O drama é, sem dúvida, agradável e tranquilo de acompanhar. Sua narrativa flui de forma simples e, muitas vezes, descomplicada. Um dos pontos fortes da série é a disputa entre as sogras, que trazem uma carga psicológica interessante e acabam sendo um dos maiores atrativos do enredo. As cenas de conflito entre elas são intensas e divertidas, proporcionando momentos de tensão que valem a pena assistir. Os casais, por sua vez, são bem construídos e apresentam boas dinâmicas, com os momentos mais íntimos sendo tratados com naturalidade, sem exageros ou frescuras. Quando a história chega aos momentos de pegação, a química entre os personagens é palpável, o que torna essas cenas ainda mais agradáveis.
No entanto, apesar de suas qualidades, "Can We Get Married?" sofre com uma narrativa que, em certos momentos, se arrasta desnecessariamente. O drama passa muito tempo desenvolvendo situações que, no fim, acabam se resolvendo de maneira apressada e superficial. A sensação de que os acontecimentos acontecem "de qualquer jeito" no final é uma das falhas que mais compromete a fluidez do enredo. Isso enfraquece um pouco a construção da trama, deixando um gosto amargo de que a obra poderia ter sido mais bem amarrada.
Além disso, a série, apesar de trazer reflexões interessantes sobre casamento e separação, não aprofunda tanto esses temas como poderia. Embora passe uma lição válida sobre as dificuldades e as complexidades dessas relações, a execução de alguns aspectos importantes acaba deixando a desejar. O drama não se destaca como uma obra-prima, e faltou um pouco mais de profundidade no tratamento de alguns pontos que, se explorados com mais cuidado, poderiam ter elevado a obra a outro nível.
A obra questiona o que significa "fazer o casamento dar certo", o que implica amadurecimento e aprendizado, e como o amor pode se manter, mesmo diante das adversidades. Em última análise, o dorama sugere que, embora o amor possa ser bonito, ele exige trabalho constante e enfrentamento de desafios.
Embora aborde temas interessantes, como casamento, divórcio e o amor tardio, a trama acaba se arrastando em certos momentos e apressa a resolução dos conflitos no final. A obra não é uma grande referência, mas ainda assim cumpre seu papel ao transmitir uma reflexão válida sobre a vida a dois. Faltou mais profundidade e uma execução mais cuidadosa em algumas questões, o que prejudica a construção de uma narrativa mais sólida. Apesar disso, a proposta geral da obra é boa, e a dinâmica entre os casais, especialmente as disputas entre as sogras, proporciona entretenimento.
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Os pontos de vista sobre paternidade são um dos maiores destaques do drama. O amadurecimento do Tae (o pai da criança) e o relacionamento que cresce entre os dois ao longo da trama são sensacionais. O romance, apesar de ser mais maduro, é recheado de momentos fofos e engraçados. Além disso, a comédia e os momentos mais tristes são bem equilibrados, proporcionando ao espectador reflexões sobre a vida e as responsabilidades que vêm com ela.
Este dorama trata de temas como amadurecimento e aceitação, e, com certeza, vale a pena ser assistido. A forma como ele aborda os desafios de ser pai, os dilemas pessoais e as mudanças nas relações, é envolvente e tocante.
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O dilema central do dorama é a escolha de Takuto entre morrer ou continuar vivendo com o auxílio de um aparelho respiratório, o que coloca em evidência questões existenciais sobre a vida e a morte. A forma como a série lida com esse dilema é bastante tocante, retratando a luta interna do protagonista e o impacto dessa decisão na vida daqueles ao seu redor.
O romance presente na trama, apesar de ser apenas um dos elementos, é envolvente e tocante, pois surge no meio do sofrimento, criando uma forte conexão emocional com o público. Porém, o drama vai além disso, explorando com profundidade as emoções humanas, a dor, o sofrimento e a humilhação que Takuto enfrenta em sua jornada. Algumas cenas realmente destroem o coração de quem assiste, pois a série não hesita em mostrar a crueldade do destino e os limites físicos e emocionais de seus personagens.
No entanto, Boku no Ita Jikan também apresenta pontos negativos. O ritmo da obra, em alguns momentos, pode parecer um pouco arrastado, especialmente nas passagens que enfatizam a repetição do sofrimento e das limitações de Takuto. A maneira como certos aspectos da doença são tratados também pode parecer superficial em alguns momentos, faltando uma abordagem mais detalhada sobre o impacto psicológico da ELA na mente do protagonista. Além disso, a narrativa foca tanto no sofrimento que, por vezes, pode ser difícil para o público encontrar alívio emocional durante a história.
Ainda assim, o dorama entrega uma mensagem poderosa sobre a luta pela vida, sobre os vínculos humanos e sobre o impacto da doença na individualidade e nos relacionamentos. Ele é uma reflexão profunda sobre como as pessoas lidam com suas limitações e com a inevitabilidade da morte, mostrando que, mesmo nas circunstâncias mais difíceis, há espaço para a esperança e o amor.
No geral, Boku no Ita Jikan é uma obra que, apesar de seus pontos negativos, tem um grande valor emocional e filosófico. A forma como aborda a superação de uma doença tão devastadora e os dilemas existenciais é tocante e, mesmo com algumas falhas, oferece uma reflexão profunda sobre o significado da vida e do amor.
