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  • Join Date: April 10, 2017
Completed
Weightlifting Fairy Kim Bok Joo
1 people found this review helpful
May 24, 2018
16 of 16 episodes seen
Completed 0
Overall 5.5
Story 6.0
Acting/Cast 6.0
Music 4.0
Rewatch Value 5.5
Weightlifting Fairy Kim Bok Joo apresenta um enredo simples e comedido, que, embora tenha seu charme, não chega a ser cativante ou inovador. A trama gira em torno de uma jovem atleta de levantamento de peso, Kim Bok Joo, que vive suas dificuldades de amadurecimento e os desafios típicos da juventude. Porém, o enredo é previsível e carece de elementos que realmente prendam a atenção do espectador, como reviravoltas ou subtramas mais complexas.

A atuação também é bastante padrão, sem grandes destaques. Nenhum dos personagens se destaca de maneira significativa, o que torna difícil se conectar ou realmente torcer por eles. A própria Kim Bok Joo, apesar de ser uma personagem central, não é suficientemente aprofundada para causar um grande impacto. O elenco, em geral, parece estar apenas cumprindo seu papel, sem grande emoção ou complexidade, o que diminui o potencial da obra.

As piadas, embora presentes, não são eficazes e não conseguem gerar muitas risadas ou sequer arrancar um sorriso genuíno. A famosa "MESSI", que sempre é citada, é um exemplo de uma tentativa de humor que não se sustenta de maneira interessante ou memorável. A comédia parece forçada, não fluindo de forma natural dentro da narrativa.

A história segue a fórmula típica do dorama, com o "garoto bonito" sendo um dos melhores atletas da escola, e claro, ele tem uma ex-namorada "louquinha". Esses clichês são abordados sem grande inovação, e os acontecimentos são facilmente previsíveis. Como resultado, a trama perde força à medida que avança, não trazendo grandes surpresas ou profundidade.

Weightlifting Fairy Kim Bok Joo é um dorama descontraído, sem muitas pretensões, ideal para quem quer algo leve e sem maiores reflexões. Não há grande profundidade nas relações ou nas questões abordadas, mas isso não significa que não tenha seu público. Ele é um exemplo clássico de um dorama “água com açúcar”, fácil de assistir, mas que não acrescenta muito ao gênero.

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Completed
Black
2 people found this review helpful
Jun 30, 2019
18 of 18 episodes seen
Completed 0
Overall 6.5
Story 6.5
Acting/Cast 7.0
Music 6.0
Rewatch Value 6.0
This review may contain spoilers
A premissa de Black inicialmente parece promissora e interessante, mas ao longo dos episódios, ela se revela aquém das expectativas. O drama se perde em alguns momentos, especialmente nos primeiros episódios, onde a história parece não se levar a sério. A presença dos ceifeiros, seres que observam os humanos por décadas, mas não sabem que as pessoas precisam usar calças, chega a ser ridícula. É como se a obra estivesse tratando o telespectador com desdém, o que, apesar de me fazer rir em certos momentos, não deixa de ser uma escolha narrativa sem noção.

A protagonista é, sem dúvida, um dos pontos mais irritantes do drama. Ao invés de agir de forma mais natural, ela força constantemente as situações, o que torna suas ações e as primeiras tramas menos envolventes. No entanto, a partir do episódio 9, a trama começa a ganhar um ritmo mais interessante. O protagonista masculino, que inicialmente é insuportável, especialmente no primeiro episódio com suas reações exageradas ao ver cadáveres, acaba se tornando mais tolerável após os eventos que seguem sua morte e a posse de seu corpo pelo ceifador.

O drama, para mim, deveria ter se mantido mais sombrio e sério, mas há momentos de comédia que, na minha opinião, tornam a obra cansativa em diversos pontos. Em alguns episódios, o tom não parece condizer com o tema central, o que prejudica a experiência, pois a obra parece perder foco entre os momentos de tensão e as tentativas de inserir humor.

Apesar de algumas falhas, como a trama rasa do romance e a falta de maior profundidade nos personagens, a obra tem qualidades. A principal delas é a conexão entre os eventos, algo que, no geral, foi bem estruturado, apesar de algumas soluções previsíveis. O fato de tudo ser orquestrado por uma única pessoa, com motivações aparentemente aleatórias, faz com que a história, no fundo, se torne um pouco forçada. A sugestão de que a protagonista é metade ceifadora e metade humana, explicando sua habilidade de ver a morte das pessoas, é uma teoria plausível, assim como a ideia do ceifador ser capaz de ver o futuro das mortes.

A fotografia do drama também é um ponto positivo, com cenas bem produzidas e que ajudam a criar uma atmosfera envolvente. Os últimos 30 minutos do drama, de fato, são de grande impacto e oferecem uma conclusão satisfatória, embora a resolução de alguns aspectos do enredo, como o destino do deus do mundo, permaneça em aberto, o que pode frustrar alguns espectadores.

Black é um bom drama, mas se você não for fã de enredos que misturam investigação, crimes e o sobrenatural, pode achar a trama arrastada e, em alguns momentos, monótona. O romance, por sua vez, é raso e carece de intensidade, o que prejudica o envolvimento emocional do telespectador. Para quem está mais acostumado com esse tipo de enredo, pode ser mais cativante, mas, para mim, foi uma experiência um pouco aquém do esperado.

Em conclusão, Black tem qualidades interessantes, como a conexão dos eventos e a fotografia, mas peca em momentos cruciais pela falta de profundidade e pela inconsistência tonal. A obra tem um bom potencial, mas se perde ao tentar equilibrar comédia e drama, e a falta de explicações mais claras para alguns aspectos do universo do drama acaba deixando questões em aberto. Para quem gosta do gênero, pode ser uma boa pedida.

No fim, nunca explicaram o deus desse mundo, mas enfim... é isto.

