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Não surpreende, mas também não é uma grande decepção
Doctor's Mine é aquele BL que você já sabe o que vai encontrar antes mesmo de dar play: ambiente universitário, rivalidades bobas que viram romance, problemas resolvidos com meia dúzia de diálogos dramáticos e, claro, muito clichê pra preencher os episódios. Não é nada inovador, não vai entrar pra lista dos mais memoráveis, mas cumpre bem o papel de passar o tempo.O casal principal segue a fórmula clássica do “te odeio, mas na real não tanto assim”. Começam se cutucando, brigando, e rapidinho esse ódio vira tensão e depois romance. E por fim se descobre que um dos dois já amava o outro a muito tempo, típico clichê. Eles funcionam bem juntos, têm carisma, e até rendem umas cenas engraçadinhas. Mas falta aquele impacto, sabe? A química tá ali, só que nunca explode de verdade. Eu assisti achando fofinho, mas não cheguei a suspirar nem morrer de amores.
O casal secundário, por outro lado, me prendeu mais. Eles fogem um pouco da linha romântica principal e trazem um clima mais leve. Apesar do clichê de uma das partes amar já a um bom tempo se repetir aqui também. Eles são fofos, têm momentos que me fizeram preferir ver eles do que os protagonistas, e mesmo sem tanto tempo de tela, acabam deixando a trama mais equilibrada. Não são tão explorados quanto mereciam, mas o pouco que aparece já dá um charme.
E tem o casal terciário, que é tipo aquele bônus de última hora. Não roubam a cena e ficam bem na superfície, mas ajudam a mostrar que não é só um romance acontecendo. Achei que poderiam ter aproveitado melhor, porque dava espaço, mas a série preferiu deixar eles mais de lado.
No fim das contas, esse BL não me surpreendeu, mas também não me irritou. É clichê, previsível, meio superficial, mas cumpre o papel de entreter. Eu assisti sem esperar nada e terminei satisfeita justamente porque ele não promete mais do que entrega. Recomendo se você quiser algo leve e familiar, sem exigir esforço emocional, só pra ter uma companhia na tela. O que ficou pra mim foi essa sensação de conforto dentro do óbvio.
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Uma joia rara entre os BLs
Tem histórias que tocam a gente de um jeito difícil de explicar, e Last Twilight foi exatamente isso pra mim. À primeira vista, pode parecer mais um BL com dois rapazes se aproximando aos poucos, se cuidando, se conhecendo… parece até clichê, né? Mas a verdade é que essa série vai muito além disso.O que me prendeu não foi a promessa de romance, mas a forma como tudo é construído: com delicadeza, profundidade e uma maturidade rara nesse gênero. Não tem pressa. Cada cena parece pensada pra dizer alguma coisa, sobre dor, sobre aceitação, sobre encontrar beleza nas cicatrizes.
Last Twilight não é feito pra quem só quer cenas fofinhas ou fanservice. Aqui, o roteiro mergulha de cabeça em temas difíceis: deficiência visual, autoestima, luto, solidão. E o mais bonito é que tudo isso é tratado com muito respeito. A série não usa a dor como artifício barato, mas como ponto de partida pra falar de reconstrução.
Sim, o ritmo é lento, mas não por falta de conteúdo. Pelo contrário. Cada pausa, cada silêncio, tem um peso. É como se a história pedisse que a gente desacelerasse junto com ela, pra sentir de verdade.
A química entre os protagonistas (Jimmy e Sea) é outro ponto forte. Não tem exagero, nem aquela tensão forçada que às vezes a gente vê em outros BLs. O que eles entregam é intimidade real: construída no cuidado, na escuta, no cotidiano. Dá pra sentir o respeito entre os personagens em cada gesto, em cada troca de olhar.
E não posso deixar de falar dos coadjuvantes, que, felizmente, não estão ali só pra fazer número. Cada um tem um papel claro na trama e ajuda no desenvolvimento emocional da história. É um elenco que funciona de verdade como um conjunto.
A fotografia é linda, os enquadramentos são pensados, e a trilha sonora tem um quê de melancolia que combina perfeitamente com o tom da série. Tem cenas que parecem pinturas, ou poemas visuais. Às vezes, eu pausava só pra admirar. É esse tipo de cuidado que transforma uma história simples em algo memorável.
Se você é fã de BLs mais leves, com beijo em todo episódio, muita tensão e comédia pastelona, talvez ache Last Twilight “parado” demais. Mas se você, como eu, gosta de histórias humanas, com camadas emocionais, com personagens que crescem juntos e se curam aos poucos… então prepara o coração. Essa série vai te pegar de jeito.
Last Twilight não é só mais um BL. É uma história sobre fragilidade, amor e recomeços. Uma série sensível, bonita, com muito a dizer, desde que a gente esteja disposta a escutar com calma.
