, em que todas as tramas dos personagens se conectam de alguma forma. Cada uma delas me surpreendeu de um jeito diferente.A primeira história mostra um casamento infeliz — um casal que permanece junto apenas pelo desejo de ter um filho, algo que nunca acontece. A mulher é escritora e passa a maior parte do tempo trancada em seu escritório, enquanto o marido segue sua rotina de trabalho, dia após dia, em um ciclo monótono. Tudo muda quando ela recebe uma ligação misteriosa, com a voz de uma mulher. Convencida de que se trata da amante do marido, ela decide terminar seu livro e, logo depois, sair de casa.
Em paralelo, conhecemos um jovem fotógrafo que tem o hábito de registrar tudo o que vê. Um dia, ele fotografa uma garota misteriosa que está com um criminoso e passa a ficar obcecado por ela. Essa garota, uma adolescente rebelde, é a mesma que fez a ligação para a escritora — a ligação que causou a separação do casal.
A partir daí, a vida dela toma um rumo perigoso. Ela começa a atrair homens fingindo ser do job, mas apenas para roubá-los, sem jamais se envolver de verdade. No entanto, em sua primeira tentativa, é pega em flagrante e acaba matando o homem. Abalada, mas determinada a continuar, ela passa a repetir o esquema — desta vez com a ajuda de outro homem, o que torna seus golpes mais elaborados e bem-sucedidos, sem mais mortes envolvidas.
Enquanto isso, a escritora ganha o primeiro lugar em um prêmio de melhor novela — ironicamente, com um livro que retrata exatamente o que ela viveu: um casamento infeliz e uma ligação misteriosa que muda tudo.
Do outro lado, o marido, tomado pelo arrependimento, descobre que a ligação não passava de um trote. Desesperado, ele confronta a ex-esposa e, após perder o emprego e o casamento, acaba tirando a própria vida.
A história do fotógrafo, por outro lado, me pareceu a mais fraca. Sua obsessão pela garota é pouco desenvolvida, e o encontro entre eles no final não traz o impacto que poderia ter.
Pensei que as histórias seriam mais tristes ou melancólicas, com aquele tom comum do dia a dia. Mas, à medida que o filme avança, acontece exatamente o contrário do que eu esperava — as situações se tornam cada vez mais intensas e imprevisíveis.
Mesmo assim, o conjunto das histórias é surpreendente. A forma como tudo se entrelaça e as consequências de cada ação criam uma narrativa envolvente e cheia de reviravoltas.
Veredito: um bom filme, com ritmo lento, mas cheio de camadas, surpresas e personagens complexos. Porém não é um filme que eu assistiria novamente.
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A efemeridade de um encontro
Sinceramente, esperava mais - este é o segundo filme de Leesong Hee-il que assisto, e ainda assim há algo que me prende em sua melancolia. Toda a narrativa se desenrola à noite, sob o peso das sombras e do silêncio. Há algo de profundamente humano nessa solidão compartilhada, nessa efemeridade do encontro.Em apenas uma noite, um estranho pode se tornar confidente, amante, quase um reflexo de nós mesmos – e, ao amanhecer, tudo se desfaz. Voltamos a ser estranhos, como se nada tivesse existido, embora algo em nós tenha mudado para sempre
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O preço de ser diferente
Quão triste e impactante é esse filme. Ele não mostra apenas a dor da discriminação, mas escancara a homofobia que se enraíza desde cedo na sociedade — dentro das escolas, nos comportamentos e nas palavras que moldam jovens desde a infância. Se adolescentes já reproduzem esse tipo de violência, que tipo de adultos eles se tornarão? E o que terão para transmitir às próximas gerações, além de intolerância, preconceito e discursos de ódio?A obra ganha ainda mais força por se passar na Coreia do Sul, um país conhecido por seu conservadorismo e por evitar tratar abertamente temas como homossexualidade e saúde mental. O filme mergulha em uma das camadas mais sombrias da sociedade: aquela que transforma a homofobia em algo quase institucional, fazendo com que ser gay pareça um crime, uma vergonha ou até uma “doença repugnante”. Essa visão distorcida e cruel é reproduzida por alunos, professores e até famílias, alimentando um ciclo de silêncio e sofrimento.
O protagonista carrega o peso de tudo isso — é abusado, humilhado, violentado e levado ao limite da própria sanidade. Sua tentativa de suicídio é o grito desesperado de quem nunca foi ouvido. Ele não denuncia antes os agressores porque sabe que a justiça não o protegeria. Afinal, em uma sociedade onde quem tem contatos e poder está acima da lei, as vítimas raramente têm voz. É revoltante perceber que o sistema falha justamente com quem mais precisa de amparo.
O filme é doloroso, mas necessário. Expõe com honestidade o quanto o preconceito pode destruir vidas e como o silêncio coletivo perpetua o sofrimento. A direção é sensível, o roteiro é profundo e o desenvolvimento emocional dos personagens é devastador de tão real.
Sem dúvidas, merece nota 10. Uma história brilhantemente construída, corajosa e necessária — que todos deveriam assistir, refletir e sentir. É um lembrete de que empatia e humanidade ainda são as armas mais poderosas contra o ódio.
"O preconceito não nasce - ele é ensinado, cultivado e repetido até que vire tradição."
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Que história mais maçante
Confuso pra caramba! Cê tá louco. Até que os protagonistas eram bonitinhos, mas sei lá, meio sem graça. O casal secundário é mil vezes melhor, tem química de verdade, entregaram muito mais emoção que os principais. Me dá uma raiva dessas séries que você tem que prestar atenção em absolutamente tudo, porque se perder uma falinha ou uma cena rápida, já era, você não entende mais nada.O começo até tava legalzinho, deu aquela empolgação, parecia promissor. Mas depois de uns episódios, a história começou a se arrastar, ficou confusa, cheia de enrolação e reviravolta desnecessária. Te juro, teve hora que eu pausei e fiquei: "Ué, que que tá acontecendo aqui?"
Sem contar que os diálogos começaram a ficar forçados, e os personagens tomam umas decisões tão sem sentido que parece que os roteiristas tavam tirando tudo da cabeça na hora. Sério, esperava muito mais, a premissa era boa, mas desperdiçaram.
Pqp, vou dropar. Nem compensa perder mais tempo assistindo isso até o final. Já vi que não vai melhorar e não tô a fim de ficar me frustrando mais.
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