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Completed
Guardian: The Lonely and Great God
3 people found this review helpful
May 23, 2018
16 of 16 episodes seen
Completed 2
Overall 3.5
Story 3.5
Acting/Cast 4.0
Music 10
Rewatch Value 2.5
Os pontos mais altos de Goblin são, sem dúvida, sua produção técnica. A trilha sonora é uma das melhores que já ouvi em um dorama, criando uma atmosfera envolvente e emocionalmente impactante. A arte visual e a fotografia são belíssimas, com uma direção que sabe explorar bem a grandiosidade da mitologia da obra. Os efeitos especiais também impressionam, dando credibilidade às cenas mais fantasiosas. Além disso, a personagem Sunny se destaca não apenas por sua construção, mas principalmente pela atuação impecável da atriz, que entrega um desempenho muito acima do restante do elenco. O enredo, no papel, também é interessante, com uma premissa mitológica que poderia ter sido muito bem aproveitada.

Agora, os problemas. E eles não são poucos. O primeiro grande incômodo é a quantidade de furos de roteiro. A história se apoia em conveniências absurdas e em resoluções que simplesmente não fazem sentido dentro da própria lógica da trama. Isso fica ainda mais evidente na morte forçada e sem propósito da protagonista, um dos momentos mais mal trabalhados do dorama. A cena, que deveria ser emocionalmente impactante, acaba sendo apenas frustrante, pois parece acontecer apenas por necessidade de drama barato e não como uma consequência natural da história.

Outro grande problema é a atuação medíocre de Lee Dong Wook como o Ceifador (Grim Reaper). O personagem tinha bastante potencial, mas seu desenvolvimento é praticamente nulo, sua personalidade é rasa e sua presença na trama acaba sendo bem menos significativa do que poderia. Sinceramente, não entendo o motivo de tanta idolatria em torno dele, já que sua performance não acrescenta nada de realmente memorável à obra.

No final, Goblin é um dorama que impressiona visualmente, mas falha em entregar uma narrativa coesa e emocionalmente envolvente. Sua estética grandiosa e trilha sonora impecável não são suficientes para sustentar um roteiro cheio de inconsistências e personagens mal desenvolvidos. É o típico caso de uma obra que tinha tudo para ser excelente, mas se perde em escolhas questionáveis e no excesso de melodrama sem profundidade.

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Completed
The Great Doctor
2 people found this review helpful
Jun 16, 2019
24 of 24 episodes seen
Completed 0
Overall 1.5
Story 1.0
Acting/Cast 2.0
Music 1.5
Rewatch Value 1.5
This review may contain spoilers
A premissa do drama já não é algo genial, e como eu suspeitava, eles ainda conseguem errar fazendo o simples.

A história começa com o príncipe da corte do reino de Yuan emboscando a rainha do reino de "Goryeo", que é ferida fatalmente. Ninguém no reino tem a capacidade de salvá-la, então, sob ordens do Rei, o general é enviado até os "céus" para trazer uma médica, pois só as pessoas de lá têm a habilidade de cura necessária. A ideia central até parece interessante, com esse entrelaçamento entre o mundano e o sobrenatural, mas a execução falha em diversos aspectos.

Sinceramente, à primeira vista, poderia parecer algo espetacular e promissor, mas, na realidade, é uma grande bagunça. A trama se perde em seus próprios recursos e não consegue manter a coesão de uma narrativa envolvente.

Os personagens são um dos pontos mais fracos da obra. Com exceção do general, que é o único que possui um desenvolvimento mínimo (sabemos um pouco sobre suas frustrações, seu passado e o motivo de suas ações), os outros personagens não são bem explorados. O Rei, que apresenta uma pequena mudança ao passar a querer se libertar das garras do príncipe da corte de Yuan, e Ki Cheol, o príncipe, são pouco desenvolvidos. O que é mais frustrante é que os personagens secundários aparecem apenas como ferramentas do roteiro, sem qualquer profundidade, e são descartados à medida que a história avança. Não há interesse no que acontece com eles, pois não foi investido tempo em criar uma ligação mais forte com o espectador.

Em relação à trilha sonora, ela é mediana: não se destaca, mas também não compromete. Não é uma música que vai ficar na memória, mas também não é algo que prejudique a experiência do espectador. No entanto, o grande erro é que, mesmo sem grandes falhas musicais, ela não contribui efetivamente para a imersão no drama.

A ambientação é outro ponto que compromete a obra. Não sei se foi uma escolha intencional ou uma falha técnica, mas a ideia de "antigo" se perde em efeitos medíocres e cenários que são, no mínimo, decepcionantes. A transição entre as cenas também é um grande erro, especialmente quando se foca constantemente no mesmo ângulo para mostrar o castelo, o que transmite uma falta de criatividade no uso do cenário. O problema não é só a repetição, mas a falta de imaginação na hora de criar uma sensação de grandiosidade e misticismo.

Além disso, o maldito portal, que é um dos maiores elementos que move a trama, simplesmente aparece sem qualquer explicação. Ele é jogado na história como um artifício para avançar a narrativa, mas sem aprofundamento sobre sua origem ou seu propósito. Os personagens com poderes também são introduzidos sem qualquer contextualização ou justificativa plausível. A separação dos poderes e a forma como eles interagem entre si nunca é explicada, o que deixa o espectador com muitas perguntas e sem respostas.

Apesar de todos esses problemas, existem algumas poucas coisas que funcionam no drama. O personagem do general, por exemplo, é razoavelmente cativante, e a interação entre ele e a médica é um dos poucos aspectos que trazem algo mais genuíno à obra. O enredo tem potencial, mas não é bem aproveitado.

O final, apesar de ser feliz, não apaga os erros cometidos ao longo da trama. Ele oferece uma resolução, mas não é suficiente para corrigir todos os furos e a falta de desenvolvimento que permeiam toda a obra. O drama, no fim, acaba se mostrando uma grande oportunidade perdida, uma história com uma premissa interessante que se perde pela falta de coesão e profundidade.

Em resumo, "Faith" é um drama que poderia ter sido muito mais do que foi, mas falha em quase todos os aspectos essenciais para criar uma obra realmente envolvente. Não justifica seu tempo de exibição, especialmente com tantos elementos mal explorados e pontos que ficam soltos sem nenhuma explicação convincente.