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Os personagens, apesar de suas falhas, têm potencial. Hijiri é retratada como uma professora inexperiente, no início da sua carreira, o que a coloca em uma posição de amadurecimento e autodescoberta. Ela ainda não passou por diversas fases da vida, o que a torna uma personagem com complexidade. Já Akira é apresentado como um adolescente rebelde e confuso, que se apaixona por Hijiri de uma maneira impetuosa e incontrolável, o que leva à progressão do enredo. No entanto, o desenvolvimento de seu amor por Hijiri é superficial e pouco convincente. O sentimento de Akira por Hijiri é retratado como algo doentio e irreal, sem a construção necessária para dar verossimilhança a tal intensidade. A relação deles, apesar das tentativas de explorar a complexidade emocional, parece forçada e rápida demais para que os sentimentos se tornem genuínos. Este aspecto é o maior defeito da obra, pois não há um desenvolvimento natural entre eles, o que prejudica a credibilidade do romance.
Os personagens secundários, como Haraguchi e Shotaro, adicionam uma camada de complexidade ao enredo, oferecendo um contraste interessante com a história principal. Seu amor é de natureza similar, mas também diferente, proporcionando um respiro para a narrativa principal, ainda que esse desenvolvimento tenha sido pouco aprofundado.
O maior problema do drama é a rapidez com que a história avança e a falta de profundidade na construção da relação central. A trama é excessivamente acelerada, e os sentimentos entre Hijiri e Akira são mal trabalhados, sem tempo suficiente para que o público se envolva de forma significativa. Além disso, a relação deles é retratada como impossível desde o início, com a protagonista, Hijiri, sendo a que mais sofre ao longo da narrativa. Ela perde tudo o que sempre amou e acreditou, sendo a figura trágica que carrega o peso da história.
O final, assim como o restante da trama, é apressado e deixa muito a desejar. Apesar do sofrimento de Hijiri e da construção dramática, o desfecho parece apressado demais, e a resolução das questões levantadas pela história não é satisfatória. Há uma reflexão sobre o sacrifício pessoal em nome do amor, mas a obra não consegue transmiti-la de forma eficaz ou impactante. A grande pergunta levantada — "Vale a pena abrir mão de tudo por amor?" — é respondida de forma previsível, sem a profundidade necessária para realmente tocar o público.
Em suma, Chugakusei Nikki tem uma premissa intrigante, mas falha em seu desenvolvimento, especialmente na construção do romance central. A falta de profundidade nas relações e a apressada resolução dos conflitos comprometem a obra. A filosofia do dorama, que gira em torno de sacrifícios e do amor proibido, não é bem explorada, e a falta de realismo nas emoções entre os personagens prejudica o impacto que a história poderia ter. Apesar de algumas boas ideias e personagens secundários interessantes, a execução deixa a desejar e é tudo raso.
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Os personagens são uma das melhores qualidades do dorama, com interações bem construídas entre eles. O casal principal tem uma química muito boa, e a trama entre os dois é o que mais sustenta o interesse ao longo da série. A trilha sonora também é um ponto forte, acertando em diversos momentos e ajudando a complementar o clima das cenas.
No entanto, nem tudo no drama me agradou. As cenas de ação, em especial aquelas envolvendo o Healer pulando entre os prédios, foram uma grande decepção. Esperava algo mais estilizado, no estilo de Banlieue 13 (B13), mas o que vi foi uma sequência de cenas de ação que não entregaram o impacto esperado. Em uma dessas cenas, onde o Healer pula entre os vidros de um prédio, chegou a ser possível ver o guindaste usado para o movimento – uma falha grosseira na produção que tirou muito da credibilidade da cena.
Outro ponto negativo foi o desfecho apressado da história. O final foi muito corrido, como se os roteiristas tivessem que resolver tudo rapidamente. Personagens que não tiveram relevância durante o desenvolvimento da trama apareceram de repente, sem qualquer construção ou justificativa, apenas para dar um fim apressado à história. Além disso, personagens importantes, como o irmão do repórter famoso, o assistente dele, o mestre do Healer e até mesmo o "ancião", o verdadeiro vilão, não tiveram um fechamento adequado. Todos esses pontos contribuíram para um final que, apesar de funcional, foi insatisfatório em termos de conclusão emocional e narrativa.
Porém, no geral, Healer ainda é um bom drama. Apesar das falhas, ele tem méritos em sua construção de personagens e na maneira como desenvolve as relações entre eles. O potencial estava lá, mas a execução deixou a desejar em vários aspectos. O equilíbrio entre ação e drama foi uma tentativa, mas não foi completamente bem-sucedido. Se você é fã de séries com mistério e ação, pode achar algo interessante, mas se espera algo mais coeso e bem amarrado, talvez o dorama falhe em te convencer por completo.
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This review may contain spoilers
Cruel City definitely has merits – it's seductive in its dark and elegant atmosphere, with a very well-defined noir aesthetic. The central themes revolve around morality, loyalty, identity, and the unstable hierarchies that crumble in this corrupt environment between crime and the police. There's a clear attempt to study how these people are corroded by the very roles they occupy, showing how the underworld devours convictions, bonds, and even the notion of who each person is. In this sense, the main relationships (Doctor's Son, Lee Jin Sook, and Safari; Kim Hyeon Soo and Doctor's Son; Doctor's Son, Lee Jin Sook, and Min Hong Ki) are well-developed, have depth, and truly carry narrative weight. As the ending approaches, we truly feel the impact of each of their demise. The world presented is not just violent; it's a territory where everyone has already lost something essential before the story even begins.However, as the narrative progresses, it becomes clear how fragile the structure is due to repetitive plot twists—at a certain point, almost all the criminals are revealed to be police infiltrators, which dilutes the tension and impoverishes the dramatic fabric. The characters' decisions are almost always the worst possible, and no one seems capable of having a direct conversation to resolve basic problems. Added to this is the exhaustive repetition of the same situations: the criminals going after the main cast, capturing one of them, and at the last moment someone appears to save them, only for the cycle to repeat itself again and again. This redundancy gives the impression that the script is trying to artificially stretch the story. Another point that few notice, but which reveals glaring inconsistencies: it's surreal how wanted criminals, both by the police and by other criminals, circulate freely through the city as if they were ordinary citizens; always relaxed, never pursued, almost as if the underworld only exists when the plot needs it.
