Uma surpresa gótica e grotesca
Thirst é um daqueles filmes que te pegam completamente desprevenido. Eu não tinha lido sinopse, como costumo fazer, fui pela capa e pelo elenco. Na minha cabeça, seria um filme de possessão sobre um padre exorcizando uma garota possuída. Então imagine o meu susto (e depois a minha fascinação) ao descobrir que, na verdade, era um filme de vampiros.
Logo nos primeiros minutos, fiquei hipnotizada. A fotografia é soberba, a direção é marcante em cada plano, e a assinatura do diretor é tão forte que parecia estar estampada na tela o tempo todo. É um filme visualmente impressionante, com efeitos especiais surpreendentemente bons para a época e uma maquiagem impecável, que reforça a atmosfera mórbida e surreal da história.
E que história doida e original. Um padre se voluntaria para testar uma vacina experimental contra uma doença letal. Então ele morre e volta à vida após ser infectado com sangue de vampiro durante a transfusão, e acaba se interessando pela esposa de seu amigo de infância. É estranho quando se resume assim, mas o modo como o roteiro desenvolve isso é autêntico, com muita identidade visual e bem interessante (eu garanto).
O tom do filme mistura tragédia, romance, horror e humor negro com uma naturalidade absurda. É tudo muito bizarro, perturbador, mas também estranhamente humano.
O elenco está brilhante, entregando atuações intensas e cheias de nuances, especialmente a dupla central, que conduz a trama com carisma e loucura crescentes. Eles tomam decisões cada vez mais imprevisíveis, e a narrativa segue por caminhos inesperados, mantendo a atenção do início ao fim.
É um filme violento e sexual, mas nada soa gratuito. A nudez, o sangue, os impulsos mais primitivos, tudo tem um propósito dentro da história. A sensualidade está ali, mas é desconfortável e distorcida. A violência choca, mas também revela as camadas de culpa, desejo, repressão e libertação dos personagens.
Park Chanwook sabe exatamente o quanto mostrar e quando.
Houve um momento em que senti o ritmo cair, especialmente quando os personagens começam a enlouquecer de vez, e a narrativa se torna mais errática. Mas logo o filme retoma o controle e volta a me surpreender.
Thirst é como assistir a uma versão adulta, ensanguentada e sexy da Família Addams: sombrio, excêntrico e, de forma estranha, divertido.
Recomendo fortemente para quem procura um filme que fuja do convencional, que provoque desconforto e risadas nervosas ao mesmo tempo.
Logo nos primeiros minutos, fiquei hipnotizada. A fotografia é soberba, a direção é marcante em cada plano, e a assinatura do diretor é tão forte que parecia estar estampada na tela o tempo todo. É um filme visualmente impressionante, com efeitos especiais surpreendentemente bons para a época e uma maquiagem impecável, que reforça a atmosfera mórbida e surreal da história.
E que história doida e original. Um padre se voluntaria para testar uma vacina experimental contra uma doença letal. Então ele morre e volta à vida após ser infectado com sangue de vampiro durante a transfusão, e acaba se interessando pela esposa de seu amigo de infância. É estranho quando se resume assim, mas o modo como o roteiro desenvolve isso é autêntico, com muita identidade visual e bem interessante (eu garanto).
O tom do filme mistura tragédia, romance, horror e humor negro com uma naturalidade absurda. É tudo muito bizarro, perturbador, mas também estranhamente humano.
O elenco está brilhante, entregando atuações intensas e cheias de nuances, especialmente a dupla central, que conduz a trama com carisma e loucura crescentes. Eles tomam decisões cada vez mais imprevisíveis, e a narrativa segue por caminhos inesperados, mantendo a atenção do início ao fim.
É um filme violento e sexual, mas nada soa gratuito. A nudez, o sangue, os impulsos mais primitivos, tudo tem um propósito dentro da história. A sensualidade está ali, mas é desconfortável e distorcida. A violência choca, mas também revela as camadas de culpa, desejo, repressão e libertação dos personagens.
Park Chanwook sabe exatamente o quanto mostrar e quando.
Houve um momento em que senti o ritmo cair, especialmente quando os personagens começam a enlouquecer de vez, e a narrativa se torna mais errática. Mas logo o filme retoma o controle e volta a me surpreender.
Thirst é como assistir a uma versão adulta, ensanguentada e sexy da Família Addams: sombrio, excêntrico e, de forma estranha, divertido.
Recomendo fortemente para quem procura um filme que fuja do convencional, que provoque desconforto e risadas nervosas ao mesmo tempo.
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