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Completed
A Calm Sea and Beautiful Days with You
1 people found this review helpful
Jul 28, 2025
10 of 10 episodes seen
Completed 0
Overall 6.5
Story 7.0
Acting/Cast 7.0
Music 7.0
Rewatch Value 7.5
Depois de consumir doramas com temáticas mais sérias como Misaeng: Incomplete Life (2014), The Wind Blows (2019) e Tree With Deep Roots (2011), precisava de algo mais leve. Até tentei Welcome to Samdal-ri, mas acabei dropando. Achei a história excessivamente política, moderna demais para o meu gosto e fazia tempo que não abandonava uma obra, seja lá o que fosse.

Foi então que decidi assistir Nami Uraraka ni, Meoto Biyori (2025), e acabou sendo uma boa escolha. É uma história aparentemente simples, com toques de humor e tristeza, que acompanha a vida de um casal recém-casado e completamente inexperiente. A princípio, parece apenas um retrato cotidiano de dois jovens tentando construir uma vida a dois, mas à medida que a narrativa avança, torna-se uma jornada sensível de amadurecimento e conexão afetiva.

Mesmo com sua leveza, o Dorama carrega uma melancolia silenciosa. Sabemos, com o olhar de quem conhece a história, que alguns anos depois o Japão entraria na Segunda Guerra Mundial, e tanto o exército, a aeronáutica quanto, principalmente, a marinha, onde Takimasa serve, seriam praticamente dizimados. Ou seja, as chances de ele ou mesmo de Ryunosuke terem sobrevivido são quase nulas. Essa camada de tragédia histórica, ainda que não dita explicitamente, paira sobre toda a narrativa como uma sombra sutil, tornando o final bem doloroso.

A série também retrata com bastante sensibilidade o sofrimento silencioso das mulheres que ficam. A solidão de ser esposa de um marinheiro, os pesadelos constantes, a espera angustiante pela trágica notícia que pode chegar a qualquer momento pelo rádio. Cada momento vivido pode ser o último - a última conversa, o último abraço, o último beijo. É justamente na simplicidade desses momentos cotidianos que a série encontra sua força: valoriza o efêmero, o pequeno, aquilo que será perdido sem alarde.

As personagens femininas são adoráveis, tanto pela sua doçura ou carisma ou por representarem com muita dignidade a resiliência diante da incerteza e da dor. Elas sustentam emocionalmente a história com profundidade e delicadeza.

No fim, Nami Uraraka ni, Meoto Biyori é mais do que um drama sobre um casal jovem — é uma lembrança de como os afetos são moldados pelo tempo em que vivemos e de como até as histórias mais simples podem carregar um peso histórico imenso, desde que contadas com verdade e sensibilidade, coisa que Welcome to Samdal-ri definitivamente não foi.

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Completed
Empress Ki
1 people found this review helpful
Oct 27, 2019
51 of 51 episodes seen
Completed 0
Overall 8.0
Story 8.0
Acting/Cast 10
Music 6.5
Rewatch Value 8.0
"Empress Ki" conta a história de Nyang, uma escrava de Goryeo que ascende ao poder e se torna imperatriz da Dinastia Yuan. Para quem é fã de história mongol, essa obra é um prato cheio, recheada com referências a Genghis Khan, Kublai Khan e aos próprios Mongóis, além de explorar a Rota da Seda, uma grande conquista dos Khan, que facilitou o comércio quando o mar era inacessível.

A série também faz uso da Arte da Guerra, aplicando suas estratégias tanto no campo militar quanto no político, o que dá um tom mais realista e interessante às intrigas da trama.

A história começa com uma pequena escrava e sua mãe, que são levadas para Yuan como concubinas. Durante a jornada, um príncipe, ao ver como elas são tratadas, decide libertá-las. A mãe de Nyang acaba sacrificando sua vida para protegê-la, o que dá início a uma jornada de vingança contra os responsáveis pela destruição de sua família e do seu povo.

O enredo se passa no momento em que Goryeo está submisso ao Império de Yuan, tendo que enviar tributos humanos. A série nos mostra logo de cara que o verdadeiro poder de Yuan não está no Imperador, mas sim nas mãos de El Temur, o regente, que se torna o maior responsável pelos conflitos enfrentados pelos três protagonistas. A trama é movida por conspirações, traições e uma busca implacável por poder, com Nyang se tornando uma das figuras centrais.

O início é, sem dúvida, o ponto mais forte do drama. A forma como o enredo prende o espectador, com os conflitos sendo bem resolvidos, e como os personagens lidam com suas frustrações e ambições, é muito bem trabalhada. As traições e manipulações geram um ambiente tenso e envolvente, fazendo o telespectador querer saber o que vem a seguir.

Após esse início, o drama introduz uma narrativa dupla: uma que ocorre no palácio de Yuan, com Nyang, e outra na fronteira de Yuan, com Wang Yoo enfrentando os turcos. Essa alternância entre batalhas e estratégias políticas mantém o ritmo da história interessante e dinâmico.

Porém, depois que esse arco se resolve, a série volta a focar apenas no palácio, e aqui o drama começa a mostrar suas falhas. Embora o drama continue a ter algumas reviravoltas, o ritmo começa a cair, com certos arcos ficando cansativos. A tensão e a empolgação que antes eram predominantes começam a se perder, tornando o desenvolvimento mais monótono. Isso foi especialmente perceptível após a união dos "mocinhos" para derrotar El Temur, quando a história se estende ainda mais e entra em um ciclo de disputas internas, como se nada tivesse sido aprendido com as traições anteriores. Essa repetição de trama, com Bayan assumindo um papel semelhante ao de El Temur, foi desnecessária e diluiu o impacto da história.

Os personagens são bem construídos, especialmente Nyang, que evolui consideravelmente, indo de uma simples escrava a uma mulher de grande poder. O Imperador também tem uma evolução interessante, passando de um personagem inseguro para alguém mais firme, tudo devido à influência de Nyang. Essa transformação deles é um dos maiores méritos da série.

