Missão Cruzada (Cross Mission), de 2024, começa dando a falsa impressão de que estamos diante de algo promissor — e talvez isso seja o seu maior pecado. A apresentação inicial funciona: uma policial competente, independente, levemente excêntrica e cheia de presença. É fácil simpatizar com ela desde o primeiro momento, sobretudo porque o filme se esforça para mostrá-la como alguém que conquistou seu espaço com mérito, pulso firme e inteligência.
O marido, à primeira vista, parece cumprir o papel clássico do “banana” deslocado ao lado de uma mulher forte. Esse julgamento inicial até se revela equivocado, e aqui o roteiro parece ensaiar uma virada interessante: ele não é tão inofensivo quanto aparenta e sabe se virar em situações extremas. O problema é que essa revelação, que poderia enriquecer a narrativa, acaba sendo desperdiçada logo em seguida.
Do meio em diante, o filme entra em um declínio quase irreversível. A trama se perde completamente ao transformar o que deveria ser um thriller de ação e espionagem em uma confusa disputa em torno do marido infiel. A narrativa abandona qualquer senso de foco e passa a girar em círculos, insistindo em conflitos repetitivos, diálogos cansativos e situações que não levam a lugar nenhum. O ritmo se torna arrastado a ponto de testar a paciência do espectador.
A confusão narrativa é um problema constante. Elementos como dinheiro, Coreia do Sul, mísseis e conspirações internacionais são jogados na história sem o mínimo cuidado em conectar tudo de forma clara. Nada é devidamente explicado, desenvolvido ou amarrado. O resultado é uma sensação constante de estar assistindo a cenas soltas, sem entender exatamente qual é o objetivo da trama ou o que realmente está em jogo.
O tom do filme também é instável. Ele não decide se quer ser uma comédia de ação, um drama conjugal, um thriller político ou uma sátira. Essa indecisão enfraquece todos os gêneros que tenta abraçar. As cenas de ação não empolgam, o humor não funciona e o suspense nunca se sustenta. Em vez de complexidade, o que se vê é apenas desorganização.
O desfecho é, infelizmente, coerente com todo esse caos: mediano, apressado e sem impacto. Não há catarse, não há surpresa verdadeira, não há sensação de recompensa. O final simplesmente acontece, como se o próprio filme estivesse cansado de si mesmo e quisesse terminar logo.
No fim das contas, Missão Cruzada é um exemplo claro de uma ideia que até tinha potencial, mas foi sufocada por um roteiro confuso, escolhas narrativas equivocadas e falta de identidade. Um filme que começa bem, se perde completamente no caminho e termina sem deixar nada além da frustração de ter desperdiçado tempo com algo que poderia — e deveria — ter sido muito melhor.
O marido, à primeira vista, parece cumprir o papel clássico do “banana” deslocado ao lado de uma mulher forte. Esse julgamento inicial até se revela equivocado, e aqui o roteiro parece ensaiar uma virada interessante: ele não é tão inofensivo quanto aparenta e sabe se virar em situações extremas. O problema é que essa revelação, que poderia enriquecer a narrativa, acaba sendo desperdiçada logo em seguida.
Do meio em diante, o filme entra em um declínio quase irreversível. A trama se perde completamente ao transformar o que deveria ser um thriller de ação e espionagem em uma confusa disputa em torno do marido infiel. A narrativa abandona qualquer senso de foco e passa a girar em círculos, insistindo em conflitos repetitivos, diálogos cansativos e situações que não levam a lugar nenhum. O ritmo se torna arrastado a ponto de testar a paciência do espectador.
A confusão narrativa é um problema constante. Elementos como dinheiro, Coreia do Sul, mísseis e conspirações internacionais são jogados na história sem o mínimo cuidado em conectar tudo de forma clara. Nada é devidamente explicado, desenvolvido ou amarrado. O resultado é uma sensação constante de estar assistindo a cenas soltas, sem entender exatamente qual é o objetivo da trama ou o que realmente está em jogo.
O tom do filme também é instável. Ele não decide se quer ser uma comédia de ação, um drama conjugal, um thriller político ou uma sátira. Essa indecisão enfraquece todos os gêneros que tenta abraçar. As cenas de ação não empolgam, o humor não funciona e o suspense nunca se sustenta. Em vez de complexidade, o que se vê é apenas desorganização.
O desfecho é, infelizmente, coerente com todo esse caos: mediano, apressado e sem impacto. Não há catarse, não há surpresa verdadeira, não há sensação de recompensa. O final simplesmente acontece, como se o próprio filme estivesse cansado de si mesmo e quisesse terminar logo.
No fim das contas, Missão Cruzada é um exemplo claro de uma ideia que até tinha potencial, mas foi sufocada por um roteiro confuso, escolhas narrativas equivocadas e falta de identidade. Um filme que começa bem, se perde completamente no caminho e termina sem deixar nada além da frustração de ter desperdiçado tempo com algo que poderia — e deveria — ter sido muito melhor.
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