In the initial episodes, it's also problematic how the character Ji Hyeong Min appears almost like Superman: infallible, with impeccable instincts, and always showing up at the right moment. In several scenes, when he wasn't present, it became clear that he had no real use in moving the plot forward; he only becomes important when he starts being used by or assisting the Doctor's Son. Before that, he's just an unbearable character, artificially exaggerated.
The villains, in general, are generic and unmemorable, with the exception of Min Hong Ki, who, however, ends up wasted due to poor and poorly explored motivations, being reduced to a character who gets lost for silly reasons.
And then we arrive at the point I wanted to make: the Doctor's Son's relationship with Yoon Soo Min. Before that, however, it's necessary to comment on the initial stupidity of having Soo Min have a romantic interest in Ji Hyeong Min in a forced attempt at a love triangle. Fortunately, this doesn't go any further, but even so, it shouldn't have even been started; The most appropriate thing would be for Soo Min to feel respect for him, nothing more than that. Returning to the bond between Doctor's Son and Soo Min: in terms of relationships, this is the weakest link in the drama, not due to a lack of potential, but because of the hasty and poorly constructed narrative decisions. Their relationship should function as a kind of emotional escape, a breath of fresh air within the chaos of the underworld that engulfs them. It required slow, gradual, intimate development, more shared moments, more meaningful silence, more building of closeness so that, when the inevitable conflict arose, the impact would be more emotionally impactful. But this doesn't happen. Everything is rushed, shallow, and devoid of the intensity that the premise demanded. Thus, what could have been the most powerful bond in the drama ends up becoming its weakest point.
As pure entertainment, it works. Some action or violence scenes are terribly done; the worst is when Kim Eun Soo tries to strangle Busan—that's a bad joke. Jung Kyung Ho didn't fit the character; his demeanor is too androgynous, too delicate. The role would have suited Lee Joon Gi, Lee Jong Suk, or another actor with a more badass style much better.
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Definitivamente, Cruel City possui méritos - é sedutor pela atmosfera sombria e elegante, com uma estética noir muito bem definida. Os temas centrais se articulam em torno da moralidade, da lealdade, da identidade e das hierarquias instáveis que se desmoronam nesse ambiente corrompido entre o crime e a polícia. Há uma tentativa clara de estudar como essas pessoas são corroídas pelos próprios papéis que ocupam, mostrando como o submundo devora convicções, vínculos e até mesmo a noção de quem cada um é. Nesse sentido, as relações principais (Doctor’s Son, Lee Jin Sook e Safari; Kim Hyeon Soo e Doctor’s Son; Doctor’s Son, Lee Jin Sook e Min Hong Ki) são bem trabalhadas, possuem profundidade e realmente carregam peso narrativo. Conforme o desfecho se aproxima, sentimos de fato o impacto do fim de cada um deles. O mundo apresentado não é apenas violento; é um território onde todos já perderam algo essencial antes mesmo de a história começar.
Porém, à medida que a narrativa avança, percebe-se como a estrutura se torna frágil pelas reviravoltas repetitivas — em determinado ponto, quase todos os bandidos revelam-se infiltrados da polícia, o que dilui a tensão e empobrece o tecido dramático. As decisões dos personagens são quase sempre as piores possíveis, e ninguém parece capaz de ter uma conversa direta para resolver problemas básicos. Soma-se a isso a repetição exaustiva das mesmas situações: os bandidos indo atrás do elenco principal, capturando um deles, e no último momento alguém aparece para salvar, apenas para o ciclo se repetir de novo e de novo. Essa redundância passa a impressão de que o roteiro tenta esticar a história artificialmente. Outro ponto que poucos percebem, mas que revelam inconsistências gritantes: é surreal como criminosos procurados, tanto pela polícia quanto por outros bandidos, circulam tranquilamente pela cidade como se fossem cidadãos comuns; sempre relaxados, nunca perseguidos, quase como se o submundo só existisse quando a trama precisa dele.
Nos episódios iniciais, também é problemático como o personagem Ji Hyeong Min surge quase como um Superman: infalível, com instinto impecável e sempre surgindo no momento certo. Em vários trechos, quando ele não aparecia, tornava-se perceptível que ele não tinha utilidade real para mover a trama, só passa a ser importante quando começa a ser usado ou auxiliar o Doctor’s Son. Antes disso, é apenas um personagem insuportável, artificialmente engrandecido.
Os vilões, de modo geral, são genéricos e pouco memoráveis, com exceção de Min Hong Ki, que, no entanto, acaba desperdiçado por motivações pobres e mal exploradas, sendo reduzido a um personagem que se perde por razões tolas.