Quanto ao triângulo amoroso, ele traz uma dinâmica interessante. Wang Yoo representa Goryeo, e o Imperador, Yuan. A medida que Nyang se aproxima de um, se afasta do outro. Quando ela se torna concubina do Imperador, não é por amor, mas por vingança, o que é um ponto crucial na personagem. Em alguns momentos, fica claro que Nyang não tem amor genuíno pelo Imperador, mas sim um afeto mais pragmático. Ela o usa como meio para alcançar seus objetivos. Ao mesmo tempo, o amor que ela sente por Wang Yoo, que representa o ideal de Goryeo, é mais verdadeiro, mas também está preso a ambições e sentimentos de lealdade. O dilema de Nyang em relação a seus próprios sentimentos e suas ambições torna a personagem muito mais complexa e, às vezes, difícil de simpatizar.

Embora a série apresente um bom retrato de fatos históricos, retratando a vida de Imperatriz Ki, uma das figuras centrais do Império Yuan, ela também se perde em excessos. A obra tenta ser grandiosa em sua narrativa, mas às vezes se enrola em arcos desnecessários e repetitivos. O drama poderia ter sido encerrado de forma mais eficiente entre os episódios 38 e 39, quando a maioria dos vilões foi derrotada. No entanto, o roteiro estende a trama por mais episódios, trazendo novas batalhas e intrigas que, embora rápidas, acabam sendo repetitivas e um pouco cansativas.

Em conclusão, "Empress Ki" é um ótimo drama no geral, cheio de intrigas e personagens interessantes, mas não escapa das armadilhas de estender demais a trama e cair em repetição. Apesar de suas falhas, como os arcos desnecessários e o ritmo inconsistente, ele ainda consegue manter o interesse do espectador, especialmente por suas estratégias políticas, lutas pelo poder e pela maneira como os personagens se desenvolvem. A história da ascensão de Nyang e a evolução de outros personagens são bastante satisfatórias, mas o excesso de conflitos internos no final prejudica um pouco a obra. Para quem gosta de dramas históricos com um toque de intriga política, "Empress Ki" é uma boa escolha, mas não está longe de ser uma experiência mais satisfatória se tivesse sido mais enxuta.

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Completed
Rain or Shine
1 people found this review helpful
Aug 4, 2019
16 of 16 episodes seen
Completed 0
Overall 7.5
Story 8.0
Acting/Cast 8.0
Music 9.0
Rewatch Value 7.0
"Just Between Lovers" é um dorama que transborda angústia e sofrimento, mas isso não o torna ruim. Pelo contrário, a obra oferece um poderoso ensinamento: mesmo nos momentos mais difíceis, é possível se abalar, chorar e sofrer, mas, no fim, sempre há uma possibilidade de se levantar com a cabeça erguida. Como na metáfora do túnel escuro, sempre há uma "pena luz" (Ha Moon-Soo era essa luz para Gang-Doo), que ilumina o caminho e guia os personagens para uma nova chance.

Os dois protagonistas são o ponto central da história, e suas trajetórias estão repletas de cicatrizes do passado e arrependimentos. A busca por uma nova chance, por cura e superação, é a força motriz que move a trama. Gang-Doo, em particular, é o personagem mais marcado pelo sofrimento, e sua evolução ao longo da série é notável. Mesmo diante da dor, ele é alguém que, ao longo da trama, percebe o quanto é amado pelas pessoas ao seu redor, o que reforça o tema central do drama: a capacidade de se reerguer, mesmo diante das maiores adversidades.

A premissa do dorama gira em torno de um desabamento em um shopping que deixou 48 vítimas 10 anos antes. Dez anos depois, alguns dos sobreviventes se reencontram. Alguns conseguiram seguir em frente, outros não. Essa ideia de superação é o coração da história, transmitindo uma lição valiosa sobre como continuar a viver, ser feliz e encontrar esperança mesmo após grandes tragédias. O drama, portanto, trata da forma como lidamos com perdas e como honramos aqueles que não sobreviveram, seguindo em frente com coragem.

A trilha sonora é muito boa, com uma escolha musical que combina bem com o clima melancólico e sombrio da história. O sofrimento dos personagens, por mais que, em alguns momentos, tenha soado um pouco forçado, consegue realmente tocar o telespectador. O ambiente da série reflete as emoções e o tormento de cada um deles, e a direção transmite isso de forma eficaz, criando uma atmosfera de aflição e tensão.

No entanto, há pontos que poderiam ter sido melhor explorados. Um deles é o motivo do desabamento do shopping. A trama não apresenta uma explicação clara para esse evento, e essa falta de resolução deixa uma lacuna importante na narrativa. Outro aspecto que senti falta foi da relação de Gang-Doo com a Vovó e com Ma-ri. A conexão entre eles parecia um tanto superficial e poderia ter sido mais profunda e emocionalmente impactante, especialmente considerando o que a Vovó fez pela história. A forma como isso foi desenvolvido não fez jus ao peso da ação dela. Também senti que o encerramento do memorial, que foi trabalhado ao longo da série, acabou sendo deixado de lado no final. Esse detalhe, que poderia ter trazido um fechamento importante à trama, foi negligenciado.

Por fim, o maior exemplo de conveniência de roteiro é a sobrevivência de Gang-Doo. Apesar de ser uma escolha que pode ser vista como forçada para garantir um final mais otimista, eu, pessoalmente, gostei dessa decisão. Gang-Doo passou por tantas provações ao longo do drama que, de certa forma, ele merecia um final que não fosse marcado pela tragédia. Esse toque de esperança, apesar de ser uma conveniência narrativa, trouxe uma sensação de justiça ao seu sofrimento.

Just Between Lovers, é um drama envolvente, que emociona pela sua abordagem sobre perda, sofrimento e superação. No entanto, ele deixa a desejar em alguns pontos, como na falta de explicações para eventos-chave, no desenvolvimento superficial de certas relações e no descuido com aspectos que foram bem trabalhados, como o memorial. Apesar disso, o dorama entrega uma mensagem valiosa sobre a capacidade humana de seguir em frente, tornando-o uma obra que, embora não perfeita, é bastante cativante e tocante.