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Roommates of Poongduck 304
Essa série tem um jeitinho muito gostoso de misturar trabalho, treta, romance e umas cenas engraçadas que deixam tudo leve. Eu adoro o humor leve, os cenários divertidos e os personagens atrevidos, parece que tô assistindo dois adolescentes implicando um com o outro, só que com tensão romântica no ar. E o mais legal é que, mesmo sendo bem descontraído, a série tem umas pitadinhas de drama emocional que deixam a história mais interessante.A relação dos protagonistas é uma das coisas mais divertidas de acompanhar. Em casa, eles são colegas de quarto, com Jae Yoon no modo “senhorio mandão”, mas no trabalho, tudo vira de cabeça pra baixo e Ho Joon passa a ser o chefe. E essa troca de papéis cria um joguinho de poder delicioso de assistir, cheio de faíscas e provocações. Cada um tem um jeitinho bem marcado e um crescimento bem visível ao longo da série, e eu acabei me apegando aos dois mais rápido do que achei que iria.
Mas vou ser sincera: no começo, a relação deles me deu nos nervos. Ho Joon tava no modo “rico arrogante insuportável”, e ver ele ameaçando a carreira do Jae Yoon só por birra me irritou de verdade. Me lembrou muito aquele climão de bilionário brincando de ser Deus com a empresa dos outros, sabe? Só que, aos poucos, as coisas mudam. Ho Joon deixa de ser um babaca e começa a mostrar um lado mais fofo, mais sensível. Jae Yoon também abaixa a guarda e aparece mais vulnerável.
Quando os dois param de brigar tanto e começam a se entender, a relação deles fica bem gostosa de acompanhar. Não é aquele romance que me fez perder o fôlego, mas me arrancou vários sorrisos e momentos de “awn”. É uma relação bastante fofa de se acompanhar, principalmente quando eles ficam de implicânciazinha um com o outro, é fofinho de mais.
Eu já tinha visto esses dois antes em Kissable Lips e, olha… a química ali foi quase inexistente. Até hoje lembro do parto que foi ver aquele drama. Mas aqui? Outra história, nota-se uma grande evolução dos atores, apesar de que um roteiro decente ajuda muito também. Yoon Seo Bin e Kim Ji Woong estão muito mais soltos, carismáticos e engraçados, principalmente nas cenas de comédia, que são uma delícia de assistir.
O final é feliz (amém) e eu gosto de como a série junta direitinho a vida pessoal e profissional dos dois. Não é uma história profunda nem cheia de mensagens grandiosas, é só uma comédia romântica leve, perfeita pra ver quando você quer relaxar e rir um pouco. E eu recomendo, pode ir sem medo.
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Corações adolescentes e pequenos dramas que funcionam
Esse BL me deixou com o coração quentinho do começo ao fim. É fofo, leve, cheio de primeiros amores, primeiras vezes e descobertas, daquele jeitinho colegial que parece sessão da tarde. Não tem a pretensão de ser profundo, mas justamente por isso funciona como um abraço depois de um dia cansativo.Shane e Kit são o clichê que dá certo. Ele todo certinho e organizado, e o outro puro caos, sonhador e cheio de energia. O contraste é o que faz a química deles brilhar: Shane aprende a relaxar e se permitir sentir, enquanto Kit encontra nele um porto seguro pros seus sonhos. É simples, previsível até, mas funciona porque transmite exatamente aquela sensação gostosa de primeiro amor, leve, bobo, mas capaz de deixar o coração quentinho.
Kim e Mon são aquele casal que parece que foi feito só pra derreter o coração da gente. Eles são o puro “amor à primeira vista” e eu amei cada segundo. Eles têm uma sintonia tão natural que até as cenas mais simples brilham. Não tem nada de super elaborado, mas tem aquele charme de quando só um olhar já é suficiente. Eles são aquele tipo de casal que faz a tela ficar mais doce, que deixa a série ainda mais leve e prazerosa de assistir, faz a gente suspirar sem nem precisar de muito enredo.
E claro, os professores Tan e Nat, eles são aquele respiro que a gente nem sabia que precisava. Eles têm uma leveza natural, aquela segurança de quem já passou por dramas e sabe rir da vida, e ao mesmo tempo um carinho discreto que faz a gente suspirar. Cada cena deles é um mini alívio no meio das confusões adolescentes, e a forma como se apoiam é pura fofura sem exagero. Eu queria muito mais deles, queria ver interações mais longas, mais momentos juntos, até um beijinho roubado pra derreter de vez o coração. Eles têm química silenciosa, mas que fala alto, e dão aquele contraste perfeito para os casais mais jovens e impulsivos. Sério, se dependesse de mim, seriam a dupla que teria ganhado uma série só deles.