E então chegamos ao ponto que eu queria: a relação do Doctor’s Son com Yoon Soo Min. Antes disso, porém, é preciso comentar a estupidez inicial de fazer a Soo Min ter interesse romântico no Ji Hyeong Min numa tentativa forçada de triângulo amoroso. Felizmente, isso não vai adiante, mas ainda assim não deveria sequer ter sido iniciado; o máximo adequado seria a Soo Min nutrir respeito por ele, nada além disso. Voltando ao vínculo entre Doctor’s Son e Soo Min: no quesito relacional, esse é o laço mais fraco do dorama, não por falta de potencial, mas pelas decisões precipitadas e mal construídas da narrativa. A relação deles deveria funcionar como uma espécie de fuga emocional, um respiro dentro do caos do submundo que os engole. Exigia um desenvolvimento lento, gradual, íntimo, mais momentos compartilhados, mais silêncio significativo, mais construção de proximidade para que, quando o conflito inevitável surgisse, o impacto fosse emocionalmente mais impactante. Mas isso não acontece. Tudo é acelerado, raso e desprovido da intensidade que a proposta pedia. Assim, aquilo que poderia ter sido o vínculo mais poderoso do dorama acaba se tornando o seu ponto mais frágil.
Como puro entretenimento funciona. Algumas cenas de ação ou violência são pessimamente feitas, a pior delas é quando a Kim Eun Soo tenta enforcar o Busan, aquilo é uma piada de mau gosto. Jung Kyung Ho não combinou com o personagem, o jeito dele é muito andrógeno, muito delicado. O papel cairia muito melhor no Lee Joon Gi, Lee Jong Suk ou outro ator com o estilo mais foda.
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O amadurecimento emocional e existencial diante das escolhas inevitáveis do tempo.
O drama parte de uma ideia com potencial, especialmente no que diz respeito ao passado do protagonista e ao drama humano que o dorama tenta construir ao retratar o amadurecimento emocional e existencial de seus personagens diante das escolhas inevitáveis do tempo, usando como eixo central a passagem da juventude para a vida adulta e o colapso das ilusões que sustentam essa transição pelo uso constante das quebras temporais expondo como a memória interfere no real. Aprecio bastante o ritmo lento e introspectivo desse tipo de obra, principalmente quando se tem um significado ou simbologia por trás, como é o caso aqui, sendo no esvaziamento das expectativas idealistas da juventude, onde de fato foram quebrados.No entanto, a execução não acompanha a força da proposta. A forma como a trama é conduzida e principalmente, as escolhas de elenco e direção de atuação prejudicam o impacto emocional que a história tenta alcançar. Demorei bastante pra aceitar a personagem feminina principal, aceitar no sentido da atuação dela, que foi bastante incomoda, sem naturalidade, já o Song Joong Ki definitivamente não combinou com esse papel mais relaxado misturado com caipira e exageradamente de bom moço, ficou um fora da casinha negativo.
Além disso, a estrutura narrativa sofre com timing problemático: a doença poderia ter sido introduzida mais cedo para dar profundidade e ritmo ao enredo. É incrível como um dorama de relés 12 episódios possui diversas cenas que, se removidas, não fariam falta alguma à história, aliás, qual foi o desfecho da irmã do protagonista? Qual foi o desfecho do casal secundário? Qual desfecho da Bang Han e sua empresa na indústria? É extremamente raro encontrar um drama que ofereça um final excelente e dê a todos os personagens ao menos um desfecho decente. My Youth repete esse padrão, o que enfraquece ainda mais a experiência, deixando muitas lacunas em aberto.
Por fim, toda jornada do protagonista, todo sofrimento, toda ideia do inevitável cai por terra ao ser recompensada com um final feliz. O final condizente com toda jornada difícil do protagonista traria mais reflexões e ensinamentos sobre o tempo, no caso, sobre o quanto esquecemos que a vida passa rápido e perdemos muito tempo com coisas banais, não damos verdadeiramente valor as pessoas que importam, como perdemos tempo com pesque daqui uns anos não faram mais parte das nossas vidas e seria um choque de realidade tanto pra personagem feminina principal pela indecisão inicial e pra irmã dela que traiu o único que cuidou dela. O resultado final é um dorama com uma boa idéia, uma simbologia honesta e um protagonista cujo passado é o que há de mais interessante, mas que tropeça justamente na execução e na coragem de finalizar o que começou.
PS: Acho que estou tirando o máximo possível do que o dorama pode oferecer e supervalorizando ele pelos temas que me atraem. Escrevi esse texto enquanto pausei Bridal Mask, que está uma merda de assistir.
E perdoe os erros ortográficos e de pontuação, em algum momento eu corrijo.
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"Who is the real monster?"
Beyond Evil goes far beyond being just a crime thriller, it proposes a profound reflection on the nature of evil, the fragility of human morality, and the thin line that separates justice from monstrosity. Its strength lies not only in the investigative plot but in the way it constructs, deconstructs, and reconstructs the ethical convictions of its characters and of the viewer.The drama is structured with surgical precision, every event is meticulously calculated to serve the psychological progression of the protagonists and the gradual revelation of the truth. This narrative cohesion is sustained by writing that understands the weight of waiting and doubt, transforming mystery into an instrument of moral introspection.
The central point of Beyond Evil lies in its thematic evolution, the series abandons the traditional moral dualism of police dramas and plunges into ambiguity: everyone is guilty to some degree, and everyone carries a shadow that brings them closer to what they condemn. By constantly asking “who is the real monster?”, the drama leads to the realization that evil is rarely an external entity, it is a latent possibility within the human being. This approach gives the narrative depth and universality, turning it into a critique of moral arrogance and institutional blindness.
The characters are built with rare psychological depth, Lee Dong-shik and Han Joo-won are not moral opposites but distorted reflections of each other, two men torn apart by guilt, mistrust, and an unrelenting pursuit of justice, even if each must use his own means to achieve it. Their interactions fluctuate between rivalry and complicity, forming a study of character that replaces the cliché of redemption with the restlessness of conscience. The supporting characters, far from being mere narrative tools, also bear authentic conflicts, reinforcing the sense of a living and morally decayed world.