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Completed
Our Blues
0 people found this review helpful
1 day ago
20 of 20 episodes seen
Completed 0
Overall 7.5
Story 7.0
Acting/Cast 8.0
Music 8.0
Rewatch Value 6.0
This review may contain spoilers

Uma obra sobre a vida como ela é: imperfeita

A vida em seu estado natural é imperfeita, contraditória, bonita e dolorosa ao mesmo tempo. Há felicidade, tristeza, ciúmes, traumas, abandono, mentiras e reconciliação. Cada personagem carrega seu próprio mundo interior, e a ilha funciona como um espaço onde esses universos se cruzam, colidem e se revelam.

Por ser estruturado em vários arcos interligados, é inevitável que nem todas as histórias tenham o mesmo peso emocional, impacto dramático ou profundidade narrativa. Isso afeta a experiência final, mas apesar da irregularidade a maioria dos arcos apresenta boa escrita e trabalha emoções humanas com sinceridade.

O primeiro arco, centrado em Bang Ho-Sik e Jung Eun-Hee, é facilmente o ponto mais irritante e desgastante do dorama. Os personagens são deploráveis, principalmente o Ho-Sik, as motivações são rasas e, mesmo com tentativas em dar um corpo pelo passado dos personagens, tudo soa artificial e emocionalmente pobre. Definitivamente, foi o arco que quase me fez desistir do dorama e representa seu lado mais frágil. Em contrapartida, surge com folga a melhor história: Jung In-Kwon, Bang Ho-Sik, Jung Hyun e Bang Yeong-Ju. O dorama aborda gravidez na juventude, tentativa de aborto, choque familiar, ruptura emocional e reconciliação. É um arco forte, humano, doloroso e extremamente verdadeiro. Dois pais falhos, rígidos e orgulhosos, marcados por um passado trágico; dois jovens esmagados pela responsabilidade precoce, pelo medo, vergonha e pressão social. Dessa mistura nasce um processo de amadurecimento e reconciliação que é, de longe, o ponto mais alto do dorama, apesar dos desfecho não está a altura do todo.

Nos arcos seguintes, o eixo central é a honestidade. Homens emocionalmente íntegros se relacionam com mulheres cujo passado pesa, mas que, ao menos, têm a dignidade de serem sinceras sobre quem são e sobre o que viveram. Essa franqueza é essencial: ela dá aos homens a liberdade real de escolher se desejam ou não permanecer nesses relacionamentos. O drama trabalha, assim, a ideia de escolha consciente. (Falta muito disso nas mulheres atualmente e isso é de extrema importância para um homem tomar a decisão se quer permanecer ou não com essa mulher)

O capitão Park Jung-Joon é um homem reservado, íntegro e prestativo. Já Lee Young-Ok surge como uma mulher radiante, mas cercada por má fama e instabilidade emocional. Só depois entendemos a raiz disso: a responsabilidade de cuidar da irmã gêmea com síndrome de Down após perder os pais cedo demais. Rejeição, preconceito e cansaço a transformaram em alguém que viveu em fuga, mudando de cidade, trabalhando sem parar e evitando criar laços profundos. O arco é sensível e humano e com um ótimo desfecho.

Já Lee Dong-Seok e Min Seon-Ah protagonizam um dos núcleos mais pesados emocionalmente. Aqui, o drama trata de depressão, trauma, divórcio com disputa de guarda, culpa e ressentimento. São duas pessoas quebradas, tentando sobreviver a uma dor que não desaparece. O passado não é suavizado. Eles foram, um dia, à luz um do outro, sobretudo para Dong-Seok, que tinha apenas Seon-Ah, mas, ainda jovens e imaturos, ela rompe esse vínculo de uma forma severa (depois descobrimos que o ato não aconteceu, mas não por arrependimento dela e sim do amigo do Dong-Seok).. Essa ferida aberta é um dos motivos pelos quais ele nunca mais conseguiu se envolver seriamente com outras mulheres.

Entre esses arcos, surge uma história mais curta envolvendo Eun-Hee e Go Mi-Ran. A relação entre elas parece, muitas vezes, uma dinâmica de senhor e servo, marcada por desequilíbrio emocional, orgulho e ressentimentos antigos. É um arco interessante e com bons conflitos, mas que não alcança o impacto dos melhores momentos do dorama. Outro arco pequeno é a história da haenyeo veterana Hyun Choon-Hee e sua neta Son Eun-Ki. Após o acidente do pai, a menina passa a viver com a avó, e a relação entre as duas é construída lentamente, entre dureza e afeto. O desfecho desse arco está entre os melhores do dorama. A mãe de Eun-Ki, Oh Hae-Seon, também merece destaque por ser, em muitos sentidos, a Mulher entre as mulheres.

Por fim, o arco entre Lee Dong-Seok e sua mãe Kang Ok-Dong é menos sobre reconciliação e mais sobre dever. Uma mãe que nunca demonstrou acolhimento e amor pelo filho. Nunca demonstrou arrependimento pelas escolhas que fez e que só trouxeram sofrimento ao mesmo. Um filho que nunca recebeu amor precisa, ainda assim, cumprir o papel que lhe resta. A história é sobre despedida, aceitação amarga e uma paz que não chega por afeto, mas por encerramento.

Alguns pontos, porém, poderiam ter sido melhor desenvolvidos, como a relação entre Park Ki-Joon e Byeol-I, que tinha potencial e despertou meu interesse. Mas no geral, o saúdo é positivo. Our Blues constrói relações interessantes e trabalha múltiplos temas com sinceridade. A trilha sonora cumpre bem seu papel. A fotografia e as paisagens estão entre os grandes destaques. As atuações, no geral, são boas, embora em alguns momentos pareçam artificiais. E certos desfechos poderiam ter sido finalizados com mais consistência, ficaram muito aquém, mas a vida é assim mesmo, os nossos desfechos simplesmente terminam sem a gente nem nota que era um encerramento.