Mas nem tudo é perfeito, alguns episódios arrastam e ficam cansativos, dá aquela sensação de que repetiram brigas só pra encher linguiça. Mas mesmo assim, não tira o brilho da série. Boys in Love continua sendo um BL confortável, leve, que não complica tanto e só aquece o coração. É divertido, fofo, e deixa uma sensação gostosa no peito. Mesmo com pequenos tropeços, consegue ser acolhedor, divertido e capaz de arrancar sorrisos bobos a cada episódio. No fim, é exatamente o tipo de série que faz você desligar a tela e ficar com aquela sensação boa de leveza.
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Um grande premio de consolação
Se você, como eu, terminou Wedding Plan sentindo que faltava pelo menos um episódio inteiro só pra reconstruir o que o drama quebrou… bom, esse especial veio justamente pra isso. E olha, ele funciona, mas dentro do jeitinho limitado e meio torto que a série já tinha mostrado. Logo de cara, o especial tenta suavizar o ranço que muita gente ficou do Lom. Ele tá mais carinhoso, mais presente, e parece finalmente entender que o Nuea não é só um prêmio a ser conquistado. A relação deles, pela primeira vez, parece leve. Não tem grandes conflitos, nem tensão moral. Só dois caras tentando fazer dar certo depois de todo o fuzuê.O Nuea, coitado, ainda carrega no olhar aquele fundinho de "eu sofri demais nessa história", mas agora ele sorri de verdade. E ver isso já vale o episódio. Eles brincam, cozinham, fazem planos bobos e vivem uma vidinha normal. É fanservice? É. Mas é exatamente o que a gente queria ver os dois sendo um casal fofinho sem um triângulo amoroso doentio, sem casamento fake, sem culpa.
O episódio também tenta dar um final mais digno pra Yiwa, que finalmente aparece sendo ela mesma, longe daquele papel de “noiva fujona” que a série empurrou nela à força. Mas ainda assim, ficou aquele gostinho de que ela merecia mais, merecia um final feliz completo, ao lado da esposa dela, com direito a casamento de verdade, com a presença dos amigos e tudo mais.
Ainda assim, não dá pra esquecer o tanto de coisa que foi empurrada com a barriga lá atrás. O especial é fofo, sim, mas ele também é um lembrete de tudo que poderia ter sido desenvolvido com mais tempo. A gente sente que a história tinha muito mais pra dar, principalmente com dois atores que seguram tanta emoção só com o olhar.
No fim, esse especial é quase um pedido de desculpas da série. E eu aceito. Porque ver o Nuea sendo amado de verdade, sem se machucar no processo, era tudo o que a gente precisava. Poderia ter vindo antes? Com certeza. Mas antes tarde do que nunca.
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A série é um caos emocional do começo ao fim
O Namnuea é o planejador de casamentos todo certinho, daqueles que tem a vida organizada na planilha, mas o coração uma bagunça completa. Aí ele aceita cuidar do casamento da Yiwa, só que o noivo dela, o Sailom… bom, ele claramente não tá ali pra casar. Desde o começo, a tensão entre ele e o Namnuea é forte, a química dos dois é absurda. ABSURDA!E aí já entra o caos: o Sailom começa a flertar descaradamente com o Nuea mesmo estando comprometido, o Nuea se afunda em sentimentos e culpa, e a gente, espectador, se vê preso entre o desconforto moral e a vontade de que eles fiquem juntos logo. Mas aqui vem o problema: o roteiro segura a verdade por tempo demais desnecessariamente. E o drama da mentira/engano poderia ter sido resolvido em dois episódios com uma conversa sincera, e isso teria sido ótimo já que a série tem poucos episodios. Isso me irritou real. O Nuea sofre horrores, se sente culpado por algo que nem é culpa dele, e a série estica esse sofrimento de um jeito que parece mais castigo que construção de personagem.
O Lom, por sua vez… Ele é aquele tipo de personagem que você quer dar uns tapas e depois um abraço. Ele claramente sente muito pelo Nuea, mas a forma como ele manipula a situação (mesmo que com boa intenção, vá lá) me deixou desconfortável em vários momentos. Principalmente por ele saber desde o início que o casamento com a Yiwa era uma farsa, e ainda assim ele deixou o Nuea se afundar em desespero.
Quando a verdade finalmente vem à tona, o alívio é real, mas o estrago já tava feito. E é aí que a série tenta correr atrás do próprio drama e entregar uma redenção que, sinceramente, merecia mais tempo. O problema é que o drama durou tempo demais, e Wedding Plan só tem 7 episódios. Resultado? Nem deu tempo de trabalhar uma reconciliação direito, muito menos construir um relacionamento digno depois de tanto desgaste emocional. O final até tenta ser fofo: tem pedido de desculpas, tem beijo, tem aquele clima de “vamos recomeçar”. Mas depois de tudo que rolou, fica a sensação de que faltou um episódio (ou dois) só pra eles respirarem e se encontrarem de verdade.