In essence, Beyond Evil is a story about the limits of humanity in the face of pain and moral corruption. Remarkably, the drama achieves an almost perfect balance between form and substance, reason and emotion, light and darkness. It is a raw and austere work, devoid of sensationalism, which may distance some viewers, but therein lies its narrative richness. The drama does not seek emotion or sentimentality, it is silent and somber, every character has a motive, every line of dialogue, every crossroad and confrontation leads only toward the path of truth, and within that confrontation lies the revelation of true horror, the one that dwells within us.
🇧🇷"Quem é o verdadeiro monstro?"
Beyond Evil, vai muito além de um thriller policial, o dorama propõe uma reflexão profunda sobre a natureza do mal, a fragilidade da moral humana e a linha tênue que separa justiça e monstruosidade. Sua força não está apenas na trama investigativa, mas no modo como constrói, desmonta e reconstrói as convicções éticas de seus personagens e do próprio espectador.
O dorama se estrutura com precisão cirúrgica. Cada acontecimento é meticulosamente calculado para servir à progressão psicológica dos protagonistas e à revelação gradual da verdade. Essa coesão narrativa é sustentada por uma escrita que entende o peso da espera e da dúvida, transformando o mistério em um instrumento de introspecção moral.
O ponto central de Beyond Evil está em sua evolução temática. A série abandona o maniqueísmo tradicional dos dramas policiais e mergulha na ambiguidade: todos são culpados em alguma medida, e todos carregam uma sombra que os aproxima daquilo que condenam. Ao perguntar incessantemente “quem é o verdadeiro monstro?”, o dorama conduz à constatação de que o mal raramente é uma entidade exterior, ele é uma possibilidade latente dentro do humano. Essa abordagem confere profundidade e universalidade à narrativa, fazendo dela uma crítica à arrogância moral e à cegueira institucional.
Os personagens são construídos com rara densidade psicológica. Lee Dong-shik e Han Joo-won não são opostos morais, mas reflexos distorcidos um do outro. Dois homens dilacerados pela culpa, pela desconfiança e pela ânsia de justiça mesmo que cada um tenha que usar os seus meios para isso. Suas interações oscilam entre rivalidade e cumplicidade, compondo um estudo de caráter que substitui o clichê da redenção pela inquietude da consciência. Os coadjuvantes, longe de meros instrumentos narrativos, também carregam conflitos autênticos, o que reforça a sensação de um mundo vivo e moralmente corroído.
Em síntese, Beyond Evil é uma narrativa sobre o limite da humanidade diante da dor e da corrupção moral. Incrivelmente o dorama alcança um equilíbrio quase perfeito entre forma e conteúdo, razão e emoção, luz e trevas. É uma obra seca e crua, sem artifícios mirabolantes, o que pode afastar algumas pessoas, mas definitivamente essa é a riqueza narrativa, o dorama não busca emoção, não busca comoção, ele é silencioso e escuro, cada personagem tem seus motivos, cada texto, toda encruzilhada e cada confronta, só leva ao caminho da verdade, e nesse confronto é, revelado o verdadeiro horror: aquele que habita dentro de nós.
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Tem forma, tem símbolo, tem significado, mas carece de profundidade e conteúdo.
Nirvana in Fire (2015) é uma obra que se estrutura a partir do trauma, da paciência e da reconstrução ética diante da ruína. A narrativa, marcada por um rigor quase ritualístico, abandona o espetáculo da vingança tradicional para construir uma jornada silenciosa, onde cada gesto carrega um peso moral. Mei Changsu, protagonista dilacerado por dentro, encarna o retorno não triunfante, mas necessário - um agente que corrói o poder por dentro, sem jamais romper abertamente com a ordem.A série organiza-se em três frentes narrativas interligadas: a política imperial e suas disputas sucessórias; o passado do exército de Chiyan e sua aniquilação injusta; e a identidade fragmentada de Lin Shu, reconstruída sob o disfarce de Mei Changsu. Esses núcleos operam como espelhos uns dos outros, refletindo as diversas camadas de um sistema corroído pela ambição, pela falsidade e pela manipulação institucionalizada. Nesse cenário, a corte imperial é retratada como um espaço onde a intriga é a norma e a verdade, um luxo dispensável. Os príncipes inicias que estão no poder e os ministros representam toda forma de vaidade, toda fome insaciável pelo poder pelo simples poder enquanto o povo morre, pro outro lado o sétimo príncipe representa a esperança de um governo justo, representa a lealdade, moralidade e a virtude.
No quesito técnico, a produção impressiona pela estética refinada: a direção de arte é minuciosa, a cinematografia elegante e as atuações contidas, mas expressivas. Há um esforço claro em criar uma atmosfera de contenção, onde os conflitos não explodem, mas se dissolvem lentamente no tempo. A guerra, aqui, é travada por meio de documentos, discursos e alianças - uma tensão que se constrói no silêncio, na pausa, no gesto que sugere mais do que mostra.
Contudo, é justamente nessa contenção que reside parte de sua fragilidade. A narrativa privilegia a racionalidade estratégica em detrimento do drama visceral. O espectador é mantido à distância, acompanhando um jogo político calculado que, apesar de intelectualmente intrigante, carece de pulsação emocional. Os 25 episódios iniciais ilustram bem essa limitação: marcados por excesso de exposição, ritmo frio e personagens descritos mais por suas reputações do que por ações concretas, tornam-se difíceis de engajar. A montagem não gera tensão, e as intrigas, embora constantes, soam abstratas e previsíveis.