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Completed
Why Her?
0 people found this review helpful
5 days ago
16 of 16 episodes seen
Completed 0
Overall 4.5
Story 3.0
Acting/Cast 7.0
Music 7.0
Rewatch Value 1.0
This review may contain spoilers
Os temas abordados e o caso principal são, de fato, interessantes, mas é evidente que grande parte do enredo depende de decisões irracionais dos personagens. A trama se move pelo poder que o Choi Tae Gook dá a Oh Soo Jae, quando era só ter cortado ela inicialmente, ou seja, o próprio vilão se coloca em ruína, não é mérito de ninguém, só burrice da parte dele mesmo. A trajetória da Oh Soo Jae chega a ser instigante enquanto ela sofre as consequências de suas escolhas, porém o desfecho opta por uma resolução “feliz”, o que dilui esse impacto dramático. Outro dos muitos pontos negativos é a revelação de que a menina é sua filha, pois é extremamente mal conduzida: não há construção visual ou dramática desse evento - não vemos a gravidez, o parto ou sequer o corpo da criança — apenas ela no chão com sangue e uma comunicação verbal que a personagem aceita de imediato, sem qualquer mediação emocional crível, poderia ter mais peso essa parte. Por fim, o romance unilateral e devocional sendo o ponto mais fraco da obra. O protagonista masculino, apesar de ocupar essa posição nominalmente, carece de presença dramática e raramente exerce verdadeira função narrativa. Diante disso, torna-se difícil levar o eixo romântico a sério. Eu achava que Baek Seung Yoo (Melancholia) seria o pior protagonista masculino dos dramas, já que ele é um obsessivo perseguidor, mas Gong Chan (Why Her?) na verdade consegue superá-lo. O personagem não tem poder, nem relevância social, nem autoridade. Ele é apenas um lunático que vive inteiramente por Oh Soo Jae (Why Her?), como um acessório. Claro, Baek Seung Yoo (Melancholia) é parecido nesse sentido, mas ao menos ele tinha algum poder, exercia influência ativa e sua presença afetava a dinâmica de poder da história, sem mencionar outras habilidades que lhe permitiam confrontar os “inimigos” do seu universo. Gong Chan (Why Her?) não tem nada. Em síntese, Why Her? possui boas ideias e temas interessantes, mas se fragiliza por conta de personagens mal construídos, escolhas pouco verossímeis e um romance estruturalmente inconsistente.

A chuva desse dorama é extremamente mal feita e os personagens nem se molham kkkkkkkkkkkkkkk
Choi Yoon Sang é outra piada tentando separar o casal principal que não era um casal kkkkkkkkkkk

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Completed
God's Gift: 14 Days
0 people found this review helpful
7 days ago
16 of 16 episodes seen
Completed 0
Overall 3.0
Story 2.0
Acting/Cast 7.0
Music 1.5
Rewatch Value 1.0
God’s Gift: 14 Days starts from a powerful premise - a mother’s despair in the face of her child’s imminent death and the attempt to rewrite fate - and sets out to explore dense themes such as guilt, time, forgiveness, sacrifice, political and criminal corruption, motherhood, and moral responsibility. At first glance, the drama seems to contain all the elements of a great work. However, when it comes to filling in the narrative gaps and giving the script proper structure, the execution collapses.
The story becomes heavily reliant on illogical decisions, characters who behave foolishly merely to sustain the mystery, and narrative conveniences that undermine any genuine sense of suspense. Rather than being driven by causality, the plot leans on inflated melodrama and situations that verge on the absurd. Events unfold not out of dramatic necessity, but out of sheer narrative convenience. Episode 4 is a particularly egregious example: the confrontation between the protagonists and the villain is handled so artificially that, despite the entire struggle, the antagonist still manages to kill the victim. What makes this even worse is that the same situation is repeated multiple times throughout the drama, making the experience increasingly frustrating and almost surreal.
The protagonist, portrayed by Lee Bo-young, is not the core issue. Her performance is competent to a certain extent, but it is undermined by excessive dramatization and by narrative choices that force her character to act almost entirely on emotion, at the expense of coherence. The daughter’s character, on the other hand, is especially problematic: she is portrayed as a disturbed, dishonest child who repeatedly places herself in dangerous situations. The father is depicted as someone who seems to care only about his professional reputation, to the point of cheating on his wife, committing her to a psychiatric clinic, and leaving his daughter alone - although it is worth noting that the mother also abandons the child on several occasions.
The comparison with Mother (2018) is inevitable. In that drama, the same actress delivers a restrained, profound, and emotionally devastating performance, within a narrative that treats motherhood with complexity, sensitivity, and rigorous storytelling. Although both works share similar themes, Mother is vastly superior, while God’s Gift: 14 Days gets lost between good intentions and a script incapable of sustaining the weight of what it seeks to address.
The ending is particularly problematic. The finale makes little sense and does not logically align with the events preceding the child’s death, unless one assumes that the characters return to a parallel universe rather than the original timeline. In that interpretation, the primary events - which are never properly shown - would connect to the secondary events presented throughout the story. Ultimately, the drama implies the existence of two distinct timelines in each period: the original timeline, in which all three characters die, and a parallel one, in which only the male protagonist dies while the mother and daughter survive. This resolution, rather than providing clarity, reinforces the overall sense of incoherence and structural fragility that permeates the entire work.

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🇧🇷
God’s Gift: 14 Days parte de uma ideia potente - o desespero materno diante da perda iminente e a tentativa de reescrever o destino - e aborda temas interessantes como culpa, tempo, perdão, sacrifício, corrupção política/criminal, maternidade e responsabilidade moral. Em resumo, de fato parece uma grande obra, no entanto, quando começa o preenchimento das lacunas para estruturar e da corpo ao roteiro, isso desmorona na execução, o roteiro depende de decisões ilógicas, personagens que agem de forma estúpida para sustentar o mistério e conveniências narrativas que minam qualquer sensação de suspense real. A história se apoia mais em melodrama inflado e momentos que beiram a estupidez do que em causalidade, não se move pela necessidade e sim por conveniência narrativa - vide o episódio 4, que foi grotesco com aquela luta deles contra o vilão e o mesmo ainda conseguindo matar a vítima, o pior de tudo é que eles repetem a mesma situação em vários momentos do dorama, é surreal kkkkkk -, tornando a tensão artificial e frustrante. A protagonista, interpretada por Lee Bo-young, não é o problema em si, sua atuação é competente até certo ponto, apesar de ser excessivamente exagerada pela dramatização e agir puramente pela emoção em muitos momentos. Já a garotinha, que faz o papel da filha, que personagem perturbadinha, mentirosa e que gosta de se colocar em situações perigosas. O que dizer do pai dela que parece ligar apenas para a reputação no trabalho ao ponto de trair a esposa e internar a mesma em uma clínica psiquiátrica e deixar a filha sozinha - se bem que a mãe também deixou em vários momentos, mas enfim. O contraste com Mother (2018) é inevitável: ali, a mesma atriz entrega uma performance contida, profunda e devastadora, em um dorama que trata a maternidade com complexidade e rigor narrativo. Embora compartilhem temática semelhante, Mother é infinitamente superior, enquanto God’s Gift se perde entre boas intenções e uma escrita que não sustenta o peso do que propõe.