Um ponto positivo gigantesco: a atuação do Nuea. Ele é, de longe, o coração da série. O olhar sofrido, os pequenos gestos, o choro contido… você sente o que ele sente. Já o Lom, apesar de charmoso e seguro, poderia ter sido escrito com um pouco mais de nuance desde o começo.
A Yiwa, coitada, entrou como vilã e saiu como mártir. Mas, na real, ela também tava tentando esconder quem era, assim como o Sailom. Ela claramente gostava de garotas, só que tava presa nesse teatro todo, fingindo que ia casar com um cara, enquanto vivia sufocada. No fim, vira aquela pataquada da noiva fugindo do casamento e o Lom ainda pagando de noivo abandonado, com carinha de coitado, como se ele não soubesse de nada. Foi forçado, e a Yiwa merecia bem mais do que esse papel de noiva fujona.
Wedding Plan não é um conto de fadas, não é perfeito, mas é intenso. E se você tiver paciência pra lidar com personagens que demoram pra agir, vai acabar torcendo por eles, mesmo tendo vontade de sacudir um ou outro no meio do caminho.
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Nem sei se gostei, mas vi tudo
Fui ver Kiss x Kiss x Kiss achando que era apenas algo curtinho e leve… e olha, leve até é, mas não do jeito que eu tava esperando. Cada episódio é tipo uma mini cena aleatória que só existe pra chegar no beijo. Parece que o roteiro foi escrito assim: “eles se encontram, trocam umas frases meio intensas do nada, e beijam”. Acabou.Tem uns que até são fofinhos, outros que são só bizarros mesmo. Um nível de atuação que às vezes parece peça de teatro do ensino médio tentando ser sexy. Mas de algum jeito você continua assistindo porque fica curiosa pra ver qual maluquice vão inventar no próximo. Tem vibe de fanfic filmada, sabe? Só que daquelas que pulam direto pra parte do beijo sem desenvolver nada.
É um surto suave. Dá vergonha alheia? Dá. Mas também dá uma risadinha e até um “ok, esse foi bonitinho”. Não sei se eu gostei, mas sei que vi vários episódios sem nem perceber. Serve pra quando a gente quer desligar o cérebro e ver gente bonita se beijando sem contexto nenhum. Então assim… não vá esperando história, só vá.
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Caos no começo, coração aquecido no final
Naughty Babe foi uma montanha-russa que começou me deixando completamente perdida e até um pouco irritada, mas que, surpreendentemente, conseguiu me conquistar aos poucos. Eu já tinha alguma noção do que esperar, porque assisti Cutie Pie e sabia que esse universo é praticamente uma fanfic de luxo: bilionários jovens, casamentos arranjados, drama emocional em escala exagerada. Então fui com o espírito certo. O que eu não esperava era o caos absoluto do primeiro episódio.Sério, o começo é um desastre emocional. Hia Yi é gelado, inacessível, quase cruel, e a série joga a gente no meio da confusão sem dar tempo de entender nada. Khondiao parece estar tão perdido quanto a gente, tentando entender por que o marido arranjado o trata como um estranho. É desconfortável. Parece que estão tentando forçar aquele trope de "enemies-to-lovers", mas sem o charme necessário, só com tensão mal resolvida e um ar meio tóxico que me incomodou bastante. Eu quase desisti ali.
Mas, pra minha surpresa, a série melhora. E melhora bastante depois do terceiro episódio. Quando Hia Yi finalmente começa a se abrir e parar de agir como um robô emocional, e o Khondiao deixa de ser tão passivo, as coisas começam a funcionar. O crescimento dos dois é visível, e confesso que comecei a me importar de verdade com o casal. Não virou a série da minha vida, mas teve momentos bem bonitos, especialmente quando os personagens se permitem ser vulneráveis. A química entre os atores, Max e Nat, ajuda muito, eles seguram as cenas mais delicadas com verdade e carinho.
Visualmente, Naughty Babe é bem produzida. A fotografia é bonita, tem um ar elegante e a trilha sonora consegue entrar no clima sem ser invasiva. O problema é que, às vezes, o roteiro se apoia demais nos clichês e em cenas que parecem tiradas direto de uma fanfic, o que pode ser fofo ou só constrangedor, dependendo do seu humor no dia. Eu ri de nervoso em alguns momentos, confesso. Mas também suspirei em outros.