Ainda que haja um ganho narrativo na segunda metade - quando a história começa a tocar em aspectos mais íntimos do passado dos personagens, esse desenvolvimento tardio não compensa a fragilidade dramática anterior. O romance, anunciado como pilar emocional da jornada, é negligenciado e conduzido com tamanha frieza que pouco contribui para a densidade da trama. O clímax final, por sua vez, surge deslocado: uma invasão militar súbita, que rompe com a lógica de contenção cuidadosamente estabelecida, soando artificial e desconectada.
A maior decepção, no entanto, reside no tratamento da própria tragédia que impulsiona o protagonista. A série esvazia a potência simbólica da doença de Mei Changsu - utilizada pontualmente como obstáculo, mas sem aprofundamento emocional - e trata a vingança como um jogo de inteligência, ignorando o drama humano que deveria sustentá-la. O que poderia ser uma jornada épica de dor e justiça torna-se, por vezes, um exercício excessivamente cerebral. A morte do protagonista ao fim do dorama reforça essa ética da renúncia: não há glória, apenas sacrifício. A justiça se cumpre, mas ao custo do sujeito. A série encerra-se como começou - silenciosa, grave, distante -, propondo uma reflexão mais ética do que emocional sobre o que significa vencer em um mundo corrompido. Tem seu valor, mas poderia ser marco inesquecível.
PS: Sobre a Consort Jing, uma figura rara, uma mulher de força serena, que em nenhum momento abdica de sua dignidade ou dos valores que carrega, mesmo diante das pressões esmagadoras da corte. Sua postura, sempre firme e justa, transmite uma forma de poder silencioso, porém inabalável. É o tipo de personagem/mulher que desperta a vontade instintiva de proteger, não por fragilidade, mas justamente pela grandeza moral que ela representa.
PS2: Outro elemento digno de nota é a representação da lealdade feminina dentro do dorama. As mulheres, independentemente da moralidade dos homens a quem se afeiçoam ou servem, permanecem fiéis até o fim, mesmo que o fim seja a cova. Em uma época onde vínculos são facilmente descartados por conveniência, essa entrega total, esse sentido de honra e devoção, transmite uma força que muitas vezes falta à sociedade moderna. Essa fidelidade, que nasce não de submissão cega, mas de uma convicção ética enraizada, funciona como um lembrete poderoso do que significa realmente caminhar ao lado de alguém - para o bem ou para o mal.
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O maior destaque desse drama é a vilã, que, para mim, se tornou uma das maiores de todos os tempos da ficção. Que mulher sensacional! Ela realmente toma o papel para si e tem uma presença imensa, ofuscando até mesmo os outros personagens. A atuação dos atores é maravilhosa, e embora a vilã seja uma figura central e dominante, todos os outros desempenhos também são fortes.
A dualidade entre Ana e a vilã é um dos aspectos mais fascinantes do drama. Ambas as personagens são complexas e multifacetadas, mas seguem trajetórias muito diferentes. Ana começa como uma mulher tímida, ingênua, com traumas e inseguranças, enquanto a vilã, com sua força e manipulação, representa uma outra faceta do poder feminino, aquele que usa a mentira e a crueldade para alcançar seus objetivos. No entanto, à medida que a história avança, Ana se transforma. Ela cresce, se fortalece e começa a se tornar mais determinada e corajosa. Ao lado do protagonista, ela encontra sua força interna e se torna uma mulher com garras, capaz de lutar por seus ideais. A vilã, por outro lado, com sua personalidade tóxica, começa a mostrar as falhas de seu próprio caráter e as consequências de suas escolhas.
O crescimento da Ana é impressionante. Vemos uma mulher tímida e ingênua transformando-se em alguém com garras, mais forte e determinada. O drama de seu passado, com todas as dificuldades, a faz ser um personagem de grande profundidade, e a forma como ela dá a volta por cima, com a ajuda do nosso protagonista, é emocionante e bem construída.
A trilha sonora do drama também é incrível, e a cena da igreja, com a música "Amazing Grace", é de outro mundo. Ela eleva o drama e realmente toca o coração do espectador.
A fotografia é outro ponto de destaque, com cenários lindamente capturados. As coreografias nas cenas de luta ou perseguições também são bem feitas, com um excelente ritmo e bastante energia, deixando o drama ainda mais envolvente.
No geral, "The K2" é um excelente drama, com uma narrativa interessante, uma vilã fenomenal e uma protagonista feminina com um grande arco de desenvolvimento. Eu considero isso o melhor trabalho de Ji Chang Wook, embora muitas pessoas ainda se refiram a "Healer" como o melhor dele, o que para mim é um critério um tanto raso, já que "Healer" tem muitos furos e um final aberto. "The K2" é mais coeso e impactante.
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As histórias secundárias, que no começo parecem promissoras, começam bem, mas rapidamente se tornam arrastadas e mal resolvidas. O arco do personagem que acredita ser um agente secreto, por exemplo, teve grande potencial, mas o desfecho foi apressado e decepcionante. Isso demonstra uma falta de consistência no desenvolvimento da trama e nas motivações dos personagens.
A história principal, que envolve o relacionamento entre Soo Hyun e Go Hye Rim, é provavelmente o maior ponto negativo do drama. A trama se torna repetitiva e forçada, principalmente quando Soo Hyun continua a enganar Go Hye Rim, mesmo depois de já estarem em um relacionamento. Depois que ela descobre tudo, ao invés de haver um desenvolvimento, ambos se enganam mutuamente, entrando em um ciclo de "terminam e voltam". A insistência do Soo Hyun no experimento, mesmo depois de ser perdoado, não tem base lógica e só torna a trama ainda mais cansativa e sem sentido. O final, que deixa várias questões sem respostas, como o destino da doutora com câncer e os conflitos familiares de Soo Hyun, não oferece uma conclusão satisfatória para os arcos apresentados ao longo da série.