O final é uma piada, nem faz sentido e nem se encaixa logicamente com os eventos antes da morte da menina, a não ser que eles tenham voltado para outro universo paralelo e não o original em que de fato os eventos primários que não foram mostrados, se conectando com os eventos secundários que foram apresentados. Basicamente, foram apresentados duas linhas temporais diferentes em cada período, o primeiro é o original e o segundo é uma linha paralela. No original os três morrem. No secundário apenas o mc e as duas vivem.

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Completed
Call It Love
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11 days ago
16 of 16 episodes seen
Completed 0
Overall 8.0
Story 8.0
Acting/Cast 8.0
Music 8.5
Rewatch Value 8.0

"Você me deu tudo."

Incrivelmente, Call It Love foi uma grata surpresa. Inicialmente, não havia intenção de assistir ao dorama, pois ele acabaria se tornando o meu centésimo, e existia o receio de que não estivesse à altura simbólica dessa marca. No entanto, à medida que os episódios avançavam, a sensação foi de perplexidade genuína diante do que se apresentava em tela.

O dorama é honesto ao retratar pessoas emocionalmente quebradas tentando coexistir. Há uma sensibilidade evidente na forma como o sofrimento é construído, sem apelos fáceis ou exageros dramáticos. Esteticamente, o dorama é coeso com sua proposta, sustentando uma ambientação introspectiva que remete diretamente a doramas como My Mister e Just Between Lovers. A dor silenciosa de seus personagens não é apenas um elemento temático, mas o verdadeiro motor de sua construção e desenvolvimento. O ritmo lento, quase contemplativo, não funciona como obstáculo narrativo, mas como ferramenta essencial para potencializar o peso emocional que os personagens carregam. Cada silêncio, cada lugar, cada pausa e cada olhar contribuem para a densidade da experiência. Trata-se, acima de tudo, de um dorama maduro, com personagens maduros, conscientes de suas escolhas e fiel àquilo que se propõe a contar.

"Você me deu tudo."

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Completed
Melancholia
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11 days ago
16 of 16 episodes seen
Completed 0
Overall 4.5
Story 4.5
Acting/Cast 3.5
Music 5.0
Rewatch Value 3.0
This review may contain spoilers
Não é possível que eu estava vendo o mesmo dorama. Os cinco primeiros episódios foram sensacionais, com uma construção gradual da relação entre Baek Seung-yoo e Ji Yoon-soo, além de um trabalho sólido nos temas centrais: a pressão familiar extrema na educação, a manipulação de resultados, a guerra de ego entre os pais, o abuso e a corrupção institucional. O passado de Baek Seung-yoo é bem desenvolvido, explicando seu fechamento emocional e sua personalidade melancólica, enquanto Ji Yoon-soo surge como uma luz em sua vida. A partir do episódio 8, no entanto, a obra perde força. O salto temporal é curto demais e compromete a verossimilhança: os antigos estudantes ainda parecem estudantes, não professores/ou adultos. Pior ainda, Baek Seung-yoo é descaracterizado e passa a agir como um perseguidor. O reencontro com Ji Yoon-soo, que deveria ser natural e inevitável, é forçado, com closes insistentes que soam ridículos. A vingança que deveria ser o ponto mais alto da obra pela tempo e pela preparação que se deu é risoria, é pífia, as situações acontecem se forma tosca e sem nenhuma inteligência por parte dos envolvidos, até tem uma ou outra cena interessante dos personagens envolvendo a matemática, mas definitivamente não passa disso.

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Completed
Tunnel
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11 days ago
16 of 16 episodes seen
Completed 0
Overall 7.5
Story 7.5
Acting/Cast 7.5
Music 6.0
Rewatch Value 8.0
This review may contain spoilers
Os primeiros episódios se concentram em casos paralelos que apesar de ajudarem a estabelecer o tom, o ambiente e a dinâmica entre os personagens, carecem de relevância estrutural mais profunda. Embora contribuam para ritmo e ambientação, esses casos não dialogam de forma consistente e lógica com o arco central, embora interessantes individualmente, não integram o corpo narrativo do caso principal. Sua remoção não comprometeria a trama, o que mostra preenchimento narrativo, resultando em mais de cinco horas desperdiçadas, com pouco aproveitamento no geral. Entretanto quando a trama passa a priorizar o assassinato em série que atravessa décadas, o dorama definitivamente encontra sua verdadeira força e identidade. Ambos os vilões (Mok Jin Woo e Jung Ho Young) são bem construídos, desenvolvidos e com várias camadas psicológicas que ao lado do Park Kwang Ho, Kim Sun Jae e Shin Jae Yi movem toda a trama de forma quase impecável, elevando a tensão e o envolvimento dramático do dorama. É importante deixar claro que, apesar de envolver viagem no tempo, Tunnel não tem como foco o rigor científico ou explicações detalhadas sobre o fenômeno. O túnel é apenas um dispositivo narrativo, utilizado para conectar passado e presente. O verdadeiro interesse da obra está na resolução do mistério central e na forma como a investigação articula trauma, memória e violência através dos assassinatos em série. No conjunto, dificilmente um dorama com proposta semelhante alcança o nível de Signal. Ainda assim, Tunnel possui méritos próprios, constrói um caso central sólido e entrega um final sensacional, que justifica o investimento apesar das falhas estruturais iniciais.