No fim das contas, é uma série que tenta ser mais emocional e madura que Cutie Pie, e em certa medida, consegue. Só que ainda carrega muitos dos mesmos vícios do universo de onde veio. Eu diria que vale assistir se você já conhece os personagens e quer ver mais do casal, ou se estiver no clima de um BL dramático com reconciliações e conflitos internos. Mas vá com paciência, porque o começo testa a nossa. Se você aguentar passar pela bagunça inicial, pode até encontrar uma história que vale o tempo.
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Cutie Pie 2 You é mais um agrado para os fãs do que realmente uma grande obra
Cutie Pie 2 You me deixou com sentimentos mistos. Por um lado, é reconfortante reencontrar os personagens e ver um pouco mais do casal principal, agora num momento mais estável e assumido. A série continua linda visualmente, com aquela estética elegante e bem produzida que já era marca registrada da primeira temporada. A direção de arte continua caprichada, e isso ajuda bastante a manter o clima de conto de fadas moderno.Zee e NuNew seguem com aquela química fácil de assistir, e é nítido que eles se sentem mais à vontade em cena agora. O relacionamento entre Lian e Kuea está mais leve, mais íntimo, e isso funciona bem para quem queria ver um pouco mais de afeto e carinho entre eles sem tantos mal-entendidos. A trilha sonora também segue a mesma linha: doce, romântica e envolvente. É fácil entrar no clima.
Mas mesmo sendo um epílogo, a narrativa ainda peca nos mesmos pontos da temporada anterior. O roteiro continua arranhando só a superfície das situações, e muita coisa parece acontecer sem grandes consequências. Os conflitos são resolvidos rápido demais ou nem chegam a se desenvolver de fato. Tem cenas que surgem quase do nada só pra criar um momento fofo ou tenso, mas sem muito peso dramático. Fica uma sensação de "isso podia ter ido mais longe".
E por mais que os protagonistas estejam mais sólidos, alguns diálogos ainda soam artificiais. Tem uma certa teatralidade que enfraquece a naturalidade das cenas. Nada que quebre totalmente a experiência, mas me tirava da imersão de vez em quando. Fora isso, os personagens secundários continuam mal aproveitados. Dá pra ver que existe potencial ali, mas não há tempo ou espaço suficiente pra desenvolver esses arcos de forma satisfatória.
No geral, Cutie Pie 2 You funciona como um mimo pros fãs. É fofo, visualmente lindo e entrega mais momentos doces entre os protagonistas, com menos tensão forçada. Só que, assim como a série original, ainda falta substância. Se você gostou da primeira temporada e quer mais do casal, vale a pena assistir, mas não espere uma grande evolução de roteiro ou profundidade emocional. Eu assisti com o coração leve e saí com um sorriso, mas continuo com a sensação de que essa história podia ter sido muito mais.
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Um conto de fadas lindo, mas um pouquinho raso
Eu assisti Cute Pie e, apesar de ter várias ressalvas, não dá pra negar que o visual é deslumbrante. A cinematografia é um verdadeiro capricho, tudo é muito bonito, desde os cenários elegantes até a iluminação super cuidada. Parece mesmo uma novela de luxo, e esse clima combina bem com a proposta mais leve e romântica da série.A química entre o Zee e o NuNew também é um ponto que me prendeu. Eles funcionam bem juntos, têm aquele carisma que segura a cena mesmo quando o roteiro não colabora. Os momentos românticos, ainda que um pouco forçados às vezes, conseguem ser fofos e agradáveis de assistir. A trilha sonora também é encantadora, tem uma vibe doce que combina perfeitamente com o tom da história. A música tema, então, ficou na minha cabeça por dias.
Agora, sobre a narrativa... aí começam os poréns. O tom novelesco pode ser divertido se você entra na onda, mas comigo os exageros acabaram cansando em alguns momentos. A história tenta ser encantadora, quase como um conto de fadas moderno, mas peca por não desenvolver bem os conflitos ou os personagens secundários. Parecia que havia ideias boas ali, só que não deu tempo de explorar nada com calma.
O romance central, por exemplo, me incomodou bastante no início. O Lian é absurdamente frio, e o Kuea basicamente apaga quem ele é pra se moldar ao que o noivo espera. Isso me soou forçado e até desconfortável, não dá pra romantizar alguém mudando completamente a própria personalidade só pra agradar outra pessoa. Também me frustrou a maneira como os conflitos surgem e se arrastam apenas porque ninguém parece capaz de sentar e conversar. A falta de comunicação é usada como motor do drama, mas em vez de criar tensão, só me deixava impaciente.
Outra coisa que tirou um pouco da imersão foram os diálogos em certos momentos. Algumas falas soam tão ensaiadas que perdem a naturalidade. É bonito de ver, tudo muito bem coreografado, mas faltava aquela emoção crua, verdadeira. E o final... bom, é fofo, claro, mas também extremamente apressado. As resoluções vêm rápido demais, personagens mudam de ideia sem muito motivo aparente, e eu senti falta de uma conclusão mais sólida.
