Faltou algo
Gostei de Tokyo Tower? Gostei sim, mas ele poderia ter sido muito melhor.
A maior prova disso é que o casal secundário, com bem menos tempo de tela, foi muito mais interessante e cativante que o casal principal. Além da química evidente, havia uma carga emocional mais consistente, uma trama mais envolvente e personagens que realmente despertavam curiosidade. Já o casal principal faltou de tudo um pouco.
O roteiro opta por mostrar momentos espaçados ao longo de um ano e meio na vida desses dois casais, o que até poderia funcionar, mas aqui acaba deixando tudo raso demais. A relação do casal principal é tão pouco desenvolvida que fica difícil criar empatia ou até mesmo compreender suas atitudes. Muitos acontecimentos ficam subentendidos, tanto que em vez de parecer um recurso narrativo intencional, soa mais como falha de desenvolvimento. Faltou aprofundar sentimentos, motivações, conflitos. Em certos momentos, os personagens principais agem de formas tão desconexas que parece quebra de personagem, ou ausência de construção.
A reta final também decepciona, pouco impactante e mal resolvida. Se o filme tivesse focado inteiramente no casal secundário, com sua intensidade contida e seus dilemas mais palpáveis, talvez eu estivesse aqui dando uma nota 8. Mas, como não foi o caso, fico com um 4, porque o filme, embora bonito e sensível em alguns trechos, desperdiça muito do seu potencial.
Pontos positivos? Tem também. A estética é belíssima, o elenco é competente, e a trilha sonora contribui bem para o clima intimista. Também achei interessante como o filme aborda dois relacionamentos com diferença de idade, mostrando que, apesar das particularidades, em ambos os casos o desequilíbrio emocional e as feridas que se abrem recaem especialmente sobre os mais jovens. Há diálogos e cenas que realmente funcionam — só é uma pena que sejam exceção.
Recomendo com ressalvas: vá sem grandes expectativas e talvez consiga apreciar melhor o que Tokyo Tower tem de bom, ainda que deixe tanto a desejar.
A maior prova disso é que o casal secundário, com bem menos tempo de tela, foi muito mais interessante e cativante que o casal principal. Além da química evidente, havia uma carga emocional mais consistente, uma trama mais envolvente e personagens que realmente despertavam curiosidade. Já o casal principal faltou de tudo um pouco.
O roteiro opta por mostrar momentos espaçados ao longo de um ano e meio na vida desses dois casais, o que até poderia funcionar, mas aqui acaba deixando tudo raso demais. A relação do casal principal é tão pouco desenvolvida que fica difícil criar empatia ou até mesmo compreender suas atitudes. Muitos acontecimentos ficam subentendidos, tanto que em vez de parecer um recurso narrativo intencional, soa mais como falha de desenvolvimento. Faltou aprofundar sentimentos, motivações, conflitos. Em certos momentos, os personagens principais agem de formas tão desconexas que parece quebra de personagem, ou ausência de construção.
A reta final também decepciona, pouco impactante e mal resolvida. Se o filme tivesse focado inteiramente no casal secundário, com sua intensidade contida e seus dilemas mais palpáveis, talvez eu estivesse aqui dando uma nota 8. Mas, como não foi o caso, fico com um 4, porque o filme, embora bonito e sensível em alguns trechos, desperdiça muito do seu potencial.
Pontos positivos? Tem também. A estética é belíssima, o elenco é competente, e a trilha sonora contribui bem para o clima intimista. Também achei interessante como o filme aborda dois relacionamentos com diferença de idade, mostrando que, apesar das particularidades, em ambos os casos o desequilíbrio emocional e as feridas que se abrem recaem especialmente sobre os mais jovens. Há diálogos e cenas que realmente funcionam — só é uma pena que sejam exceção.
Recomendo com ressalvas: vá sem grandes expectativas e talvez consiga apreciar melhor o que Tokyo Tower tem de bom, ainda que deixe tanto a desejar.
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