As atuações, embora não sejam desastrosas, são bastante medianas. Não há grandes destaques entre os personagens, o que acaba prejudicando a química entre os protagonistas e diminuindo o impacto emocional do enredo. A trilha sonora também é razoável, mas não faz grande diferença na experiência, já que não há músicas marcantes ou que realmente se destaquem durante a trama.
Apesar disso, "Madame Antoine" tem alguns momentos pontuais de reflexão e cenas interessantes, mas, no geral, não consegue manter o interesse por muito tempo. O desenvolvimento da história e a falta de um desfecho satisfatório fazem com que o drama seja difícil de recomendar, principalmente para quem busca uma narrativa consistente e bem estruturada.
No fim das contas, é um drama que tenta mais do que realmente entrega. O roteiro falha em muitos aspectos importantes e, com isso, a experiência acaba sendo mais frustrante do que agradável.
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A obra gira em torno da luta pela sobrevivência, a redenção pessoal e o amor incondicional. A vida de Jang Tae-san, o protagonista, é marcada por escolhas erradas e um passado sombrio. No entanto, quando ele descobre que tem uma filha e que sua vida está em risco, ele se vê forçado a enfrentar suas falhas e agir para proteger a criança e a mulher que ama. O dorama questiona até que ponto as pessoas são capazes de mudar por amor e o que elas são dispostas a fazer para redimir seus erros.
Em momentos chave, antes de ser preso e saber que estava prestes a se tornar pai, Jang Tae-san demonstra uma imensa gentileza e sacrifício pela mãe de sua filha. Ele se mostra disposto a ajudá-la e até arrisca sua própria segurança para protegê-la, mostrando que, apesar de seu passado, ainda havia bondade dentro dele. Isso é essencial para o desenvolvimento do personagem, pois ele começa a perceber que suas ações podem ter impacto positivo, especialmente para as pessoas que ele mais ama. Essa gentileza não é apenas uma reação ao medo de ser preso, mas uma ação baseada no desejo de garantir o bem-estar dela e de sua filha, mesmo sem saber que seria um pai.
Porém, o drama também não é perfeito. Embora a trama seja forte e envolvente, algumas escolhas narrativas e personagens secundários não recebem o desenvolvimento que mereciam. O ritmo, por vezes, pode ser acelerado, e alguns pontos poderiam ter sido mais bem trabalhados. Mas, mesmo com essas falhas, o dorama ainda se destaca pela intensidade emocional e pela incrível jornada do protagonista.
Em resumo, "Two Weeks" é um excelente drama de ação e suspense, com uma profunda exploração da redenção, do amor paternal e do sacrifício. A história te prende, emociona e deixa uma reflexão sobre até onde iríamos por aqueles que amamos. Um dos melhores doramas que já assisti, sem dúvidas.
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"Lawless Lawyer" é uma obra que começa com uma premissa bastante atrativa, misturando ação, investigação, vingança e até mesmo uma dose de romance, elementos que são, de fato, alguns dos meus estilos favoritos em doramas. A história de um advogado, que busca justiça pelas próprias mãos, promete um enredo repleto de tensão e reviravoltas, o que inicialmente me prendeu bastante. A dinâmica entre os personagens principais, especialmente a relação do advogado com sua parceira, também possui momentos interessantes, e a trama segue bem no começo, com boas cenas de ação e uma atmosfera envolvente.No entanto, à medida que o drama avança, a história toma rumos que destroem sua credibilidade e, por consequência, o impacto emocional da obra. Um exemplo é a decisão de juntar o advogado com o homem que matou sua mãe, apenas por razões de defesa mútua. Isso quebra toda a lógica de moralidade e justiça que estava sendo construída, fazendo com que o enredo perca a força que poderia ter. A motivação de vingança do protagonista, que se desenvolve ao longo da série, é anulada por essa decisão absurda, tornando todo o drama menos convincente.
Outro ponto crucial que enfraquece a obra é a revelação de que a mãe da advogada está viva. Esse plot twist simplesmente destrói um dos maiores momentos de impacto da história. A morte dela havia sido um ponto de virada significativo para a protagonista e a história como um todo. Quando ela aparece viva, todo o sofrimento e a gravidade dos eventos passados se perdem, o que torna toda a jornada da personagem menos relevante. A forma como essa revelação é tratada também é apática, sem o devido peso emocional.
O maior problema de "Lawless Lawyer", no entanto, é o seu final. A juíza, que era um dos personagens mais promissores e que claramente merecia um desfecho impactante, simplesmente é presa e o drama termina sem qualquer resolução digna. Não há a punição justa que era esperada, nem uma consequência plausível para as ações dela. A falta de um fechamento adequado para os conflitos principais da obra deixa o espectador com um gosto amargo, sem a sensação de que a justiça foi realmente feita. Não há um sentimento de frustração, raiva ou qualquer emoção que faça o final ser memorável – é tudo apressado e sem sentido.
"Lawless Lawyer" parece tentar explorar a ideia de que a justiça pode ser alcançada de formas não convencionais e que, às vezes, os limites da moralidade precisam ser quebrados em busca de um bem maior. No entanto, o drama falha ao não sustentar essas ideias com personagens e decisões que tenham consistência emocional e lógica. A obra tenta ser complexa, mas acaba sendo forçada, e a falta de uma conclusão satisfatória agrava ainda mais esse problema.