No fim das contas, Cute Pie é exatamente o que o nome promete: uma história fofa, bonita de ver, com dois protagonistas cheios de química. Só que, pra mim, ficou devendo um pouco em conteúdo. Se você está procurando algo leve, com estética impecável e não se importa com algumas conveniências de roteiro, vale a pena dar uma chance. Mas se a sua vibe é algo mais profundo, realista ou bem construído, talvez essa não seja a série certa. Eu não me arrependo nenhum pouco de ter assistido, mas fui com a expectativa certa: me encantar com a química dos atores e seus personagens, e não tanto com o conteúdo.
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Já vi fanfic no Wattpad com mais coerência… e ainda assisti esse no 2x
Prometeram um BL fofo, leve e divertido… e entregaram um fanficão mal escrito, cheio de situações absurdas e personagens que parecem estar em séries diferentes. Eu fui assistir Middleman’s Love com boa vontade, porque o Jade em Bed Friend tinha carisma de sobra. Ele merecia brilhar. E o Mhai? Misterioso, bonitão, do tipo calado que intriga. Tudo apontava pra um casal que poderia funcionar. Mas a série simplesmente não acerta o tom em momento nenhum.O Jade passa a série inteira sofrendo. Só quer ser amado, mas recebe rejeição, silêncio e atitudes que beiram o absurdo, e tudo isso é tratado como se fosse engraçadinho. A série tenta fazer piada com a solidão dele, com o desespero dele, e acaba criando uma sensação esquisita de estar rindo do personagem, não com ele. Não dá pra saber se era pra ser cômico ou triste, e a falta de equilíbrio deixa tudo desconfortável de assistir.
O Mhai, por outro lado, parece que foi escrito por roteiristas que não se falaram. Uma hora ele é o cara misterioso e doce, na outra é um stalker estranho, depois vira romântico do nada… e nada disso é desenvolvido direito. A gente não entende de onde vem as atitudes dele, o que ele quer, o que sente. A série força a mão tentando fazer dele um “crush reservado”, mas o resultado é só um personagem incoerente e sem charme.
O romance entre os dois simplesmente não convence. Não tem construção, não tem tensão, não tem evolução. É um daqueles casos em que o roteiro decide que eles vão se apaixonar e pronto, não importa se isso faz sentido ou não. Do nada, estão juntos. Do nada, tem drama. Do nada, final feliz. Fica aquela sensação de que pularam capítulos inteiros e só entregaram o básico pra dizer que teve um casal.
O humor da série também não ajuda. A maioria das piadas são forçadas, exageradas ou mal encaixadas nas cenas. Parece que você tá vendo uma sketch do TikTok esticada pra dez episódios. O timing é estranho, os cortes são bruscos, e nada parece fluir naturalmente. Teve momentos em que eu fiquei com vergonha alheia real.
O único alívio é o casal secundário, que consegue ser mais interessante, mais carismático e mais divertido do que os protagonistas. Se você assistiu só por eles, eu te entendo. Em vários momentos, parece que até a própria série sabia que o casal principal não ia sustentar tudo, e tentou compensar com essa outra dupla. Quase conseguiu.
No fim, Middleman’s Love é uma daquelas séries que tinham tudo pra funcionar, mas se perdem em exageros, escolhas ruins de roteiro e uma completa falta de direção emocional. Funciona como passatempo se você não se importar com lógica, coerência ou desenvolvimento. Mas se você for esperando uma história de amor fofa e bem contada… pode ir tirando o cavalinho da chuva.
Nota sincerona: 3/10
Um ponto pela carinha fofa do Jade, um pelo casal secundário, e um porque a abertura é mais interessante que a trama inteira.
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Não tem novidade, mas tem NetJames e isso basta...
Bed Friend é aquele BL que não tenta reinventar a roda, e ainda bem. Ele sabe exatamente o que quer entregar: química, tensão sexual e um pouco de drama no pacote. E olha, o que ele promete, ele cumpre direitinho.A química entre Net e James é simplesmente absurda. Desde o primeiro episódio, dá pra sentir a tensão entre os dois, daquele tipo que te faz prender a respiração esperando o próximo olhar, o próximo toque, o momento em que tudo vai explodir. E quando acontece, acontece com gosto. As cenas mais quentes são muito bem feitas, nada de vergonha alheia ou fanservice mecânico, tem cuidado, tem entrega, tem intenção. Você acredita no que tá vendo. Não parece encenação. Parece emoção.