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Completed
The Midnight Romance in Hagwon
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16 days ago
16 of 16 episodes seen
Completed 0
Overall 6.0
Story 6.0
Acting/Cast 6.0
Music 5.0
Rewatch Value 4.0
This review may contain spoilers
É interessante por retratar situações cotidianas do sistema educacional a partir de uma ótica bastante incomum: a dos cursinhos preparatórios, espaço marcado por competitividade extrema, hierarquias rígidas e uma lógica de desempenho que reflete, de forma condensada, a dureza do sistema asiático de ensino. Nunca precisei frequentar esse tipo de ambiente, portanto não tenho base para afirmar como ele funciona de fato e, principalmente, se seria possível compará-lo ao sistema asiático, que é notoriamente mais rígido e marcado por uma carga de pressão insana. Para complicar ainda mais, o foco da narrativa não está exatamente nos alunos ou nas aulas - esses elementos existem, aparecem com certa frequência, mas cumprem mais o papel de normalizar o retrato apresentado. O verdadeiro centro da obra é o jogo de poder e controle exercido pelo sistema, mediado pelos professores e administradores, isso fica mais evidente perto do meio do dorama. O romance está presente, mas funciona mais como um motor narrativo que desencadeia uma série de consequências, servindo para expor o pior e o melhor dos personagens dentro dessa guerra silenciosa de inveja, manipulação e ego. Por outro lado, assim como a força do dorama está no tema incomum que ele escolhe abordar, suas falhas também se originam daí. Situações que poderiam ser resolvidas com relativa facilidade acabam, por vezes, escalando para níveis desnecessários, e isso ocorre com certa frequência ao longo da narrativa. Além disso, A figura do professor Pyo Sang Seop, embora carregada de simbolismo e certa relevância narrativa pela figura que representa, sofre com uma execução excessivamente engessada, tornando suas aparições menos palatáveis do que poderiam ser.

Ainda assim, o dorama acerta ao construir relações humanas críveis. O casal principal funciona bem, assim como o casal secundário que se desenvolve ao longo da narrativa - pena que eles possuem poucos momentos -, além dos donos do bar, que cumprem um papel importante como espaço de respiro e convivência. A fotografia e os cenários noturnos da cidade acrescentam uma camada de elegância e maturidade à obra, reforçando seu tom mais contido, adulto e reflexivo. No conjunto, trata-se menos de uma história de amor e mais de um retrato das distorções humanas provocadas por um sistema competitivo e opressivo.

*Possivelmente o dorama com a maior quantidade de personagens femininas que eu gostei no final: Seo Hye Jin (gostei dela depois do discurso sobre não precisar de jóias e riqueza e sim de ser amada e alimentada, das iniciativas por parte dela. Essas colocações e ações mexem com um homem de forma que poucas mulheres imaginam), Nam Cheong (passei a gosta dela perto do final) e a assistente da Seo Hye Jin.

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Completed
Bridal Mask
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23 days ago
28 of 28 episodes seen
Completed 0
Overall 2.0
Story 1.0
Acting/Cast 4.0
Music 5.0
Rewatch Value 1.0
This review may contain spoilers
Diferente de algumas pessoas que iniciaram esperando um retrato histórico fidedigno - o que é um erro na esmagadora maioria das obras de ficção, que só usam o período histórico como pano de fundo -, eu coloquei esse dorama na minha lista unicamente pela capa, que achei sensacional, e criei todo um imaginário de um drama grandioso. Pois bem, realmente o dorama oferecia e tinha possibilidade de ser algo sensacional pela temática: a anexação da Coreia ao Japão, um protagonista moralmente ambíguo servindo ao império, tensões políticas, violência colonial, fortes vínculos do passado e presente, traições, um grupo fazendo a resistência coreana e, o mais importante, a figura mítica do “Gaksital”, um símbolo de resistência. O cenário é, em teoria, perfeito para um dorama inteligente, intenso, recheado dos conflitos e emocionante, caso fosse uma obra séria, o que definitivamente não é o caso.

Bridal Mask, infelizmente, pega todo o potencial narrativo e joga no lixo em prol de um melodrama barato e extremamente repetitivo, usando toda a ambientação histórica e política puramente como nada, essa história poderia se passar em qualquer outro lugar, só mudaria os países que não perderia absolutamente nada. A narrativa perde coerência, os personagens tornam-se peças inconsistentes movidas por conveniências do roteiro, os tiros nunca acertam ninguém, só quando é necessário, e o conflito se repete em ciclos exaustivos de capturas e resgates sem propósito. O trio principal sofre com arcos frágeis - Kang-to é o melhor personagem dos três com folga, por mais que antes da virada de chave ele seja insuportável pela cegueira em captura o símbolo da resistência; o problema dele é puramente a repetição e a inconsistência do roteiro, que acaba prejudicando o todo, mas puramente como personagem, ele é interessante. Shunji de certa forma se torna interessante com virada até certo ponto, o problema é que ele vai ficando cego e acaba virando nada mais que um psicopata que só enxerga o Mask, no caso, ele se torna o Kang inicial e, por fim, Mok Dan é reduzida a uma pobre donzela em perigo, que só é protegida na maioria das vezes e nada mais.

Os personagens secundários, muitos deles apresentados como se fossem parte de uma grande teia política e social, acabam servindo apenas como decorações dramáticos, figuras que entram e saem sem impacto, sendo abandonadas quando não são mais convenientes para o melodrama. Há uma falsa complexidade no excesso de rostos, mas pouquíssima substância. A trama política vira pano de fundo decorativo, o romance é artificial e construído sobre idealizações vazias, ninguém ama eles pelo presente, é sempre o passado ou a idealização de um símbolo, e o dorama, apesar de seu potencial, falha em entregar densidade dramática, coerência interna, profundidade dos elementos e desenvolvimento real. No fim, é só mais um dorama com ideias fortes, temas importantes, mas execução pífia e tratado com superficialidade, preferindo o impacto raso do momento a profundidade real e duradoura.

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