Por fim, apesar de uma boa premissa e alguns momentos interessantes, "Lawless Lawyer" falha em entregar uma trama sólida e emocionalmente impactante. A história se perde em escolhas narrativas que comprometem a credibilidade e a consistência dos personagens, e o desfecho deixa um vazio enorme. Para quem busca uma obra com ação e uma busca por justiça, "Lawless Lawyer" oferece algumas doses de emoção, mas infelizmente falha em ser memorável ou significativa.
Mais um potencial do mundo dos Doramas jogado no lixo.
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Tenho um certo problema com obras aclamadas, pois, ao assisti-las, costumo prestar muita atenção em todos os detalhes, o que gera uma expectativa alta. A premissa de W é bastante interessante, trazendo a ideia de uma "quarta parede" dentro de outra, onde tanto os protagonistas quanto o vilão fazem bom uso dessa dinâmica. Essa abordagem foi criativa e longe do clichê, o que, inicialmente, me empolgou bastante. No entanto, a história acabou sendo arrastada até certo ponto.Os momentos dramáticos, que deveriam intensificar a tensão do espectador, me pareceram superficiais. Exemplos disso são cenas como a revelação de que o mundo do protagonista não passa de ficção, ou ele conversando com o criador e, em seguida, atirando nele. Outros momentos, como quando ele tenta acabar com a história ao pular da ponte, também ficaram aquém do esperado. Esses eventos, embora impactantes no papel, não conseguiram me envolver emocionalmente, pois a conexão com os personagens era fraca até esse ponto.
As cenas de ação e luta também foram um ponto negativo. Elas ficaram aquém da expectativa que a obra criou, o que é frustrante, considerando que o enredo oferecia um bom potencial para isso. Esse sentimento persistiu até o episódio 9, quando, de fato, ocorre um plot twist que muda a dinâmica da história. A partir desse momento, a trama se torna muito mais interessante. Antes disso, eu não conseguia me importar com os personagens, pois tudo parecia apressado, inclusive o romance, que se desenvolveu de maneira abrupta. No entanto, depois desse ponto de virada, a relação entre os protagonistas flui naturalmente, e as cargas dramáticas começam a ter um impacto emocional, algo que antes não acontecia.
O final, embora seja previsível, não deixa de ser satisfatório. Embora a história tenha me conquistado um pouco mais no final, algumas escolhas de roteiro me incomodaram, como o excesso de plot twists, que, embora adicionem suspense, também podem se tornar exagerados e até desnecessários.
Em relação aos personagens, Soo Bong se destaca como uma figura irritante e escandalosa, o que, para mim, não agregou muito à obra. Outro personagem, Park Min Soo, embora seja um tanto irritante ao humilhar Oh Yeon Joo e outros enfermeiros, tem um ponto de vista interessante sobre o enredo. Em sua crítica ao romance que se desenrola mais tarde, ele tem razão: "o enredo recente foi um absoluto lixo, um romance infantil de terceira categoria, sem qualquer sentido". E, no final, tudo era, de fato, apenas um sonho. Essa crítica dentro da própria história reflete algumas das falhas de roteiro da obra.
Em suma, W é uma obra com grande potencial, mas que, por vezes, se perde em uma execução que não corresponde à sua ideia inicial. A trama melhora consideravelmente a partir do episódio 9, mas a falta de profundidade nos momentos dramáticos e o excesso de plot twists prejudicam a experiência geral. Apesar disso, a obra tem seus momentos de brilho, um puta potencial, o final é satisfatório e a história, no geral, é boa, ainda que com algumas falhas evidentes, especialmente nos excessos e na consistência do roteiro.
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Um dos pontos mais fortes da obra é sua habilidade de criar personagens extremamente complexos, cujas escolhas, muitas vezes, são movidas por motivações sombrias e pessoais. O enredo não tem medo de nos fazer detestar vários desses personagens, o que, na minha opinião, é um indicativo claro de que estamos sendo bem conduzidos pela história. A trama é imprevisível e repleta de momentos que deixam o coração na boca, fazendo com que cada episódio seja uma montanha-russa emocional.
Os personagens são muito bem desenvolvidos e refletem aspectos reais da natureza humana. Eles nos mostram até onde as pessoas podem ir quando são consumidas por ambição, raiva e desejo de vingança, mas também como o amor, mesmo que distorcido, pode ser uma força tão poderosa e redentora quanto destrutiva. A profundidade emocional que a obra alcança é impressionante, e é fácil se sentir totalmente envolvido, torcendo ou se irritando com as atitudes de cada um.
No entanto, embora The Innocent Man tenha muitos méritos, não posso deixar de apontar alguns aspectos que não o tornam perfeito. Algumas escolhas no desenvolvimento de certos personagens, especialmente em relação à evolução de suas motivações, podem parecer um pouco forçadas ou, em alguns casos, demasiado dramáticas para o contexto. Além disso, a resolução final de algumas tramas pode ser vista como apressada, com alguns detalhes ficando pouco explorados.
Em termos de ritmo, o dorama é bastante eficaz na maioria das vezes, mas há momentos em que ele se arrasta um pouco, principalmente nas sequências mais intensas de conflitos internos dos personagens. Isso pode tirar um pouco da fluidez da narrativa, mas nada que comprometa sua qualidade geral.
Em suma, The Innocent Man é um dorama de alto nível, que mistura drama e suspense com temas humanos universais de maneira magistral. A trama, com suas reviravoltas imprevisíveis, mantém o espectador na ponta da cadeira, e os personagens são inesquecíveis pela complexidade de suas emoções e escolhas. Apesar de algumas falhas menores, o dorama se destaca como uma história envolvente e impactante.
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