Mas o que realmente me prendeu foi o Uea. Ele é um personagem com peso. Tem trauma, tem barreira, tem dor escondida debaixo de uma fachada de indiferença. E ver ele aos poucos se permitindo sentir, confiar, se abrir… foi o que deu profundidade à série. Ele carrega metade do drama nas costas, e faz isso com consistência. Dá vontade de abraçar e proteger, e às vezes, de mandar ele parar de fugir da própria felicidade.
A produção também ajuda muito. Fotografia bonita sem exagero, trilha sonora que acompanha bem o clima e uma direção que entende como filmar intimidade sem cair no vulgar ou no constrangido. Dá pra ver que alguém ali atrás das câmeras sabia o que tava fazendo.
Agora, claro que não é perfeito. O roteiro segue aquele caminho já bem batido: amizade colorida, ciúmes, afastamento, reconciliação. Você meio que já sabe como tudo vai se desenrolar. Tem umas situações que cansam, tipo o vilão aleatório, o ciúmes fora de hora, os mal-entendidos meio forçados só pra dar aquela esticada no drama. Dá vontade de passar pra frente e ir direto pras partes boas, porque tem umas enrolações que a gente já viu mil vezes em outros BLs.
E os personagens secundários? Meio esquecíveis. O Jade até que funciona, mas o resto parece só estar ali pra preencher espaço. Dava pra aproveitar melhor os colegas de trabalho, dar mais vida ao mundo em volta do casal, mas não rolou. A série é 90% focada no Uea e no King, o que, nesse caso, até dá pra perdoar, já que os dois seguram tudo com carisma e intensidade.
No fim das contas, Bed Friend é um BL que acerta no básico e brilha nos momentos certos. Não é profundo, não é revolucionário, mas é envolvente, gostoso de assistir e com um casal que realmente faz valer o tempo investido. Se você curte um bom drama com tensão sexual bem construída, esse aqui é pra você.
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The Boy Next World Special Episode: A World Where We Don’t Know Each Other
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Química, desejo e aquele gostinho de quero mais
Vou ser bem sincera: eu fui assistir esse especial meio no susto, porque a série principal de The Boy Next World me deixou dividida. Aí vem esse especial, que se passa em um universo alternativo, e simplesmente entrega tudoooo.Aqui, o Phu é um nerd tímido, um pouco stalker (mas num nível fofo e não problemático), e o Cir é misterioso, com aquele cabelo preso e uma vibe que mistura perigo e charme. E, olha... FUNCIONA. A química deles está ainda mais intensa e as cenas entre os dois são super bem dirigidas. Tem tensão, tem desejo, tem aquela energia de “me beija logo ou vou fazer uma besteira” que a gente ama num BL.
Agora, sobre Jin e Win... MEU DEUS!!! Eles nem têm tanto tempo de tela, mas quando aparecem, dominam. Eu senti muito mais deles nesse episódio do que em vários momentos da história original. O Jin mais brincalhão, o Win com aquele jeito sério e contido... os dois têm uma química natural, e mesmo com pouco, entregaram muito. Fiquei até com vontade de ver um spin-off só dos dois, pra ser honesta.
Ver esses personagens em versões diferentes me fez perceber o quanto o roteiro original desperdiçou potencial. O Phu do “mundo real” era fofo, mas parecia perdido o tempo todo. E o Cir era super confuso, e nem sempre dava pra entender as intenções dele. Já aqui, tudo é mais direto, a gente sente o que eles querem e pra onde a história tá indo.
Um detalhe que me pegou de surpresa foi como tudo parece mais leve e divertido, mesmo com a intensidade do casal. E as cenas mais quentes? Não forçadas, não gratuitas. Elas realmente fazem sentido ali e dão aquele toque extra de sensualidade que a gente tanto ama.
No fim das contas, esse especial me deixou com aquela sensação agridoce: foi ótimo, me envolveu, me fez sorrir (e suspirar), mas também me deixou querendo mais. Queria que esse fosse o tom da série inteira, ou que, pelo menos, ganhasse mais episódios nessa pegada.
Sinceramente? Eu adoraria ver a versão do Cir todo boss fodão, mandando em tudo, e o Phu como aquele secretário fofo, inteligente e secretamente apaixonado. Se a Mame quiser me dar isso, eu recebo de braços abertos!
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Uma montanha-russa de emoções, testosterona e decisões questionáveis
Pit Babe é aquele tipo de BL que você começa achando que vai assistir por causa das corridas, do romance leve e de uns pilotos gostosos. Só que, do nada, você percebe que caiu numa novela mexicana com drift, onde todo mundo tem um segredo, ninguém sabe conversar, e o coração do espectador vai sendo atropelado a cada plot twist.A premissa até engana bem: Charlie, nosso menino esforçado e sonhador, quer correr mas não tem carro. Todo um drama raiz que o brasileiro entende. Aí ele vai bater na porta do Babe, que é tipo o deus do circuito de corridas e também o dono da pose mais insuportável do mundo. E pra conseguir a ajuda dele? Tem que virar meio que um assistente... um pupilo... um submisso? Enfim. Uma relação que começa com aquela vibe “por interesse” mas logo vira um caos emocional com faíscas e muita tensão mal resolvida.
E sim, aqui entra o momento “me aproximei por interesse, mas me apaixonei de verdade”, porque todo BL que se preze tem essa virada. Só que Pit Babe pega essa fórmula e mergulha de cabeça num mar de drama, ciúme, segredos de família, traumas não tratados e uma boa dose de “ninguém aqui sabe se comunicar sem gritar ou sair andando”.
O casal principal, Charlie e Babe, tem química? Tem. Tem até demais. Mas também tem uma bagagem emocional que faria qualquer terapeuta pedir demissão. Eles se amam, se odeiam, se encaram com aquele olhar que só BL tailandês consegue entregar, uma mistura de raiva, desejo e “se você mentir de novo eu te atropelo com o seu próprio carro de corrida”.
As corridas existem, tá? Mas sinceramente, ninguém liga. Porque o foco vira mesmo o DRAMALHÃO: aquele nível de drama que flerta com o absurdo, mas você já tá tão envolvida que aceita. Só que vamos conversar rapidinho sobre esse universo omegaverse que aparece sem explicação nenhuma? Me irrita. Me tira da imersão. É aquele detalhe que fica ali, flutuando, e você sente que ou esqueceram de explorar ou cortaram tudo na edição. E mesmo assim... eu amo. Fazer o quê?
Pontos altos? Temos:
- Personagens secundários que roubam a cena (Way e Jeff, meus amores);
- Pavel entregando tudo nos momentos de surto emocional (ele entrega, sim);
- Trilha sonora que gruda na cabeça;
- Figurino? Todo mundo parece que saiu direto de um editorial da GQ versão corrida de rua.
Agora, os baixos (porque tem):
- Furos de roteiro que fazem você dar pausa e falar “pera, o quê?”;
- Drama tão exagerado que às vezes parece sátira;
- Decisões dos personagens que testam a sua paciência e o controle remoto.
No fim, Pit Babe não é uma série perfeita, longe disso. Mas ela é viciante. É tipo fast food emocional: meio caótica, nada saudável, mas você come tudo rapidinho e no fim tá pedindo mais. Tem defeitos? Muitos. Mas tem alma, tem entrega, tem emoção. E tem o Babe sem camisa, o que automaticamente dobra a nota.
Se você gosta de BL com emoção à flor da pele, corridas só de enfeite, e um romance que parece um acidente em câmera lenta, vai fundo. Pit Babe vai te pegar.
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Confuso, imperfeito… e eu amei mesmo assim
Vice Versa é aquele tipo de BL que tenta fugir do óbvio, e por isso mesmo me chamou atenção. A proposta de mundos paralelos, troca de corpos e “chaves” que conectam pessoas é super criativa. Gosto quando um drama tenta sair do lugar-comum e brincar com ideias diferentes. Mas, mesmo com toda essa originalidade, tive sentimentos bem mistos ao longo da série.Começando pelo que me prendeu: o Jimmy e o Sea têm uma química muito gostosa de assistir. Os dois entregam uma vibe natural, com momentos sinceros e fofos que me fizeram torcer pelo casal. Além disso, o visual da série é lindo, a fotografia, as cores, tudo tem um clima leve e quase "etéreo", que combina com a ideia de um mundo alternativo.
Mas… nem tudo funcionou pra mim.
Apesar de amar o conceito, achei que o roteiro ficou devendo MUITO na hora de explicar esse universo. As regras do outro mundo são confusas, mudam do nada e, no final das contas, a sensação que fica é que os roteiristas foram inventando conforme o episódio pedia. Isso me tirou um pouco da imersão, porque eu queria entender melhor como tudo funcionava.
Outro ponto que me incomodou foi o ritmo, começou bem, mas lá pela metade ficou meio parado. As conversas existenciais e as reflexões sobre “decisões do coração” cansaram um pouco. Queria mais ação, mais conflito real. E o final… não é ruim, mas também não é tão impactante quanto poderia ser, considerando todo o build-up emocional que teve.
No fim das contas, eu diria que Vice Versa vale a pena se você estiver procurando algo diferente e estiver disposta a embarcar numa viagem meio abstrata e com algumas pontas soltas. Eu curti a proposta, me envolvi com os protagonistas, e mesmo sentindo que a série tinha potencial pra ser ainda mais, eu amei. De verdade. Tem algo na vibe, nos pequenos momentos e na conexão entre os personagens que me conquistou, mesmo com todas as imperfeições. Às vezes, a emoção fala mais alto que a lógica, e foi exatamente isso que aconteceu aqui comigo
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